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PLUTÃO—UMA REFLEXÃO POSTERIOR

PLUTÃO: A JORNADA EVOLUTIVA DA ALMA

PLUTÃO—UMA REFLEXÃO POSTERIOR

Foi dito anteriormente que de 75 a 80 por cento do nosso comportamento é condicionado por forças inconscientes que estão ligadas a padrões passados numa associação de identidade, e que esses padrões passados estavam associados às forças cumulativas evolutivas que estão radicadas em nossos desejos. Estes padrões passados estavam ligados à nossa segurança emocional inconsciente em virtude da familiaridade que eles representam; nós somos automaticamente atraídos para esses antigos padrões porque eles são o que nós já somos. Eles possuem uma confiabilidade. Essa confiabilidade bem como o fato de sermos atraídos naturalmente para esses antigos padrões mm bloqueios ao desenvolvimento e à evolução; em decorrência disso, ficamos estagnados. A força evolutiva da Alma produz uma pressão para eliminar e transformar os antigos padrões em novos padrões. Os antigos padrões representam a segurança — os novos, a insegurança. Este processo de transição entre o antigo e o novo explica muitas das características de comportamento aparentemente negativas associadas a Plutão.

Todos nós temos pensamentos, disposições de ânimo, emoções, modos de nos relacionarmos com nós mesmo e com os outros, maneiras de entender a vida, pontos de vista e assim por diante. E contudo, quantos de nós estamos conscientes de o quanto essas dinâmicas estão condicionadas pelo passado? Vivenciamos essas dinâmicas "agora". Uma idéia é uma experiência imediata e pode ser difícil compreender a ligação da idéia com um antigo padrão de consciência radicado no passado, e o modo como esse passado está na verdade condicionado a própria idéia atual. Mas ele está. Esta interação é a base da contínua evolução; do desenvolvimento lento porém constante. Um passo leva ao seguinte.

O passado tem uma razão de ser, do mesmo modo como o presente e o futuro também o tem. O passado afeta ou condiciona o presente e o futuro. O processo de transição entre o passado e o futuro (segurança versus insegurança) pode criar inúmeros "problemas" de comportamento. Uma vez que o presente e o futuro (mudanças necessárias, evolução) podem ser encarados como ameaçadores para nossa segurança e realidade existente (passado), podemos resistir à força evolutiva voltada para o futuro em atuante na vida. Esta resistência pode produzir possíveis barreiras que impedem ou bloqueiam

o fluxo evolutivo natural que fomenta o estado de contínua evolução. Essas barreiras de resistência criam os fenômenos de um evento evolutivo cataclísmico que tem o efeito de remover a barreira para que o fluxo natural possa continuar.

A partir de um ponto de vista psicológico, essas barreiras de resistência podem criar complexos, compulsões e obsessões. Isto pode causar o medo, a raiva, ou, em casos extremos, a ira caso o indivíduo vivencie choques emocionais ou remoções forçadas de alguma coisa (i.e. um relacionamento) da sua vida. O indivíduo pode ficar zangado e potencialmente violento em virtude do sentimento de que a vida estava "fora de controle". O indivíduo poderá sentir que estavam em ação forças mais poderosas do que ele. Raramente o indivíduo compreenderia que a responsabilidade por esta experiência originou-se de dentro de si mesmo em decorrência de uma necessidade evolutiva e Kármica. Em conseqüência disto, o indivíduo poderia se tornar vingativo, mau ou cruel numa tentativa de "desforrar-se" daquilo que lhe causou a dor emocional. O indivíduo poderia vivenciar um inferno pessoal e criar um inferno para os outros quando mergulhasse nos recantos mais profundos das necessidades emocionais e de segurança inconscientes radicadas no passado (o famoso mundo subterrâneo de Plutão). A pessoa que resiste à pressão ou ao desígnio evolutivo de transformar os antigos padrões poderá não ter qualquer perspectiva ou conhecimento de por que uma crise estava ocorrendo — por que o parceiro estava partindo. Esta falta de perspectiva ou conhecimento produz as reações de comportamento aqui descritas. Em outras palavras, o indivíduo tipicamente não teria consciência da sua própria "barreira" pessoal que finalmente criara ou conduzira a um impedimento de um ulterior desenvolvimento.

Posteriormente, depois de encerrada a proximidade do evento, haveria não apenas um salto evolutivo, como também uma nova perspectiva. O indivíduo se regeneraria e "renasceria" com um novo nível de consciência ou percepção. Toda a abordagem aos relacionamentos poderia ser radicalmente alterada ou modificada. Ao mergulhar no "inferno" e vivenciar uma espécie de morte, a pessoa evoluía alcançando seu próprio "Céu" durante algum tempo após ocorrer a perspectiva obtida numa percepção posterior. Todos nós vivenciamos ciclos relativos de céu e inferno com diversos graus de intensidade. Plutão simboliza a morte e o renascimento, a metamorfose, a transformação e a regeneração. Esses processos se manifestam por causa das

limitações ou estagnações enraizadas nos nossos antigos padrões emocionais e de segurança que se baseiam no nosso passado evolutivo que condicionam nossas orientações presentes com relação a esta vida. Quando estas forças inconscientes criam o efeito "barreira", é preciso que ocorram as conseqüências evolutivas e Kármicas acima para que a jornada evolutiva do indivíduo possa continuar.

Um outro estado psicológico potencialmente negativo de Plutão é a culpa ou o pecado. Por que e como? A culpa ou o pecado subentendem um padrão de conduta que é "correto". Qualquer desvio com relação a esse padrão criaria a sensação de culpa ou de pecado. Este padrão de conduta correta é relativo e pode ser relacionado com um grande número de causas. A partir de um ponto de vista espiritual ou religioso temos o conceito de pecado original. Além do comportamento idealizado implícito em qualquer sistema espiritual, que pode criar sua própria fonte de culpa, está a idéia de Separação da Causa Primeira. Existem muitas explicações diferentes a respeito de como essa separação ocorreu dependendo do sistema específico. Na Bíblia, este princípio está representado na história de Adão e Eva. O senso de separação fomenta um sentimento de culpa num nível inconsciente. O senso de separação também produz o sentimento de perda de alguma coisa, o que por sua vez pode criar um "medo de perder" psicológico, e por conseguinte gerar problemas de incapacidade de confiar em alguém ou alguma coisa por medo de perdê-la, ou por medo de que ela nos seja tomada. Sintonizar o nosso eu com um padrão religioso ou espiritual de conduta correta produz automaticamente uma estrutura de confrontação interna e externa, que também é um processo de Plutão. Esta confrontação nos torna conscientes das nossas limitações, que estão baseadas no que nós não somos quando fazemos a comparação com o que poderíamos ou deveríamos ser. Esta confrontação com nossas limitações pode nos fazer sentir culpados, e em alguns casos, zangados, quando não correspondemos aos nossos padrões, ou aos padrões do "sistema" ao qual aderimos.

Outras causas do "padrão de conduta correta" que podem produzir os mesmos efeitos podem ser nós mesmos, nossos pais, professores, amigos, a sociedade, amantes, e assim por diante. E o relacionamento entre nós e qualquer causa com a qual tenhamos formado um relacionamento que podem criar a sensação de culpa quando não satisfazemos as expectativas implícitas no padrão de conduta correta.

Uma outra causa ou fonte de culpa está associada aos fenômenos plutonianos potenciais da manipulação. Como já foi explicado,

uma das maneiras pela qual Plutão estimula a evolução é através de um relacionamento com algo mais elevado ou mais evoluído do que nós mesmos, ou através de um relacionamento com alguma coisa ou alguém que represente o que necessitamos. Podemos manipular situações ou pessoas a fim de obter o que precisamos, ou podemos ser manipulados por situações ou pessoas para que elas possam conseguir o que precisam. A manipulação pode criar então uma situação de usar ou ser usado, a fim de que as necessidades sejam satisfeitas (Plutão). O problema intrínseco é manter o relacionamento somente enquanto durar a necessidade, e depois eliminar o relacionamento em virtude de uma nova necessidade que dita um relacionamento com uma outra coisa ou outra pessoa. A sensação de culpa está diretamente relacionada com o conhecimento de que estamos usando uma situação ou pessoa para nossos próprios motivos ou necessidades. A sensação de saber é, na maioria dos casos, subliminar ou inconsciente. Conseqüentemente, este tipo de culpa também é inconsciente e é mantido nos bancos de memória da Alma. Estas memórias são resultado de ações de vidas pregressas, bem como de possíveis ações nesta vida.

E importante compreender que os relacionamentos formados dessa maneira são um reflexo natural do desejo de crescer e evoluir; de ligar, fundir ou unir a nós mesmos e nossos recursos com os recursos e o estado de ser de outra pessoa (Plutão). As limitações pessoais são transmutadas ou transformadas em decorrência do relacionamento formado. Uma vez que isto é um reflexo do desejo evolutivo natural de evoluir e crescer, o efeito do uso e da manipulação que conduz à culpa também é natural. Este efeito natural ocorre para que nos tornemos cada vez mais conscientes das nossas intenções e motivações (Plutão), e para que aprendamos com experiências anteriores nesses relacionamentos.

Esta dinâmica apresenta muitos efeitos psicológicos "derivados". Um deles é a desconfiança, uma marca característica de Plutão. Uma pessoa que tenha sido usada, maltratada, ou manipulada com bastante freqüência ficará sempre desconfiada das pessoas — dos seus motivos e intenções. Nos casos muito negativos, a desconfiança pode conduzir a uma incapacidade fundamental de confiar em qualquer pessoa ou qualquer coisa, e a uma tentativa natural de se conter ou se ocultar por medo de ser explorado ou usado. Se projetarmos inconscientemente essa vibração de desconfiança iremos sem dúvida

atrair essa vibração de volta para nós. As outras pessoas terão a tendência de não confiar em nós. Além disso, estaríamos nos predispondo a ser mal compreendidos ou mal interpretados pelas outras pessoas. Esta dinâmica cria a queixa bastante comum de "ninguém me compreende". Quem é o agente responsável por essa situação e por que ela ocorre? Ela ocorre para nos tornar conscientes das nossas motivações e intenções interiores. A necessidade de penetrar (Plutão) no nosso núcleo ou no núcleo de outra pessoa a fim de descobrir o "motivo fundamental" (de onde eu ou outra pessoa viemos e por que razão) representa a necessidade evolutiva.

Uma outra dinâmica plutoniana ímpar é a atração por tabus culturais. Toda sociedade ou cultura possui tabus. Os indivíduos com fortes características plutonianas, da Oitava Casa ou de Escorpião podem ser compulsivamente atraídos por aquilo que é considerado proibido porque representa uma experiência ou associação potencialmente poderosa através da qual o indivíduo pode descobrir uma dimensão ou aspecto de si mesmo. Além disso, aquilo que simboliza um tabu pode ser muito atraente porque o potencial de transformar limitações de comportamento existentes podem ocorrer através dessa experiência. Os tabus possuem conseqüentemente um tremendo poder para alguns indivíduos. Qualquer coisa pode constituir um tabu: crenças, valores, normas, costumes, a maneira de fazer alguma coisa e todos os tipos de experiências. Um processo de crescimento ocorrerá através da vivência do tabu, mesmo que a experiência definida por este último seja por natureza negativa.

É importante compreender que a atração ou a repulsa por um tabu reflete algumas questões extremamente importantes e fundamentais para todos nós. Uma delas é a questão do controle. Suponhamos, por exemplo, que um indivíduo esteja tentando levar uma vida positiva, fazer as coisas inerentemente certas, tomar as decisões corretas, mas que ainda assim seja inconscientemente "impulsionado" pela atração por um tabu cultural — quem está no controle? O que está no controle? O que isto significa?

É evidente que a força controladora é a Alma de onde emanam ou se originam esses anseios, necessidades e desejos. Num sentido universal, os poderes intrínsecos do mau e do bem estão no controle. De um ponto de vista espiritual, poderíamos nos referir a Deus ou a Satã. Quando unimos a dinâmica dos desejos que coexistem na Alma, o de separação e o de retorno, podemos ver agora dentro de um contexto espiritual ou universal que a atração ou repulsão

pelos tabus são reflexos dessas "forças" que são inerentemente boas e más, positivas e negativas. Se obstinada e compulsivamente manifestamos desejos de separação, a atração ou repulsão por tabus inerentemente negativos pode conduzir a experiências de comportamento muito sombrias e potencialmente degenerativas. A origem desses desejos é nossa própria Alma, e contudo, ao manter e manifestar esses desejos de separação nós automaticamente estamos recorrendo à mais poderosa força negativa de todo o Universo: Satã. O controle supremo, então é esta força satânica. A existência de Satã depende das ilusões humanas e da continuidade da separação com relação ao Criador: Deus. Estas tentações proibidas tenderão a se manifestar em áreas onde somos Karmicamente fracos ou receptivos a experiências potencialmente negativas ou delusivas. A posição de Plutão na casa e os aspectos com outros planetas descreverão esta potencialidade, e onde é provável que ela se manifeste.

Inversamente, o poder intrínseco do bem, Deus, pode se manifestar através do nosso desejo de retornar à Causa Primeira. Por conseguinte, os tabus culturais que podem ser encontrados e que se destinam a encorajar nossa jornada espiritual nessa direção também podem parecer irresistivelmente atraentes caso a cultura da qual participemos não nos ofereça as experiências apropriadas que irão permitir o prosseguimento desta jornada.

Vamos utilizar um caso verídico para ilustrar estes princípios. Este indivíduo tem Plutão em Virgem na Oitava Casa em conjunção com Urano e com o Nodo Norte. O regente planetário encontra-se em Peixes em conjunção com o Nodo Sul na Segunda Casa. Plutão e Urano formam sextis com a Lua em conjunção com Netuno em Escorpião na Décima Casa, e Mercúrio forma um trígono com esses mesmos planetas. Este indivíduo estava no estado evolutivo individualizado e avançava rapidamente na direção do estado espiritual. Ele nasceu numa família de classe média no Canadá. Os dois tabus fundamentais que simbolizavam para ele experiências de transformação eram o misticismo oriental e a pornografia, ambos considerados tabus sociais para a maioria da população canadense. Os dois desejos coexistentes na Alma o puxavam em duas direções diametralmente opostas. O desejo de crescer e evoluir se traduzia numa compulsão que o impulsionava na direção do misticismo oriental e dos rituais e símbolos que deixavam espaço para uma total reformulação do seu senso de identidade pessoal. E contudo este desejo e orientação entravam em conflito

com o seu desejo de se manter separado e de evitar mesclar sua identidade com a Causa Primeira. A fim de manter sua separação e seu senso ilusório de poder pessoal, ele era compulsivamente possuído pelos símbolos da pornografia. Ele costumava freqüentar cinemas que exibiam filmes pornográficos, e comprava constantemente revistas com esse tipo de fotografias. Ele tinha em seu quarto fotografias de mulheres nuas colocadas ao lado de imagens de seres espirituais. Ele relatou que mesmo enquanto meditava, imagens mentais de atos pornográficos costumavam se manifestar na sua mente. Estas vivências não apenas o faziam sentir-se desprezível, impuro e culpado de se encontrar num caminho espiritual, mas também o faziam sentir- se maluco porque se sentia fora de controle. Embora ele estivesse sendo tentado pelas poderosas forças satânicas, estas tentações refletiam seu próprio desejo de manter a separação. Ele estava Karmicamente fraco com relação à maneira como suas fortes necessidades e desejos emocionais e sexuais se manifestavam. Seu desejo de se purificar e

expurgar esses demônios Kármicos se traduzia em imagens mentais, idéias e desejos de seguir um caminho espiritual simbolizado por gurus que personificavam a pureza que ele estava buscando. A força de Deus se refletia na sua vida dessa maneira. Cada experiência e orientação era necessária. Cada direção abria espaço para que uma metamorfose ocorresse. Ao seguir o tabu da pornografia, ele entrou em contato com a base dos seus desejos e motivações de natureza separatista. Em outras palavras, o autoconhecimento necessário ocorreu exatamente por ele efetivamente seguir esses tipos de experiências. Ao comparar estas últimas com as experiências que ocorreram em decorrência da sua tendência espiritual, ele finalmente libertou-se da atração compulsiva por este tabu negativo, Ele alcançou isto ao exercer o discernimento e aplicar sua vontade para cancelar as tentações negativas quando estas ocorriam. Além disso, ele tornou-se depois um aconselhador psicológico para outras pessoas com desejos e problemas sexuais anormais. Desse modo, ele expurgou da sua Alma os desejos, as tentações e os tabus negativos.

Os tabus que simbolizavam o poder e o potencial de transformação não precisam possuir uma natureza negativa. Eles podem contudo, ser considerados negativos pela opinião geral ou pela ordem social predominante. Podemos citar como exemplo o fato de Jesus ter comido junto com aqueles com quem não devia se associar. Este gesto simbólico permitiu que outras pessoas questionassem este "tabu" e desse modo se libertassem das limitações subentendidas por esse "tabu". Jesus tinha Plutão em conjunção com Marte em Virgem, retrógrado na Nona Casa em oposição a seis planetas em Peixes na Terceira Casa. Ele pregou aos outros opondo-se dessa maneira aos costumes sociais e à lei "religiosa" predominantes. E claro que ele foi criticado por seu ato pelas forças sociais e religiosas opostas, porém a pureza do seu ato falou por si mesma.

Deveria ser óbvio que mesmo as associações comuns de comportamento correlacionadas com Plutão estão baseadas nas leis ou processos evolutivos naturais que governam a vida tanto individual quanto coletivamente. A própria essência dessas leis evolutivas foi relacionada com os desejos que coexistem inerentemente em cada uma de nossas Almas. A interação desses dois desejos arquetípicos determina aquilo que julgamos necessitar a fim de nos desenvolvermos. Isto por sua vez determina as escolhas que fazemos (livre arbítrio), o que determina as ações que iniciamos. As ações que iniciamos criam

reações (Karma), que conduzem a novas ações que estão baseadas nas reações — ad infinitum. Os desejos coexistentes estão associados à atração e repulsão, à resistência e à não resistência, à segurança e à insegurança, à morte e ao renascimento; em resumo, ao processo evolutivo em si. Todos os problemas psicológicos tradicionalmente associados a Plutão (a raiva, o medo, a compulsão, a culpa, o ciúme, a resistência, a idéia de posse, a obsessão, a vingança, a manipulação, a desconfiança) têm sua origem nessa lei evolutiva fundamental. Inversamente, todas as características positivas de Plutão também possuem sua causa nessa lei — a renovação, o renascimento, a força de vontade positiva, a motivação positiva do eu e dos outros, a não resistência, mudar segundo as necessidades, e assim por diante. Esta lei não é apenas uma teoria, e sim um fato observável da própria vida.

SEGUNDO CAPÍTULO