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4. Estado da Arte da Computação em Nuvem

4.6. Pontos Fortes da Computação em Nuvem

De forma geral, a computação em nuvem é vantajosa em relação ao modelo tradicional de gestão da tecnologia, por ter como principais características a escalabilidade e a flexibilidade que este modelo computacional pode evoluir ou decrescer, sob a demanda do serviço utilizado. No caso de um aumento da estrutura tecnológica tradicional, seria preciso recorrer à compra de equipamentos, programas e a realização de ajustes e instalações que demandam tempo, recursos e conhecimento dedicado que podem ser bastante onerosos. Por outro lado, quando se pretende reduzir a estrutura tradicional, muitas vezes não há como recuperar os investimentos realizados, o que gera redundância em ociosidade ou subutilização dos recursos disponíveis.

Os pontos fortes da computação em nuvem são comuns entre as características de grandes empresas que provêem serviços deste modelo computacional para seus clientes. Mas é possível destacar dentro de cada uma os seus pontos cruciais de vendas de serviços, através da utilização de seus produtos oferecidos e sua integração com os demais oferecidos.

Na AWS – Amazon Web Service o seu ponto mais destacável é a Infraestrutura como Serviço (IaaS – Infrastructure as a Service), que desde 2006 fora lançados os serviços EC2 (Elastic Compute Cloud). Bem como o S3 (Amazon Simple Storage service), que possui como principal ideia a característica de projetar o negócio, ou seja, criar uma empresa sem ter a necessidade de investir alto em infraestrutura, como servidores e armazenamento. A plataforma computacional oferecida é mesma que suporta os aplicativos da Amazon, uma infraestrutura de tecnologia que inclui dezenas de milhares de servidores e que levou anos para ser construída e ajustada (Taurion, 2009).

A flexibilidade que a Amazon Web Service oferece para o desenvolvimento de aplicações é muito boa para as empresas, já que elas podem continuar a utilizar seus modelos

de programação, sistemas operacionais, banco de dados e arquiteturas familiares. As empresas clientes que utilizam a nuvem da Amazon, ainda podem mesclar as arquiteturas para servir aos diferentes modelos de negócio, com isto as organizações podem subtrair e somar recursos as suas aplicações atendendo às demandas dos clientes e custos de gerenciamento (Veras, 2011).

A IBM SmartCloud tem como principais características a grande experiência da empresa aliada ao largo conjunto de softwares produzidos pela IBM, com sua plataforma de iteração a DeveloperWorks, para dar todo o suporte necessário ao desenvolvimento e soluções de Softwares, além da grande qualidade do hardware, fornecendo estruturas computacionais de alto desemprenho e robustez para as empresas de vários portes. Esse é o ponto forte das ofertas de computação em nuvem da IBM: o conhecimento de mercado corporativo. Historicamente, a IBM sempre focou no mercado corporativo, com soluções e tecnologias sustentadas por uma forte retaguarda de suporte e relacionamento. Um exemplo são os anúncios de consultoria e serviços de integração, que complementam as ofertas de soluções tecnológicas e que ajudam aos clientes a construírem suas próprias nuvens, ou seja, as nuvens privadas (Taurion, 2009).

A Computação em Nuvem do Google Apps tem o foco voltado principalmente na utilização de suas ferramentas já bem difundidas e utilizadas mundialmente, ou seja, na modalidade padronizada de Software como Serviço (SaaS – Sofware as a Service), que o cliente não precisa ter instalado em seu computador um aplicativo específico, apenas com acesso à Internet poderá gerenciar seus negócios, pois todo o controle e gerenciamento da rede, sistemas operacionais, servidores e armazenamento é de responsabilidade do provedor do serviço, através do modelo computacional de computação em nuvem oferecido pela empresa Google.

O provimento de recursos computacionais no modelo de nuvem aplicado na Microsoft Windows Azure não se diferencia dos padrões propostos, referenciando-se aos recursos de escalabildiade, flexibilidade, inclusive no uso de softwares como os servidores virtualizados, controle de tráfico de dados, atendendo as prováveis necessidades de mercado para clientes de pequeno, médio e grande porte. Porém, na questão de usabilidade de suas interfaces de gerenciamento e acesso aos recursos, a Microsoft realmente é de fato a mais amigável, até para usuários iniciantes neste novo modelo computacional.

O modelo de Plataforma como Serviço (PaaS) foi inicialmente concebido para nuvem pública, mas também pode ser utilizada em nuvem privada. Na Microsoft com o Windows

Azure, pode ser utilizada tanto por provedores regionais como dentro das organizações. Para expandir esta plataforma a Microsoft fornece o Windows Azure Plataform Appliance também para nuvens privadas, com este recurso pré-configurado permite que a plataforma Windows Azure introduza em qualquer centro de processamento de dados de uma nuvem, pública ou privada (Veras, 2011).

Salesforce, cujo próprio nome significa “força de vendas”, tem como principal ponto forte o Software como Serviço (SaaS), possuindo um sistema de gestão de relacionamento com clientes ou CRM na nuvem para fornecer todo o suporte em vendas para seus clientes. Salesforce também é uma base de recursos para as demais nuvens computacionais supracitadas, devido ao seu pioneirismo deste novo modelo computacional.

A parceria com o Google, para permitir que clientes do Salesforce se integrem às ferramentas de produtividade do Google Apps, com Gmail e Gtalk, foi um grande avanço para a computação em nuvem como um todo, mostrando que as nuvens públicas podem trabalhar juntas. Outra ocorrência de parceria da Salesforce foi com o Facebook, para ligar seu CRM e a plataforma Force.com as aplicações de computação social. A terceira parceria como ponto forte foi com a AWS – Amazon Web Service, em que os clientes da Salesforce interagissem com os aplicativos e dados hospedados na nuvem da AWS, com os serviços EC2 (Elastic Compute Cloud) e S3 (Simple Storage Service) (Taurion, 2009).