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PRIMEIROS EFEITOS DA INTERVENÇÃO FEDERAL NO ESTADO DO RIO DE

Em pesquisa realizada pelo Data Folha e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2018, p. 6), entrevistando a população do Rio de Janeiro, 76% dos entrevistados declararam- se favoráveis à intervenção federal, destes, 69% acreditam que a presença do exército nas ruas não fez diferença alguma para segurança na cidade. Demonstrando que o problema da segurança não será resolvido com medidas de repressão aplicadas num curto prazo.

De outra monta, a atividade repressiva do exército e da polícia tende a aumentar o número de confrontos e mortes.

Tabela 4 – Ranking dos estados federativos, mortes decorrentes de intervenções policiais por 100 mil habitantes no ano de 2016.

Mortes decorrentes de intervenções policiais 2016 por 100 mil habitantes.

Brasil 2 Amapá 7,5 Rio de Janeiro 5,6 Sergipe 4,1 Pará 3,4 Alagoas 3,2 Acre 3,1 Goiás 3,1 Bahia 3 Paraná 2,4

Rio Grande do Norte 1,9

São Paulo 1,9

Maranhão 1,8

Rio Grande do Sul 1,5

Espírito Santo 1,3

Ceará 1,2

Mato Grosso do Sul 1

Rondônia 1 Roraima 1 Tocantins 1 Amazonas 0,9 Santa Catarina 0,9 Pernambuco 0,8 Piauí 0,8 Paraíba 0,6 Mato Grosso 0,5 Minas Gerais 0,5 Distrito Federal 0,2

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2017).

O Rio de Janeiro não apresenta situação tão gravosa nos outros rankings aqui demonstrados, porém, neste, ocupa o segundo lugar, com uma média muito acima da nacional. Isso nos revela que os confrontos dos braços armados do Estado contra os “inimigos”, ou ações realizadas pelos órgãos de segurança sem o mínimo planejamento tendem a expressar resultados muito ruins. Além da insegurança da população diante dos inimigos, parte dela tem medo dos órgãos estatais. Conforme dados do Data Folha e o Fórum de Segurança Pública (2018, p. 6-9), 70% da população carioca tem medo de sofrer algum tipo de violência cometido pela polícia militar, ao passo que 6% da população do mesmo estado já sofreu algum tipo de violência, ultrapassando o a média nacional, que é de 3,6%.

Diante desses dados, aumentar a repressão e a militarização do cotidiano de algumas pessoas, haja vista que as forças armadas atuarão principalmente nas favelas, habitat do inimigo, não resolve em praticamente nada os problemas de segurança pública, ao contrário, só aumentam o número de incidentes negativos.

Conforme dados do CESEC, atualizados até 15 de maio de 2018, que os moradores das comunidades, favelas, são aqueles que sofrem os maiores impactos da intervenção.

Tabela 5 – Ranking da violência nos três primeiros meses de intervenção federal

Ranking Bairro/região Operações Rocinha 15 Vila Kennedy 8 Cidade de Deus 7 Pavão-Pavãozinho 3 Complexo do alemão 3 Violências e violações Rocinha 6 Cidade de deus 3 Pavão-pavãozinho 3 Vila Kennedy 3 Imbariê 3 Tipos de violências e violações mais praticadas

Bala perdida 28

Execução/homicídio 12

Agressão física 10

Cerceamento do direito de ir e vir 3

Abuso de poder 2

Principais autores de violências e violações

Polícia militar 26 Bala perdida 20 Outros 5 Polícia civil 4 Bala perdida 3 Fonte: CESEC (2018)

Da mesma base de dados, extrai-se que ao todo a intervenção federal já realizou 145 operações, as quais resultaram em 61 violações e 310 mortes decorrentes de violência policial (CESEC, 2018). Pelo que é sabido, a pena de morte é vedada no ambiente vernáculo, ao menos em tempos de paz. Vive-se tempos de guerra?

As ações teratológicas ficaram evidentes, valendo ressaltar o caso em que foi decretada a prisão preventiva de 159 pessoas que participavam de uma festa, realizada, em tese por milicianos, destes 159, 137 tiveram suas prisões preventivas revogadas duas semanas depois do fato, haja vista que não existiam elementos básicos para a denúncia, conforme apuraram Rodrigues e Boeckel (2018).

Evidencia-se uma necessidade de mostrar para população que algo está sendo feito, pouco importando se direitos são violados, se há cerceamento de defesa e supressão de garantias, o combate ao inimigo justifica as medidas desproporcionais.

Esses fatores são típicos do Direito Penal simbólico e do Direito Penal do inimigo, conforme afirmações de Meliá (JAKOBS; MELIÁ, 2005, p. 71-72) o Estado não se comunica com os cidadãos, apenas ameaça os inimigos. O Direito Penal passa a ter um destinatário específico, tornando-se evidente a perseguição aos malfeitores cruéis, o vilão é consagrado. Qualifica-se o inimigo como “o outro”, fonte de perigo, demonizando-o, assumindo o papel de caça, no qual o Estado é o permanente e incessante caçador, obtendo a glória com a sua captura. A pena tornou-se o único modo de controle de criminalidade e eficiência. O que importa é punir o vilão, independentemente de ser vilão; do fato cometido; e realmente foi cometido.

6 CONCLUSÃO

O Direito Penal num aspecto mais contemporâneo, coadunando-se com o Estado de Direito, preceitua a intervenção mínima, em contrapartida ao sistema inquisitório e desumano decorrente do Poder Arbitrário, vivenciado num período anterior aos ideais iluministas.

A dinâmica da sociedade moderna no mundo globalizado em muito difere da sociedade clássica. Mudanças ocorreram no período pós Segunda Guerra Mundial, as quais se caracterizaram pela tutela exacerbada dos bens jurídicos, expandindo a atuação do Direito Penal. Teoricamente se preceitua a intervenção mínima e o aspecto ultima ratio do Direito Penal, porém, o que se acompanha é um rompimento com esses preceitos, uma migração de

ultima para prima ratio.

A globalização assumiu papel importante nas mudanças ocorridas no Direito Penal, as grandes corporações passaram a influir nas formas de governo das nações ao redor do mundo. O capitalismo e a dinâmica das relações de consumo aumentaram a disparidade social, ao passo que o ter tornou-se mais importante que o ser, aqueles que não consomem ficam à margem da sociedade. Esses fatores, somados ao pouco investimento do Estado em políticas de emancipação, levam muitos indivíduos ao caminho do crime. Na ausência estatal para o fornecimento de políticas básicas, o delito acaba tornando-se meio de subsistência. Consolida-se uma dicotomia entre bem e mal, este representado pelos indivíduos marginais, não inseridos na sociedade, vistos como perigosos pelos cidadãos de bem(s).

O trabalho midiático, usufruindo da velocidade e da facilidade de acesso à informações do mundo globalizado, passou a fazer dos acontecimentos delituosos um mercado a ser explorado, aproximando o telespectador das cenas do crime. Dessa forma, o medo e a insegurança passaram a influir de uma forma intensa no cotidiano das pessoas, haja vista que o telespectador absorve a mensagem da violência, ficando em constante sensação de perigo. Isso acaba por fomentar o que é chamado de sociedade de risco, na qual caracteriza-se por um medo subjetivo (sensação) muito maior que o medo objetivo (probabilidade real de vitimização.

A informação é passada com um discurso único de impunidade e de uma realidade perigosa, as quais muitas vezes não se materializa. Em contrapartida aos crimes mostrados, canaliza-se uma sensação de vingança, caracterizada pelo punitivismo. A população, contaminada pelo discurso único, cobra dos entes governamentais medidas punitivas e que aumentem a sensação de insegurança. Os políticos se apoderam desse discurso, prometendo

medidas mais rígidas e o recrudescimento do aparato punitivo, tendo por escopo angariar publicidade, esta convertendo-se em votos. Isso tende em refletir num Direito Penal simbólico, o qual busca resultados rápidos e tranquilizar os anseios populares. É dito simbólico pois carrega a simbologia de que “algo está sendo feito”, pouco importando as consequências práticas das medidas.

Silva Sánchez constatou as mudanças ocorridas no Direito Penal nas últimas décadas, classificando-o em três velocidades diferentes, conforme sua incidência e campo de atuação. Numa primeira velocidade temos o Direito Penal em seu aspecto clássico, garantidor do contraditório e da ampla defesa, resultando, na fase de execução, em uma pena privativa de liberdade. Já na segunda ocorre uma flexibilização de direitos e garantias processuais, das quais obtêm-se uma medida divergente da pena privativa de liberdade, dita substitutiva ou restritiva de direitos. Na terceira velocidade, escopo principal do presente trabalho, ocorre a integração das duas velocidades em seus aspectos mais perniciosos ao réu, uma flexibilização de direitos e garantias durante o processo, sendo que ao final a pena será privativa de liberdade.

A terceira velocidade é o denominado Direito Penal do inimigo. Este caracteriza objetivamente seus sujeitos passivos, numa tentativa de frear a expansão do Direito Penal, da forma em que essa dilatação não dissipe por completo o Direito Penal clássico. Para os indivíduos perigosos, dito inimigos, haveria uma matéria penal diferenciada, visando eliminá- los, combate-los ou controlá-los, já para os cidadãos o Direito Penal atuaria punindo aquele que transgredisse a norma e frustrasse a expectativa de seu cumprimento.

Com a nomenclatura de Direito Penal do inimigo, a teoria surgiu na década de 80, com Gunther Jakobs, jurista e filósofo alemão. O autor alicerçou filosoficamente sua teoria nos estudos de Rosseau e Fichte, os quais na interpretação de Jakobs, afirmavam que todo delinquente é um inimigo ao infringir o contrato social, deixando de ser membro do Estado, devendo perder todos seus direitos. Jakobs baseou-se também nas ponderações de Hobbes e Kant, com uma visão um pouco mais moderada, defendo o tratamento de inimigo somente para aqueles que cometem crimes graves, que ameacem o Estado, não se coadunando com suas regras.

Na dogmática jurídico penal, o sistema de Jakobs é denominado funcionalismo sistêmico, ao passo de que trabalha de forma sistemática, preocupando-se com a função da pena. A teoria de Jakobs difere do funcionalismo de Roxin, dito teleológico, o qual busca inserir na dogmática penal critérios de política criminal, preocupando-se somente com lesões concretas aos bens jurídicos causadas por um risco não permitido. Nessa teoria, para a

resolução do problema jurídico, deve-se utilizar critérios axiológicos, os quais respondem à eficácia e legitimidade do sistema penal, é um resgate ao princípio da intervenção mínima.

O funcionalismo sistêmico de Jakobs baseia-se na teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhamnn, observador das sociedades modernas, de novos riscos. Diante da grande complexidade de ações possíveis nas relações sociais, num ambiente de insegurança causado pelas sociedades de risco, o Direito Penal tem de atuar como redutor dessa complexidade, refreando os riscos e o cometimento de delitos. A norma vigente gera uma expectativa de cumprimento ao seu conteúdo, essas expectativas normativas que regem a sociedade e permitem seu bom funcionamento, por isso a importância da preservação da credibilidade da norma. Quando a norma é descumprida, ocorre a frustração do sistema, devendo o Direito Penal, através da pena, corrigir esse desvio de conduta. A finalidade da pena é manter a norma vigente com credibilidade, preservando sua função de orientadora do convívio social.

Nesse ambiente incide a ausência de tutela direta aos bens jurídicos, haja vista que o sistema protege a vigência da norma, independentemente de seu conteúdo. Nesta monta, os bens jurídicos serão tutelados quando presentes no conteúdo normativo.

Jakobs defende a aplicação de duas formas distintas de Direito Penal dentro do mesmo ordenamento jurídico. O Direito Penal de respeito às expectativas normativas incide sobre os cidadãos, aqueles que se coadunam ao contrato social, doutro norte, para os indivíduos ditos perigosos, que não apresentam expectativas de cumprimento às leis, incorrerá o Direito Penal do inimigo, um direito penal repressivo visando eliminar ou conter os perigos causados pelo indivíduo hostil.

Enquanto o cidadão é responsabilizado pelos seus atos, para o inimigo incidirá medidas de segurança e contenção, devendo ser interceptado prontamente, ainda que haja punição por mera preparação e fatos anteriores à lesão ao bem jurídico, tendo em vista que se reprime a periculosidade do agente, visa-se coibir um perigo futuro. Nos ordenamentos jurídicos contemporâneos a presença do inimigo já se exterioriza, ao passo de que são editadas leis para punir de forma diferenciada terroristas, organizações criminosas, traficantes de drogas, criminosos econômicos, etc. As garantias processuais e o desenrolar do processo desses indivíduos diferem em muitos aspectos do jus puniendi para os “cidadãos”.

Evidente que a dicotomia proposta por Jakobs é polêmica. Sustenta-se que é inadmissível considerar a presença de um inimigo no ambiente do Estado de Direito, seria a própria negação deste. A dignidade da pessoa humana é lacerada na teoria de Jakobs, negar a qualquer indivíduo sua condição de pessoa, tratando-o como inimigo, é derrocar os direitos do homem adquiridos ao longo da história. Todo ser humano tem dignidade e é eticamente livre,

a humanidade tem valor absoluto, admitir a concepção de um inimigo é rebaixa-lo à condição de não humano, de mero objeto, ausente de alma.

Ainda que na intenção de frear a expansão do Direito Penal, Jakobs buscou legitimar um direito punitivo preconceituoso, caracterizando sujeitos passivos, reduzindo-os à utensílios descartáveis. Além de incongruente com a dignidade da pessoa humana, tal possibilidade nos remete ao Estado Totalitário, antagonista do Estado de Direito, haja vista que o poder de objetivar o inimigo pertence ao Estado, podendo começar com certos grupos, e, posteriormente, expandindo-se de acordo com os interesses estatais, materializando-se em qualquer indivíduo.

A intervenção federal é uma medida de caráter excepcional, devendo ser utilizada somente em situações extremas, haja vista que a regra é a preservação da autonomia de cada estado membro da nação. Embora o Decreto 9. 288/2018 tenha seguido a formalidade do procedimento descrito na Constituição, sua motivação, fundamentada em pôr termo a grave comprometimento da ordem pública, analisada por critérios objetivos demonstra-se baldada.

O Decreto interventivo transferiu ao governo federal o comando do Sistema de Segurança Pública fluminense, visando diminuir os índices de criminalidade, declarando uma guerra aos inimigos (traficante, milicianos e agentes do crime organizado). Nesta guerra, as forças armadas foram às ruas e passaram a intervir no cotidiano das pessoas, principalmente nos moradores de favelas. Medidas teratológicas, como mandados de busca e apreensão genéricos e a decretação de prisões preventivas sem fundamento jurídico, foram símbolos das ações realizadas pós intervenção.

Em análise de dados estatísticos referentes à segurança pública e índices de criminalidade, o estado do Rio de Janeiro não se apresenta com os piores indicadores, alguns estados do norte e nordeste do país apresentam índices mais alarmantes, por que não decretar uma intervenção nesses Estados? O Rio de Janeiro é um símbolo nacional, ao passo de o que acontece no território carioca gera grande repercussão. A intervenção federal no estado do Rio de Janeiro apresenta-se mais como medida de Direito Penal simbólico, característica do Direito Penal inimigo, do que uma solução para o Sistema de Segurança Pública do Rio de Janeiro. O intento é mostrar para a população vernácula, que clama por segurança, que “não estamos parados’ e que “algo está sendo feito”, porém, as consequências revelam-se pesarosas.

Uma intervenção federal, revestida de intervenção militar, viola os direitos humanos dos moradores das favelas e aumenta a violência diária no estado do Rio de Janeiro.

O contato da população marginalizada com o Estado se dá pela via dos braços armados estatais, ao passo que as políticas públicas não chegam a esses cidadãos.

Ao invés de mascarar o inimigo no Estado do Rio de Janeiro e militarizar o cotidiano do morador das favelas, o Estado deveria priorizar mudanças para o controle da corrupção no Rio de Janeiro, verdadeira metástase, problema que origina uma avalanche de distúrbios sociais. Deveria ainda realizar um planejamento sério, a longo prazo, em investigação e inteligência, evitando conflitos armados e visando retirar armas de circulação, ao passo que os tiroteios, tecnicamente falando, apresentam-se como maior problema da Segurança Pública no Rio de Janeiro.

Medidas rápidas como a intervenção federal se mostram eficientes para o discurso político punitivista, porém agravam a disparidade social e pouco resolvem os reais problemas da sociedade. Toda medida que aumenta o número de mortes e operações violentas tem de ser rechaçada. Acima de qualquer interesse político, acima de qualquer medida interventiva, os direitos humanos têm de serem preservados.

Por fim conclui-se que a intervenção federal no Rio de Janeiro apresenta as seguintes características afins com a teoria do Direito Penal do Inimigo:

a) incidência de um Direito Penal simbólico;

b) tratamento diferenciado para os moradores de favela, classificados como “sujeitos perigosos”;

c) supressão de direitos e garantias dos marginalizados, ao passo que o Direito Penal atua de maneira mais rígida;

d) militarização no cotidiano das pessoas, instituindo um constante estado de vigilância, que visa coibir perigos futuros.

REFERÊNCIAS

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