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EDIFÍCIO ATRIUM SALDANHA

3. Plano de Manutenção

3.1. Estrutura

O plano de manutenção deverá ser efectuado pelo Técnico Responsável de Funcionamento das instalações de AVAC e deverá estar de acordo com o disposto no Decreto de Lei 79/2006, de 4 de Abril (RSECE).

Do Plano de Manutenção Preventiva devem constar (Ponto 3, Art.º 19, DL 79/2006): - A identificação completa do edifício e sua localização;

- A identificação e contactos do técnico responsável;

- A identificação e contactos do proprietário e, se aplicável, do locatário;

- A descrição e caracterização sumária do edifício e dos respectivos compartimentos interiores climatizados, com a indicação expressa:

 do tipo de actividade nele habitualmente desenvolvida;

 do número médio de utilizadores, distinguindo, se possível, os permanentes e ocasionais;

 da área climatizada total;

 da potência térmica total;

- A descrição detalhada dos procedimentos de manutenção preventiva dos sistemas energéticos e da optimização da QAI, em função dos vários tipos de equipamentos e das características específicas dos seus componentes e das potenciais fontes poluentes do ar interior;

- A periodicidade das operações de manutenção preventiva e de limpeza; - O nível de qualificação profissional dos técnicos que as devem executar;

- O registo das operações de manutenção realizadas, com a indicação do técnico ou técnicos que as realizaram, dos resultados das mesmas e outros eventuais comentários pertinentes;

- O registo das análises periódicas da QAI, com indicação do técnico ou técnicos que as realizaram;

- A definição das grandezas a medir para posterior constituição de um histórico do funcionamento da instalação.

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3.2. Identificação do edifício

Tipo de Empreendimento: Comércio e Escritórios Localização:

Praça Duque de Saldanha - Lisboa Arquitectura:

Ricardo Boffil, João Paciência Estrutura:

Teixeira Trigo, Lda. Empreiteiro:

Edifer

Coordenação e Fiscalização: Enpesin, Proj. e Gestão de Obras Proprietária:

Imosal, S.A Situação actual:

Construído e em funcionamento desde 1998

Projecto de arquitectura da autoria do conceituado Arquitecto Ricardo Boffil. O edifício encontra-se no segmento de topo dos edifícios de escritórios e comércio da capital, sendo hoje um ícone no imaginário cosmopolita de Lisboa. A excelente qualidade deste edifício, com características de construção, materiais e equipamento excepcionais e uma localização privilegiada em relação a transportes, redes viárias, comércio, de lazer e cultura, valeu-lhe um conjunto de prémios:

 Prémio Excelente em Concepção Arquitectónica Integrada e Desenho de Interiores, 1997

 Prémio O Melhor Empreendimento do ano, 1997  Prémio Ambelis, 1997

 Prémio Secil de Engenharia Civil, 1999

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3.3. Localização do edifício

O Edifício Atrium Saldanha localiza-se na Praça Duque de Saldanha, em Lisboa.

O edifício está delimitado a Norte pela Av. Fontes Pereira de Melo, a Sul pela Rua Fernão Lopes, a Este pela Av. Casal Ribeiro, a NE pela Praça Duque de Saldanha e a Oeste pela Rua Eng.º Vieira da Silva.

3.4. Contactos do proprietário

O Edifício é propriedade da empresa: Imosal – Imobiliária do Saldanha, SA

Morada: Praça Duque de Saldanha, nº 1 – 11º Piso, 1050-094 Lisboa Telefone: 213170850

3.5. Identificação e contactos do técnico responsável

Técnico Responsável Funcionamento (TRF): Eng.ª Cristina Coelho

Morada: Praça Duque de Saldanha, nº 1 – 11º Piso, 1050-094 Lisboa Telefone: 213170850

3.6. Descrição e caracterização sumária do edifício

Este edifício apresenta uma área de implantação aproximada de 5000 m2, referida ao piso 1, com 12 pisos superiores e 6 inferiores, com três tipos de ocupações/actividades distintas:

 Área Total de Construção: aproximadamente – 70.000 m2

 Estacionamento: 6 pisos subterrâneos, Piso -6 ao Piso -1, 815 lugares – aproximadamente 30.000 m2

 Galerias Comerciais: 3 pisos, Piso 0 ao Piso 2 – aproximadamente 11.000 m2

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3.7. Tipos de actividades desenvolvidas

O edifício é constituído por 12 pisos superiores e 6 inferiores, com as seguintes ocupações por piso:

 Pisos -6 a -1: Estacionamento e áreas técnicas;

 Pisos 0 a 2: Galeria comercial;

 Pisos 3 a 11: Áreas administrativas com algumas áreas técnicas;

 Piso 12 (Cobertura): Piso técnico, com ocupação humana temporária, onde se situam os equipamentos de AVAC, central térmica e radiador do grupo de emergência.

3.8. Número médio de utilizadores

A ocupação do Atrium Saldanha é variável em função dos pisos e dos dias da semana. Contudo, para o cálculo do efectivo total, poder-se-á considerar uma ocupação média de 130 pessoas por piso, nas áreas de escritórios, e de 400 pessoas por piso, na Galeria Comercial. As áreas técnicas e de estacionamento, a ocupação é de aproximadamente 20 pessoas por piso, na situação mais desfavorável, isto é, ao início da manhã e ao fim da tarde.

Apresenta-se no quadro da página seguinte a distribuição de pessoas por piso e o Efectivo Total do Edifício.

Pisos Designação Ocupação prevista

3 a 11 Áreas administrativas 1200 0 a 2 Galeria Comercial 1200

-6 a -1 Estacionamento 120

Efectivo Total 2520

A Galeria Comercial possui um sistema denominado por ‘Footfall’ que permite saber, em qualquer instante, quantas pessoas se encontram nas áreas comerciais.

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O piso 2 da Galeria Comercial funciona todos os dias do ano entre as 10h00 e as 23h00. Os Piso 0 e 1 têm um horário mais alargado, das 08h00 às 23h00.

3.9. Características técnicas

- Fachada exterior de vidro agrafado: 7240 m2

- Fachada interior de vidro: 7970 m2

- Pavimento falso: 23.000 m2

- Estores motorizados: 4800 m2

- Unidades de tratamento de ar com capacidade para tratar 100 mil m3

/hora de ar novo;

- Centrais de produção de água gelada para alimentação do ar condicionado que pode combinar: 1 Chiller Trane com capacidade de 2,5 MW de produção de frio; 3 Chiller’s RC com um total de 2,3 MW; 24 bancos de gelo com um total de potência de descarga de 1600 kW e 3 torres de refrigeração;

- 2 Caldeiras de 720 kW;

- Sistema de Gestão Técnica Centralizada que gere 5 mil pontos em toda a instalação; - 19 Elevadores, 2 Escadas Rolantes e 1 Plataforma de Deficientes; 1 “Bailéu” interior

e 2 “Bailéus” exteriores;

- 200 Câmaras de Vigilância (sistema digital);

- Grupo Gerador de Emergência de 800 kVA (diesel);

- Potência eléctrica instalada: 1 transformador de 1250 kVA; 1 transformador de 1600 kVA.

3.10. Área total climatizada

Galerias Comerciais: 3 pisos, Piso 0 ao Piso 2 - aproximadamente 11.000 m2 Escritórios: 9 pisos, Piso 3 ao Piso 11 - aproximadamente 29.000 m2

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3.11. Potência térmica total

Centrais de produção de água gelada para alimentação do ar condicionado que pode combinar: 1 Chiller Trane com capacidade de 2,5 MW de produção de frio; 3 Chiller’s RC com um total de 2,3 MW; 24 bancos de gelo com um total de potência de descarga de 1600 kW e 3 torres de refrigeração;

2 Caldeiras de 720 kW.

3.12. Procedimentos de manutenção preventiva

Encontram-se no Anexo IV os procedimentos de manutenção preventiva por família de equipamentos ou sistemas. O autor relembra que foram adicionados alguns procedimentos de manutenção que não estavam incluídos nesses procedimentos e alteradas algumas das suas periodicidades de modo a realizar a análise das tarefas de manutenção preventiva do presente documento.

3.13. Periodicidades das operações de manutenção preventiva

Encontram-se no Anexo IV e no Anexo V as periodicidades relativas às operações de manutenção preventiva.

3.14. Qualificações dos técnicos de manutenção

Por motivos de sigilo não se encontra em anexo a referida documentação.

3.15. Registo das operações de manutenção

Encontram-se no Anexo VI os exemplos da Folha de Obra e do Relatório Diário de Manutenção utilizados para registo das operações de manutenção programada e correctiva. Existe um registo de todas as folhas de obra numerado sequencialmente ao longo do ano (Nº Obra/Ano).

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3.16. Registo dos resultados das operações de manutenção

O registo das operações de manutenção é efectuado na folha de obra referido no ponto anterior, indicando os técnicos que as executaram, número de horas, material utilizado e descrição dos procedimentos adoptados.

3.17. Centrais térmicas

Na Central Térmica encontra-se um esquema de princípio (diagrama) da instalação.

Existe uma cópia do projecto com as respectivas instruções de funcionamento acessíveis aos técnicos de manutenção.

Existe um Plano de Emergência que descreve os procedimentos de emergência a adoptar em caso de emergência.

3.18. Registo de ocorrências

Todas as alterações nas instalações de climatização serão registadas de acordo com o disposto no artigo 19, do Decreto-Lei nº 79/2006.

O registo será efectuado de acordo com o Anexo VII.

3.19. Listagem de equipamentos

No Anexo VIII encontra-se uma descrição sumária dos principais equipamentos/sistemas existentes no edifício.

Para uma compreensão mais rigorosa dos sistemas instalados deve ser consultada a documentação técnica existente.

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3.20. Documentação técnica

Como parte integrante e complementar do presente Plano de Manutenção encontra-se um conjunto de documentação técnica do edifício:

Telas Finais;

Projecto de Execução das Especialidade;

Projecto de Remodelação da Central Térmica Piso -6; Esquemas Técnicos;

Catálogos dos Equipamentos.

O presente Plano de Manutenção não pode ser compreendido na íntegra sem a consulta da documentação mencionada.

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ANEXO I