• Nenhum resultado encontrado

Porto Mauá

No documento INV.URG-GE.00-IT.4001-(P) (páginas 88-91)

I Impacto na Subárea (j), quando se instala apenas o i-ésimo aproveitamento da alternativa.

3.2 Segunda Etapa

3.2.4 Arranjo dos Aproveitamentos

3.2.4.5 Porto Mauá

• Porto Mauá – N.A. 130,0 m

O arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.2048 possui uma Casa de Força localizada na margem esquerda do rio, previamente alargada, e está composta por 6 unidades equipadas com turbinas Kaplan com potência unitária de 190 MW, totalizando 654 MW de potência instalada. O Vertedouro, composto por 25 vãos, está localizado adjacente à Casa de Força e ocupa todo o leito do rio, até o alargamento executado na margem direita. Os vãos do Vertedouro estão equipados com comportas de 19,65 m de largura por 20,0 m de altura. As estruturas da Casa de Força e Vertedouro ficam separadas por um muro divisório de canalização da descarga do Vertedouro. O desvio de 2ª etapa é realizado através de 10 vãos rebaixados do Vertedouro. Neste arranjo não foi necessário prever barragens laterais de fechamento, pois as estruturas ocupam totalmente a largura do rio e os alargamentos executados em ambas as margens.

3.2.5 Orçamentos

O dimensionamento das estruturas que compõem cada um dos arranjos, em nível de estudos preliminares, foi elaborado empregado as planilhas de dimensionamento de casa de força (572kc.xls) e de vertedouros (575cobd.xls e 575cobda.xls), disponibilizadas no Manual como anexo de dimensionamento de estruturas para estudos finais.

Porém, conforme o “Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas” (CEPEL, 2007), a metodologia empregada no dimensionamento das estruturas na fase de estudos preliminares de inventário deve ser simplificada e os custos estimados de uma forma global, resultando em orçamentos simplificados, pois a principal finalidade do orçamento nos estudos preliminares é possibilitar uma avaliação rápida, mesmo que aproximada, dos custos dos aproveitamentos, orientando as decisões para a seleção de alternativa.

Logo, foram assumidas as seguintes premissas: diâmetro máximo para as turbinas de 8,50 m; desvio do rio feito por canais para os vertedouros de altura baixa e por adufas para aqueles de tamanho elevado; vazão de desvio correspondente àquela com período de retorno de 50 anos; NA máximo no canal de restituição correspondente àquele com período de retorno de 10.000 anos; rendimento médio dos geradores igual a 98%; temperatura média da água no verão igual a 25ºC; freqüência do sistema elétrico igual a 60 Hz e fator de potência igual a 90%.

A partir dos cálculos de vazões e níveis d’água com tempos de retorno de 10.000 anos, 100 anos e 50 anos, dos resultados de depleção, potência instalada, nível de água mínimo no canal de fuga, nível de água médio no reservatório e vazão máxima unitária obtidos a partir da simulação energética, queda líquida máxima e número de unidades geradoras obtidos dos dimensionamentos e dos dados de altura média de barragem, comprimento de barragem, altura dos muros de transição, comprimento do canal de adução e altura do bloco da tomada d’água, extraídos dos arranjos, foi finalmente produzido o orçamento preliminar para cada um dos aproveitamentos.

Os orçamentos foram elaborados de acordo com padrão do “Orçamento Padrão Eletrobrás” (O.P.E.). Adicionalmente, foram incluídos os custos da conta 10 – terrenos, relocações e outras ações sócio-ambientais. Nessa conta, como simplificação, considerou-se que todas as pontes a serem relocadas tivessem fundação direta e dimensões iguais a 8 m de largura por 30 m de comprimento e as rodovias a serem relocadas foram definidas como pavimentadas do tipo arterial secundária, sendo as vias locais consideradas pelo comprimento equivalente de via arterial secundária. Excepcionalmente, as extensões das pontes sobre os rios Ibicuí, o arroio Touro Passo e o rio Aguapey, foram consideradas caso a caso, dado as suas importantes dimensões.

Nos custos de aquisição de terrenos e benfeitorias foram considerados valores médios tanto de área urbana quanto de área rural, multiplicados posteriormente pela respectiva área afetada total urbana e rural, para cada um dos aproveitamentos. Na relocação da população foi considerado um valor médio de indenização por família.

Além disso, foram estimados também os custos de outras ações socioambientais para os meios físico-biótico e socioeconômico-cultural. Para cada uma das ações socioambientais citadas foi prevista uma verba equivalente a 0,25% do total estimado com as contas 11, 12, 13, 14, 15 e 16, em cada um dos aproveitamentos.

No estudo de custos foi considerada correção monetária que incidiu sobre os valores apresentados no manual e planilhas encontradas no “Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas” (CEPEL, 2007). Na correção, os valores em R$ fornecidos pelo manual foram corrigidos para a data base de projeto (dez/08) por meio do IGP-DI fornecido pela FGV (IGP-DIdez/07 = 370,485 e IGP-DIdez/08 = 404,185) e posteriormente tais valores foram convertidos pelo câmbio da data base de projeto - dez/08 - para US$, (US$ 1,00 = R$ 2,3944) e para $A ($A 1,00 = R$ 0,6984).

Página: 199/680 Os juros anuais, durante a construção, adotados neste estudo são de 10%, o que implica em juros durante a construção de 26,11%, para o tempo de construção estimado (5 anos).

O Quadro 3.2.5-1 apresenta a estimativa de custo dos aproveitamentos, discriminado por contas, e no Apêndice E – Estudos de Alternativas são apresentados os O.P.E.s de cada um dos aproveitamentos.

Quadro 3.2.5-1. Estimativas de Custos dos Aproveitamentos

C O N T A DISCRIMINAÇÃO

CUSTOS DOS APROVEITAMENTOS (US$ x 10³) – DEZ/2008

San Pedro 52,0 Garabi 89,0 Roncador 120,50 Roncador 130,0 Panambi 120,5 Panambi 130,0 Porto Mauá 130,0 10 TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO AMBIENTAIS 976.153 245.170 181.267 263.106 105.857 175.342 57.038 11 ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS 167.068 165.154 133.744 132.987 126.399 138.005 116.857 12 BARRAGENS E ADUTORAS 435.715 461.789 419.563 463.492 434.309 460.271 391.343 13 GERADORES TURBINAS E 383.939 519.016 374.734 329.925 355.130 340.858 332.078 14 EQUIPAMENTO ELÉTRICO ACESSÓRIO 82.931 112.107 80.943 71.264 76.708 73.625 71.729 15 DIVERSOS EQUIPAMENTOS DA USINA 46.073 62.282 44.968 39.591 42.616 40.903 39.849 16 ESTRADAS DE RODAGEM, DE FERRO E PONTES 0 0 0 0 0 0 0 17 CUSTOS INDIRETOS 627.564 469.656 370.566 390.110 342.305 368.701 302.669 18 JUROS DURANTE A CONSTRUÇÃO 710.046 531.384 419.270 441.383 387.296 417.160 342.449 CUSTO TOTAL (US$ * 10³),

COM JDC 3.429.488 2.566.559 2.025.056 2.131.858 1.870.619 2.014.864 1.654.013 POTÊNCIA INSTALADA

(kW) 728.000 1.137.000 857.000 1.002.000 753.000 985.000 653.000

US$/kW 4.711 2.257 2.363 2.128 2.484 2.046 2.533

3.2.6 Impactos Ambientais por Aproveitamento

Nesta etapa, à semelhança da anterior, foram utilizados 21 indicadores de impacto negativo. A estrutura analítica de avaliação de impactos utilizadas na primeira etapa subsidiou, em grande medida, a avaliação feita nesta segunda etapa de Estudos Preliminares. As adequações feitas podem ser resumidas da seguinte maneira:

- As planimetrias que embasaram a quantificação dos impactos foram refeitas, considerando os limites dos reservatórios elaborados com base no modelo de terreno do LIDAR. A área inundada de cada um dos elementos considerados para a análise de impactos foi alterada, o que gerou modificações nos valores finais dos impactos.

- A inclusão do aproveitamento San Pedro trouxe a necessidade de rever alguns dos parâmetros utilizados para avaliar os impactos, pois trata-se de um aproveitamento com grande área inundada, localizado a jusante das áreas que haviam sido trabalhadas anteriormente.

Destaca-se também a substituição da variável utilizada para estimar o impacto nas Alterações nas Relações Transfronteriças. A modificação feita procura contemplar a situação atual, na medida em foi incluída na fórmula de cálculo deste indicador todos os pontos de travessias transfronteiriças ao longo do rio Uruguai.

A agregação dos indicadores de impacto em um único valor por componente-síntese, para cada aproveitamento e subárea, foi feita da mesma maneira que na etapa anterior, sendo que os pesos atribuídos a cada indicador continuaram os mesmos.

Nos itens que se seguem, são apresentados os indicadores selecionados, seus respectivos pesos, a análise dos Impactos Avaliados por aproveitamento e a descrição abrangente das principais interferências causadas por cada um dos 7 aproveitamentos estudados. A íntegra desta avaliação está apresentada no Apêndice D.

No documento INV.URG-GE.00-IT.4001-(P) (páginas 88-91)

Documentos relacionados