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A importância da escolha de determinado método de custeio influenciará nos resultados das empresas e servirá como instrumento para a tomada de decisões junto aos administradores. A Contabilidade de Custos objetiva empregar alguns métodos de custeio para atribuir os seus custos, eles variam conforme necessidade e meta de cada usuário, como, por exemplo, o custeio por absorção, variável ou direto, ABC, RKW e o custeio padrão.

À vista disso, através de muito estudo, surgiram alguns métodos de custeio com o propósito de contribuir quanto ao desempenho dos custos e à maneira de precificar os produtos nas organizações. Desse modo, é válido mencionar alguns tipos de custeio mais utilizados pelas entidades, são eles: o custeio por absorção, o custeio variável ou direto, e o custeio ABC baseado em atividades). Esses metodologias aspiram dar maior confiabilidade e capacidade aos usuários que necessitam de informações para conduzir os seus custos produtivos de forma correta, em virtude destas terem relevância de aplicação na fixação do preço de venda e na tomada de decisões gerenciais (NASCIMENTO; ALMEIDA NETO, 2002).

Os sistemas de custeio, de acordo com Bruni e Famá (2004), são caracterizados por representar o método utilizado para apuração e apropriação dos custos ao produto, ou seja, a ferramenta que auxilia a contabilidade de custos na geração de informações que servirão de suporte às tomadas de decisões dentro da entidade.

Já para Megliorini (2007) e Padoveze (2013), a mensuração dos custos em uma empresa é imprescindível para a correta medição do retorno sobre o capital investido em um ativo financeiro e os gastos em relação à atividade que ela desenvolve, sendo assim, a utilização das metodologias de custeios são fundamentais durante esse processo uma vez que asseguram a acumulação dos custos e sua transferência para os produtos, da maneira mais apropriada possível. Não obstante, a escolha do método dependerá das características e tipo de produção de cada empresa para a administração e seus dirigentes poderem obter informações essenciais quanto ao planejamento, organização, coordenação, execução e controle das ações para a tomada de decisões.

Já na concepção de Leone (1997), as ferramentas de custeios possuem a finalidade de levantar, apropriar e dispor de forma ordenada as informações de custos, para fornecer informações necessárias aos gestores dentro de uma organização. Esses métodos são

implantados através de critérios de custeios, os mais tradicionais são denominados por: custeio por absorção, custeio variável e custeio baseado em atividades (ABC).

Morais et al. (1986) diz que os métodos de custeio têm o intuito de auxiliar o usuário com uma maior quantidade de informações possíveis, que acrescentem e resultem em um bom controle e planejamento das atividades da empresa no mercado, ao contribuir para o processo das decisões a serem tomadas pelos gestores. Dessa maneira, quando o sistema de custos está em acordo com às particularidades da organização, ele define quais dados serão processados e expostos através de relatórios para os administradores, de modo a atender às necessidades gerenciais.

2.5.1 Custeio Variável

Neste método de custeio, as empresas realizam a separação dos custos fixos e variáveis, dessa forma, a parcela dos gastos variáveis são incorporadas para a apuração do custo e, de modo consequente, a parte fixa é anexada como uma despesa e entra diretamente na apuração do resultado do exercício.

O método de custeio variável ou direto é empregado para fins gerenciais, pois fornece informações que auxiliam no processo de tomada de decisões da empresa. Nesse método, só são alocados aos produtos, aqueles custos que variam diretamente conforme o volume de produção.

O critério do custo variável (ou direto) é aquele que só inclui no custo das operações, dos produtos, serviços e atividades, os custos diretos e variáveis. Para que um custo (ou uma despesa) detenha as condições necessárias para compor o custo de um produto, por exemplo, é necessário que esse custo seja facilmente identificado com o produto, isto é, seja direto (onde não haja a necessidade de rateio) e que seja variável diante da variabilidade de um indicador que represente o produto, a operação, o processo, o componente ou a atividade. A finalidade principal do critério é a determinação da contribuição marginal total ou unitária de cada objeto de custeio. Essa informação tem um poder extraordinário, principalmente por que não é poluída pelo trabalho de rateio, perigoso, porque às vezes inútil e até enganador (LEONE, 2000, p. 405).

Ainda de acordo com Leone (2000), como o método de custeio variável profetiza uma apropriação com características gerenciais, ele considera somente os custos variáveis dos produtos, porém oportuniza a apuração da margem de contribuição à medida em que os custos variáveis e a receita líquida de vendas são confrontadas dentro do período analisado. Nesse sentido, os custos fixos são destinados de forma direta na conta de resultado do exercício, em

virtude desse sistema ter como fundamento que os custos fixos ocorrerão, independente da variação volumétrica de produção, logo, exime qualquer necessidade de critério de rateio.

Na concepção de Horngren, Foster e Datar (2000), o custeio baseado no volume pode ser definido como um método de custeio de estoque em que os custos variáveis relacionados à fabricação são inventariáveis, isto é, são representados pelos custos do período em que ocorreram. Um fator importante desse tipo de custeio é a apuração da margem de contribuição ao invés do lucro bruto, através dela, pode-se identificar que o resultado operacional da empresa ocorrerá sem o diferimento dos custos fixos pelo produtos acabados em estocagem ou através daqueles em processo de elaboração (LEONE, 2000).

2.5.2 Custeio Por Absorção

No entendimento de Martins (2003), o custeio por absorção pode ser definido como a ocupação de todos os custos causados pelo uso de recursos ligados à produção aos bens elaborados, ou seja, os gastos atrelados ao sistema produtivo devem ser apropriados à todos os produtos fabricados com a intenção de venda, e às prestações de serviço. Portanto, esta metodologia de custeio resulta na divisão de custos e despesas e a consequente classificação dos custos indiretos, através do rateio, aos produtos, bem como seus custos diretos (KAPLAN; COOPER, 1998).

Assim, de acordo com o autor, todos os gastos atrelados ao sistema produtivo, são associados à todos os produtos ou prestações de serviços realizadas. Em virtude disso, esse método visa alocar todos os custos de fabricação ao custo do produto, independentemente de serem diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.

Para Leone (2000, p.242), “[...] o critério do custo por absorção é aquele que inclui todos os custos indiretos de fabricação de certo período nos custos de suas diferentes atividades industriais, sejam produtos, processos ou serviços”. Logo, o propósito desse critério é avaliar a rentabilidade de cada atividade, assim como os elementos que compõem o patrimônio, para resultar em conhecimentos significativos no que diz respeito o auxílio às decisões gerenciais ao fixar os preços de venda dos produtos e serviços. Todavia, é um método que necessita analisar minuciosamente uma série de rateios devido aos custos considerados de difícil identificação e até mesmo irrelevantes.

Garrison & Noreen (2001), induzem que esse tipo de custeio, por absorção, é considerado como um método de contabilização de custos que contêm todos os custos de

fabricação – matérias, mão-de-obra e custos direto, fixo e variável – como componente dos custos de uma unidade aprontada do produto.

Em consonância com Bruni e Famá (2004, p. 216),

[...] no método de custeio por absorção os produtos fabricados pela empresa serão apurados prevendo-se, em princípio, a apropriação de todos os custos de produtos registrados no período, quer sejam de comportamento fixo ou variável.

Consequentemente, nesse critério de custeio, os custos relativos aos setores administrativos ou de apoio, geralmente representados por custos fixos, serão objetos de rateio para determinar o custo total dos produtos fabricados. Nesse caso, sobressaem, especificamente, os valores dos custos referentes às áreas de gerência industrial, como por exemplo: a engenharia industrial, supervisão, planejamento e controle de produção e transportes internos.

Ademais, o custeio por absorção é o método adotado pela maioria das empresas atuantes no Brasil, em virtude de respeitar e atender perfeitamente os princípios fundamentais contábeis, sendo, portanto, aceito pela legislação comercial e fiscal.

2.5.3 Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Segundo Martins (2003), o custeio baseado em atividades, comumente chamado de “ABC”, é um método de custeio que objetiva diminuir o impacto das desconformidades provocadas pelo rateio dos custos indiretos. Portanto, nele, as apropriações dos custos são feitas através da execução das práticas relacionadas às atividades produtivas e a colaboração dos custos nesses processos.

Em conformidade com Gantzel (1996), o método de custeio ABC é um sistema de gestão financeira que visa evidenciar a relação entre os bens gastos, de que maneira as atividades foram produzidas e a finalidade dos produtos ou prestação de serviços.

Na visão de Casanova e Vargas (1995), o custeio ABC é uma maneira de avaliar, separadamente, o custo de cada atividade, as quais buscam unir o valor ao produto, independente das etapas dos processos durante a produção destinada ao cliente.

Para Nakagawa (1994), o custeio ABC adota como suposição básica a ideia de que os recursos de uma empresa não são consumidos pelos produtos que ela produz, mas sim pelo desempenho de suas atividades. Desse modo, os produtos originam-se como consequência do

desenvolvimento das funções consideradas, literalmente, primordiais para a fabricação e que atenda as exigências do cliente.

2.6 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, PONTO DE EQUILÍBRIO E MARGEM DE

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