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Presença das IES p blicas federais e privadas ue oferecem o curso de graduação

No documento Kelli Consuêlo Almeida de Lima Queiroz (páginas 44-48)

em Pedagogia, presencial, em Salvador (BA)

Fonte: elaborado a partir de dados do e- EC (2011) e EC/INEP/DEEP (2011).

Essa configuração foi decisiva na composição das instituições participantes da pes uisa, pois, das 20 (vinte) instituições localizadas em Salvador ue ofertam o curso de Pedagogia, (cinco) passaram pelo processo de renovação de reconhecimento, mas apenas 2 (duas) com avaliação in loco, as uais não aceitaram a realização desta pes uisa. As outras 3 (três) foram dispensadas em razão dos resultados do Enade. Das 1 ( uinze) instituições ue vivenciaram a avaliação de cursos pelo processo de RE no período de

2006 a 2010,10 6 (seis) faculdades privadas concordaram com o desenvolvimento da pes uisa, o ue representa 40 .

importante destacar ue, na ualificação do pro eto desta tese, apresentamos a proposta de abarcar instituições em suas diferentes organizações acadêmicas e administrativas. No entanto, dois centros universitários privados pertencem ao con unto de instituições ue não aceitaram participar da pes uisa. As duas universidades, uma p blica e outra privada, tiveram seus cursos dispensados da renovação de reconhecimento em razão da nota do Enade. No caso dessas universidades, seus cursos foram reconhecidos pela política de regulação nacional da década de 19 0.

Assim, nesse cenário concreto das seis faculdades privadas, ampliarmos o levantamento de dados por meio dos três instrumentos a seguir elencados, com a intenção de apoderarmo-nos da avaliação de regulação nos cursos de Pedagogia em Salvador (BA) em seus pormenores e em cone ão íntima com a totalidade do fen meno, para descrever com mais propriedade o movimento de uma realidade conhecida racionalmente (KOSIK, 1976):

a) pes uisa documental, ue possibilitou acesso s informações contidas nos relatórios de RE dos cursos – tais documentos foram disponibilizados pela Daes/Inep com fundamento na Lei n. 12. 27/2011, ue regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos s informações p blicas;

b) entrevista com 6 (seis) coordenadores de curso de Pedagogia, na perspectiva de diálogo com a pes uisadora, a partir de um roteiro semiestruturado, sob a condição essencial de captar significados, apropriações, consentimentos, resistências e efeitos ue marcaram/marcam a avaliação de regulação no curso em ue atuam esses profissionais (apêndice B);

c) uestionário11 para os professores do curso de Pedagogia, cu os nomes constavam no relatório de reconhecimento dos cursos – esse instrumento foi proposto em ambiente midiático, por meio de um software internacional hospedado no Surve on e , ferramenta ue permitiu pes uisadora

10

Esse recorte temporal deve-se ao fato de ue, no levantamento de dados ue fizemos sobre o período de RE e ou RERN de cursos de Pedagogia localizados em Salvador, identificamos

ue a maioria desses processos ocorreu entre os anos de 2006 e 2010.

11A pré-testagem do uestionário foi realizada com cinco ( ) professores de uma faculdade privada, não participante da pes uisa, localizada no E tremo Oeste Baiano, com o intuito de avaliarmos a pertinência das perguntas aos ob etivos específicos da tese.

enviar o instrumento de coleta de dados por e-mail e, respondido o uestionário, ter acesso aos dados em tempo real; foram encaminhados 87 uestionários, com devolutiva de 30 (trinta), correspondendo a 34,48 de professores participantes (apêndice C).

Sobre os participantes da pes uisa na posição de coordenadores de curso, identificamos o seguinte perfil: todos são do se o feminino; têm graduação em Pedagogia e mestrado em Educação; atuam na educação superior há mais de sete anos. Apenas 0 atuam na função de coordenação desde a autorização do curso pes uisado pelo inistério da Educação. Para fins de sigilo uanto s identidades pessoais e institucionais, optamos por apresentar as profissionais, ao longo desta tese, pela codificação C1, C2, C3, C4, C e C6.

Quanto ualificação dos professores ue responderam o uestionário on-line, 7 são do se o feminino, com graduação em diferentes áreas do conhecimento. Dos trinta participantes, 10 têm doutorado; 70 , mestrado; e 20 , especialização. 80 possuem entre (cinco) e 10 (anos) de e periência no magistério superior. Pela mesma razão anteriormente mencionada, de sigilo, esses profissionais estão apresentados pela codificação P1, P2, P3, P4 e assim sucessivamente.

O percurso de levantamento de dados, seus instrumentos e su eitos participantes foram essências para apreender uma realidade ue não se manifesta de modo imediato. Por sua vez, a sistematização e análise consistiram na comple a tarefa de perseguir um princípio caro ao campo do materialismo histórico-dialético: a relação entre a singularidade, a particularidade e a universalidade de um fen meno, ue não podem ser compreendidas de modo isolado e por si mesmas (LUCK CS, 1970).

Assim, trabalhamos com a perspectiva da triangulação ( IN, 2000), estabelecendo relações entre os sentidos e pressos nos documentos oficiais e os significados atribuídos pelos participantes na totalidade das categorias metodológicas e conceituais, evidenciando seus ne os específicos e contraditórios s condições legais, sociopolíticas e pedagógicas da avaliação para fins de reconhecimento de cursos de graduação no marco do Sinaes. Os resultados desta investigação estão formalizados em uatro capítulos, além das considerações iniciais e finais.

No primeiro capítulo, Regulação Nacional da educação superior

brasileira (1808-1920), tratamos sob uma perspectiva sócio-histórica a origem

dos processos de regulação no Brasil, sua função social e modos de ação, a partir da Inspecção Scientifica desde o período da Col nia ao início do Império e e uiparação como políticas de regulação do Brasil desde o Império ao início da Primeira Rep blica; e, por fim, analisamos a continuidade dessa e uiparação na Primeira Rep blica do Século .

No segundo capítulo, Regulação nacional de instituições e cursos de

graduação (1930-2002), retomamos a perspectiva sócio-histórica com a

intenção de analisarmos o desenvolvimento dos processos de regulação nacional da educação superior brasileira no período de 1930 a 2002 – produzidos, pois, na Era Vargas (1930-194 ), na Rep blica Populista (1946- 1964), no Regime ilitar (1964-198 ) e, mais recentemente, nos governos José Sarne (198 -1990), Collor de ello (1990-1992), Itamar Franco (1992- 199 ) e Fernando enri ue Cardoso (199 -1998 e 1999-2002).

No terceiro capítulo, Avaliação de regulação de cursos de graduação

no marco do Sinaes (2003-2010), abordamos a configuração legal, política e

ideológica ue produziu a avaliação de regulação para fins de RE de cursos de graduação nos dois mandatos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003- 2006 e 2007-2010). Em seguida, buscamos situar os significados atribuídos pelos atores do governo e das instituições participantes da pes uisa a esse processo.

No uarto e ltimo capítulo, Avaliação de regulação para fins de

reconhecimento em cursos de Pedagogia ofertados em Salvador, Bahia,

apresentamos, na realidade desses cursos, o processo de RE de suas condições de ensino: o movimento dos atores institucionais e do Estado para concretizar a avaliação de regulação; os elementos constitutivos da avaliação in loco; os sentidos e significados e pressos nos relatórios elaborados pelos avaliadores. Por ltimo, analisamos a relação do reconhecimento com o discurso da ualidade.

Nas considerações finais, apresentamos as principais uestões ue responderam nossos ob etivos de estudo e encaminharam a composição desta tese.

CAPÍTULO 1 – REGULAÇÃO NACIONAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

No documento Kelli Consuêlo Almeida de Lima Queiroz (páginas 44-48)