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Com a aplicação de questões semelhantes a alunos, a professores e pais, no inquérito por questionário, podemos fazer uma triangulação de opiniões e de informantes.

O facto de nos inquéritos por questionário ter sido solicitado o ano de escolaridade dos alunos e no seu tratamento essa diferenciação ter sido mantida permitiu, para cada ano de escolaridade, reconhecer modos de pensar, de sentir e de actuar diferenciados para os alunos que participaram neste estudo. O que, na nossa opinião, enriquece o trabalho empírico, as suas conclusões e deste modo, também, a definição de modos de intervenção mais focados. Assim, o que para alguns anos de escolaridade é um problema para outros anos de escolaridade não o é. De facto, os problemas dos alunos, pais e professores conforme o nível de ensino que frequentam, trabalham ou são pias/encarregados de educação podem ser discordantes. No entanto, existem também opiniões que são transversais a todos os inquiridos.

As composições, os relatos dos alunos e os debates estruturados permitiram uma descrição e um conhecimento mais aprofundado da opinião dos participantes. Através das descrições pormenorizadas que se realçam na síntese interpretativa, podemos extrair diversas ilações, por turma e ano por de escolaridade, para as áreas em investigação. Aquando da definição dos instrumentos de recolha de dados e limitação da amostra não foi definido o recurso a relatos escritos e debates estruturados. Contudo, ao longo do trabalho revelou-se necessário um maior aprofundamento na recolha de dados para clarificar alguns indicadores, designadamente: clima de sala de aula; a organização do estudo e os resultados. Esta estratégia, também, permitiu envolver os alunos do ensino secundário neste trabalho de recolha de dados qualitativos assim como obter dados para uma melhor caracterização dos seus pontos de vista.

Com base nas evidências, e após o tratamento e análise dos dados recolhidos a partir de diferentes técnicas, informantes e avaliadores, consideramos, numa reunião, concretizada a 16 de Setembro de 2009, com o grupo de avaliação de escola e os representantes dos diferentes órgãos de gestão da escola, que acompanharam a implementação do projecto de auto-avaliação, identificaram os pontos fortes e os pontos fracos, tendo por base as áreas propostas para avaliação aquando da participação dos

alunos, pais/encarregados de educação, professores e funcionários na avaliação do perfil da escola, e para as quais fizemos uma análise mais aprofundada.

Considerando que a entrega deste relatório só agora se concretiza, Outubro de 2011, é possível descrever as mudanças entretanto introduzidas.

Pontos fortes:

Sobressaem como pontos fortes a qualidade das relações entre alunos e

professores expressa pela maioria dos participantes em todos os dados recolhidos a

partir de diversos instrumentos, designadamente, desde a fase de preenchimento do perfil de Auto-avaliação da Escola e que se manteve tanto no inquérito por questionário dirigido aos alunos, professores e pais/encarregados de educação, bem como nas composições, relatos e debates.

A realização de trabalhos de casa foi um indicador muito valorizado pelos participantes ao longo do processo de auto-avaliação.

Na avaliação do reconhecimento do mérito, os alunos, professores e pais/encarregados de educação revelaram ter conhecimento sobre as regras para integrar o quadro de honra de escola e de ciclo. A generalidade dos intervenientes concorda com a existência do quadro de honra, os alunos do 2.ºciclo têm uma opinião mais favorável sobre a existência do quadro de honra de escola. A avaliação do quadro de honra de ciclo revelou opiniões diferenciadas, sendo para alguns anos de escolaridade avaliado de forma negativa. Alguns actores não concordam com a sua existência, entretanto esta forma de reconhecimento do desempenho dos alunos foi eliminada visto ter sido considerada demasiado fácil o alcance de um lugar no quadro de ciclo por alunos que não demonstravam qualquer esforço.

Pontos fracos:

As perturbações nas aulas registadas em algumas turmas, especialmente do 2.º e

3.ºciclo, provocados por alguns alunos e, que afectam o normal decurso das aulas, a concentração e em consequência a aprendizagem e os resultados dos alunos. Considerando que as perturbações em sala de aula afectavam algumas turmas, de 2.º e 3.ºciclo, e visto que para este comportamento dos alunos a intervenção da escola não se mostrava eficaz (a alguns alunos eram registadas participações disciplinares que tinham como consequência uma advertência pelo Director de Turma ou por parte do Conselho Executivo com comunicação ao respectivo encarregado de educação, mas que não

estavam a dissuadir este comportamento reiterado), foi proposta a criação de uma equipa disciplinar para análise e intervenção nesta área.

No final do 2.º período de 2011, surge uma equipa de intervenção na área disciplinar, a título de voluntariado, na sequência do agravamento dos problemas disciplinares. Para o presente ano lectivo 2011/12, foi formalmente constituída uma equipa de intervenção com competências para a mediação e acompanhamento dos problemas disciplinares, está organizada, com tempos próprios e com directrizes para todos os professores, funcionários e informação aos alunos e aos encarregados de educação.

A sobreposição de trabalhos (individuais, de pares e de grupo) e testes que os alunos relataram serem agendados para as mesmas épocas, o que realça uma falta de coordenação destas actividades nos conselhos de turma e a inexistência de orientações concretas pelos órgãos de gestão da escola e uma omissão nas directrizes quanto à coordenação destas actividades, nos instrumentos de gestão da escola. Esta falta de coordenação, segundo os intervenientes, tem implicações directas na motivação, no tempo de estudo, nos resultados dos testes e na elaboração de trabalhos com qualidade. Para este o problema foi sugerido um limite semanal de testes e uma efectiva coordenação destas actividades nos conselhos de turma.

Foram discutidas em Conselho Pedagógico no ano lectivo 2009/2010, em Novembro, algumas das propostas apresentadas, designadamente a limitação do número de testes e trabalhos semanais. Da reunião deste Conselho Pedagógico foi emanada uma recomendação, para todo o corpo docente, que apelava ao bom senso dos professores na marcação e agendamento de testes e trabalhos e negociação com os alunos. Para uma efectiva concretização desta medida não foram criadas condições para a comunicação e coordenação entre os professores pelo que o problema manteve-se.

No respeita à marcação dos testes e trabalhos também ao longo do ano lectivo 2010/11, foi vincado de novo, em reunião do Conselho da Comunidade em Novembro, a continuidade deste problema, tendo sido já apresentada uma proposta de regulamento em Julho de 2011. Este Conselho aprovou um limite máximo de três testes de semanais para todos os anos de escolaridade e o agendamento de trabalhos de pares e de grupo para épocas que não coincidam com da realização dos testes. Foram calendarizadas reuniões de Conselhos de Turma para estabelecer este planeamento. As directrizes aprovadas foram inscritas nos documentos oficiais da escola.

Os horários dos alunos foram, também, considerados pelos diferentes actores um problema relevante sobretudo no 3.ºciclo e ensino Secundário que prejudica, sobremaneira, a organização do estudo.

Para o problema dos horários dos alunos, foi apresentada a proposta para a criação de uma comissão para reflexão nas mudanças a introduzir e com posterior responsabilidade no cumprimento das propostas.

No ano lectivo 2010/11, os horários, após a sua elaboração e antes da sua entrega/divulgação, foram submetidos a uma verificação para detecção de problemas e apresentação de melhorias. Este trabalho porque foi realizado no final do processo não foi totalmente eficaz, atendendo a que nesta fase as possíveis alterações já são muito limitadas dado a complexidade de variáveis a considerar nas alterações, assim foi proposto em reunião do Conselho da Comunidade, que essa equipa de acompanhamento inicie o seu trabalho desde a distribuição de serviço docente, a partir de Julho.

Para o ano lectivo 2011/12, foram introduzidas significativas melhorias nos horários dos alunos do 3.º ciclo, a partir de um estudo levado a cabo pela responsável deste projecto, as propostas concretas foram apresentadas em Maio de 2010/11, no Conselho da Comunidade Educativa e, posteriormente, em reunião com o Conselho Executivo, com a presença do presidente do Conselho da Comunidade e com o responsável pela equipa de horários da escola, nesta reunião foi apresentada a forma de operacionalização das mudanças. Assim os alunos do 3.ºciclo deixaram de ter três dias de aulas em turno contrário tendo agora dois dias.

No que concerne ao apoio às dificuldades dos alunos conclui-se que não é significativo o número de alunos que integra os apoios assegurados pela escola como forma de melhorar os resultados e, em consequência diminuir as diferenças entre os níveis negativos atribuídos por várias disciplinas, tendo sido classificado no perfil de Auto-avaliação da Escola como ponto fraco. Foram, no entanto, apontadas algumas lacunas quanto ao horário, referências dos alunos do 3.º ciclo salientam a vinda à escola para ter um apoio e depois ter de aguardar muito tempo na escola pelas restantes aulas; os alunos também declaram que nem sempre são os que têm dificuldades que frequentam o apoio; afirmam que em alguns apoios é excessivo o número de alunos o que os transforma numa aula; foi feita referência ao tempo muito limitado – 45minutos.

Os alunos e professores do secundário consideram que a escola disponibiliza apoios que os alunos não frequentam.

Na generalidade, confirma-se que os nossos alunos não têm ajuda fora da escola (seja dos pais, explicações ou outras pessoas) no esclarecimento de dúvidas ou nas dificuldades de aprendizagem o que já seria de esperar dado o nível de escolaridade da comunidade em geral ser baixo, bem com o nível socioeconómico. Contudo no 11.ºano surge uma percentagem significativa de alunos que refere ter explicações.

Atendendo ao reduzido grau de formação dos pais/encarregados de educação destes alunos, seria essencial responsabilizar os pais e alunos pela maior frequência dos apoios por parte dos alunos que necessitam, e ainda, um reforço do número de horas para as disciplinas com elevado índice de insucesso ou a definição de outras modalidades para a sua organização, passando por uma modalidade obrigatória e outra facultativa e pela generalização para o esclarecimento de dúvidas através do acesso à internet para as diferentes disciplinas.

Os métodos de ensino das afirmações dos alunos, depreende-se que a maioria dos professores continua a recorrer, essencialmente, a métodos tradicionais – exposição oral para toda a turma, com uso sistemático do manual escolar. Este método é para um número significativo de alunos aborrecido, agravado, segundo estes, nos professores que revelam alguma dificuldade em se expressar.

Propõem que os professores utilizem com maior frequência as novas tecnologias, as fichas de trabalho, no final da aula e o recurso a apontamentos. Assim, para diversificar os métodos de ensino seria essencial um mais fácil acesso às novas tecnologias de informação através da existência de equipamentos nas salas de aula, de um maior número de salas de aula específicas onde aí estivessem ao dispor dos professores e alunos os materiais de cada disciplina. A necessidade de diversificação de diferentes métodos de ensino parece-nos essencial para aumentar o interesse, motivação, atenção dos alunos.

Quanto à imparcialidade na apreciação de problemas e queixas por parte dos professores destaca-se um número significativo de alunos do 3.º ciclo e Secundário a afirmar que tal acontece. Uma situação, que quanto a nós merece um estudo mais aprofundado, pois os professores não tem esta opinião.

Para aulas de substituição os alunos, na generalidade, afirmam que muitas das

actividades realizadas nas aulas de substituição são pouco proveitosas pelo que seria importante realizar um estudo sobre a frequência com o os professores deixam actividades para que os alunos realizem na sua ausência, tarefa que valorizaria muito mais este tempo como recurso de aprendizagem. No secundário,deveria-se recorrer a uma modalidade não obrigatória, dependendo da existência de materiais de trabalho fornecidos pelo professor que se ausenta.

No que concerne ao estudo na escola, para os alunos do 3.º ciclo os espaços que existem para o estudo são procurados pelos alunos, enquanto para os alunos do Secundário é considerado que esses espaços não têm as condições necessárias para o estudo, porém a maioria afirma que os espaços são pouco procurados pelos alunos.

Métodos de estudo/resultados os alunos revelaram preocupação com o estudo e

com os seus resultados, declaram conhecer métodos de estudo eficazes, algumas turmas atribuem a si próprios a responsabilização pelo pouco tempo que dedicam ao estudo, havendo uma correlação, patente nas descrições dos alunos, entre a satisfação com resultados e o tempo que dedicam à aprendizagem.

Relativamente aos resultados da avaliação interna e externa para as disciplinas submetidas a provas de aferição 6.ºano de escolaridade, para os anos em estudo, constata-se que a disciplina de português costuma manter ou até mesmo apresentar resultados superiores na avaliação externa. No que concerne à disciplina de matemática para o 6.º ano de escolaridade, os resultados da avaliação externa apresentam sempre um decréscimo quando comparados com a avaliação interna final.

No 3.º ciclo, 9.ºano de escolaridade, para as disciplinas submetidas a exame nacional, a disciplina de português, para os anos em estudo apresenta uma grande equivalência entre os resultados internos e externos ou uma ligeira diminuição, o mesmo não acontecendo para a disciplina de matemática onde se regista, para todos os anos em avaliação um decréscimo acentuado entre os resultados internos e os resultados externos.

Para o ensino secundário em todas as disciplinas, regista-se um desfasamento entre os resultados internos e os resultados externos, sendo os resultados internos a principal determinante, na maioria das disciplinas, para a progressão ou transição de ano.

Neste estudo, foi apenas considerado o último ano de frequência da disciplina que é submetida a exame, pelo que em próximos estudos considero fundamental avaliar a evolução da disciplina no período de tempo em que é leccionada com a finalidade de obter dados mais precisos sobre a evolução/variação.

Nos testes de ajustamento realizados, para todos os níveis de escolaridade, não se confirmam grandes desfasamentos. Apesar de nos testes esses desfasamentos não serem muito evidentes, o que se constata é que existe uma diferenciação entre os resultados internos e externos para os anos de escolaridade que realizam provas de aferição - 6.º ano (com excepção da disciplina de português) e exames nacionais que merecem uma ponderação por parte de todos os intervenientes no processo ensino e aprendizagem. Assim, para esta área – resultados escolares – é fundamental que até ao inicio de cada ano lectivo, se analisem os resultados internos e externos, não descurando a procura de informação qualitativa junto dos actores envolvidos no processo ensino e aprendizagem, nomeadamente, os alunos, os pais/encarregados de educação e os professores. Só assim se poderá facultar uma maior, melhor informação e compreensão dos processos que estão subjacentes aos resultados alcançados, e se definam pelos diferentes actores as correcções a introduzir.

Para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem e dos resultados escolares, foi sugerida a existência de uma comissão permanente de avaliação, baseada na metodologia deste projecto, cuja finalidade principal seria avaliar periodicamente todas as áreas de trabalho da escola e que assegurasse e monitorizasse as propostas de melhoria formuladas.

Para os problemas identificados pelos diferentes intervenientes e, devidamente explicitados e fundamentados nas diversas fases deste processo de avaliação, os actores envolvidos apresentaram propostas de melhoria e recomendações que na sua perspectiva teriam impacto imediato na melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem bem como nos resultados dos alunos. Para divulgação a toda a comunidade escolar e com objectivo de serem aprovadas e implementadas foram comunicados os problemas e as respectivas sugestões de melhoria, pela proponente do projecto, em reunião ordinária do Conselho da Comunidade Educativa que se realizou em Novembro de 2009.

Considero que entre a apresentação das recomendações e a sua efectiva concretização decorreu demasiado tempo que justifica-se, no meu entender, pela necessidade de um maior número de intervenientes da comunidade escolar sentir e defender que estes eram os seus problemas e que se impunha uma mudança urgente.

Todavia os modos de ter acesso à informação, de sentir e de agir são muito diferenciados, conforme o grau de participação e envolvimento e de influência na vida da escola.

Para uma efectiva responsabilização dos diferentes actores da comunidade e contínua melhoria de todos os serviços prestados pela escola é imprescindível uma maior e mais generalizada participação bem como a disponibilização da informação para que em tempo útil sirva de base à introdução das mudanças que se afigurem essenciais à melhoria da qualidade.

O aprofundamento da autonomia implica a auto-regulação a partir da auto- avaliação. Para isso, é fundamental uma articulação entre os diferentes instrumentos de gestão que permita à escola conhecer as condições de ensino e de aprendizagem, a eficácia dos apoios aos alunos com dificuldade de aprendizagem, a relação pedagógica na sala de aula, a adequação e reflexão das actividades de aprendizagem, a reflexão, o comportamento cívico dos alunos, o tratamento de dados e análise do sucesso dos alunos. A melhoria da escola têm centrado a atenção nos processos que a escola desenvolve para obter mais sucesso e sustentar a sua melhoria e avaliar a consistência de resultados.

Scheerens (1990), dando ênfase às características qualitativas dos estabelecimentos de ensino, conclui que: as escolas onde os alunos apresentam melhor comportamento possuem melhores índices de sucesso escolar; as diferenças entre as escolas quanto ao desempenho dos alunos estão relacionadas com características do seu funcionamento; os vários factores sociais podem combinar-se para criar a cultura de escola (conjunto de valores, atitudes e comportamentos que a caracterizam). A escola ocupa um papel central, integra a cultura, os processos, as dinâmicas internas à sala de aula e os resultados escolares. Para Hopkins et al. (1994) citado por Góis(2003), não se pode esperar uma melhoria da escola se não se tiver em conta o seu contexto interno pelo que qualquer reforma educativa terá de ser reelaborada pela escola, a melhoria tem de encaixar-se no tecido social mais do que se impor a ele. Quanto às variáveis de processo relevantes para criar um clima propício à promoção da qualidade de ensino destacam-se: a coesão organizativa através do planeamento, a coordenação das actividades da escola, a promoção de boas relações colegiais, a partilha de objectivos, o sentimento de comunidade comum, o sentimento individual de pertença a essa comunidade, objectivos claros, elevadas expectativas aceites por todos e um clima de ordem e disciplina; um currículo articulado e organizado que compreenda cursos bem

planificados e com objectivos claros é mais proveitoso do que um programa com muitas opções e poucas exigências; um programa de desenvolvimento de todo o pessoal da escola que fomente a mudança de atitudes, expectativas, comportamentos e formação em novas competências e técnicas; estratégias de envolvimento parental com informação sobre os objectivos da escola e co-responsabilização na educação dos alunos; reconhecimento generalizado do sucesso académico – a cultura da escola é reflectida nas suas cerimónias e nos seus símbolos; maximizações do tempo dedicado à aprendizagem, quando a escola valoriza o trabalho académico, os alunos dedicam mais tempo à aprendizagem; apoio institucional às mudanças depende do apoio dos vários níveis da administração.

Uma Educação de qualidade terá de proporcionar igualdade na diversidade e na coesão social, nas condições de acesso e sucesso educativos face às expectativas dos indivíduos e da sociedade nas dimensões económica, social e cultural. Para o efeito, é fundamental gerir com eficiência e eficácia os recursos, os processos e as aprendizagens.

CONCLUSÃO

Ao longo do processo de implementação deste projecto de intervenção ―Auto- avaliação da Escola‖, os nossos principais objectivos foram: dinamizar uma cultura de auto-avaliação participada e partilhada por todos os actores da comunidade escolar e criar um dispositivo de avaliação através da formação de diferentes estruturas. A constituição da equipa de coordenação e do grupo de avaliação são, neste contexto, essenciais para a continuidade do projecto. Para uma auto-avaliação eficiente, é importante constituir uma equipa de coordenação não muito grande (5 ou 6 pessoas), envolver os vários actores educativos a fim de integrar na avaliação a multiplicidade de perspectivas e interesses subjacentes à organização escolar e de garantir, através de um clima de confiança, a participação de todos na avaliação.

A falta de experiência na realização da auto-avaliação e as dificuldades que lhe estão subjacentes, derivadas da sua natureza técnica e ética, geram ansiedade nas