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PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DOS CONFAEBs

3. CONCEPÇÕES QUE FORAM BASE PARA OS CONFAEBS QUE

3.2. As Concepções que Nortearam os CONFAEBs, de Acordo com

3.2.8. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DOS CONFAEBs

Após a pergunta sobre desdobramentos e sobre a avaliação, que não é preciso analisá-la, a próxima pergunta do questionário foi: “quais os pontos positivos e negativos do congresso, principalmente sobre as discussões conceituais?” As respostas estão distribuídas na tabela abaixo:

Tabela nº 9 – Pontos Positivos e Negativos na Organização dos CONFAEBs QUAIS OS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO CONGRESSO, PRINCIPALMENTE SOBRE AS

DISCUSSÕES CONCEITUAIS?

C

Minha avaliação é que o Congresso contribuiu significativamente para colocar em pauta a centralidade da cultura como eixo epistemológico fundamental para as discussões e práticas educativas, respeitando suas pluralidades e diversidades. Como ponto negativo, observo uma dispersão das discussões – talvez, pouco tempo dedicada a elas – tendo em vista o número de pessoas e trabalhos que o Congresso reuniu. Vale ressaltar que, como coordenadora e, portanto, responsável pela organização e encaminhamentos durante o evento, muitas situações escapam e as possibilidades críticas ficam diminuídas, abafadas pela necessidade de atender demandas variadas e tomar decisões sobre assuntos imprevistos.

O

Eu acho que negativo não teve não, porque, na verdade, como eu te digo como foi um arranque, bem, tudo que aconteceu foi dali pra frente. Num tinha... Quando você tá andando é que você pode dizer “olha, atrasou um pouco”. Mas como nós estávamos no zero, ali teve que adiantar tudo. Então, foram articulações políticas, são propostas, entusiasmo, as pessoas voltaram aos seus... Reorganização das associações...

N

Sobre as discussões, para mim, foram muito ricas. Somente o que cria embaraços são as pressões externas, que nos cobraram muito, mesmo sem saber das reais condições para se realizar o evento... O maior entrave que tivemos foi à falta de recursos financeiros... Por isso foi adiado (era para ser em 2005, foi realizado em 2006).

F

Acho que em termos de discussões conceituais não podemos ter pontos negativos e positivos, toda discussão é positiva, embora possamos ter algum conflito! Negativo é não discutir. Além dos temas já abordados nas questões anteriores, tivemos um debate mais científico, com relatos de investigações que mostram o crescimento da área. Outro aspecto é o crescimento das comunicações, que mostram a busca por uma elaboração mais reflexiva dos profissionais. Discutiu-se de tudo e não me lembro se teve uma carta finalizando o congresso.

A

Não considero que discussões conceituais possam ser avaliadas a partir de categorias tão inconsistentes como a de “positivos” e “negativos”, uma vez que campos conceituais estão fundamentados em teorias do conhecimento, em categorias analíticas, na história das áreas e disciplinas.

E Positivos, a seriedade e profundidade das discussões. Negativo, a recusa de algumas pessoas em aceitar a diversidade de opiniões.

B

Em termos negativos, senti que a Federação tem que estar mais forte e presente na vida dos arte/educadores, pois, no evento, pude perceber que algumas pessoas vão somente apresentar trabalho e vão embora, sem participar das discussões. Outra coisa que pude perceber, em algumas salas, foi a disparidade entre trabalhos apresentados: alguns bem fracos, ainda iniciantes, enquanto outros já traziam discussões mais amadurecidas, bem fundamentadas. Também não conseguimos organizar as apresentações em “rodas de conversa”, como foram as do XIX CONFAEB em BH. Ainda houve uma resistência por parte da equipe, pois sentimos que, para que as rodas aconteçam, efetivamente, precisamos de um planejamento prévio muito bem elaborado. Positivos, fica difícil de dizer, pois até hoje ainda não tive tempo de fazer uma avaliação como gostaria de ter feito. Mas a integração entre as pessoas era visível. Estabeleceu-se um clima muito “camarada”. O ambiente do Centro de Eventos favoreceu, pois as pessoas circulavam e se encontravam ali mesmo. Também, posso mencionar como positivo as experiências da apresentação dos posters (e-poster) em mídia digital: foi um espaço dinâmico e que permitiu a inclusão das visualidades dos mesmos nos anais.

Como podemos observar, houve uma grande variedade entre os organizadores, a respeito dos pontos positivos e negativos na organização dos CONFAEBs. Alguns disseram que “em termos de discussões conceituais não podemos ter pontos negativos e positivos, toda discussão é positiva, embora possamos ter algum conflito! Negativo é não discutir” (F) e que “não considero

que discussões conceituais possam ser avaliadas a partir de categorias tão inconsistentes como a de ‘positivos’ e ‘negativos’” (A). Mas, a maioria apontou pontos positivos e negativos dos congressos que realizaram. Conforme explicitado no quadro acima, alguns dos pontos positivos dos CONFAEBs pesquisados foram: “colocou em pauta a centralidade da cultura como eixo epistemológico fundamental para as discussões e práticas educativas, respeitando suas pluralidades e diversidades” (C); “foram articulações políticas, são propostas, entusiasmo, reorganização das associações” (O); “as discussões foram muito ricas” (N); “tivemos um debate mais científico, com relatos de investigações que mostram o crescimento da área, crescimento das comunicações que mostram a busca por uma elaboração mais reflexiva dos profissionais” (F); a seriedade e profundidade das discussões (E); a integração entre as pessoas, a apresentação dos posters (e-poster) em mídia digital, foi um espaço dinâmico e que permitiu a inclusão das visualidades dos mesmos nos anais (B).

Quanto aos pontos negativos, os citados foram: “dispersão das discussões” (C); “pressões externas, falta de recursos financeiros” (N); “recusa de algumas pessoas em aceitar a diversidade de opiniões” (E); “senti que a Federação tem que estar mais forte e presente na vida dos arte/educadores, pois no evento pude perceber que algumas pessoas vão somente apresentar trabalho e vão embora, sem participar das discussões” (B); “disparidade entre trabalhos apresentados, alguns bem fracos, ainda iniciantes, enquanto outros já traziam discussões mais amadurecidas, bem fundamentadas” (B); “não conseguimos organizar as apresentações em “rodas de conversa” como foram as do XIX CONFAEB em BH” (B).

A partir dos pontos positivos e negativos ressaltados pelos organizadores dos CONFAEBs, podemos perceber bastante conteúdo de reflexão, como sinal de melhoria das estruturas dos congressos. Percebemos, também, que há um grande esforço dos coordenadores de fazer o melhor, dentro de suas possibilidades. Passarei agora à próxima pergunta que foi feita aos entrevistados.

3.2.9. OUTROS PONTOS LEVANTADOS PELOS ORGANIZADORES DOS