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Preparação e organização do ano letivo

Capítulo II – Prática Profissional

2. Atividades de Enriquecimento Curricular

2.2. Preparação e organização do ano letivo

Ao longos dos últimos 5 anos letivos (2012 a 2017), o professor organizou o seu trabalho assente em três vertentes fundamentais: Planificação, Operacionalização e Regulação do ensino e das aprendizagens.

Baseando o seu plano pedagógico nas orientações programáticas da Atividade Física e Desportiva no 1º ciclo do Ensino Básico procurou desenvolver o domínio global das capacidades motoras, bem como oferecer aos alunos experiências concretas e variadas para que estes possam desenvolver o seu esquema corporal.

Através destas atividades e a estimulação das capacidades da criança o professor tem conseguido proporcionar o desenvolvimento global dos seus alunos valorizando a sua motricidade. Tendo como principais finalidades das aulas de Atividade Física e Desportiva: possibilitar o desenvolvimento funcional das capacidades motoras; a melhoria das habilidades motoras nos diferentes tipos de atividades, conjugando as suas iniciativas com a ação dos colegas e aplicando corretamente as regras; a promoção do desenvolvimento integral do aluno, favorecendo o reforço da oferta educativa num perspetiva interdisciplinar e integrada com as restantes aprendizagens escolares; a aquisição de hábitos e comportamentos de estilos de vida saudáveis que se mantenham na idade adulta, contribuindo para o aumento dos índices de prática desportiva da população portuguesa; o espírito desportivo e do fair- play, no respeito pelas regras das atividades e por todos os intervenientes e estimular a tomada de consciência para usufruto da natureza numa perspetiva da sua preservação.

A planificação efetuada no início e ao longo de todo o ano letivo, permitiu sempre ter uma orientação estratégica da ação, adequada à diversidade dos alunos, tendo em conta as suas características e necessidades, tanto individuais, como globais, no âmbito da turma

As aulas foram sempre pensadas de acordo com o espaço físico disponibilizado em cada escola para a prática da Atividade Física e Desportiva. As aulas estão organizadas em blocos de 60 minutos, durante a operacionalização das aulas procurou ter eficácia, rigor na condução e organização das aulas, e uma gestão eficaz dos processos de comunicação e das interações no decorrer das aulas.

Na parte inicial de cada aula dedicou um período de instrução, transmitindo os objetivos e critério de êxito nos exercícios abordados de uma forma sucinta, clara e explicita e as rotinas de organização da aula.

Na fase inicial procurou sempre estruturar os exercícios de caráter lúdico que privilegiavam o espírito de grupo e entreajuda, noção de união e capacidade de superação do mesmo. Esta ativação geral e mobilização articular tinha sempre em consideração a população alvo, o ano de escolaridade, os objetivos, as finalidades, os domínios socio-afetivos, cognitivo e psico- motor, a estruturação dos conteúdos, o material disponível em cada escola e a estratégia de abordagem.

Na fase fundamental propôs que os alunos realizassem todo o tipo de exercitação, quer em circuitos, individual ou através de jogos de grupo, consoante a temática abordada. De forma estratégica o professor procurou escolher um aluno diferente em cada aula para demonstrar o exercício com o professor, após a explicação teórica, a demonstração prática com os respetivos feedbacks, de forma que os alunos percecionassem os objetivos claros de cada exercício.

Ao longo das aulas, o professor optou sempre por manter os alunos dentro do ângulo de visão, evitando assim comportamentos desviantes.

Sempre que os alunos demonstravam dificuldades, trabalhou no sentido de incentivá-los, mantendo o interesse pelas atividades, proporcionando situações de aprendizagem conducentes à promoção do autoconceito e da autoconfiança, dando-lhes feedbacks positivos e questionando-os conforme determinado comportamento. O professor frequentemente questionava o comportamento dos alunos sobre as opções que cada um tomava na aula em determinado exercício, por defender que esta estratégia faz com que a criança possa refletir sobre os seus comportamentos motores e socias em cada exercício, e possa corrigir comportamentos menos apropriados e corretos.

A observação e avaliação permanente dos alunos em exercício, permitia ao professor uma rápida intervenção, correção e esclarecimento perante uma possível dificuldade quer individual quer coletiva que estes manifestassem, bem como ao imediato ajustamento do exercício.

Ao longo do ano o professor através do exercício procurou dar um papel de capitão e de responsável pela escolha de equipas ou grupos, aqueles alunos que revelavam menor aptidão ou mesmo os mais introvertidos, de forma a poderem ser parte integrante da turma e não descriminados por esta.

A estratégia utilizada ao longo de cada ano letivo em observar, analisar e intervir surtiu o efeito desejado, uma vez que os alunos manifestaram uma maior alegria, motivação, dinamismo e forte espírito de união.

No final de cada aula o professor realizou sempre uma reflexão conjunta que visava a avaliação sobre o desempenho de cada um em particular e da turma, o que permitiu identificar e corrigir as dificuldades evidenciadas pelos alunos e desta forma introduzir reforços positivos por parte do professor. A aula terminava com um jogo lúdico em pares ou em grupo, de forma a retornar à calma e terminar num ambiente descontraído e feliz.

O intuito do Ensino é a modificação da personalidade dos alunos e das respetivas qualidades, através do confronto ativo em determinado conteúdo a apropriar, sob o efeito recíproco de atividades do Professor e dos alunos, em condições concretas do processo Ensino (Bento, 2003).

Neste sentido, “a diferença entre a Educação Física e as outras áreas não se deve situar na questão da exigência, mas sim na especificidade da prática” (Ministério da Educação, 1992).

3. Futebol

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