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Gestão Técnica

VIGILÂNCIA E MEDIDA

Confirmação do estado (em funcionamento ou não); Sinalização de avarias e ou alarmes dos equipamentos; Sinalização da posição de registos e válvulas;

Humidade ambiente;

Temperatura do ar nas condutas; Humidade de ar nas condutas;

Temperatura dos fluidos aquecedores e arrefecedores; Intensidade absorvida;

Caudais de ar;

Caudais de fluido aquecedor e arrefecedor; Intensidade luminosa;

Pressões diferenciais; Pressões nos fluidos Temperatura exterior; Humidade exterior; Velocidade do vento; Intensidade solar;

Diálogo com os sistemas autónomos de alarme contra incêndio; Diálogo com os sistemas autónomos de alarme contra intrusão; Presença de pessoas; Qualidade do ar. CONTAGENS Electricidade; Combustíveis; Água; Ponta eléctrica; Factor de potência; Calor; Frio;

Recuperações de calor e ou frio; Horas de funcionamento.

RELATOS

Listagem de acções de ligar e desligar; Registo dos principais horários;

Contabilização das horas de funcionamento com avisos para a manutenção preventiva; Emissão de avisos quando se ultrapassam determinados valores pré-definidos;

Registos de todos os alarmes; Registos de paragens por avaria;

Emitir resumos periódicos das energias disponibilizadas dos principais equipamentos e dos principais consumos.

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Equipamento de campo 4.5.2

Apesar de ser possível integrar num SGTC qualquer tipo de equipamento, apenas deverá ser instalado o equipamento de campo que tenha alguma finalidade para o Sistema de Gestão Técnica, caso contrário aumenta a complexidade do sistema e diminui a fiabilidade do mesmo.

Os equipamentos de campo alimentados directamente pelas Unidades Controladoras Locais (UCL) são alimentados a 24VAC e devem ser de baixo consumo. Fazem parte de uma extensa lista de equipamentos de campo elementos como actuadores, registos, válvulas, sondas, pressostatos, relés, medidores de tensão, interruptores, etc.

Interface Homem – Máquina 4.5.3

A interacção entre o utilizador e o SGTC é feita actualmente com recurso a um computador pessoal com uma interface SCADA.

Uma interface SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) permite aceder a toda a informação em tempo real, assim como mostrar alarmes, registo de históricos, gráficos, programas horários, etc. Permite visualizar avarias, medições e contagens, modificar programas horários, controlo manual de certos equipamentos, como registos, válvulas ou bombas e envio de alertas por email ou SMS. Esta interface é desenvolvida para cada edifício consoante a topologia e os equipamentos associados a este.

Para segurança do sistema, são criados grupos de utilizadores que só têm acesso a determinadas operações dentro do sistema. Um exemplo disso é um grupo de manutenção que tem acesso a visualização de toda a informação, permite o comando manual de alguns equipamentos e consegue reconhecer um alarme. Já o supervisor consegue ter acesso a toda a informação e comandar tudo e limpar de uma só vez toda a lista de alarmes.

Actualmente com a proliferação das tecnologias web, é comum as interfaces SCADA permitirem o acesso remoto via internet browser. Deste modo pode-se criar um posto de comando (PC) em qualquer ponto do edifício onde a rede do SGTC chegue, ou mesmo fora deste através da internet.

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Figura 4.41 - Controlo e monitorização de uma UTA através de um SGTC (63).

Um edifício equipado com um SGTC apresenta desde logo uma vantagem em termos de manutenção. Essa vantagem começa logo na forma como os equipamentos de um edifício são usados pois podemos racionalizar e optimizar o tempo de funcionamento dos equipamentos. Outra vantagem é a redução das inspecções de rotina, pois o SGTC está permanentemente a monitorizar toda a instalação.

A existência de um SGTC possibilita optimizar o funcionamento dos equipamentos pois permite uma maior flexibilidade e adequação do seu funcionamento às necessidades. Um exemplo disso são os equipamentos de AVAC. Podemos definir programas horários dentro dos quais as UTAS funcionam, além disso podemos adequar o funcionamento dos ventiladores às necessidades de arrefecimento e aquecimento. A existência de sondas de temperatura e humidade em diversos pontos, e a definição de diversos programas de funcionamento consoante a época do ano, são formas de o fazer. Esta optimização permite uma redução de energia consumida e do desgaste do equipamento. Outro exemplo de aumento da eficiência é a existência de sondas de luminosidade interior e exterior que permitem adequar a iluminação à luminosidade existente.

Como principais desvantagens de um SGTC, temos o seu elevado custo inicial, assim como o custo associado à manutenção do próprio sistema que geralmente fica a cargo da empresa que instalou o sistema.

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5 Caso particular do edifício Atrium Saldanha

Características do edifício

5.1

Projecto de arquitectura da autoria do conceituado Arquitecto Ricardo Boffil, o edifício Atrium Saldanha encontra-se no segmento de topo dos edifícios de escritórios e comércio da capital, sendo hoje um ícone no imaginário cosmopolita de Lisboa. A excelente qualidade deste edifício, com características de construção, materiais e equipamento excepcionais e uma localização privilegiada em relação a transportes, redes viárias, comércio, de lazer e cultura, valeu-lhe um conjunto de prémios, nomeadamente:

- Prémio “Excelente em Concepção Arquitectónica Integrada e Desenho de Interiores”, 1997

- Prémio “O Melhor Empreendimento do ano”, 1997 - Prémio “Ambelis”, 1997

- Prémio “Secil de Engenharia Civil”, 1999

101 Tipologia:

- Escritórios: 9 pisos, 27.000 m2

- Centro Comercial: 3 pisos, 13.000 m2

- Estacionamento: 6 pisos, subterrâneos, 30.000 m2

, 815 lugares - Área total de construção: 70.000 m2

Características Técnicas:

- Fachada exterior de vidro agrafado: 7240 m2

- Fachada interior de vidro: 7970 m2

- Pavimento falso: 23.000 m2

- Estores motorizados: 4800 m2

- Unidades de tratamento de ar com capacidade para tratar 100 mil m3

/hora de ar novo;

- Centrais de produção de água gelada para alimentação do ar condicionado que pode combinar: 1 Chiller Trane com capacidade de 2,5 MW de produção de frio; 3 Chiller’s RC com um total de 2,3 MW; 24 bancos de gelo com um total de potência de descarga de 1600 kW e 3 torres de refrigeração;

- 2 Caldeiras de 720 kW;

- Sistema de Gestão Técnica Centralizada que gere 5 mil pontos em toda a instalação; - 19 Elevadores, 2 Escadas Rolantes e 1 Plataforma de Deficientes; 1 “Bailéu”

interior e 2 “Bailéus” exteriores;

- 200 Câmaras de Vigilância (sistema digital);

- Grupo Gerador de Emergência de 800 kVA (diesel);

- Potência eléctrica instalada: 1 transformador de 1250 kVA; 1 transformador de 1600 kVA.

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Equipamentos de AVAC