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Política pública educacional para adolescentes em conflito com a lei em

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No âmbito do campo das políticas públicas, aborda-se as políticas públicas

educacionais para um grupo particular: os adolescentes e jovens que cumprem medida

socioeducativa de internação. Oliveira (2010) define o que são políticas públicas educacionais:

Se “políticas públicas” é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer, políticas públicas educacionais é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação. Porém, educação é um conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. Isso quer dizer que políticas educacionais é um foco mais específico do tratamento da educação, que em geral se aplica às questões escolares. Em outras palavras, pode-se dizer que políticas públicas educacionais dizem respeito à educação escolar (p. 4).

Ao falarmos sobre política pública educacional para adolescentes em conflito com a lei, é inevitável abordar também a política pública da socioeducação, uma vez que as questões educacionais para os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas são abordadas dentro dessa política macro: a socioeducação.

A política socioeducativa é compreendida transversalmente e, por isso, depende para sua efetivação, das demais políticas públicas. Ela integra o SGD de modo interinstitucional (entre poderes judicial, legislativo e executivo), intersetorial (educação, saúde, assistência social, moradia, trabalho, esporte, cultura e lazer) e, por consequência, as práticas tem caráter interdisciplinar (PEREIRA, 2014).

Como discutido até então, a educação escolar é um direito fundamental, público e subjetivo, inclusive no espaço de privação de liberdade (BRASIL, 1988, 1990, 1996). A garantia desse direito constitucional na socioeducação é promovida em parceria com os órgãos e atores do Sistema de Garantia de Direitos, uma vez que a política socioeducativa tem como um dos princípios para sua operacionalização a incompletude institucional. (ALBUQUERQUE, 2015).

O SINASE emprega responsabilidades e competências às três instâncias do poder público: União, Estados e Municípios são responsáveis pela execução do atendimento socioeducativo. O ente federado estadual tem a competência de criar, desenvolver e manter programas para a execução das medidas socioeducativas em meio fechado: semiliberdade e internação, além da internação provisória. Enquanto ao municipal compete a execução das medidas socioeducativas em meio aberto (prestação de serviço à comunidade e liberdade assistida) (VOLPI, 2014).

Em Pernambuco, o poder público estatal é o responsável pela tutela do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa de privação de liberdade e executa o atendimento socioeducativo por meio da FUNASE, que por sua vez é responsável pelas unidades socioeducativas (UNIAI, CENIPs, CASEs e CASEMs). Nos CASEs, a Secretaria Estadual de Educação, em parceria com a FUNASE promove a educação escolar dos adolescentes. Essa intersetorialidade é fundamental para a política socioeducativa, visto que o princípio da incompletude institucional previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e ratificado no SINASE, entende que as instituições mantenedoras de programas de medidas socioeducativas, no caso de Pernambuco, a FUNASE, devem buscar parcerias com os órgãos competentes nos setores da saúde, esporte, cultura e lazer, profissionalização e educação, etc., para que a promoção da proteção integral ao adolescente seja garantida.

Como forma de garantir o direito à educação dos adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa de internação, o estado de Pernambuco, assim como muitos outros, optou por implantar em cada CASE um anexo escolar vinculado a uma escola da rede pública estadual. O SINASE não determina tal organização, e sim a garantia da escolarização em todos os níveis da educação formal, podendo, para tanto, haver unidade escolar localizada no interior do programa; unidade vinculada à escola existente na comunidade; ou inclusão na rede pública externa. Na internação, a realização de atividades externas como a escolarização é permita, salvo a proibição expressamente escrita na sentença pelo juiz. No entanto, sãos poucos os casos nos quais o adolescente estuda fora da unidade, geralmente isso ocorre quando a unidade escolar inserida no CASE não oferece o ano escolar em que se encontra o adolescente (BRASIL, 2006). Sabendo que toda ação estatal demanda recursos, tanto materiais quanto humanos, no processo de escolarização para adolescentes em conflito com a lei, parece que a realização de atividades externas, como estratégia de viabilização da inserção social, não foi priorizado, haja vista a quase totalidade da escolarização ocorrer no interior das unidades de internação29. Sob a perspectiva de Foucault (2014) essa é uma estratégia de economizar recursos materiais, humanos, e ainda de facilitar o gerenciamento das atividades, visto que são realizadas em um único espaço, sob os olhares atentos da equipe de segurança da unidade.

Nesta perspectiva, a política de educação nos espaços de privação de liberdade é de responsabilidade do sistema estadual de educação, que por meio da Secretaria Estadual de

29 De acordo com o estado da arte, trazido no primeiro capítulo desse estudo, todas as unidades escolares analisadas encontravam-se no interior dos centros de internação, quando tratava-se da medida de internação. Isso significa que a organização da escola no interior das unidades de internação é uma iniciativa empregada por muitos estados, como São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, entre outros.

Educação tem competência para implantar nas unidades socioeducativas as modalidades de educação, as matrizes curriculares, as propostas pedagógicas, as estratégias didáticas e metodológicas, os processos de avaliação e certificação. Além do corpo profissional e material didático necessários ao desenvolvimento da escolarização (PEREIRA, 2014).

O contexto pernambucano corrobora com o nacional quando a questão é o processo de escolarização na socioeducação. Se a educação como direito público e subjetivo é uma conquista recente na nossa história, imagina a garantia desse direito em unidades de internação. Vimos que a educação nunca foi uma prioridade nos ambientes de privação de liberdade, pelo contrário, as ações desenvolvidas sempre estavam atreladas a formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho e aos interesses da classe dominante. Quando existia a educação-instrução, o objetivo era fazer úteis os internos aos interesses do Estado liberal burguês, para manutenção da ordem capitalista vigente. A educação sempre foi coadjuvante no processo de institucionalização de adolescentes em conflito com a lei. O papel de protagonista entra em cena, ainda de forma incipiente, com a chegada do século XXI, após a redemocratização do país (ALBUQUERQUE, 2015; COSTA JÚNIOR, 2012).

Em 2006 o estado de Pernambuco publica o Decreto nº 29.983, de 04 de dezembro de 200630, que cria o Programa de Atendimento Educacional ao Adolescente em Conflito com a Lei, vinculado à Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEDUC) com o prazo de cinco anos para a sua execução. Segundo o decreto, o CASE Jaboatão dos Guararapes foi constituída como a unidade piloto do programa, o qual tinha como referência o Projeto “Na moral” – Educação Formando Cidadãos Ativos e Responsáveis, de iniciativa do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE).

O Programa tinha como objetivos, entre outros: garantir o direito constitucional à educação, assegurar matrícula dos socioeducandos, bem como a expedição dos históricos escolares; coordenar e articular o desenvolvimento da proposta educativa dos CASEs. De modo geral, os objetivos e ações do Programa estavam voltados à garantia do direito à educação e à profissionalização.

No prazo de vigência do Programa previa-se a elaboração do Planejamento Operacional (arts. 3º, § 2º e 9º), no qual havia a pretensão de expansão do Programa para os demais Centros de Atendimento Socioeducativo da FUNDAC (arts. 3º, § 2º e 8º); criação de um Conselho Gestor (art. 3º, II); formas de seleção e remuneração diferenciadas do corpo docente (art. 3º, I, e § 1º e art. 10, parágrafo único); indicação de Gerente Geral (art. 5º) e Gerências

30 Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo. Publicado em 05 de dezembro de 2006. Disponível em: <https://www.cepe.com.br/>.

Administrativa e Pedagógica (art. 6º, I e II), além da indicação de critérios de avaliação periódicas (art. 8º) e devidos ajustes da nova Política Estadual de Educação voltada ao adolescente em conflito com a lei.

Com a CF/1988, o Estatuto e a LDB, e posteriormente o SINASE, o direito à educação é consolidado no país, embora em uindades de privação de liberdade para adolescentes houvesse um descompasso na materialidade desse direito. Encontramos a Portaria ICC nº 09/200731 – 28ª 29ª 22ª 6ª PJCs do Ministério Público do Estado de Pernambuco, por intermédio das 28ª, 29ª, 22ª e 6ª Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, com atuação na Promoção e Defesa do Direito Humano à Educação e Infância e Juventude, e 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Jaboatão dos Guararapes, datada em 28 de setembro de 2007, a qual resolve instaurar inquérito civil com a finalidade de apurar e adotar as medidas cabíveis no tocante à oferta inadequada de ensino especializado aos adolescentes submetidos à custódia do estado de Pernambuco.

A portaria refere-se ao Programa de Atendimento Educacional ao Adolescente em Conflito com a Lei, de responsabilidade da SEDUC em parceria com a FUNDAC, porém, à época não consolidado no Case Jaboatão dos Guararapes que seria a unidade piloto. Vale ressaltar, que nesse período a FUNDAC contava com oito unidades de internação, sendo quatro na região metropolitana do Recife e as outras quatro no agreste e no sertão do Estado, nas cidades de Caruaru, Garanhuns, Arcoverde e Petrolina (FERREIRA NETO, 2011).

A finalidade da portaria indica que o atendimento educacional para adolescentes em cumprimento de internação foi por um longo período incipiente, omisso. Desde 1990, quando adolescentes passam a ser sujeitos de direitos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente devem ter prioridade na efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência comunitária (art. 4º), há a obrigatoriedade da educação formal nos espaços de internação, porém, até a primeira década dos anos 2000 o estado de Pernambuco não efetivou em todos os CASEs o direito constitucional à educação.

No ano de 2010 há a publicação da Portaria Conjunta SE/SDSDH Nº 01, 17 de maio de 2010, pelas Secretarias de Estado da Educação e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. O documento vem regulamentar o disposto no § 1º, do Art. 3º do Decreto nº 29.983 de 04 de

31Disponível em:

< http://www.mppe.mp.br/siteantigo/192.168.1.13/uploads/Q7Hk5OBX2I_i19YuHPXTiQ/ZAiYxfOVPLIosEJc aON5ng/Portaria_IC-_Educao_Adolescente_em_Conflito_com_a_Lei_29.09.07.doc.> Acesso em 10 de fev de 2018.

dezembro de 2006, ao tornar público a regulamentação do Planejamento Operacional e Pedagógico, de forma a garantir o direito à educação básica aos adolescentes e jovens nos Centros de Atendimento Socioeducativo, sob responsabilidade da FUNASE.

O texto da portaria traz objetivos, e dispõe sobre os recursos humanos necessários à execução da política educacional (docentes e técnicos administrativos), sobre o horário de desenvolvimento das atividades de ensino aprendizagem (em horário integral) e lotação dos/das docentes (nas unidades escolares vinculadas à Educação Profissional, próximas aos CASEs, com carga horária de 200 horas mensais), bem como das competências dos dois órgãos responsáveis pelo atendimento educacional nas unidades de internação:

3.1 – COMPETE À SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

 Garantir a oferta da educação básica com qualidade para os adolescentes e jovens em privação de liberdade;

 Desenvolver gestão democrática de planejamento, execução e avaliação da educação ofertada, em ação conjunta com a FUNASE/PE;

 Garantir material de apoio técnico, administrativo e pedagógico para o desenvolvimento das ações pedagógicas;

 Garantir material de apoio pedagógico aos estudantes e aos profissionais da educação;

 Realizar processos de formação continuada para os profissionais envolvidos na ação pedagógica em conjunto com a FUNASE/PE;

 Realizar o monitoramento das ações pedagógicas e dos resultados das aprendizagens dos estudantes;

 Garantir a lotação de profissionais da educação para a realização das atividades administrativas e pedagógicas.

3.2 – COMPETE À SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E A FUNASE/PE:

 Garantir a oferta de cursos para a iniciação/qualificação profissional dos adolescentes e jovens em medidas privativas de liberdade;

 Participar junto com a Secretaria de Educação dos processos de elaboração coletivos de planejamento e avaliação das ações pedagógicas, garantindo uma ação colegiada;

 Garantir infraestrutura e espaço físico adequados para o funcionamento da(s) unidade(s) de internação, internação provisória e responsabilizar-se por sua manutenção;

 Disponibilizar para cada unidade de internação/internação provisória uma equipe técnica, composta por psicólogo, assistente social, pedagogo e advogado;

 Apoiar programas de capacitação de docentes, bem como a realização de reuniões com pais e/ou responsáveis pelos adolescentes, com vistas ao acompanhamento da vida escolar dos estudantes (PERNAMBUCO, 2010, p. 9-10).

Apesar de trazer em seu bojo a regulamentação do planejamento operacional da política educacional para os CASEs, a portaria é bem sucinta e não contempla muitos aspectos inerentes ao processo educativo. Podemos citar, por exemplo: a forma de seleção dos/das docentes para atuar nos CASEs; a configuração da certificação dos alunos; a coordenação do tempo integral

de atividades educativas; a estrutura pedagógica e administrativa da Secretaria de Educação nos CASEs, entre outros. Em relação a conteúdos curriculares, procedimentos metodológicos e pedagógicos, a portaria menciona que encontram-se dispostos no documento denominado de Política Educacional de Atendimento aos Adolescentes e Jovens em Privação de Liberdade do Estado de Pernambuco, também de publicação no ano de 2010.

Em 2012 o estado de Pernambuco através da Secretaria de Educação anuncia dois documentos que dão prosseguimento à política educacional iniciada em 2010, são eles: a

Proposta Pedagógica para os CASEs e a Instrução Normativa nº 06, de 5 de outubro de 2012,

que fixa normas para implementação da oferta de ensino aos adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social privados de liberdade.

De acordo com o texto da Proposta Pedagógica, seu objetivo é uniformizar as escolas dos CASEs, visando orientar a política educacional e um acompanhamento sistemático. A oferta de ensino é organizada a partir de quatro diretrizes pedagógicas, a saber:

A primeira diretriz visa atender o educando, na faixa etária a partir de quinze anos de idade, que se encontra não alfabetizado, através do Programa Paulo Freire. A segunda diretriz propõe o Projeto Travessia, com o objetivo de escolarizar o educando, na faixa etária a partir de quinze anos de idade, que tenha vivenciado os anos iniciais do Ensino Fundamental, e com dezessete anos em diante, ao jovem escolarizado no Ensino Fundamental para cursar o Projeto Travessia correspondente ao Ensino Médio. Os Eixos Temáticos compõem a terceira diretriz contemplando os educandos e educandas que não se encaixam no Programa Paulo Freire e no Projeto Travessia [...]. A quarta diretriz tem como objetivo implementar, nas bibliotecas, os ciclos de leitura [...], visando formar leitores e produtores de textos [...] (PERNAMBUCO, 2012a, p. 3) A Instrução Normativa nº 06/2012, traz em seu artigo 15 que

Os CASEs devem fornecer certificação aos adolescentes e jovens que concluíram as etapas de ensino nas turmas multisseriadas nos diversos eixos temáticos, visando assegurar a continuidade dos estudos em escolas da Rede Estadual de Ensino, de preferência próxima a sua residência, mediante avaliação diagnóstica dos resultados obtidos.Art.22 A proposta pedagógica deve se adequar aos CASEs, tanto da capital como as demais unidades da área metropolitana e do interior, tendo em vista suas características próprias, de acordo com a localidade e a história de cada comunidade, respeitando as modalidades de ensino propostas. (PERNAMBUCO, 2012b, p. 9)

O documento também assegura a certificação nas demais diretrizes da Proposta Pedagógica e afirma que os estudantes atendidos são submetidos a avaliação inicial e ao término do período de permanência no CASE. Um fato, no mínimo contraditório, é que tanto a Proposta Pedagógica quanto a Instrução Normativa não inserem como abordagem metodológica para os Ensinos Fundamental e Médio a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A estratégia

metodológica para as duas etapas da educação básica é o Projeto Travessia e Eixos Temáticos. A EJA é reconhecida como uma modalidade de ensino que atende a população que não teve acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria, conforme preceituam os artigos 37 e 38 da Lei Federal nº 9.394/1996 – LDB, e sabe-se que os adolescentes e jovens privados de liberdade estão inseridos nesse contexto: de distorção idade- série e evasão escolar.

No entanto, há uma organização da oferta da EJA nas escolas da rede pública estadual desde o ano de 2004: Resolução CEE/PE nº 02/2004 (DOE-PE de 06.05.2004), a qual regula a oferta da EJA no âmbito do sistema de ensino do estado de Pernambuco, combinada com a Instrução Normativa nº 15/2008-SEDE/GENE-SEE (DOE-PE de 27.11.2008), que orienta os procedimentos e oferta da EJA, especificamente nas escolas públicas estaduais. A EJA está, ainda, consubstanciada na Instrução Normativa nº 02/2011-SEDE-SEGE-GENE-SE-PE (DOE- PE de 29.01.2011), a qual fixa as matrizes curriculares das escolas da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, dentre elas as matrizes da EJA do Ensino Fundamental e da EJA do Ensino Médio (PERNAMBUCO, 2016).

Pelas fontes documentais mencionadas até agora, é possível perceber que há oficialmente uma parceria firmada na oferta da educação escolar básica nas unidades de internação desde 2006, com a publicação do Decreto nº 29.983/06 no âmbito do estado de Pernambuco. Mesmo com a parceria firmada, responsabilidades e competências definidas, o direito à educação por muito tempo não contemplou todos os adolescentes privados de liberdade nas unidades de internação. Ao fazermos demarcações temporais, esse hiato fica mais evidente: em 1990 quando o Estatuto da Criança e do Adolescente passa a orientar o atendimento institucional, a partir dele nomeado como socioeducativo, a educação básica já era um direito fundamental público garantido pela CF/1998. Do ano de 1990 até o ano de 2006 são percorridos dezesseis anos sem qualquer regulamentação, e mesmo posteriormente, alguns documentos, como o do Ministério Público, demonstram a violação do direito à educação.

E atualmente, como se dá a educação nos espaços socioeducativos? Passados 27 anos desde a promulgação do Estatuto, o direito à educação está garantido a todos os adolescentes? É o que vamos discutir a partir de agora, ao iniciarmos a descrever o espaço socioeducativo destinado às atividades pedagógicas.

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