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5.2 - Descrever a política de gerenciamento de riscos de mercado adotada pelo emissor, seus objetivos, estratégias e instrumentos, indicando:

A Companhia adota como política de gerenciamento de risco: (i) manter um nível mínimo de caixa como forma de assegurar a disponibilidade de recursos financeiros e minimizar riscos de liquidez; (ii) estabelecer diretrizes para contratação de operações de hedge exclusivamente para mitigação dos riscos financeiros da Companhia, bem como a operacionalização e controle destas posições. As estratégias e instrumentos utilizados estão especificados nos itens abaixo.

a. se o emissor possui uma política formalizada de gerenciamento de riscos de mercado, destacando, em caso afirmativo, o órgão que a aprovou e a data de sua aprovação, e, em caso negativo, as razões pelas quais o emissor não adotou uma política

A Companhia não possui uma política exclusiva para Riscos de Mercado, no entanto, os riscos macroeconômicos, crédito e riscos de mercado de energia são monitorados e reportados no âmbito do Comitê de Riscos da

Companhia, previsto na Política de Riscos.

b. os objetivos e estratégias da política de gerenciamento de riscos de mercado, quando houver, incluindo:

(i) os riscos de mercado para os quais se busca proteção

O principal risco de mercado para o qual a Companhia busca proteção é o de liquidez devido principalmente à variação de receita (mercado) e aos impactos regulatórios, que podem resultar em variação no preço da energia. Ademais, a Companhia monitora o risco cambial decorrente do preço da energia comprada de Itaipu, que é estabelecido em dólares americanos, sendo que as variações das taxas de câmbio desse contrato são reconhecidas nas tarifas de distribuição por meio do mecanismo da CVA. De acordo com a Lei nº. 12.783/13, o risco cambial envolvendo a compra de energia da usina de Itaipu deixará de ser de responsabilidade das distribuidoras e passará a ser de responsabilidade da Eletrobrás. Entretanto, esse mecanismo ainda depende de regulamentação da ANEEL.

A Companhia também monitora potenciais necessidades de contratação de instrumentos para proteção de risco de liquidez, taxa de juros e risco cambial referente a eventuais obrigações atreladas à moeda estrangeira, mas no momento nenhum instrumento é utilizado diante da inexistência de risco efetivo.

(ii) a estratégia de proteção patrimonial (hedge)

Uma vez identificados os riscos a serem mitigados, a Companhia poderá buscar os instrumentos mais adequados para contratar o hedge. Os principais fatores que deverão direcionar a decisão do instrumento a ser utilizado estão listados a seguir:

• Situação de liquidez da Companhia;

• Condição de crédito junto ao mercado financeiro;

• Cenário de mercado.

(iii) os instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

Os instrumentos financeiros mais utilizados pelo mercado visando à proteção patrimonial são:

• SWAPs e Contratos a Termo para proteção (Hedge) contra o risco de taxa de juros e moeda estrangeira em certas obrigações atreladas à moeda não funcional.

5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado

Definido o objeto do hedge e o instrumento a ser utilizado, a Companhia precifica tais operações sempre seguindo as metodologias de mercado vigentes. Em 31 de dezembro de 2016, não há instrumentos de hedge contratados pela Companhia.

(iv) os parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos são contemplados no roteiro de avaliação dos

riscos considerando os seguintes pontos:

• Os riscos estratégicos podem ser categorizados como riscos de mercado, de crédito, de liquidez,

operacionais, de reputação e imagem, regulatório, legal, ambiental e outros riscos financeiros (contábil, atuarial e fiscal).

• Além de sua categorização, suas naturezas, causas, responsáveis pelos riscos e gestores dos riscos também

são identificados.

• Os riscos são classificados de acordo com o seu impacto e probabilidade, onde os impactos podem ser

mensurados de forma quantitativa e/ou qualitativa. Os impactos e probabilidades possuem uma classificação que varia de muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto.

o A régua de classificação quantitativa é baseada na situação da Companhia considerando a geração

de caixa líquido e capacidade de captação de novos recursos.

o O impacto qualitativo também possui uma régua de classificação de muito baixo até muito alto e

considera os danos que o risco pode gerar a Companhia que influenciem a performance da mesma ou que até mesmo geram danos extremos que inviabilizam as atividades da Companhia.

o A probabilidade também é classificada de muito baixa até muito alta considerando a possibilidade de

materialização do risco.

• Com a mensuração do impacto e probabilidade o mapa de riscos da Companhia é construído. Métricas

complementares de trajetória e velocidade do risco também são aplicadas para entendimento de tendências e exceptivas de comportamento do risco no futuro.

• O plano de ação para cada um dos riscos é divido em ações preventivas e contingenciais.

o O plano de ação preventivo é composto pelas ações que objetivam influenciar a probabilidade e/ou

impactos atuais do risco, como também, em sua trajetória e velocidade. Estão atrelados aos tratamentos de mitigação, eliminação, diminuição ou transferência do risco.

o O plano de ação contingencial se caracteriza pela ação de acompanhamento do risco e está

atrelado ao tratamento de aceitação do risco.

(iv.a) Risco de Crédito

Quanto à proteção à sua exposição ao risco de crédito presente em instrumentos financeiros, a Companhia procura selecionar instituições financeiras pelos critérios de reputação no mercado (instituições sólidas, seguras e de boa reputação) e pelo fato de poderem ou não prover um tratamento diferenciado nas operações, seja em custos, qualidade de serviços, termos e inovação. As operações também deverão atender aos requisitos de compliance e as instituições financeiras deverão enquadrar-se em classificação de risco para operações referentes a aplicações financeiras conforme tabela abaixo:

5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado

Fitch Atlantic Rating Moody’s Investor Standard & Poor’s

AA-, AA, AA+, AAA Aa3, Aa2, Aa1, Aaa AA-, AA, AA+, AAA

Quaisquer instituições financeiras que apresentem, em uma das agências de risco, rating inferior ao estabelecido (AA-) não poderão fazer parte da carteira de investimentos das empresas do grupo econômico da Companhia.

Quanto aos valores de exposição máxima por instituições financeiras, a Companhia definiu os seguintes critérios:

i. Critério de Caixa: Aplicações de no máximo 20% ou 25% do total da carteira por instituição financeira,

dependendo do tamanho da instituição financeira;

ii. Critério de Patrimônio Líquido (PL) da Companhia: Aplicações de no máximo 20% de seu PL por instituição

financeira quando o PL for superior a R$ 20.000.000,00; e

iii. Critério de PL da Instituição Financeira recebedora de recursos: Cada instituição financeira poderá receber

recursos de no máximo 3 ou 5% de seu PL caso o PL seja inferior ou superior a R$ 6.000.000.000,00. Porém todas as instituições financeiras deverão apresentar PL superior a R$ 500.000.000,00.

Vale o mais restritivo dos critérios i, ii e iii.

(iv.b) Risco de gerenciamento de capital e liquidez

Conforme indicado no item 4.2, A Companhia controla sua estrutura de capital de acordo com as condições macroeconômicas e setoriais, de forma a possibilitar o pagamento de dividendos, maximizar o retorno de capital aos acionistas, bem como a captação de novos empréstimos e emissões de valores mobiliários junto ao mercado financeiro e de capitais, entre outros instrumentos que julgar necessário.

A Companhia também mantem um nível mínimo de caixa como forma de assegurar a disponibilidade de recursos financeiros e realiza ações de controle como (ii) monitorar diariamente os fluxos de caixa previstos e realizados; (iii) manter aplicações financeiras com vencimentos diários ou que fazem frente aos desembolsos, de modo a promover máxima liquidez; (iv) estabelecer diretrizes para contratação de operações de hedge para mitigação dos riscos financeiros da Companhia, bem como a operacionalização e controle destas posições.

Além disso, Companhia monitora constantemente sua liquidez e os seus níveis de alavancagem financeira, além de buscar o alongamento do perfil de suas dívidas, de forma a mitigar o risco de refinanciamento.

Como forma de monitoramento da situação financeira e do risco de gerenciamento de capital, a Companhia avalia a variação de seus covenants financeiros em relação a seus contratos de dívida. A Companhia mantém o acompanhamento dos seguintes índices financeiros: (i) Capacidade de endividamento: mede o nível de endividamento líquido em relação ao EBITDA ajustado por despesa com fundo de pensão dos últimos 12 meses. Conforme definido nos contratos, este índice não poderá ser superior a 3,5 vezes. (ii) Capacidade de pagamento de juros: mede o EBITDA ajustado por despesa com fundo de pensão sobre despesa financeira dos últimos 12 meses. Conforme definido nos contratos, este índice não poderá ser inferior a 1,75 vezes.

Quanto ao caixa, a Companhia busca manter um caixa mínimo de R$ 500.000.000,00, valor constantemente revisado, a fim de garantir a liquidez mesmo com possíveis oscilações em detrimento do mercado, mudanças regulatórias ou possíveis gastos não recorrentes. Esse valor é monitorado diariamente e nas projeções de longo prazo que respaldam as decisões de captação de recursos.

Ratings em escala nacional e moeda local

5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado

O monitoramento do risco de liquidez e dos parâmetros acima mencionados é reportado no âmbito do Comitê de Riscos da Companhia e acompanhado pelo Conselho de Administração da Companhia no âmbito das discussões acerca do Panorama de Negócios da Companhia.

(iv.c) Risco de taxa de juros e câmbio

Conforme indicado no item 4.2, a Companhia acompanha e monitora a variação das taxas de juros e câmbio. Sensibilidades são avaliadas pela Companhia no seu processo mensal de atualização de suas projeções financeiras e qualquer variação relacionada a taxa de juros que impacte o caixa mínimo da Companhia ou mesmo os covenants são monitorados.

Conforme mencionado acima, variações das taxas de câmbio da qual a Companhia está sujeita é originada de um contrato regulado de aquisição de compra de energia, de forma que tal exposição são reconhecidas nas tarifas de distribuição por meio do mecanismo da CVA.

O acompanhamento desse risco é realizado constantemente por meio dos modelos financeiros e são avaliados impactos na receita, nos gastos operacionais e financeiros. A Companhia também reavalia seu cenário de projeção de indicadores financeiros mensalmente para capturar possíveis mudanças de mercado e antecipar ações de mitigação, caso seja necessário. Uma das avaliações que Companhia faz é quanto a necessidade de derivativo para proteção, considerando: (i) situação de liquidez da Companhia, (ii) a condição de crédito da Empresa junto ao mercado financeiro e (iii) o cenário de mercado.

A avaliação do impacto de taxa de juros e da variação cambial faz parte do controle de liquidez e do acompanhamento dos indicadores financeiros (covenants). Sensibilidades dos impactos da variação da taxa de juros são apresentadas nas demonstrações financeiras da Companhia.

(v) se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos

A Companhia não opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge).

(vi) a estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos de mercado

A Companhia possui uma Gestão de Riscos corporativos, que também é responsável pela avaliação dos riscos de mercado, que permite uma visão consolidada de todos os riscos ainda que eles sejam gerenciados nas áreas de origem em que há a exposição, conforme exposto no item 5.1.b.iii. Em sua estrutura, a Companhia conta com a Gerência de Análises Contábeis, Controles Internos e a Gestão de Riscos que tem como principais atribuições garantir o mapeamento de atividades de controle sobre práticas que possam afetar as demonstrações financeiras, imagem e informações confidenciais, a capacidade de atingir seus objetivos estratégicos, bem como auxiliar na revisão de processos de maneira a assegurar que as políticas, procedimentos e normas internas em geral estabeleçam um ambiente de controles internos confiável e níveis adequados de aprovação para desembolsos e contratações. Complementarmente, a Diretoria de Auditoria Interna atua em quatro segmentos: operacional, financeiro, tecnologia da informação e forense. A primeira avalia todos os processos e procedimentos ligados à operação da Companhia, a segunda avalia as demonstrações financeiras e os controles associados, a terceira os controles de segurança da informação e, por fim, a investigação de possíveis fraudes e irregularidades, ambas em

5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado

conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley, exigências da legislação brasileira, normas regulatórias do setor elétrico, normas e procedimentos internos.

Os riscos empresariais mais significativos que possam vir a afetar financeiramente a Companhia, bem como sua imagem e a capacidade da organização de alcançar os objetivos estratégicos e do negócio são classificados, analisados e tratados por meio de ações estruturantes, tendo como referência o Modelo COSO ERM (Comitê das Organizações Patrocinadoras, ERM - Enterprise Risk Management).

A partir da identificação dos riscos empresariais, estes são classificados nas seguintes categorias: Risco de Mercado, Risco de Crédito/Contra Parte, Risco de Liquidez, Risco Regulatório e Legal, Risco Operacional, Risco Ambiental, Risco de Reputação e Imagem e outros riscos de natureza financeira, e posteriormente analisados por meio de prioridade, onde são levados em consideração a exposição do risco com a importância relativa (qualitativa) e financeira (quantitativa), onde mensalmente os riscos considerados de maior impacto (Riscos Prioritários) são apresentados no Comitê de Gestão de Riscos. Trimestralmente os riscos prioritários são levados a reuniões de conselho de administração e conselho fiscal.

A estrutura organizacional da área de Gestão de Riscos é apresentada no item 5.1 e replicada abaixo.

c. a adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da política adotada

Conforme citado acima, a Companhia executa o monitoramento da gestão dos riscos por meio da implantação de controles internos, que mitigam os riscos que podem impactar nos resultados financeiros da empresa, bem como através de testes de efetividade destes controles. A área de Controles Internos tem a função de assegurar a implantação e continuidade dos controles e os testes de efetividade são efetuados pela área de auditoria interna e pelos auditores independentes.

Diretor Presidente

vel Riscos

Responsá

Vice

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Financ

Diretoria de Riscos,

Tesouraria, Seguros,

Previdência e

Investimentos

Gerência de Riscos

Demais Diretorias

Demais Vice-

sidências

Pre

Conselho de

Administração

5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado

A Companhia entende que a sua estrutura operacional e de controles internos é adequada para verificação da efetividade da política de risco adotada, e esta avaliação está corroborada por auditores independentes, uma vez que os resultados dos testes conduzidos não apresentaram deficiências significativas que pudessem comprometer os resultados da empresa.