• Nenhum resultado encontrado

Dispõe sobre a desistência de recursos no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º, incisos I, VI e XVIII, da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997, e

34 Considerando os termos do Acordo de Cooperação Técnica nº 052/2009/CNJ, celebrado entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ);

Considerando que a triagem de processos da União no Tribunal Superior do Trabalho será feita de forma permanente pela Procuradoria-Geral da União a partir de 2011;

Considerando que o desnecessário prolongamento de alguns processos no Tribunal Superior do Trabalho acarreta prejuízos para a União e para o Poder Judiciário;

Considerando, ainda, que a Instrução Normativa nº 4/AGU, de 19 de julho de 2004, autoriza a não- interposição ou desistência de recurso extraordinário de decisão que negar seguimento a recurso trabalhista exclusivamente por inobservância de pressupostos processuais de sua admissibilidade;

Resolve:

Art. 1º Os Advogados da União em exercício no Departamento Trabalhista da Procuradoria-Geral da União ficam autorizados a desistir de processos que tramitam no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando houver:

I - enunciado de súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do Ato Regimental nº 1/AGU, de 2 de julho de 2008;

II - súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;

III - questão não prequestionada na forma da Súmula nº 297 do TST;

IV - deficiência de traslado em agravo de instrumento segundo as regras da Instrução Normativa TST nº 16, de 15 de maio de 2003;

V - recurso de revista ou recurso de embargos com o objetivo de reexame de fatos e provas, na forma da Súmula nº 126 do TST;

VI - recurso de revista que não demonstre violação direta à lei ou à Constituição Federal;

VII - recurso de revista interposto contra acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, sem que tenha sido abordada violação direta à Constituição Federal, na forma da Súmula nº 266 do TST; ou

VIII - recurso de revista interposto contra acórdão regional proferido em agravo de instrumento, na forma da Súmula nº 218 do TST.

Parágrafo único. Os Advogados da União deverão justificar a desistência do recurso prevista neste artigo por meio de manifestação simplificada, registrada no Sistema Integrado de Controle das Ações da União (SICAU), com a prévia aprovação do Diretor ou dos Coordenadores-Gerais do Departamento Trabalhista da Procuradoria-Geral da União.

Art. 2º O disposto na presente Portaria não se aplica às ações consideradas relevantes, nos termos da Portaria nº 87/AGU, de 17 de fevereiro de 2003, e aos processos nos quais a representação judicial da União compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou à Procuradoria-Geral Federal.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação. LUÍS INÁCIO LUCENA ADAMS

Prezado candidato, caso queira mais informações e instruções normativas para aprofundamento de seus estudos, acesse o link http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/265730

35

ORIGEM

O direito administrativo teve origem na França. Foi construído entre a Administração e os administrados, devido à jurisprudência de um órgão conhecido como Conselho de Estado. Este órgão é alheio ao Poder Judiciário.

Sobrevindo a Revolução Francesa, como o período histórico era o da Monarquia Absoluta, não existiam disposições legais que pudessem sancionar o comportamento do Estado com relação aos administrados. Devido a isso, foi extremamente necessário a existência de um novo direito, pois as normas do direito eram precárias.

A evolução histórica que afastou o Poder Judiciário dos atos administrativos, criando a chamada “jurisdição administrativa”, surge após a Revolução Francesa, desenvolvendo naquele país a concepção da tripartição do exercício do Poder. Esta teorização foi uma maneira eufêmica de traduzir a prevenção que os revolucionários tinham com o Poder Judiciário, conhecida como Parlamento.

Mediante a imposição das normas, a própria Administração, diante dos recursos hierárquicos, julgava os conflitos existentes que surgiam contra ela. Este período de julgamento feito pela própria Administração ficou conhecido como sistema do administrador-juiz.

Por se tratar da época de domínio da monarquia absoluta, a sua vontade era a lei e os cidadãos chamados de servos ou vassalos eram obedientes as leis monarcas.

O rei não podia ser submetido aos Tribunais, pois os seus atos se colocavam acima de qualquer ordenamento jurídico. Com base nessa ideia é que se formulou a teoria da irresponsabilidade do Estado, que, em alguns sistemas, continuou a ter aplicação mesmo após as conquistas do Estado Moderno em benefício dos direitos individuais.1

A formação do Direito Administrativo, como ramo autônomo, teve início, juntamente com o direito constitucional e outros ramos do direito público, a partir do momento em que começou a desenvolver-se - já na fase do Estado Moderno – o conceito de Estado de Direito, estruturado sobre o princípio da legalidade (em decorrência do qual até mesmo os governantes se submetem à lei, em especial à lei fundamental que é a Constituição) e da separação de poderes, que tem por objetivo assegurar a proteção dos direitos individuais, não apenas nas relações entre particulares, mas também entre estes e o Estado. Daí a afirmação de que o Direito Administrativo nasceu das Revoluções que acabaram com o velho regime absolutista que vinha da Idade Média.

Em suma, o conteúdo do Direito Administrativo possui variação no tempo e no espaço, de acordo com o Estado adotado. O Estado de Polícia visa assegurar a ordem pública. Fala-se em bem-estar social, em que o Estado não se limita com a manutenção da ordem pública, mas com o desenvolvimento de inúmeras atividades na área da saúde, assistência, previdência social, saúde e cultura, de maneira a desenvolver o bem-estar coletivo. Além disso, a substituição do Estado liberal, baseado na liberdade de iniciativa, pelo Estado-Providência aumentou, em muito, a atuação estatal no domínio econômico, criando novo aparelhamento de ação do poder público, tanto para disciplinar e fiscalizar a iniciativa privada, com embasamento no poder de polícia do Estado, quer para exercer atividade econômica, diretamente, na qualidade de empresário.

1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas.

2 Os diferentes critérios adotados para a conceituação do direito

Outline

Documentos relacionados