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PONTOS CONSIDERADOS PARA ORGANIZAR OS CONFAEBs

3. CONCEPÇÕES QUE FORAM BASE PARA OS CONFAEBS QUE

3.2. As Concepções que Nortearam os CONFAEBs, de Acordo com

3.2.1. PONTOS CONSIDERADOS PARA ORGANIZAR OS CONFAEBs

Uma das perguntas do questionário enviado aos organizadores dos CONFAEBs foi a seguinte: “que pontos você considerou para organizar o CONFAEB?” As respostas que os organizadores deram estão esquematizadas na tabela nº 2 abaixo: a fim de analisarmos.

Tabela nº 2 – Pontos Considerados para Organizar os CONFAEBs

QUE PONTOS VOCÊ CONSIDEROU PARA ORGANIZAR O CONFAEB?

C (1) Questões atuais/emergentes sobre arte educação; (2) necessidade de congregar, através das temáticas, as diversas artes e (3) histórico temático dos eventos da federação.

O Políticas Públicas, porque o Lula estava entrando, era importante a gente trabalhar com Política, tanto pra levar pessoas do Ministério que era representante da área de Arte/Educação, da área de Cultura, entende? Nós pegamos o momento político.

N

A nossa referência além das conversas com Laís Aderne, Zé Mauro, Lúcia Pimentel e entre os associados da AMARTE era o XV CONFAEB. Tentamos realizar um congresso nos mesmos moldes do XV, pois para nós, ali estava a grande referência de um evento que poderia contribuir de forma significativa para um movimento em prol da melhoria do ensino da arte no país.

F

A organização do CONFAEB em 2007 em Florianópolis foi motivada principalmente pela necessidade de fortalecimento da AAESC e porque em geral acontecem poucos eventos de abrangência nacional no Estado... Três aspectos basicamente foram considerados para organizar o evento: A ideia de mesas que contemplassem várias linguagens (a fim de que o Congresso não fosse de Artes Visuais somente; e que pudéssemos trazer os militantes históricos da entidade para participar do congresso; tratando também dos temas relevantes na ordem do dia, para o ensino de arte).

A

Inicialmente não se tratou de organizar o evento, mas de lançar ao debate a questão da interiorização do congresso. Esta foi a estratégia usada em 2007 para que a assembleia pudesse avaliar a candidatura da URCA para organizar e sediar o CONFAEB de 2008. Com a aprovação pela assembleia o CONFAEB foi orientado pelo que consta no Caderno de Resumos. E  O know-how das organizações anteriores;

 Um foco de Ensino de Arte e Arte/Educação contemporâneo;  As condições financeiras para sua realização;

 As condições de logística disponíveis;  O contexto cultural de Minas Gerais;  O apoio de equipe disponível.

B A historicidade da data, procurei olhar para a história e ao mesmo tempo pensando em aspectos que apontavam para o tempo presente, como por exemplo, a formação de arte educadores por meio das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação).

Portanto, a pergunta sobre que pontos foram considerados para organizar os CONFAEBs em questão abre a discussão propriamente dita sobre as concepções bases para as reflexões conceituais de tais congressos. Como vemos na tabela nº 2, os organizadores listaram pontos referenciais que os ajudaram a pensar o CONFAEB que organizaram. Analisando as respostas dos organizadores, podemos observar pontos em comum nesses referenciais.

O primeiro ponto mais citado pelos entrevistados foi o que se refere ao CONFAEB anterior ao que eles organizaram. Tomando as palavras dos próprios organizadores, eles disseram que os pontos que eles consideraram foram: “histórico temático dos eventos da Federação” (C); “tentamos realizar um congresso nos mesmos moldes do XV...” (N); “E que pudéssemos trazer os militantes históricos da entidade para participar do congresso” (F); “o Know- how das organizações anteriores” (E); “a historicidade da data, procurei olhar para a história...” (B). Desta forma, dos sete organizadores entrevistados, cinco deles citaram os CONFAEBs anteriores como referenciais para que eles pensassem no congresso em que eles e suas equipes organizariam.

Depois da historicidade dos CONFAEBs, o ponto que mais aparece no quadro nº 2 são as questões atuais da arte/educação, que foram apresentadas da seguinte forma: “questões atuais/emergentes sobre arte educação” (C); “temas relevantes na ordem do dia, para o ensino de arte” (F); “um foco de Ensino de Arte e Arte/Educação contemporâneo” (E); “com a aprovação pela assembleia o CONFAEB foi orientado pelo que consta no Caderno de Resumos” (A); “aspectos que apontavam para o tempo presente, como por exemplo, a formação de arte educadores por meio das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação)” (B). Inclui a fala de (A) nesse ponto, porque o tema do CONFAEB que ele organizou foi “Arte/Educação Contemporânea: narrativas do ensinar e aprender arte”. Portanto, como ele disse que o

CONFAEB foi orientado pelo que consta no Caderno de Resumos, com certeza, a arte contemporânea foi um dos pontos considerados por ele e sua equipe ao organizar o congresso.

Em seguida, percebi que a preocupação com a inclusão das várias linguagens da arte também estão nas falas dos organizadores. (C) falou que pensou na “necessidade de congregar, através das temáticas, as diversas artes e (F) disse que “a ideia de mesas que contemplassem várias linguagens (a fim de que o Congresso não fosse de Artes Visuais somente)” foi um dos pontos que a equipe considerou quando estava organizando o CONFAEB. Observaremos adiante que os anais dos congressos mostram a realidade de que os CONFAEBs tentam contemplar as várias linguagens da arte, ao menos as previstas nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs que são Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

No ensino fundamental a Arte passa a vigorar como área de conhecimento e trabalho com as várias linguagens e visa à formação artística e estética dos alunos. A área de Arte, assim constituída, refere-se às linguagens artísticas, como as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança. (BRASIL, 1998, p.19).

Foi também citada a importância da equipe do CONFAEB nas falas de (N) “a nossa referência além das conversas com Laís Aderne, Zé Mauro, Lúcia Pimentel e entre os associados da AMARTE...” e de (E) “o apoio de equipe disponível”. Então, (N) disse que considerou as conversas com a equipe e (E) falou que ponderou sobre a disponibilidade de equipe para ajudar a organizar o evento. Sabemos que não se faz um congresso sem o apoio de uma equipe comprometida com sua organização. Por isso, a FAEB sempre reconheceu a força do grupo.

Após os pontos que foram considerados por mais de um organizador ao elaborar o CONFAEB, restaram os pontos referenciais que foram citados apenas por um organizador, como “Políticas Públicas, porque o Lula estava entrando, era importante a gente trabalhar com Política, tanto pra levar pessoas do Ministério que era representante da área de Arte/Educação, da área de Cultura” (O); “as condições financeiras para sua realização; as condições de logística disponíveis; contexto cultural de Minas Gerais” (E); “a organização do CONFAEB em 2007 em Florianópolis foi motivada

principalmente pela necessidade de fortalecimento da AAESC (Associação de Arte/Educadores de Santa Catarina) e porque em geral acontecem poucos eventos de abrangência nacional no Estado...” (F); “lançar ao debate a questão da interiorização do congresso” (A).

Apesar de terem sido citados apenas uma vez, os pontos referenciais para organização dos CONFAEBs listados no parágrafo anterior fazem parte dos conceitos filosóficos defendidos pela FAEB. As políticas públicas são amplamente debatidas nos CONFAEBs, pois, além de ter sido o tema geral em 2004, foi um dos eixos temáticos das comunicações em 2008. O contexto cultural do local onde o CONFAEB fora organizado, no caso em Minas Gerais, não é escolha arbitrária; a FAEB reconhece todos os contextos culturais dos mais diversos lugares do Brasil como importantes, já que os arte/educadores filiados à FAEB são oriundos de todas as regiões do país. Sobre o fortalecimento da associação local, esse tem sido um dos objetivos da FAEB e do CONFAEB, pois se as associações locais não estiverem fortalecidas a FAEB e o CONFAEB não existirá. E por fim, acerca da interiorização do CONFAEB, a lógica é a mesma a respeito do contexto cultural de cada lugar que tem membros filiados à FAEB, porém com um esforço maior, pois se tratava de organizar um CONFAEB no Cariri cearense, localizado no Nordeste do Brasil, uma região que possui estruturas diferentes e mais frágeis que as estruturas disponíveis no CONFAEB do Rio de Janeiro em 2004, por exemplo.

Diante de todos esses pontos referencias que foram considerados pelos entrevistados para organizar os CONFAEBs, começamos a perceber quão abrangente e profunda é uma organização de um evento nacional que envolve várias etapas, conteúdos para reflexão e pessoas.

3.2.2. EQUIPE DE APOIO AOS COORDENADORES PARA A REALIZAÇÃO