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Planificação e Avaliação no 1º Ciclo EB

No documento Educação pré-escolar (páginas 83-85)

minha ação

5.4. Planificação e Avaliação nas PES

5.4.2. Planificação e Avaliação no 1º Ciclo EB

A planificação do trabalho com intencionalidade pedagógica, na sala onde intervim, era feita diariamente e semanalmente. Logo no início da semana, em grande grupo, introduzia uma temática, que iria ser trabalhada ao longo da semana. Para além disso, com a ajuda dos alunos tentava interligá-la com as diferentes áreas curriculares. É importante salientar que no início da minha prática as planificações partiam de mim, não havendo um diálogo em grande grupo sobre o que se fazer. Com o passar do tempo tentei mudar esta prática, envolvendo o mais possível os alunos no planeamento.

A colaboração dos alunos no planeamento, permitia que estes se tornassem mais participativos e encarassem a aprendizagem de uma forma mais “livre”, pois podiam-se moldar as suas propostas para irem de encontro aos meus objetivos.

Através do diálogo em grande grupo, moldava a minha forma de pensar e de aprender. Assim sendo, em conjunto com os alunos negociava tarefas/atividades. À medida que os alunos iam participando nos discursos socioculturais, iam desenvolvendo teorias sobre si próprios, nomeadamente disposições para a aprendizagem.

Tal como refere Zabalza (1998:179) a “planificação é um conjunto ordenado de

actividades, estruturadas e articuladas para a consecução de um objecto educativo em relação a um conteúdo concreto”. Quando planificava não pensava no que tinha que

efetuar na aula, mas sim no que é que os meus alunos tinham que fazer. A planificação foi-me fundamental para sistematizar o processo ensino/aprendizagem, bem como a qualidade da ação educativa. Através da planificação diária/semanal consegui eliminar o improviso (sentido negativo); eliminar programas incompletos (reflexão da sequência e temporalidade), evitando assim o esforço em vão e a perda de tempo; ajudou-me a sistematizar e ordenar o esforço; adaptando a ação pedagógica às características culturais e ambientais.

84 Tentei a meio do estágio, em conjunto com os alunos, fazer um planeamento que, de forma eficaz, fosse ao encontro das suas necessidades e aprendizagens. A planificação não surgia como um documento estanque, mas sim como forma de proposta, pois utilizava um formato criado por mim e pelos alunos, em que eles próprios construíam o plano de trabalho diário.

A avaliação era realizada diariamente e semanalmente com os alunos, através da observação e reflexão sobre as situações de aprendizagem vivenciadas, com vista a corrigir/melhorar o planeamento e a minha intervenção.

No decorrer do meu estágio, os alunos foram avaliados por mim nas tarefas e atividades que executavam, de forma a tornar a avaliação um processo contínuo de recolha e análise de informação que permitia apreciar o progresso dos alunos em termos dos objetivos de aprendizagem e, em particular, diagnosticar problemas e insuficiências no processo de ensino. Só assim, a avaliação permitirá recolher elementos que permitam ao professor analisar criticamente a sua intervenção educativa, detetar necessidades e tomar decisões a respeito disso. A avaliação deve ter como finalidade melhorar a aprendizagem dos alunos (NPMEB. 2007).

Implicando a avaliação a recolha de distintos tipos de informações (o que avaliar?), diferentes procedimentos de avaliação (como avaliar?) e a tomada de decisões (para quê avaliar?), as finalidades da avaliação e as suas funções diferenciam os procedimentos, mais do que propriamente os seus aspetos técnicos. Isto leva-nos à distinção clássica das três principais funções da avaliação das aprendizagens: a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação sumativa, que não se diferenciam tanto pelas dimensões técnicas e temporais das mesmas, mas sobretudo pelas finalidades com que são realizadas (Ferreira. 2007).

Ao longo da minha PES apostei e fui apologista da avaliação formativa. Esta escolha deveu-se ao facto de não encarar o papel do professor como um mero transmissor ou apresentador de conteúdos. Este método pressupõe um novo pensar, uma nova conceção de avaliação, de ensino-aprendizagem, e ainda dos papéis dos intervenientes neste processo.

No meu entender, através desta avaliação, a gestão do currículo é mais flexível, e torna-se mais fácil a reorganização do programa que deve ir ao encontro das características dos alunos. A avaliação formativa abandona assim a ideia do professor como único protagonista na organização da aprendizagem do aluno, passando a ser um

85 mero orientador onde todos trabalham cooperativamente, sendo esta uma das características das comunidades de aprendizagem.

Quanto à avaliação, como refiro anteriormente, procurei que fosse contínua e que incidisse na evolução dos alunos ao longo do período e não só com base nas fichas de avaliação, tendo tido estas um grande destaque nas duas últimas semanas.

As reflexões semanais foram um instrumento valioso para as minhas planificações e avaliações, sendo que estas serviam-me para aprofundar e melhorar os objetivos das planificações diárias, para o desenvolvimento das atividades realizadas na sala de aula e para a avaliação ao nível de competências dos alunos nas diversas áreas curriculares, onde identificava a evolução ou o retrocesso de cada aluno. Os registos que fui criando favoreciam-me de forma a que não esquecesse aspetos importantes na passagem de uma semana para a seguinte.

As famílias eram chamadas à instituição sempre que fosse oportuno falar sobre avaliação ou qualquer outro assunto envolvendo os educandos. Pude constatar que os familiares também me procuravam bastante para esclarecerem dúvidas acerca dos conhecimentos e comportamentos dos seus educandos, sendo sempre estes esclarecidos e atendidos. Também no final de cada período letivo havia uma reunião de pais, onde eram entregues as avaliações e onde eram apresentados trabalhos que os alunos realizavam no decorrer do período.

A avaliação é um dos aspetos onde pretendo investir, apesar de ter tentado superar as minhas dificuldades, recorrendo a manuais que falassem sobre esta temática. Foi-me útil fazer as avaliações dos alunos no final do período, para ver como se processavam. A docente titular entregou-me as fichas de avaliação referentes a cada aluno e em conjunto dialogámos sobre estas. Esta situação deveu-se ao facto da turma ter estado à minha responsabilidade e ter conhecimento das virtudes e defeitos de cada aluno.

5.4.3. Reflexão das diferenças entre as planificações e avaliações do Pré-escolar e 1º

No documento Educação pré-escolar (páginas 83-85)