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5.1. Ambiente TPM para implantação do BSC

5.1.1. Primeira fase: Estratégia

A definição da estratégia constitui-se na definição da visão da empresa, missão da organização da manutenção na empresa e identificação dos fatores críticos para o sucesso da missão.

A empresa precisa ser norteada em todos os seus níveis para uma Visão de futuro que dirá para onde se quer ir e o que se pretende alcançar. Para tal, a Visão deve ser desenvolvida por lideres e não seguidores, ser positiva e inspiradora, abrangente e ao mesmo tempo detalhada para que todos na organização saibam como contribuir e participar o que no caso do programa SUPERAR de implantação da TPM na empresa foi definido como:

A declaração da Missão descreve a razão de ser da organização de manutenção na empresa, aqui representada pelo pilar da Manutenção Planejada do programa TPM, sua função e os tipos de atividades em que deve concentrar suas atuações futuras. As atividades que concentram a Missão do Pilar da Manutenção Planejada são:

Visão

Engajar funcionários, desenvolver KPIs, adquirir o Premio TPM.”

As declarações da Visão e da Missão são igualmente importantes em todos os

níveis da organização, dos funcionários do departamento aos gerentes da área, considerando questões de desenvolvimento pessoal e organizacional, como também de planejamento das iniciativas estratégicas.

A seguir é apresentada na Figura 5.3 a dinâmica do BSC segundo seus autores Klapan e Norton, onde são feitos os questionamentos a partir de quatro perspectivas: finanças, clientes, processo interno e aprendizagem e crescimento para identificar os fatores críticos de sucesso no cumprimento da missão estabelecida para a gestão do pilar. Estas quatro perspectivas formarão a base do BSC onde todo processo de tradução da estratégia do pilar, demonstrada na Figura 5.1, será baseada. A dinâmica está em obter respostas para as seguintes perguntas:

Para cumprir nossa missão qual o resultado financeiro que a organização da manutenção deve apresentar aos seus acionistas? (perspectiva de finanças);

Para atingir o resultado financeiro que requisitos da operação/produção devemos atender? (perspectiva do cliente da manutenção);

Para atender aos nossos clientes e acionistas em quais processos de manutenção devemos ser excelentes? (perspectiva dos processos internos);

Para atingir as nossas metas como a organização da manutenção poderá aprender e inovar? (perspectiva de aprendizagem e crescimento);

Missão

“Aumentar a disponibilidade e a confiabilidade das máquinas e instalações com segurança e custos adequados.”

Figura 5.3 - Dinâmica do BSC para a manutenção (adaptado de Kaplan e Norton, 1997)

Os fatores críticos de sucesso descrevem a Missão do Pilar da Manutenção Planejada sob a ótica das quatro perspectivas do BSC para atingir a Visão do programa

SUPERAR. Estes fatores correspondem aos objetivos principais (apresentados na Figura 5.1) definidos para que o pilar obtenha sucesso na sua implantação, os quais visam: FINANÇAS PROCESSO INTERNO CLIENTES APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO

Para atingir as nossas metas como a organização da manutenção poderá

aprender e inovar? Para atender aos nossos clientes e

acionistas em quais processos de manutenção devemos ser excelentes? Para atingir o resultado financeiro

que requisitos da operação/produção devemos atender?

Para cumprir nossa missão que resultado financeiro devemos apresentar aos nossos acionistas?

VISÃO & MISSÃO

Fatores Críticos de Sucesso

“1. Controlar e reduzir os custos de manutenção;

2. Reduzir, eliminar e prevenir as quebras das máquinas; 3. Dar suporte ao sistema para garantia da qualidade; 4. Implementar um sistema de manutenção planejada; 5. Dar suporte aos grupos de Gestão Autônoma.”

Uma vez identificados os fatores críticos de sucesso deve-se fazer uma análise de causa-efeito, a qual requer cuidado no considerar possíveis conflitos entre áreas, assim como alguma sinergia. Em outras palavras, esta análise causa-efeito determina se os fatores críticos de sucesso são ou não mutuamente encorajadores para atingirem-se a missão do pilar.

Na lógica do BSC a estratégia é um conjunto de hipóteses sobre causas e efeitos,

onde esta relação pode ser expressa por uma seqüência de afirmativas do tipo “se-então” (KAPLAN e NORTON, 1997). A estrutura lógica oferecida pela ferramenta deixa claro que para “toda ação há uma reação”, as quais terão impacto no desempenho da organização e comprometerão ou impulsionarão a implementação de suas estratégias. Ou seja, a ferramenta trabalha sobre uma relação explícita de causa e efeito – que permeia todas as perspectivas – entre medidas de resultado e vetores de desempenho.

Adaptando-se os fatores críticos de sucesso definidos pelo Pilar da Manutenção Planejada para a função da manutenção nas quatro perspectivas estratégicas do BSC pode ser estabelecido, com base na dinâmica do BSC apresentada na Figura 5.4, um mapa da estratégia de atuação do Pilar para atingir a Visão e Missão propostas pelo programa, como demonstrado na Figura 5.4.

Deste mapa estratégico preliminar é possível visualizar ordenadamente que o controle e a redução dos custos da manutenção (finanças) ocorrerão através da redução, eliminação e prevenção da quebra das máquinas conjuntamente com um sistema de garantia de qualidade nos serviços prestados à operação (clientes), o que será possível com a adoção de um sistema de manutenção planejada no departamento da manutenção (processo interno), o qual dependerá da capacitação dos grupos de gestão autônoma (aprendizagem e crescimento), o pessoal responsável pela operação e manutenção da fábrica. Com esta relação percebe-se que o fator de suporte a gestão autônoma, que visa o treinamento e a capacitação dos funcionários, caracteriza-se como a força motriz para que o pilar da manutenção planejada obtenha sucesso nas outras perspectivas do BSC.

Com a identificação dos fatores críticos de sucesso, e o entendimento das relações de causa, o próximo passo envolve identificar apropriadamente os objetivos estratégicos que demonstram onde a manutenção deve atuar para obter sucesso.

Figura 5.4 – Mapa da estratégia de atuação do Pilar da Manutenção Planejada