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CAPÍTULO IV: CONCLUSÕES, APRENDIZAGENS E LIMITAÇÕES

Esquema 7. Plano síntese das atividades

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ser um projeto partilhado, ainda que com uma componente autónoma muito expressiva, a sua concretização teve um significativo prolongamento temporal. Para além das alterações sucessivas de que foi alvo, fruto das solicitações das crianças, a educadora da sala também esteve implicada neste projeto, contribuindo com propostas que desenvolvia em simultâneo. No entanto, o conjunto das principais atividades manteve-se.

A cooperação que existiu na concretização deste projeto foi, realmente, um dos pontos mais positivos. Instituição, estagiárias, educadora, auxiliar, crianças e pais formaram uma equipa de trabalho, marcada pela cooperação, onde cada um teve um papel importante. Sempre que uma ideia nova surgia no âmbito deste projeto, a sua implementação era discutida em sala e, mais tarde, comunicada aos pais, que sempre responderam da melhor forma. Estes faziam questão de acompanhar o percurso dos filhos ao longo das diferentes fases da sua implementação e isso foi muito importante para as crianças. Para além de visitarem a sala com regularidade, para verem os trabalhos realizados, e de contribuírem com novos livros, iam dando conta da euforia e expectativa dos filhos relativamente às temáticas abordadas.

As crianças, por sua vez, mostraram-se muito envolvidas em todo o processo e isso tornava-se mais evidente quando desenvolviam atividades de expressão dramática, visual e plástica. Foi muito importante ouvir as crianças e a avaliação que faziam a cada intervenção ou atividade. Foram capazes de expressar aquilo que aprenderam e que mais gostaram e, sempre que, autonomamente, realizavam algo relacionado com as novas aprendizagens, faziam questão de mostrar. Este é, também, um elemento muito importante para avaliar globalmente este projeto. Nem sempre foi fácil manter o foco das pesquisas nas enciclopédias. A quantidade de informação contida nesses livros, bem como a ilustração abundante, obrigou a que se recorresse a estratégias de pesquisa, que desafiassem as crianças a descobrir mais sobre um tema específico. Os desafios eram lançados em forma de jogo, por exemplo, recorrendo a cartas de figuras que as crianças tinham de procurar nos livros e/ou discutir se poderiam pertencer ao continente estudado, colocando-as, de seguida, numa das três caixas disponíveis e devidamente identificadas: pertence, não pertence, temos dúvidas. Geralmente, esta tarefa era desenvolvida em pequenos grupos e as opções eram discutidas no momento de revisão.

Há, no entanto, muitos aspetos positivos a destacar quanto à utilização das enciclopédias. Antes de mais, estes objetos passaram a fazer parte dos instrumentos de pesquisa referidos pelas crianças, o que antes não acontecia. Importa referir, também, que, mesmo estando perante uma

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comunidade não leitora, no final do projeto, grande parte das crianças já reconhecia algumas caraterísticas destes livros informativos. Inclusivamente, distinguiam-nos de outros, como os dicionários ou alguns atlas. As crianças passaram, efetivamente, a permanecer mais tempo na área da leitura, muitas vezes, para procurar novas informações para partilhar, e esta passou a ser a primeira escolha de algumas crianças, que, como já foi dito, iam trazendo novos títulos de casa para colocar na estante. Esta categoria de livros, bem como os produtos das atividades que surgiram da sua utilização, contribuíram, ainda, para a edificação de uma nova área na sala, dedicada ao conhecimento do mundo. Estas foram, posteriormente, reunidas, e serviram para divulgar o projeto aos pais e à comunidade educativa. Através de fotografias, dos trabalhos realizados e dos livros expostos, as crianças contaram como foi o percurso dos últimos meses. Depois, propôs-se aos pais que avaliassem o projeto, respondendo a um pequeno inquérito (Figura 12). As respostas encontram-se na secção dos anexos, acompanhadas de alguns registos fotográficos referentes a atividades autónomas das crianças e à exposição realizada com as suas produções.

3.3. Descrição das principais atividades

Pelos motivos elencados, anteriormente, a investigação em torno das enciclopédias para a infância e a juventude teve principal incidência no contexto de educação pré-escolar, onde foi desenvolvido um conjunto de atividades no âmbito do projeto de intervenção supervisionada. Estas serão apresentadas neste subtópico em forma de descrição.

Por seu turno, as propostas levadas a cabo no 1º Ciclo tiveram por base os livros sugeridos pelo projeto Erasmus+ Living Among Books. No entanto, o corpus proposto, incluía a abordagem a um livro informativo, tendo esta resultado numa atividade importante para a investigação, que, por esse motivo, também apresentaremos. Além da atividade proposta nesta intervenção, será

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descrita uma outra, resultante da constatação de que as crianças desta turma de 4º ano não contactavam, regularmente, com as enciclopédias. Estas desconheciam a forma como se organizam e se apresentam os conteúdos nestes objetos, bem como os propósitos e os modos da sua utilização, pelo que se aproveitou uma aula sobre ecologia para introduzir o estudo a estes livros.

Seguimos, assim, apresentando a descrição das principais atividades, desenvolvidas em ambos os contextos de intervenção.

3.4.1. Atividades desenvolvidas em contexto pré-escolar Atividade 1

Proposta educativa: Elaboração das bandeiras de 23 países europeus.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo e Área de expressão e comunicação. Definida a intenção de iniciar o projeto contextualizando Portugal no mapa da europa, decidiu-se começar por apresentar um planisfério de grandes dimensões às crianças. Os contornos, pouco visíveis, dos continentes e dos países — que facilmente detetaram —, serviram de meio de testar o interesse delas relativamente à temática, bem como para perceber o que já sabiam. Mostraram-se eufóricos assim que entenderam o que estava representado naquela placa de esferovite, gritando que era “o mapa do mundo!”. Questionadas, nem todas sabiam onde se situava Portugal, mas algumas crianças sabiam definir com precisão as suas fronteiras.

Foram realçados os contornos do país e, enquanto isso, introduziu-se outra questão: E em que continente se localiza Portugal? As dúvidas eram evidentes e as crianças recorriam a conhecimentos prévios para responder à questão. Por exemplo, diziam “Portugal é ao pé da Espanha” ou “da França”, até que alguém disse: “Europa!”. De repente, começaram a surgir outras ideias e, devido à participação da Seleção Nacional de Futebol no campeonato FIFA World Cup 2018, algumas crianças gritavam: “Rússia!”, demonstrando interesse por explorar aquele país. Contornou-se a Europa no mapa e, oralmente, o grupo identificou alguns países vizinhos, alguns aspetos caraterísticos da nossa cultura e dos povos com quem partilhamos o nosso continente.

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De seguida, foram apresentadas 23 bandeiras europeias que, posteriormente, foram distribuídas pelas crianças. Em pequeno grupo, reproduziram a sua bandeira para que, depois, a situassem na europa. A atividade previa a utilização de pequenos pedaços de papel colorido que teriam de colar num pequeno pedaço de cartão. No fim da atividade de expressão visual e plástica, recordaram, em grande grupo, o nome dos países aos quais pertencia cada uma daquelas bandeiras e estas foram colocadas no mapa.

Uma vez que se mantinha o interesse pela Rússia e, por parte de alguns, pelo Reino Unido, considerou-se importante responder a este interesse. Procedeu-se, no entanto, uma votação para que, na atividade seguinte, fosse explorado um desses países, já que não haveria espaço para a exploração dos dois. A Rússia arrecadou a maioria dos votos, mas, contagiados pelos festejos, quem tinha escolhido o Reino Unido também quis “entrar na festa”. Foram contornadas as fronteiras do país.

Atividade 2

Proposta educativa: Pesquisa nas enciclopédias, visualização de um vídeo sobre a Rússia e decoração de Matrioskas.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social; Área de expressão e comunicação.

Esta atividade foi realizada em duas fases: uma manhã para pesquisa e uma tarde (do dia seguinte) para a visualização do vídeo e para a decoração das matrioskas. Respondendo ao interesse mostrado pelas crianças durante a atividade anterior, começou-se por dialogar com elas, em grande grupo, de forma a pudessem partilhar aquilo que sabiam sobre a Rússia e aquilo que gostavam de descobrir. Relembrámos onde se situa este país no mapa e foram apresentadas algumas imagens que pudessem auxiliar a pesquisa nas enciclopédias. Feito o levantamento das conceções das crianças e apresentadas as pistas, procedeu-se à pesquisa.

Durante esta primeira fase da atividade, algumas crianças utilizaram a bandeira para chegarem mais rápido à informação que pretendiam. A Catedral de S. Basílio e as Matrioskas foram os dois elementos-chave mais encontrados e que mais curiosidade despertaram nas crianças. No final da pesquisa, foram partilhadas e discutidas, em grande grupo, as descobertas realizadas.

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De modo a que o vídeo respondesse às curiosidades demonstradas pelas crianças — e que não viram satisfeitas com a pesquisa nas enciclopédias —, foi elaborada uma lista prévia de elementos que importavam destacar. A apresentação do vídeo foi, por isso, de muita agitação e entusiasmo. Sempre que surgia uma nova imagem, as expressões de surpresa soavam na sala, sobretudo quando foram apresentados os animais mais caraterísticos do país. Para fechar este momento, houve espaço para discutir o que viram e o que mais gostaram. Referiram, essencialmente, os animais, a Catedral de S. Basílio e as Matrioskas.

Finalmente, foram trazidas para a manta Matrioskas reais, de modo a introduzir o próximo momento da atividade. Todos tiveram oportunidade de tocar e explorar estas bonecas russas, como forma de buscar inspiração para decorar a sua. Em pequenos grupos, puderam utilizar materiais de pintura, colagem e recorte para decorar a sua Matrioska que, depois, foi exposta na sala.

Atividade 3

Proposta educativa: Pesquisa nas enciclopédias e jogo interativo com imagens das crianças da Ásia.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social. Viajávamos para um novo continente: a Ásia. Para a realização desta atividade, recorreu- se, novamente, às bandeiras, desta vez, para fazer o jogo dos 23 países da Ásia. Estas estavam divididas ao meio e foi dada uma metade a cada criança. Numa caixa estavam as outras metades dessas bandeiras, que teriam de encontrar, misturadas com as bandeiras da Europa, também divididas, e que já conheciam. A ideia era complexificar a tarefa das crianças e, ao mesmo tempo, avaliar se eram capazes de identificar as bandeiras do continente europeu. Além disso, estes seriam novos materiais didáticos a colocar na área das ciências. O jogo era simples e, rapidamente, as crianças encontraram a metade pertencente à sua bandeira.

Enquanto o jogo decorria e à medida que iam surgindo, também, as diferentes bandeiras europeias, as crianças faziam associações entre estas e os colegas que as reproduziram na primeira atividade. Iam dizendo: “Juliana, olha a bandeira da C.!” ou “Esta é a bandeira da E., mas não sei de que país é!”. Mesmo tendo verificado que não sabiam a que país pertencia cada bandeira, foi importante perceber que as reconheciam.

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Assim que todos completaram a sua bandeira, houve tempo para fazer um levantamento dos seus conhecimentos acerca deste novo continente e, inclusivamente, se identificavam caraterísticas específicas dos povos que o habitam. Muito rapidamente, um menino dizia: “As pessoas, lá, têm os olhos ‘à chinoca’!”, esticando o seu rosto para exemplificar. Isto gerou algumas gargalhadas e serviu para lançar uma questão, que viria a ser respondida no momento seguinte: “Será que todas as crianças da Ásia têm os olhos assim?”. A maior parte das crianças não soube responder, mas algumas responderam que sim.

Recorrendo a um projetor, apresentou-se, então, a lista das bandeiras que as crianças tinham. Assim que surgiram, apressaram-se a identificar a sua. Um de cada vez, foram descobrindo como são as crianças naquele país, clicando sobre a sua bandeira, que fazia com que uma imagem fosse projetada. Dada a dimensão do continente asiático, verificou-se que as pessoas são muito diferentes de país para país e isso causou muita surpresa nas crianças. Ainda assim, conseguiram perceber que a maioria se caraterizava pelos olhos “rasgados”, e que à medida que avançávamos para sul, as crianças eram mais parecidas com as crianças europeias.

Da parte da tarde, procedeu-se à pesquisa nas enciclopédias e, depois, à discussão sobre as descobertas. Estas seriam importantes para a atividade do dia seguinte, que foi proposta pela minha colega Tânia.

Atividade 4

Proposta educativa: Leitura do conto: Os mil brancos dos esquimós, de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso; peça de teatro O Esquimó, com recurso a indicadores cénico-dramáticos; pesquisa nas enciclopédias.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social e Área da expressão e comunicação.

Esta proposta foi apresentada em dois momentos distintos, pelo que a primeira parte diz respeito à leitura do conto e a segunda à peça de teatro, e foi desenvolvida em conjunto com a colega de estágio Tânia Carvalho. A leitura do conto Os mil brancos dos esquimós, de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso foi a estratégia utilizada para introduzir um novo continente: a Antártida. Preparou-se, previamente, um conjunto de materiais que trouxessem um pouco de

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magia à história. Desta forma, as crianças puderam ter uma experiência de leitura sensorial que as envolveu neste momento.

A narrativa foi projetada na sala e deu-se início à leitura. No conto, o esquimó afirma que, por viver rodeado de branco, consegue ver mil tons de branco e nomeia alguns. Sempre que a personagem o fazia, entregava-se às crianças algo que as pudesse fazê-las “sentir” esse branco. No final, foram desafiadas a formar conjuntos de brancos iguais, entre os vários objetos brancos trazidos para a sala.

No dia seguinte, dedicado à segunda parte da atividade, as crianças foram, uma vez mais, surpreendidas com uma nova ida à Antártida. Antecipadamente, foi pedido aos pais que colaborassem e colocassem gorros, luvas e cachecóis nas mochilas. E assim o fizeram.

Antes de entrarem para o continente gelado e para o iglu improvisado, carimbaram os seus passaportes, elaborados pela educadora. Já na Antártida, brincaram na “neve” e conheceram a história do Esquimó e dos seus amigos. No final, foi realizada a pesquisa nas enciclopédias, onde ficaram a conhecer ainda melhor este novo continente. De modo a orientar a pesquisa, foram utilizadas imagens de elementos caraterísticos ou naturais desse continente.

Atividade 5

Proposta educativa: Jogo temático para pesquisa nas enciclopédias; Pintura com diferentes técnicas expressivas “Os animais da Oceania”.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social e Área da expressão e comunicação.

Para iniciar a abordagem à Oceania, começou-se por dialogar com as crianças, para que estas partilhassem os seus conhecimentos relativamente a este continente. Esta introdução foi feita em conjunto com a Tânia, de forma a estabelecer uma ligação entre as atividades desenvolvidas com os dicionários e as enciclopédias. Sabiam, à partida, que deveria ser um continente quente, porque tinha Coalas e Cangurus e “eles não gostam do frio!”. Comecei por levar cartas com a imagem e o nome dos animais mais característicos da Oceania, realçando, especialmente, a presença de marsupiais na Austrália (maior ilha do mundo). Estas cartas serviram para terem um primeiro contacto com eles e para iniciar a pesquisa nas enciclopédias.

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Enquanto metade da turma trabalhava sob a orientação da colega Tânia, a outra parte fazia o jogo de pesquisa. Às cartas anteriores juntaram-se outras, de animais que não pertenciam à Oceania. Nas mesas foram colocadas três caixas para separar essas cartas. Uma seria para colocarem os animais que pertenciam àquele continente, outra para colocarem os que não pertenciam e, uma última, para colocarem aquelas que levantavam dúvidas ao grupo. No final, conversou-se sobre o que descobriram e foi atribuído a cada criança um molde de um animal, em cartolina. Teriam de utilizar lápis de cera e tintas para o decorar. A mistura destes dois materiais resultou em produções que os/nos surpreenderam.

Atividade 6

Proposta educativa: Jogo temático para pesquisa nas enciclopédias; Elaboração e construção de um puzzle sobre a América.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social e Área da expressão e comunicação.

Para abordar a América, foi necessário começar por contextualizar o continente no mapa e fazer um balanço do que sabiam. Por já conhecerem um pouco a América do Sul, explorada no ano passado, aquando da integração de uma criança brasileira no grupo, foi mais fácil perceberem as diferenças relativamente às culturas mais a norte. Recorrendo à mesma estratégia utilizada na pesquisa sobre a Oceania, por ter representado uma forma mais motivante de procurar informação, apresentei às crianças diversas cartas com os símbolos mais icónicos da América do Norte, América Central e América do Sul. Estas teriam, mais uma vez, que definir as que pertenciam, ou não, ao continente americano, separando, igualmente, aquelas que suscitassem dúvidas. As dúvidas foram esclarecidas na manta.

Posteriormente, passámos à elaboração de um puzzle. Em mais uma atividade conjunta, atribuiu-se uma peça a cada criança, que representava um país deste continente. Esta teria de decorá-la de acordo com as descobertas que realizou sobre a América. Este foi, depois, montado com as crianças, no momento de grande grupo.

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Proposta educativa: Visita à Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social e Área da expressão e comunicação.

A visita à Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva foi mais uma atividade que surgiu durante a concretização do projeto. O trabalho desenvolvido em torno dos livros levou a que as crianças manifestassem vontade de conhecer uma biblioteca de gente grande. Dado que a biblioteca em questão contempla um espaço dedicado ao livro informativo e à literatura para a Infância e a juventude, bem como um local para o conto de narrativas (sala da hora do conto), decidiu-se levá- los a conhecer as instalações.

Dada a abundância de títulos, as crianças mostraram-se muito entusiasmadas e puderam explorar alguns livros de forma autónoma, ainda que com supervisão dos adultos.

Além disso, puderam contar com uma presença especial. A Professora Sara Reis da Silva veio ao nosso encontro para proporcionar um momento de leitura às crianças, cumprindo, desta forma, a promessa que lhes fez na primeira visita ao jardim-de-infância. À medida que se apercebiam da aproximação do final do estágio, iam “cobrando” esse momento e, por isso, foi muito importante para elas. A narrativa, intitulada A surpresa de Handa, da autoria de Eileen Browne, estava muito bem enquadrada na temática do projeto e foi muito apreciada pelas crianças.

Atividade 8

Proposta educativa: Pesquisa nas enciclopédias; introdução à música africana com dança livre e atividades rítmicas; visita de um jovem cabo-verdiano para partilha cultural e introdução à música "À descoberta do nosso mundo" (letra original); experiência com mistura de cores.

Áreas de conteúdo: Área do conhecimento do mundo; Área de formação pessoal e social e Área da expressão e comunicação.

Para terminar a exploração dos continentes, as crianças “viajaram” até à África. Aperceberam-se, rapidamente, que este seria o último continente e, por isso, foram fazendo perguntas. Como era fácil de identificar nas enciclopédias, principalmente devido à sua fauna, as crianças mostravam ter muitos conhecimentos acerca desse continente. Por isso, depois de um

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breve diálogo com as crianças, em que, com recurso a algumas imagens, foram ouvidas as conceções do grupo, foi apresentada uma música africana, à qual foi introduzida uma coreografia simples. As crianças apreciaram a sonoridade da música e, uma vez que a Tânia tinha explorado o conceito de tribo, as crianças quiseram escolher um nome para a tribo que queriam formar. Todos passaram a integrar, assim, a Tribo Noguai. O nome foi escolhido pelas crianças, inspirado nos nomes das tribos africanas e no nome da freguesia onde se situa a instituição. Depois de alguns aperfeiçoamentos na coreografia, puderam dançar livremente outros géneros musicais africanos.

Visto adorarem surpresas, as propostas autónomas terminaram com a visita do amigo Cláudio, natural de Cabo-Verde. Previamente, foi escrita e composta uma canção original, contemplando as viagens feitas com as crianças aos diversos continentes. As crianças foram caraterizadas no exterior da sala, com os elementos caraterizadores da sua tribo, uma vez que iam para África, onde apresentariam a sua coreografia à população. Assim que entraram na sala, ficaram muito surpreendidas! O Cláudio emprestou a voz e a sua viola à música, enquanto as

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