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INV.URG-GE.00-IT.4001-(P)

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3 ESTUDOS PRELIMINARES

Os estudos preliminares foram divididos em duas etapas, a primeira com o objetivo de definir antecipadamente o nível máximo normal do reservatório de Garabi e a segunda etapa com a continuidade dos Estudos Preliminares.

3.1 Primeira Etapa – Cota Garabi

Essa etapa buscou a definição antecipada da cota de Garabi, para permitir o início das fases seguintes de estudo desse aproveitamento. Além de analisar diferentes níveis para o reservatório, também avaliou a melhor localização do aproveitamento, considerando dois eixos, um na posição original (Projeto Básico 1986) e outro a montante das localidades de Garruchos (Brasil e Argentina).

Para essa definição foram incorporadas aos Estudos Preliminares algumas das ferramentas de Estudos Finais, previstas pelo Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007), como o Índice de Preferência (IP).

3.1.1 Levantamentos de Dados e Estudos Diversos

Os trabalhos dessa etapa foram executados com base na informação existente coletada e nos levantamentos e estudos realizados nos primeiros meses do estudo de inventário.

Em face da necessidade de realizar os estudos para definição da cota de Garabi antes da conclusão dos levantamentos cartográficos, e antes mesmo de que se dispusesse do modelo do terreno, foi necessário construir uma base cartográfica preliminar para essa etapa dos estudos. Essa base foi obtida a partir dos modelos de elevação da SRTM, ajustado com respaldo nas informações então disponíveis, como o perfil longitudinal do rio Uruguai, a rede de apoio implantada no tramo Garabi – Roncador e os levantamentos topográficos executados nas cidades de San Javier e Porto Xavier. A comparação das elevações do MDE da SRTM com as elevações desses levantamentos de campo indicou uma diferença média de 3 m, entre as elevações indicadas pela SRTM e os pontos de controle de campo.

Assim, foram geradas as curvas de nível de interesse, que depois foram deslocadas 3 m em elevação. Ao final, obrigou-se que as curvas de nível, de cada elevação, passassem sobre o ponto do perfil longitudinal do rio na elevação correspondente.

Para avaliar a qualidade do modelo de terreno obtido, compararam-se as curva cota x área x volume do Projeto Básico do aproveitamento Garabi, com a curva gerada por esse modelo, como apresentado na Figura 3.1.1-2.

Posteriormente, com o término dos levantamentos LIDAR no tramo I e a geração dos modelos digitais do terreno, foi possível comparar os dois modelos de elevação, validando o modelo utilizado nessa etapa dos estudos.

Uma comparação entre os dois modelos é apresentada na Figura 3.1.1-1, que retrata a zona imediatamente a montante de Garabi, onde a linha vermelha representa a curva de nível 89 m obtida do modelo ajustado da SRTM e a linha verde representa a mesma curva obtida no modelo levantado pelo LIDAR.

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Figura 3.1.1-1. Comparação entre o modelo SRTM (vermelho) e o LIDAR (verde) 60 65 70 75 80 85 90 95 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 Volume (106 m³) C o ta ( m ) 0 80 160 240 320 400 480 560 640 720 800 Área (km²) SRTM - ajustado Projeto Básico - 1986

Figura 3.1.1-2. Curva cota x área x volume Garabi – Projeto Básico (1986) x SRTM

Para efeito de avaliação energética de um aproveitamento, o importante é o volume útil, ou seja a diferença de volume entre os níveis operacionais do reservatório. Pode-se supor, por exemplo, uma depleção de 2 m para Garabi (valor próximo ao que será calculado nos estudos energéticos), assim, considerando Garabi na cota 89 m, o volume útil pela curva SRTM seria de 1.134 106 m3. Já segundo o Projeto Básico de 1986 o volume útil seria de 1.125 106 m3, o que representa uma diferença de apenas 0,7%.

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Adicionalmente, com o objetivo de determinar nas periferias das cidades de San Javier e de Porto Xavier cotas das zonas críticas de possíveis inundações foi realizado um nivelamento trigonométrico. Na mesma região foram levantadas seções topobatimétricas para a elaboração de estudos de remanso, conforme será detalhado posteriormente.

Da mesma forma, os estudos hidrológicos, hidráulicos e energéticos para esta fase do inventário foram realizados com base em informações parciais. As curvas de descarga foram definidas a partir das primeiras leituras de nível nos locais dos barramentos e correlações de níveis com escalas existentes e as curvas cota x área x volume foram obtidas dos modelos de terreno da SRTM ajustado. Dessa maneira, foram obtidos todos os dados necessários para os estudos, como: séries de vazões, curvas características, vazões de cheias, etc. que permitiram realizar os estudos nessa etapa.

Os Estudos Ambientais nesta etapa apoiaram-se no Diagnóstico Ambiental parcial e na caracterização expedita da área de estudo. De forma a orientar as análises e fornecer uma base referencial adequada, a área de estudo nesta etapa ficou compreendida pelas sub-bacias dos afluentes a montante do eixo do aproveitamento Garabi, cuja localização está apresentada no mapa INV.URG-GE.00-MP.1001, incluído no volume 21 do presente Relatório Final. A área considerada compreende cerca de 54 mil km2 e corresponde a pouco menos da metade da área total de estudo adotada para este Inventário.

Como procedimento inicial para a elaboração do Diagnóstico, procurou-se equalizar os conhecimentos entre os membros da equipe técnica, por meio da troca de informações, liderada pelos técnicos que reuniam maior conhecimento prévio sobre a região de estudo. Em um segundo momento, partiu-se para o levantamento e análise das fontes de dados secundários, enfocando especialmente as fontes oficiais e as informações mais recentes disponíveis que permitissem selecionar os indicadores mais representativos para: identificar os compartimentos territoriais similares na bacia, de forma a definir as Subáreas em cada Componente-síntese; identificar as questões socioambientais relevantes e suas tendências evolutivas; identificar os potenciais impactos passíveis de serem gerados a partir da implantação de aproveitamentos hidrelétricos.

Em complementação às atividades de levantamento de dados foram realizadas campanhas expeditas para reconhecimento dos locais barráveis, a fim de identificar os principais aspectos socioambientais que poderão ser afetados com a implantação dos aproveitamentos propostos. As investigações foram feitas basicamente nas seguintes datas:

− De 14 a 21 de abril de 2009 – Equipe de coordenação do Consórcio CNEC-ESIN-PROA, acompanhado de representantes da EBISA e ELETROBRAS;

− De 8 a 12 de junho de 2009 – visita pela equipe de coordenação do Consórcio CNEC-ESIN-PROA às cidades que margeiam o rio Uruguai;

− De 13 a 30 de junho de 2009 – visita das equipes multidisciplinares. 3.1.2 Alternativas de Divisão de Queda

A definição das alternativas de divisão de queda considerou os barramentos e as respectivas combinações indicados no planejamento dos estudos, onde foram planejadas 42 alternativas de divisão de queda.

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Essas alternativas tiveram os seus níveis reavaliados em função do perfil longitudinal da linha d’água do rio e das curvas de descarga obtidas para cada um dos aproveitamentos, resultando nos valores indicados no Quadro 3.1.2-1.

Quadro 3.1.2-1. Alternativas de divisão de queda consideradas no planejamento dos estudos

S

ít

io

s

Progressiva (km) 518 863 874 969 978 992 1.002 1.016 1.058 1.076

Nome do local San

Pedro Garabi Garabi II San Javier Porto Lucena Puerto

Rosario Roncador Panambi Porto Mauá Santa Rosa NA natural médio (m) 36 56 59 83 86 87 89 94 106 111 A lt e rn a ti v a s d e d iv is ã o d e q u e d a 1 N A n o rm a l d o s r e s e rv a tó ri o s ( m ) 52 94 130 2 52 89 130 3 52 87 130 4 52 87 111 130 5 52 86 130 6 52 86 111 130 7 52 83 130 8 52 83 111 130 9 52 83 106 130 10 52 89 130 11 52 89 130 12 52 89 130 13 52 94 124 14 52 89 124 15 52 87 124 16 52 86 124 17 52 83 124 18 52 83 106 124 19 52 89 124 20 52 89 124 21 52 89 124 1A 52 94 130 2A 52 89 130 3A 52 87 130 4A 52 87 111 130 5A 52 86 130 6A 52 86 111 130 7A 52 83 130 8A 52 83 111 130 9A 52 83 106 130 10A 52 89 130 11A 52 89 130 12A 52 89 130 13A 52 94 124 14A 52 89 124 15A 52 87 124 16A 52 86 124 17A 52 83 124 18A 52 83 106 124 19A 52 89 124 20A 52 89 124 21A 52 89 124

A redefinição dos níveis de Garabi nas alternativas 10 a 12 e 19 a 21 e Garabi II nas alternativas10A a 12A e 19A a 21A foi realizada com base em estudo de remanso do reservatório de Garabi e as conseqüentes afetações nas cidades de Porto Xavier e San Javier. Para esse estudo de remanso foram consideradas 107 seções utilizadas no Projeto Básico de Garabi, em 1986, apresentadas no relatório GA-139, e 7 seções topobatimétricas levantadas em junho de 2009 na região de Porto Xavier / San Javier. Essas seções, apresentadas nas

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Figuras 3.1.2-1 a 3.1.2-8, visaram aumentar a precisão do modelo de remanso, justamente na área de maior interesse.

Figura 3.1.2-1. Seções adicionais levantadas para o estudo de remanso

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Figura 3.1.2-3. Seção 16

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Figura 3.1.2-5. Seção 18

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Figura 3.1.2-7. Seção 21

Figura 3.1.2-8. Seção 23

Os cálculos de remanso foram realizados com o programa HEC-RAS (versão 4.0). A curva de descarga em Garruchos foi utilizada como condição de contorno e o modelo foi calibrado através do parâmetro rugosidade, com a curva de descarga do posto fluviométrico da Prefectura Naval Argentina de San Javier. O resultado dessa calibração, para vazões acima de 15.000 m3/s é apresentado na Figura 3.1.2-9.

Para avaliar a afetação nas cidades de San Javier e Porto Xavier, se considerou o perfil para o qual a vazão em San Javier é de 40.000 m3/s, esta vazão corresponde aproximadamente a

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recorrência de 50 anos no trecho (Garabi: 35.641 m3/s e San Javier: 43.061 m3/s), e se aproxima da máxima enchente registrada.

A Figura 3.1.2-10 mostra os perfis da linha d’água para uma vazão de 40.000 m3/s, na situação natural, e com a implantação de uma barragem em Garabi nas elevações 86 m, 87 m, 89 m e 94 m. 80 85 90 95 100 105 110 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 Vazão (m3/s) N ív e l d g u a ( m )

San Javier - Jul/1986 HEC-RAS - San Javier

Figura 3.1.2-9. Calibração do modelo de remanso

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 Distância (m) C o ta ( m ) Cota de Fundo Sem barragem Garabi 86m Garabi 87m Garabi 89m Garabi 94m S a n J a v ie r

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De acordo com os levantamentos topográficos realizados nessas duas cidades, a restrição a cota de Garabi (ou Garabi II) é a cidade do lado brasileiro, que apresenta uma ocupação mais expressiva das zonas baixas. O Quadro 3.1.2-2 apresenta os níveis d’água na seção 18, que corresponde à cidade de Porto Xavier, para diferentes vazões, na condição de rio natural e de barragens em Garabi entre 86 m e 94 m.

Quadro 3.1.2-2. Níveis d’água em Porto Xavier

Vazão (m3/s) Sem barragem Garabi 86 m Garabi 87m Garabi 88 m Garabi 89 m Garabi 90 m Garabi 91 m Garabi 92 m Garabi 93 m Garabi 94 m 20.000 88,40 89,56 89,97 90,47 91,05 91,70 92,42 93,18 93,99 94,83 30.000 90,76 91,61 91,90 92,25 92,67 93,16 93,71 94,33 94,99 95,71 40.000 92,73 93,45 93,67 93,94 94,26 94,65 95,08 95,58 96,13 96,74 50.000 94,53 95,11 95,29 95,51 95,77 96,08 96,43 96,85 97,31 97,83 60.000 96,15 96,63 96,78 96,96 97,18 97,44 97,74 98,09 98,48 98,92 70.000 97,64 98,03 98,16 98,32 98,51 98,73 98,99 99,29 99,63 100,02 80.000 99,02 99,32 99,44 99,58 99,75 99,94 100,17 100,43 100,74 101,08 Verifica-se que qualquer que seja a cota de Garabi, a barragem aumentará os efeitos de uma cheia na cidade de Porto Xavier. Isso posto, adotou-se como máxima afetação de convivência em Porto Xavier uma cota de Garabi que elevasse o nível natural da passagem de uma cheia de 40.000 m3/s em 1,5 m.

Dessa forma, as alternativas 10 a 12, 19 a 21, 10A a 12A e 19A a 21A, tiveram as cotas de Garabi e Garabi II estabelecidas em 89 m, e as alternativas 10, 19, 10A e 19A ficaram idênticas a outras alternativas já planejadas.

Dado que todos os barramentos devem ser dimensionados para a passagem de uma cheia decamilenar, a partir das curvas de descarga estabelecidas para cada eixo, foram obtidos os níveis d’água naturais na passagem dessa cheia. Considerando ainda a perda de capacidade de descarga do vertedouro em função do afogamento por jusante, foi definido um desnível mínimo de 3 metros entre o NA normal do reservatório e o nível natural do rio na passagem dessa cheia. Assim, foram definidos os valores mínimos para os níveis dos reservatórios de cada um dos aproveitamentos, apresentados no Quadro 3.1.2-3.

Quadro 3.1.2-3. Níveis d’água mínimos possíveis para os reservatórios

Aproveitamento Vazão decamilenar (m3 /s)

NA natural 10.000 anos (m)

NA mínimo possível para o reservatório (m) Garabi 80.066 82,35 85,50 Garabi II 79.991 82,94 86,00 San Javier 80.020 103,41 106,50 Porto Lucena 80.739 106,21 109,50 Puerto Rosario 80.977 109,39 112,50 Roncador 81.317 113,29 116,50 Panambi 81.511 117,02 120,00 Porto Mauá 83.652 125,66 130,00 Santa Rosa 83.906 127,33 130,50

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Com base nessa análise, são excluídos os aproveitamentos, Garabi e Garabi II na cota 83 m, Porto Rosario na cota 111 m, e Porto Mauá na cota 124 m. A exclusão dos aproveitamentos de Garabi ou Garabi II na cota 83 m, implica na eliminação do eixo San Javier, que aparecia em diversas alternativas combinando com esses aproveitamentos.

O aproveitamento Santa Rosa na cota 130 m, por essa mesma análise deveria ser excluído, mas considerando que a cota de não afetação dos saltos de Yucumã/Moconá ainda não havia sido definida, o mesmo foi mantido. Com as exclusões explicitadas, são 24 as alternativas a estudar, que foram reordenadas e renumeradas, como apresentado no Quadro 3.1.2-4.

Quadro 3.1.2-4. Alternativas de divisão de queda consideradas para definição da cota Garabi

ti

o

s

Progressiva (km) 518 863 874 978 992 1002 1016 1058 1076 Nome do local San

Pedro Garabi Garabi II Porto Lucena Puerto

Rosario Roncador Panambi Porto Mauá Santa Rosa NA natural médio (m) 36 56 59 86 87 89 94 106 111 Al te rn a ti v a s d e d iv is ã o d e q u e d a 1 N A n o rm a l d o s r e s e rv a tó ri o s ( m ) 52 94 130 2 52 94 124 3 52 89 130 4 52 89 130 5 52 89 130 6 52 89 124 7 52 89 124 8 52 87 130 9 52 87 124 10 52 86 130 11 52 86 124 12 52 86 111 130 13 52 94 130 14 52 94 124 15 52 89 130 16 52 89 130 17 52 89 130 18 52 89 124 19 52 89 124 20 52 87 130 21 52 87 124 22 52 86 130 23 52 86 124 24 52 86 111 130

Os perfis dessas alternativas de divisão de queda são apresentados nos desenhos INV.URG-GE.00-DE.1005 a INV.URG-GE.00-DE.1010, no Tomo 3 - Desenhos.

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3.1.3 Simulações Energéticas

Os estudos energéticos desenvolvidos seguiram os critérios básicos preconizados pelo Manual de Inventário Hidrelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) e Manuais disponibilizados pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL).

Para a determinação dos benefícios energéticos propiciados pelos aproveitamentos hidrelétricos, constantes das diversas alternativas de divisão de queda, foi utilizado o modelo de simulação SINV – Sistema de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas, versão 6.0.3, desenvolvido pelo CEPEL.

Como critérios econômicos básicos, utilizou-se período de retorno de 50 anos, com taxa de juros de 12% ao ano, que são valores usuais neste tipo de estudo e sugeridos pelo Manual. Nos critérios energéticos, destacam-se o COM (custo de operação e manutenção), CUR (custo unitário de referência), CRE (custo unitário de referência da energia) e CRP (custo unitário de referência de ponta), descritos e calculados no item 3.1.7 deste relatório.

Como dados de partida, foram considerados:

• Período crítico do sistema energético, que abrange os meses de Junho de 1949 até Novembro de 1956;

• Série de vazões naturais para cada aproveitamento. A série gerada em cada local de aproveitamento cobre o período de Janeiro de 1931 a Dezembro de 2007;

• Curvas características dos aproveitamentos, que são a curva cota x área x volume e a curva de descarga do canal de fuga;

• Dados de balanço hídrico, que contemplam a evapotranspiração;

• Aproveitamentos existentes ou previstos na bacia do rio Uruguai, listados no Quadro 3.1.3-1.

Quadro 3.1.3-1. Dados de Entrada SINV: Aproveitamentos Considerados

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) São Roque 780,0 756,0 214 Garibaldi 705,0 704,0 150 Campos Novos 660,0 655,0 880 Passo da Cadeia 940,0 898,0 104 Pai Querê 797,0 762,0 292 Barra Grande 647,0 617,0 699 Machadinho 480,0 465,0 1.140 Itá 370,0 370,0 1.450 Foz do Chapecó 265,0 265,0 855 Itapiranga 193,0 193,0 725 Passo Fundo 598,0 584,0 226 Monjolinho 328,5 328,5 74 Quebra Queixo 549,0 544,0 120

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Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) São José 154,7 146,6 51

Passo São João 128,4 128,4 77

Salto Grande 34,9 24,4 1.890

• Alternativas de divisão de queda, que foram apresentadas no item 3.1.2 deste relatório. Como sistema de referência adotou-se o Sistema Interligado Nacional (do Brasil) – SIN. Entretanto, conforme admitido pelo Manual de Inventário, o sistema em relação ao qual foram determinados os benefícios energéticos foi a bacia caracterizada pelo conjunto de aproveitamentos em estudo e os aproveitamentos já inventariados situados a montante do rio Uruguai, que são as Usinas Hidrelétricas existentes em território brasileiro e Salto Grande, a jusante, apresentadas no Quadro 3.1.3-1.

As simulações energéticas, realizadas pelo programa SINV, inicialmente otimiza os volumes úteis dos aproveitamentos para a determinação dos benefícios energéticos. O deplecionamento de cada reservatório é então fixado visando maximizar o benefício energético, tendo como base a energia firme da alternativa. Observa-se, no entanto, que foi admitida a limitação do deplecionamento máximo a um terço (1/3) da queda bruta máxima para cada aproveitamento. Definidos os deplecionamentos ótimos, passou-se à determinação da energia firme e potência instalada, o sistema adotado para cada aproveitamento o maior valor de potência instalada em cada sítio encontrado, após simular todas as alternativas em simultâneo.

Em seguida, as alternativas foram simuladas individualmente, para obter os valores de energia firme. Adicionalmente, foi realizada uma simulação adicional de cada alternativa, para determinar a energia média gerada no período de 1931-2007, para posterior avaliação dos benefícios energéticos fora do período crítico. Os resultados dessas simulações, para Fk=0,55, são apresentados nos Quadros 3.1.3-2 a 3.1.3-25.

Quadro 3.1.3-2. Simulação Energética – Alternativa 1

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 130 130,0 126,7 986 542 602 Garabi 94 94,0 88,1 1.161 640 704 San Pedro 52,0 50,8 705 388 444

Quadro 3.1.3-3. Simulação Energética – Alternativa 2

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 124 124,0 124,0 851 470 522 Garabi 94 94,0 88,1 1.161 635 702 San Pedro 52,0 50,8 705 386 443

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Quadro 3.1.3-4. Simulação Energética – Alternativa 3 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Roncador 130 130,0 126,1 1.144 632 703 Garabi 89 89,0 87,2 1.036 570 633 San Pedro 52,0 50,8 705 383 439

Quadro 3.1.3-5. Simulação Energética – Alternativa 4

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 130 130,0 126,7 986 544 603 Garabi 89 89,0 87,2 1.036 568 632 San Pedro 52,0 50,8 705 383 439

Quadro 3.1.3-6. Simulação Energética – Alternativa 5

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Porto Mauá 130 130,0 130,0 653 361 400 Garabi 89 89,0 87,2 1.036 564 629 San Pedro 52,0 50,8 705 381 437

Quadro 3.1.3-7. Simulação Energética – Alternativa 6

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Roncador 124 124,0 120,0 963 533 593 Garabi 89 89,0 87,2 1.036 569 632 San Pedro 52,0 50,8 705 383 439

Quadro 3.1.3-8. Simulação Energética – Alternativa 7

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 124 124,0 124,0 851 471 523 Garabi 89 89,0 87,2 1.036 563 629 San Pedro 52,0 50,8 705 381 437

(15)

Quadro 3.1.3-9. Simulação Energética – Alternativa 8 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Puerto Rosario 130 130,0 119,1 1.124 617 677 Garabi 87 87,0 86,2 1.010 557 610 San Pedro 52,0 50,8 705 387 443

Quadro 3.1.3-10. Simulação Energética – Alternativa 9

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Puerto Rosario 124 124,0 123,9 1.058 581 649 Garabi 87 87,0 86,2 1.010 536 600 San Pedro 52,0 50,8 705 380 436

Quadro 3.1.3-11. Simulação Energética – Alternativa 10

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Porto Lucena 130 130,0 120,5 1.180 648 711 Garabi 86 86,0 85,3 979 540 590 San Pedro 52,0 50,8 705 388 443

Quadro 3.1.3-12. Simulação Energética – Alternativa 11

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Porto Lucena 124 124,0 120,8 1.061 583 646 Garabi 86 86,0 85,3 979 525 583 San Pedro 52,0 50,8 705 382 438

Quadro 3.1.3-13. Simulação Energética – Alternativa 12

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Santa Rosa 130,0 130,0 510 280 311 Porto Lucena 111 111,0 110,7 711 390 434 Garabi 86 86,0 85,3 979 519 580 San Pedro 52,0 50,8 705 380 436

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Quadro 3.1.3-14. Simulação Energética – Alternativa 13 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 130 130,0 126,7 986 543 601 Garabi II 94 94,0 91,6 1.131 623 693 San Pedro 52,0 50,8 705 384 440

Quadro 3.1.3-15. Simulação Energética – Alternativa 14

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 124 124,0 124,0 851 469 522 Garabi II 94 94,0 91,6 1.131 618 691 San Pedro 52,0 50,8 705 382 438

Quadro 3.1.3-16. Simulação Energética – Alternativa 15

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Roncador 130 130,0 126,1 1.144 635 704 Garabi II 89 89,0 85,6 949 523 581 San Pedro 52,0 50,8 705 386 441

Quadro 3.1.3-17. Simulação Energética – Alternativa 16

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 130 130,0 126,7 986 544 603 Garabi II 89 89,0 85,6 949 521 580 San Pedro 52,0 50,8 705 385 441

Quadro 3.1.3-18. Simulação Energética – Alternativa 17

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Porto Mauá 130 130,0 130,0 653 361 400 Garabi II 89 89,0 85,6 949 518 578 San Pedro 52,0 50,8 705 383 439

(17)

Quadro 3.1.3-19. Simulação Energética – Alternativa 18 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Roncador 124 124,0 120,0 963 535 594 Garabi II 89 89,0 85,6 949 522 580 San Pedro 52,0 50,8 705 385 441

Quadro 3.1.3-20. Simulação Energética – Alternativa 19

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Panambi 124 124,0 124,0 851 471 523 Garabi II 89 89,0 85,6 949 518 578 San Pedro 52,0 50,8 705 383 439

Quadro 3.1.3-21. Simulação Energética – Alternativa 20

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Puerto Rosario 130 130,0 119,1 1.124 618 678 Garabi II 87 87,0 85,2 938 517 567 San Pedro 52,0 50,8 705 389 444

Quadro 3.1.3-22. Simulação Energética – Alternativa 21

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Puerto Rosario 124 124,0 123,9 1.058 583 650 Garabi II 87 87,0 85,2 938 500 559 San Pedro 52,0 50,8 705 381 437

Quadro 3.1.3-23. Simulação Energética – Alternativa 22

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Porto Lucena 130 130,0 120,5 1.180 645 709 Garabi II 86 86,0 86,0 926 511 561 San Pedro 52,0 50,8 705 387 442

(18)

Quadro 3.1.3-24. Simulação Energética – Alternativa 23 Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Porto Lucena 124 124,0 120,8 1.061 580 644 Garabi II 86 86,0 86,0 926 497 555 San Pedro 52,0 50,8 705 382 437

Quadro 3.1.3-25. Simulação Energética – Alternativa 24

Nome NA Max Normal (m) NA Min Normal (m) Potência Instalada (MW) Energia Firme (MWmédios) Período Crítico Energia Média (MWmédios) 1931-2007 Santa Rosa 130,0 130,0 510 280 311 Porto Lucena 111 111,0 110,7 711 386 432 Garabi II 86 86,0 86,0 926 491 552 San Pedro 52,0 50,8 705 379 435

No Quadro 3.1.3-26 é apresentado um resumo das potências calculadas nos aproveitamentos.

Quadro 3.1.3-26. Resumo de Potências – Estudos Preliminares – 1ª Etapa

Aproveitamento Potencia (MW) Garabi - 94 m 1.161 Garabi - 89 m 1.036 Garabi - 87 m 1.010 Garabi - 86 m 979 Garabi II - 94 m 1.131 Garabi II - 89 m 949 Garabi II - 87 m 938 Garabi II - 86 m 926 Porto Lucena - 130 m 1.180 Porto Lucena - 124 m 1.061 Porto Lucena - 111 m 711 Puerto Rosario - 130 m 1.124 Puerto Rosario - 124 m 1.058 Roncador - 130 m 1.144 Roncador - 124 m 963 Panambi - 130 m 986 Panambi - 124 m 851 Porto Mauá - 130 m 653 Santa Rosa - 130 m 510

(19)

3.1.4 Arranjo dos Aproveitamentos

Os arranjos dos aproveitamentos para a primeira etapa dos estudos preliminares foram concebidos sobre a base cartográfica preliminar. Para a definição das dimensões aproximadas das estruturas, utilizaram-se as planilhas de dimensionamento do Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (CEPEL, 2007) relativas aos estudos finais. A seguir, descreve-se, de forma sucinta, a disposição do arranjo de cada um dos eixos estudados na primeira etapa dos estudos preliminares.

3.1.4.1 Garabi

• Garabi – N.A. cota 94,0 m

O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1030 apresenta uma Casa de Força implantada na margem esquerda com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, totalizando uma potência instalada de 1.161 MW. Contiguo à Casa de Força está o Vertedouro, composto por 22 vãos, sendo parte deles com adufas para a 2ª etapa de desvio, que serão construídos junto com a Casa de Força na margem esquerda. No leito do rio será implantado o trecho restante do Vertedouro que não será utilizado para o desvio. O fechamento é completado com barragens de terra de tipo homogêneo em ambas as margens, até a cota 98,0 m, alinhados com as estruturas.

• Garabi – N.A. cota 89,0 m

O arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.1031 conta com uma Casa de Força localizada na margem esquerda, com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa espiral de concreto, totalizando 1.036 MW de potencia instalada. A continuação da Casa de Força, no leito do rio, está o Vertedouro, composto por 23 vãos, uma parte dos quais é construído com vãos rebaixados, junto com a Casa de Força, por onde será realizado o desvio de segunda etapa. O restante dos vãos é construído no leito do rio, juntamente com parte da barragem da margem direita. O fechamento é completado com barragens de terra do tipo homogêneo, estendendo-se até o encontro das ombreiras em ambas as margens, até a cota 93,0 m.

• Garabi – N.A. cota 87,0 m

O desenho INV.URG-GE.00-DE.1032 apresenta o arranjo das estruturas com uma Casa de Força composta de 8 unidades, implantada na margem esquerda, com potência total instalada de1.010 MW e caixa semi-espiral de concreto. O Vertedouro é composto por 24 vãos localizados parte no leito do rio e parte na margem esquerda, sendo que estes últimos serão construídos com vãos rebaixados, junto com a Casa de Força, para o desvio de 2ª etapa. Alinhada com as estruturas de concreto será completado o fechamento com barragens de solo homogêneo nas duas margens do rio, até a cota 91,0 m.

• Garabi – N.A. cota 86,0 m

Na cota 86,0 m, o arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1033 apresenta uma disposição das estruturas semelhante à dos arranjos anteriores, com a Casa de Força composta de 8 unidades, equipadas com turbinas Kaplan, totalizando 979 MW de potência instalada. Neste caso o Vertedouro é composto por 25 vãos distribuídos no leito e a margem esquerda, local onde os mesmos serão construídos com vãos rebaixados para o desvio de segunda etapa. Em

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ambas as margens é completado o fechamento com barragens de terra homogênea que seguem o alinhamento das estruturas de concreto.

3.1.4.2 Garabi II

• Garabi II – N.A. cota 94,0 m

O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1034 apresenta a Casa de Força localizada na margem esquerda, com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto. A potência total instalada é de 1.131 MW. O Vertedouro é posicionado encostado à Casa de Força e é composto por 22 vãos, parte deles construídos com adufas junto com a Casa de Força para o desvio na 2ª etapa. Neste arranjo, os fechamentos laterais resultam mais longos, mas igualmente independentes do restante das obras, portanto não é afetado o esquema de implantação adotado. Foram previstas barragens de terra com cota máxima na elevação 98,0 m.

• Garabi II – N.A. cota 89,0 m

O desenho INV.URG-GE.00-DE.1035 apresenta o arranjo proposto, onde também a Casa de Força está localizada na margem esquerda, e é composta de 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 949 MW, seguida de um Vertedouro com 23 vãos que ocupam o leito e em parte serão construídos com vãos rebaixados junto com a Casa de Força na margem esquerda para a 2ª etapa do desvio. Os fechamentos em ambas as margens é completado com barragens de solo homogêneo até a cota 93,0 m, alinhados com as estruturas.

• Garabi II – N.A. cota 87,0 m

O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1036 possui uma Casa de Força implantada na margem esquerda com 8 unidades, equipadas com turbinas Kaplan y caixa semi-espiral de concreto. A potência total instalada neste caso é de 938 MW. A estrutura do Vertedouro é composta por 24 vãos posicionados no leito do rio e na margem esquerda, encostados na Casa de Força, sendo parte deles construídos com vãos rebaixados junto com a Casa de Força para ser utilizados com desvio de segunda etapa. Na margem esquerda e direita o fechamento é completado com barragens de terra homogênea com cota na elevação 91,0 m.

• Garabi II – N.A. cota 86,0 m

O desenho INV.URG-GE.00-DE.1037 apresenta o arranjo proposto com a disposição da estrutura semelhante à dos casos anteriores, diferenciado pela elevação da crista, neste caso na cota 90,0 m e pela potência menor instalada, totalizando 926 MW, também em 8 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto. A estrutura do vertedouro conta com 25 vãos distribuídos parte no leito do rio e parte no desvio de segunda etapa da margem esquerda.

3.1.4.3 Porto Lucena

• Porto Lucena – N.A. 130,0 m

No arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.1038, o Vertedouro de 22 vãos é posicionado na sua totalidade no braço maior do rio que se encontra dividido por uma ilha central. Um trecho do Vertedouro é construído com adufas para a 2ª etapa de desvio. A Casa

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de Força é posicionada na margem esquerda e conta com 7 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan, com uma potência total instalada de 1.180 MW e caixa semi-espiral de concreto. A ligação entre o Vertedouro e a Casa de Força se realiza por uma barragem de concreto convencional até a cota 134,0 m. Os barramentos laterais também serão executados em concreto convencional, alinhados com as demais estruturas.

• Porto Lucena – N.A. 124,0 m

No desenho INV.URG-GE.00-DE.1039 é apresentado o arranjo proposto. Nesta situação a Casa de Força também é posicionada na margem esquerda e é composta de 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto. A potência total instalada é de 1.061 MW. O Vertedouro de 22 vãos é posicionado no braço maior do rio e parte dele e construído com adufas como solução para o desvio de 2ª etapa. O fechamento do trecho entre a Casa de Força e o Vertedouro é feito com uma barragem de concreto convencional, assim como as barragens laterais localizadas na margem esquerda e direita, até a cota 128,0 m

• Porto Lucena – N.A. 111,0 m

No arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1040 as estruturas apresentam a mesma disposição do arranjo anterior, com a Casa de Força composta por 6 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, totalizando 711 MW de potência instalada. Neste arranjo o Vertedouro conta com 24 vãos, sendo parte deles rebaixados para o desvio de 2º etapa. As barragens laterais e intermediaria de fechamento serão construídas em concreto convencional até a cota 115,0 m.

3.1.4.4 Puerto Rosario

• Puerto Rosario – N.A. 130,0 m

O Arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1041 apresenta uma Casa de Força posicionada na margem direita do rio, com 6 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 1.124 MW, seguida de um Vertedouro composto por 22 vãos, sendo parte deles rebaixados, através dos quais ocorrerá o desvio de segunda etapa. O fechamento lateral é completado com uma barragem de concreto convencional de pouca altura na margem direita e uma de altura maior na margem esquerda, até a cota 134,0 m.

• Puerto Rosario – N.A. 124,0 m

No arranjo apresentado no desenho INV.URG-GE.00-DE.1042 a disposição das estruturas é similar ao do arranjo anterior, com a Casa de Força passando a 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan que totalizam uma potência instalada de 1.058 MW. O Vertedouro também é composto por 22 vãos, sendo parte deles rebaixados para o desvio de segunda etapa. Os fechamentos laterais serão construídos em concreto convencional até a cota 128,0 m.

3.1.4.5 Roncador

• Roncador – N.A. 130,0 m

O desenho INV.URG-GE.00-DE.1043 apresenta o arranjo proposto, composto pela Casa de Força com 7 unidades, equipadas com turbinas Kaplan, com potência total instalada de 1.144 MW, implantada do lado esquerdo do leito do rio, seguida do Vertedouro na parte central,

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constituído de 22 vãos, sendo parte dos mesmos rebaixados, através dos quais ocorrerá o desvio de segunda etapa. O fechamento lateral é feito apenas do lado do Vertedouro, na margem direita, por uma pequena barragem de concreto convencional até a cota 134,0 m.

• Roncador – N.A. 124,0 m

No desenho INV.URG-GE.00-DE.1044, a disposição das estruturas apresentado é semelhante ao do arranjo anterior, sendo que neste caso a Casa de Força é composta de 6 unidades, equipadas com turbinas Kaplan, com uma potência total instalada de 963 MW, seguida de um Vertedouro com 22 vãos, também com parte deles rebaixados para desvio de 2ª etapa e fechamento lateral executado com barragem de concreto convencional, apenas do lado direito do Vertedouro, até a cota 128,0 m.

3.1.4.6 Panambi

• Panambi – N.A. 130,0 m

O desenho INV.URG-GE.00-DE.1045 apresenta o arranjo das estruturas com a Casa de Força implantada do lado direito do leito do rio, com 6 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 966 MW, seguida pelo Vertedouro composto por 22 vãos que ocupam todo o leito do rio, até a margem esquerda, sendo parte deles rebaixados para o desvio de segunda etapa. Completando o fechamento é executada uma pequena barragem de concreto convencional na margem esquerda, até a cota 134,0 m.

• Panambi – N.A. 124,0 m

No arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1046, a disposição das estruturas é a mesma apresentada no arranjo anterior, com a Casa de Força composta de 6 unidades, e potencia total instalada de 851 MW. O Vertedouro é composto por 23 vãos, e neste caso a barragem de concreto convencional implantada na margem esquerda é executada até a cota 128,0 m. 3.1.4.7 Porto Mauá

• Porto Mauá – N.A.130,0 m

O arranjo do desenho INV.URG-GE.00-DE.1047 apresenta a Casa de Força implantada na margem esquerda, com 6 unidades, equipadas com turbinas Kaplan e potência total instalada de 653 MW. Contiguo à Casa de Força, ocupando todo o leito do rio, está localizado o Vertedouro com 25 vãos, por onde será realizado o desvio de segunda etapa por vãos rebaixados. Neste arranjo as estruturas da Casa de Força e Vertedouro ocupam toda a largura do rio, não sendo necessária nenhuma barragem complementar de fechamento.

3.1.4.8 Santa Rosa

• Santa Rosa – N.A. 130,0 m

No desenho INV.URG-GE.00-DE.1048 é apresentado o arranjo proposto para este barramento, com a Casa de Força implantada na margem direita, composta por 6 unidades, equipadas com turbinas do tipo Kaplan e caixa semi-espiral de concreto, com potência total instalada de 510 MW. O Vertedouro, encostado na Casa de Força, conta com 28 vãos, parte deles rebaixados para o desvio de segunda etapa, o qual ocupa todo o leito do rio. Completando o fechamento

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será executada uma pequena barragem em concreto convencional até a cota 134,0 m na margem esquerda.

3.1.5 Orçamentos

O dimensionamento das estruturas que compõem cada um dos arranjos, em nível de estudos preliminares, foi elaborado empregando as planilhas de dimensionamento da casa de força (572kc.xls) e de vertedouros (575cobd.xls e 575cobda.xls), disponibilizadas no Manual como anexo de dimensionamento de estruturas para estudos finais.

Porém, conforme o “Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas” (CEPEL, 2007), a metodologia empregada no dimensionamento das estruturas na fase de estudos preliminares do inventário deve ser simplificada e os custos estimados de uma forma global, resultando em orçamentos simplificados, pois a principal finalidade do orçamento nos estudos preliminares é possibilitar uma avaliação rápida, mesmo que aproximada, dos custos dos aproveitamentos, orientando as decisões para a seleção da alternativa.

Os orçamentos foram elaborados de acordo com padrão do “Orçamento Padrão Eletrobras” (O.P.E.). Adicionalmente, foram incluídos os custos da conta 10 – terrenos, relocações e outras ações socioambientais. Nessa conta, como simplificação, considerou-se que todas as pontes a serem relocadas teriam fundação direta e dimensões iguais a 8 m de largura por 30 m de comprimento e as rodovias a serem relocadas foram definidas como pavimentadas do tipo arterial secundária, sendo as vias locais consideradas pelo comprimento equivalente de via arterial secundária, respeitando os itens do citado Orçamento Padrão Eletrobras.

Para os custos de aquisição de terrenos e benfeitorias foram considerados valores médios tanto de área urbana quanto de área rural, multiplicados posteriormente pela respectiva área afetada total urbana e rural, para cada um dos aproveitamentos. Na relocação das populações foi considerado um valor médio de indenização por família.

Além disso, foram estimados também os custos de outras ações socioambientais para os meios físico-biótico e socioeconômico-cultural. Para cada uma das ações socioambientais citadas foi prevista uma verba equivalente a 0,25% do total estimado com as contas 11, 12, 13, 14, 15 e 16, em cada um dos aproveitamentos.

No estudo de custos foi considerada correção monetária que incidiu sobre os valores apresentados no manual e planilhas encontradas no “Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas” (CEPEL, 2007). Na correção, os valores em R$ fornecidos pelo Manual foram corrigidos para a data base de projeto (dez/08) por meio do IGP-DI fornecido pela FGV (IGP-DIdez/07 = 370,485 e IGP-DIdez/08 = 404,185) e, posteriormente, tais valores foram convertidos pelo câmbio da data base de projeto - dez/08 - para US$, (US$ 1,00 = R$ 2,3944) e para $A ($A 1,00 = R$ 0,6984).

A taxa de juros anuais durante a construção adotados neste estudo é de 10%, o que implica em juros durante a construção de 26,11%, para o tempo de construção estimado (5 anos). O Quadro 3.1.5-1 apresenta a estimativa de custo dos aproveitamentos, discriminado por contas, e no Apêndice E – Estudos de Alternativas são apresentados os orçamentos completos, segundo o Manual brasileiro.

(24)

Na etapas de Estudos Finais estimaram-se os custos segundo o Manual de Costos para la

Construcción de Emprendimientos Hidroeléctricos de Argentina (2007) para verificação e

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Quadro 3.1.5-1. Estimativas de Custos dos Aproveitamentos (1/2) C O N T A DISCRIMINAÇÃO

CUSTOS DOS APROVEITAMENTOS (US$ x 10³) – DEZ/2008 Garabi 86 Garabi 87 Garabi 89 Garabi 94 Garabi II 86 Garabi II 87 Garabi II 89 Garabi II 94 Porto Lucena 111 Porto Lucena 124 10 TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO

AMBIENTAIS

203.346 223.418 274.089 482.101 139.387 153.992 196.060 380.833 119.761 275.126

11 ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS 155.660 157.411 155.452 159.934 153.565 152.264 147.933 160.975 123.677 144.091

12 BARRAGENS E ADUTORAS 431.808 441.894 444.531 477.039 441.174 450.269 450.671 491.272 478.870 609.940

13 TURBINAS E GERADORES 486.119 493.751 429.447 444.617 477.058 474.990 472.122 443.938 347.356 413.872

14 EQUIPAMENTO ELÉTRICO ACESSÓRIO 105.002 106.650 92.761 96.037 103.045 102.598 101.978 95.891 75.029 89.396

15 DIVERSOS EQUIPAMENTOS

DA USINA 58.334 59.250 51.534 53.354 57.247 56.999 56.655 53.273 41.683 49.665

16 ESTRADAS DE RODAGEM, DE FERRO E PONTES 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

17 CUSTOS INDIRETOS 432.081 444.712 434.344 513.925 411.443 417.333 427.626 487.854 355.913 474.627

18 JUROS DURANTE A CONSTRUÇÃO 488.871 503.162 491.431 581.472 465.520 472.185 483.830 551.975 402.692 537.009

CUSTO TOTAL (US$ * 10³), COM JDC 2.361.220 2.430.249 2.373.588 2.808.481 2.248.438 2.280.628 2.336.874 2.666.010 1.944.982 2.593.726

POTÊNCIA INSTALADA (kW) 979.000 1.010.000 1.036.000 1.161.000 926.000 938.000 949.000 1.131.000 711.000 1.061.000

(26)

Quadro 3.1.5-1. Estimativas de Custos dos Aproveitamentos (2/2) C O N T A DISCRIMINAÇÃO

CUSTOS DOS APROVEITAMENTOS (US$ x 10³) – DEZ/2008 Porto Lucena 130 Puerto Rosario 124 Puerto Rosario 130 Roncador 124 Roncador 130 Panambi 124 Panambi 130 Porto Mauá 130 Santa Rosa 130 10 TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO

AMBIENTAIS

353.653 242.630 310.104 206.724 267.859 124.963 177.835 63.749 50.357

11 ESTRUTURAS E OUTRAS BENFEITORIAS 146.989 145.576 141.622 135.542 146.924 132.205 137.665 115.925 104.644

12 BARRAGENS E ADUTORAS 673.887 534.594 609.275 433.851 456.132 391.209 426.212 396.537 419.756

13 TURBINAS E GERADORES 374.979 412.614 351.362 385.034 425.287 373.629 336.181 328.200 289.947

14 EQUIPAMENTO ELÉTRICO

ACESSÓRIO 80.995 89.125 75.894 83.167 91.862 80.704 72.615 70.891 62.628

15 DIVERSOS EQUIPAMENTOS DA USINA 44.997 49.514 42.163 46.204 51.034 44.835 40.342 39.384 34.794

16 ESTRADAS DE RODAGEM, DE

FERRO E PONTES 0 0 0 0 0 0 0 0 0

17 CUSTOS INDIRETOS 502.650 442.216 459.126 387.157 431.729 344.263 357.255 304.406 288.638

18 JUROS DURANTE A

CONSTRUÇÃO 568.715 500.338 519.470 438.042 488.473 389.511 404.210 344.415 326.574

CUSTO TOTAL (US$ * 10³), COM JDC 2.746.866 2.416.606 2.509.016 2.115.721 2.359.300 1.881.319 1.952.314 1.663.507 1.577.338

POTÊNCIA INSTALADA (kW) 1.180.000 1.058.000 1.124.000 963.000 1.144.000 851.000 986.000 653.000 510.000

(27)

3.1.6 Impactos Ambientais por Aproveitamento

Para a avaliação ambiental dos aproveitamentos em estudo, foram selecionados 21 indicadores possíveis de serem formulados a partir das informações secundárias disponíveis na Argentina e no Brasil. Os indicadores de impacto têm como resultado a atribuição de um valor numérico à intensidade do impacto negativo do aproveitamento. Este valor varia em uma escala contínua entre 0 (zero) e 1 (um). O zero da escala representa a ausência de impacto, enquanto que o um é o impacto máximo.

A agregação em um único índice de impacto por componente-síntese é feita por meio da soma ponderada dos valores de impacto atribuídos a cada indicador e dos pesos atribuídos a eles. Os pesos de cada indicador refletem a importância relativa de cada elemento avaliado no contexto dos componentes-síntese. Os valores finais expressarão o impacto do aproveitamento sobre as subáreas delimitadas.

A seguir é apresentada uma síntese da avaliação dos impactos ambientais negativos por aproveitamento efetuada para esta fase dos estudos. No Tomo 20 - Apêndice D é apresentada a íntegra desta avaliação.

3.1.6.1 Indicadores de Impactos Negativos Selecionados

A definição dos indicadores e das categorias de designação dos impactos negativos se detalha no ponto 7.1 do relatório de Estudos Preliminares.

Na avaliação dos impactos previstos sobre o Ecossistemas Aquáticos foram considerados os elementos que pudessem representar as alterações à qualidade da água, à limnologia e á ictiofauna, a partir das mudanças nas características físicas e hidráulicas que poderão ser provocadas com a formação dos reservatórios de cada aproveitamento em estudo. Os indicadores considerados e os pesos a eles atribuídos estão apresentados no Quadro 3.1.6.1-1.

Quadro 3.1.6.1-1. Indicadores de Impactos Selecionados – Ecossistemas Aquáticos

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao

Indicador

Perda de ambiente lótico

Extensão em km (extensão do rio e arroios que passam de lóticos a

lênticos)

0,20 Tempo de residência Volume do reservatório (10

6

m3) /

Vazão (m3 / dia) 0,20

Potencial de estratificação térmica

do reservatório Número de Froude adaptado 0,20

Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos

Superfície inundada / Superfície

total da subárea 0,30

Perda de vegetação de ilhas

Superfície insular inundada / Superfície Total insular na

subárea

0,10

A avaliação de impactos no componente síntese Ecossistemas Terrestres, recurso flora, foi desenvolvida em uma escala ampla e geral que considerou a vegetação nativa afetada, qualquer que fosse seu estado sucessional e o possível impacto nos diversos habitats. Além

(28)

Página: 137/680 disso, foram considerados os distintos tipos de unidades de conservação e áreas protegidas como também as Áreas de Interesse Ecológico Relevante (AIER). No tocante aos impactos na fauna, a avaliação ambiental também foi feita dentro de um grau de precisão amplo, apoiada em pesquisas bibliográficas realizadas para identificar as espécies de provável presença na área de estudo, tendo em conta o estado de risco de extinção, a ocorrência de endemismos e as espécies estreitamente associadas à ambientes aquáticos. O Quadro 3.1.6.1-2 apresenta os indicadores considerados para os Ecossistemas Terrestres e seus respectivos pesos.

Quadro 3.1.6.1-2. Indicadores de Impacto Seleccionados - Ecossistemas Terrestres

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao

Indicador

Cobertura vegetal nativa atingida

Área inundada de cobertura vegetal nativa

0,20 Perda de habitats

Perda de diversidade de habitats Unidades de Conservação

afetadas

Áreas atingidas de UC de proteção integral e áreas de UC de uso

sustentável

0,20 Áreas de interesse ecológico

relevante Áreas atingidas de interesse ecológico 0,10 Espécies Ameaçadas Presença provável das espécies

ameaçadas de extinção 0,25

Espécies Endêmicas Presença provável das espécies

endêmicas 0,15

Espécies tetrápodes vertebrados aquáticos

Presença provável das espécies diretamente associadas a ambientes

aquáticos

0,10

Na análise da Organização Territorial, destaca-se que a implantação de empreendimentos hidrelétricos pode acarretar impactos sobre o território que comprometerão sua estrutura atual, impondo novos padrões de organização das atividades produtivas e de distribuição da população. De uma forma geral, podem ser apontadas interferências sobre os padrões de assentamento e mobilidade da população, sobre os fluxos de circulação e comunicação, sobre a configuração político-administrativa e sobre a gestão do território. De maneira a cumprir os objetivos deste estudo, obedecendo à metodologia de análise de impactos aqui empregada e à realidade da área de estudo, foram considerados três indicadores de impactos, conforme apresentado no Quadro 3.1.6.1-3.

Quadro 3.1.6.1-3. Indicadores de Impacto Selecionados – Organização Territorial

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao

Indicador

Interferência sobre o Sistema Rodoviário

Vias Vicinais Atingidas

0,10

(29)

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao Indicador

Interferência sobre as Áreas Urbanas

Área Urbana Afetada

0,45

Comprometimento da Área Urbana

Interferência sobre o Território Municipal

Perda de Área Municipal por Alagamento

0,45

Fracionamento do Território Municipal

Para a avaliação dos impactos sobre o componente-síntese Modos de Vida, partiu-se do pressuposto que a construção de um aproveitamento hidrelétrico provocará modificações não somente no território, entendido como o espaço físico, como também nas relações econômicas, sociais e culturais da população. Com base na informação secundária disponível para a área de estudo, foram adotados os indicadores apresentados no Quadro 3.1.6.1-4.

Quadro 3.1.6.1-4. Indicadores de Impacto Selecionados – Modos de Vida

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao

Indicador

População Afetada em Áreas Urbanas Pessoas Afetadas de

Áreas Urbanas 0,45

População Afetada em Áreas Rurais Pessoas Afetadas de

Áreas Rurais 0,45

Alteração nas Relações Sociais Transfronteiriças

Quantidade de km em que o rio se

alarga 0,10

Na Base Econômica, o valor econômico da produção afetada e o valor das terras rurais foram utilizados como indicadores do impacto econômico. O primeiro é o valor anual tentativo de perda de produção agropecuária que cada área experimenta devido ao aumento do nível da água. Da mesma maneira, procedeu-se à medição do segundo indicador que consiste no valor econômico aproximado das terras rurais perdidas. No Quadro 3.1.6.1-5 apresentam-se os indicadores de impacto e seus respectivos pesos.

Cuadro 3.1.6.1-5. Indicadores de Impacto Selecionados – Base Econômica

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao

Indicador

Valor da Produção Afetada Anual Valor Econômico da Produção

Potencialmente Perdida 0,60

Valor da Área Rural Afetada Valor em Dólares da Área Rural

(30)

Página: 139/680 Por fim, para o componente-síntese Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico, foram adotados dois indicadores. O primeiro tomou como referência a distância prévia, desde o centro imaginário de cada comunidade indígena mapeada até a margem do rio. O segundo adotou a quantidade de sítios arqueológicos afetados associada à representatividade e importância patrimonial de cada tipo de sítio. O Quadro 3.1.6.1-6 apresenta os indicadores e seus pesos.

Quadro 3.1.6.1-6. Indicadores de Impacto Selecionados – Comunidades Indígenas e Patrimônio Arqueológico

Indicador de Impacto Variáveis de cálculo Peso Atribuído ao

Indicador

Comunidades Indígenas Distância das Comunidades Indígenas

aos reservatórios 0,70

Sítios Arqueológicos Quantidade, representatividade e

importância dos sítios afetados 0,30

3.1.6.2 Análise dos Impactos Ambientais por Aproveitamento

Neste item são apresentados comentários sobre os resultados alcançados no cálculo dos índices ambientais por aproveitamento e subáreas, acompanhados dos respectivos quadros de avaliação por componente-síntese.

Os aproveitamentos assim como as principais interferências podem ser visualizados nos mapas INV.URG-GE.00-MP.1002 a MP.1009, apresentados no Tomo 21 – Apêndice D – Estudos Ambientais. Também os mapas que apresentam as subáreas e os aproveitamentos, INV.URG-GE.00-MP.1010 a INV.URG-GE.00-MP.1014, constam do Tomo 21.

a) Ecossistemas Aquáticos

A avaliação ambiental dos aproveitamentos para o Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos resultou em índices variando entre o máximo de 0,51 até o mínimo de 0,03 do que se depreende que em geral os impactos têm intensidade de média a baixa para esse Componente-síntese. Pelo Quadro 3.1.6.2-1, apresentado a seguir, pode-se observar que os maiores impactos dos aproveitamentos se concentraram na subárea Fluvial, onde os valores situaram-se entre 0,51 e 0,27. Os aproveitamentos Garabi e Garabi II tenderam a se concentrar nas subáreas “Da Planície”, “Piratini”, “Ijuí” e em menor monta na subárea “Santa Rosa”. As subáreas e a localização de cada aproveitamento podem ser visualizadas no mapa IN.UEG-GE.00-MP.1010.

Os resultados obtidos na subárea Fluvial, no caso dos aproveitamentos a montante das cidades de San Javier e Porto Xavier apresentaram resultados mais altos nas subáreas “Serras de Misiones e Turvo” e Santa Rosa, sendo que o aproveitamento Porto Lucena - cota 130 m obteve resultados mais altos, em todas essas subáreas, uma vez que seu reservatório possui maior extensão longitudinal.

Dos aproveitamentos avaliados na subárea “Fluvial”, os que tiveram nota mais alta foram, em seqüência descendente: Garabi – cota 94 m, seguido de Garabi II – cota 94 m e Porto Lucena – cota 130 m, e Porto Rosario – cota 130 m.

(31)

Quadro 3.1.6.2-1. Impactos Ambientais por Aproveitamento e Subárea para Componente-síntese Ecossistemas Aquáticos Su b á re a s Indicadores de Impactos Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação Térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = ∑ (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 D a p la n íc ie Garabi - 94 m 0,2212 0,8647 0,4167 0,1379 0,3419 Garabi - 89 m 0,1830 0,8243 0,0833 0,1031 0,2491 Garabi - 87 m 0,1703 0,7814 0,0000 0,0876 0,2166 Garabi - 86 m 0,1648 0,7258 0,0000 0,0824 0,2029 Garabi II - 94 m 0,2081 0,8587 0,4167 0,1296 0,3356 Garabi II - 89 m 0,1727 0,7739 0,0000 0,0956 0,2180 Garabi II - 87 m 0,1619 0,7307 0,0000 0,0809 0,2028 Garabi II - 86 m 0,1521 0,6752 0,0000 0,0760 0,1882 Porto Lucena - 130 m 0,2223 0,8543 0,4167 0,0129 0,3025 Porto Lucena - 124 m 0,1880 0,8119 0,0000 0,0109 0,2032 Porto Lucena - 111 m 0,1092 0,3966 0,0000 0,0066 0,1031 Puerto Rosario - 130 m Puerto Rosario - 124 m Roncador - 130 m Roncador - 124 m Panambi - 130 m Panambi - 124 m Porto Mauá - 130 m Santa Rosa - 130 m Sa n ta R o s a Garabi - 94 m 0,2212 0,2766 0,4167 0,0104 0,1860 Garabi - 89 m 0,1830 0,2251 0,0833 0,0046 0,0997 Garabi - 87 m 0,1703 0,2132 0,0000 0,0030 0,0776 Garabi - 86 m 0,1648 0,1843 0,0000 0,0019 0,0704 Garabi II - 94 m 0,2081 0,2536 0,4167 0,0104 0,1788 Garabi II - 89 m 0,1727 0,2024 0,0000 0,0046 0,0764 Garabi II - 87 m 0,1619 0,1901 0,0000 0,0030 0,0713 Garabi II - 86 m 0,1521 0,1613 0,0000 0,0019 0,0632 Porto Lucena - 130 m 0,2223 0,7347 0,4167 0,0543 0,2910 Porto Lucena - 124 m 0,1880 0,6447 0,0000 0,0398 0,1785 Porto Lucena - 111 m 0,1092 0,2492 0,0000 0,0169 0,0768 Puerto Rosario - 130 m 0,2003 0,7052 0,1667 0,0510 0,2298 Puerto Rosario - 124 m 0,1710 0,6003 0,0000 0,0367 0,1653 Roncador - 130 m 0,1817 0,6170 0,0000 0,0361 0,1706 Roncador - 124 m 0,1577 0,4918 0,0000 0,0247 0,1373 Panambi - 130 m 0,1624 0,5339 0,0000 0,0235 0,1463 Panambi - 124 m 0,1227 0,4111 0,0000 0,0140 0,1109 Porto Mauá - 130 m 0,0776 0,2779 0,0000 0,0070 0,0732 Santa Rosa - 130 m 0,0555 0,2403 0,0000 0,0060 0,0610

(32)

Página: 141/680 Su b á re a s Indicadores de Impactos Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação Térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = ∑ (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 Ij u í Garabi - 94 m 0,2212 0,5279 0,4167 0,0192 0,2389 Garabi - 89 m 0,1830 0,4176 0,0833 0,0126 0,1406 Garabi - 87 m 0,1703 0,3746 0,0000 0,0101 0,1120 Garabi - 86 m 0,1648 0,3239 0,0000 0,0089 0,1004 Garabi II - 94 m 0,2081 0,4832 0,4167 0,0192 0,2274 Garabi II - 89 m 0,1727 0,3735 0,0000 0,0126 0,1130 Garabi II - 87 m 0,1619 0,3365 0,0000 0,0101 0,1027 Garabi II - 86 m 0,1521 0,2938 0,0000 0,0089 0,0919 Porto Lucena - 130 m Porto Lucena - 124 m Porto Lucena - 111 m Puerto Rosario - 130 m Puerto Rosario - 124 m Roncador - 130 m Roncador - 124 m Panambi - 130 m Panambi - 124 m Porto Mauá - 130 m Santa Rosa - 130 m Pi ra ti n í Garabi - 94 m 0,2212 0,7935 0,4167 0,0489 0,3009 Garabi - 89 m 0,1830 0,7162 0,0833 0,0373 0,2077 Garabi - 87 m 0,1703 0,6763 0,0000 0,0319 0,1789 Garabi - 86 m 0,1648 0,6043 0,0000 0,0297 0,1628 Garabi II - 94 m 0,2081 0,7542 0,4167 0,0404 0,2879 Garabi II - 89 m 0,1727 0,6773 0,0000 0,0305 0,1791 Garabi II - 87 m 0,1619 0,6305 0,0000 0,0257 0,1662 Garabi II - 86 m 0,1521 0,5453 0,0000 0,0238 0,1466 Porto Lucena - 130 m Porto Lucena - 124 m Porto Lucena - 111 m Puerto Rosario - 130 m Puerto Rosario - 124 m Roncador - 130 m Roncador - 124 m Panambi - 130 m Panambi - 124 m Porto Mauá - 130 m Santa Rosa - 130 m

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Su b á re a s Indicadores de Impactos Tempo de Residência Perda de ambiente lótico Potencial de estratificação Térmica do reservatório Perda e modificação de ambientes ecologicamente estratégicos Perda de vegetação de ilhas ISAi = ∑ (Ii x Pi) Pesos 0,20 0,20 0,20 0,30 0,10 1,00 Se rr a s d e M is io n e s e T u rv o Garabi - 94 m 0,2212 0,0002 0,0443 Garabi - 89 m 0,1830 0,0000 0,0366 Garabi - 87 m Garabi - 86 m Garabi II - 94 m 0,2081 0,0002 0,0417 Garabi II - 89 m 0,1727 0,0000 0,0345 Garabi II - 87 m Garabi II - 86 m Porto Lucena - 130 m 0,2223 0,8698 0,4167 0,0535 0,3178 Porto Lucena - 124 m 0,1880 0,8511 0,0000 0,0361 0,2187 Porto Lucena - 111 m 0,1092 0,3891 0,0000 0,0138 0,1038 Puerto Rosario - 130 m 0,2003 0,8585 0,1667 0,0454 0,2587 Puerto Rosario - 124 m 0,1710 0,7735 0,0000 0,0306 0,1981 Roncador - 130 m 0,1817 0,8523 0,0000 0,0385 0,2183 Roncador - 124 m 0,1577 0,7228 0,0000 0,0249 0,1835 Panambi - 130 m 0,1624 0,8303 0,0000 0,0342 0,2088 Panambi - 124 m 0,1227 0,6835 0,0000 0,0212 0,1676 Porto Mauá - 130 m 0,0776 0,5326 0,0000 0,0105 0,1252 Santa Rosa - 130 m 0,0555 0,4233 0,0000 0,0069 0,0978 F lu v ia l Garabi - 94 m 0,8576 0,8540 0,8187 0,5096 Garabi - 89 m 0,8142 0,8370 0,5664 0,4706 Garabi - 87 m 0,7844 0,7784 0,5623 0,4466 Garabi - 86 m 0,7047 0,7045 0,4789 0,4002 Garabi II - 94 m 0,8502 0,8518 0,7635 0,5019 Garabi II - 89 m 0,7513 0,7880 0,5418 0,4408 Garabi II - 87 m 0,7208 0,7293 0,5542 0,4184 Garabi II - 86 m 0,6365 0,6555 0,4789 0,3718 Porto Lucena - 130 m 0,9105 0,8567 0,5801 0,4971 Porto Lucena - 124 m 0,8985 0,8530 0,2275 0,4583 Porto Lucena - 111 m 0,7136 0,5831 0,1729 0,3350 Puerto Rosario - 130 m 0,9009 0,8531 0,3052 0,4666 Puerto Rosario - 124 m 0,8889 0,8400 0,2174 0,4515 Roncador - 130 m 0,8948 0,8507 0,2782 0,4620 Roncador - 124 m 0,8828 0,7859 0,1742 0,4297 Panambi - 130 m 0,8854 0,7778 0,2532 0,4357 Panambi - 124 m 0,8734 0,6953 0,1265 0,3959 Porto Mauá - 130 m 0,8576 0,4957 0,0083 0,3210 Santa Rosa - 130 m 0,8113 0,3557 0,0083 0,2698

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