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1. INTRODUÇÃO

2.5. Procedimento de coleta de dados

O primeiro encontro foi realizado com a Diretora do Ensino Fundamental do município, para quem foi apresentado o projeto de pesquisa, e fornecida uma via impressa para leitura. Uma cópia impressa do projeto também foi encaminhada à Secretária Municipal da Educação para análise. A realização da pesquisa foi autorizada pela Secretária da Educação do município com a concordância da diretora de Ensino Fundamental. Como já explicitado, as sete escolas foram escolhidas com base em sua localização: centro, entre centro e periferia e periferia, em segundo encontro com a Diretora do Ensino Fundamental. Em seguida, o Departamento do Ensino Fundamental promoveu uma reunião para apresentação do projeto aos diretores e coordenadores pedagógicos das escolas escolhidas. Nessa reunião se obteve a anuência de todos os diretores.

Foram então sorteados, para cada turma de 1º ano, treze alunos para serem convidados a participar da pesquisa, totalizando 351 crianças. O convite foi feito por meio de bilhete e entregue aos pais, que deveriam participar de um encontro para apresentação do projeto e em caso de aceite seria recolhida a assinatura do TCLE. Estes encontros foram realizados nas escolas nos horários indicados pelos respectivos diretores. Compareceram 244 pais e todos autorizaram a participação de seu filho ou filha.

As primeiras avaliações com as crianças, por ocasião do 1º ano, ocorreram durante os meses de novembro e dezembro de 2010, no horário de aula. As avaliações do 2º e do 3º ano ocorreram de setembro a dezembro, nos anos de 2011 e 2012. As crianças responderam individualmente aos instrumentos IEE, ESI e Matrizes Progressivas Coloridas de Raven. A Provinha Brasil foi aplicada pela pesquisadora com a presença de uma auxiliar, que ajudou no monitoramento das crianças, colaborando para minimizar as chances de elas copiarem respostas umas das outras. A auxiliar também dava assistência às crianças no caso de precisarem de algo específico, por exemplo, trocar de lápis. Os grupos de avaliação eram compostos por 5 a 20 alunos, conforme o espaço disponível para a atividade.

Embora todas as 244 crianças tenham respondido a algum instrumento, apenas 186 participaram de todas as avaliações no 1º ano, visto que durante o mês de dezembro as atividades escolares estavam chegando ao fim e ocorreram muitas faltas, impedindo a completa avaliação de todas as crianças. Desse modo, compuseram a amostra inicial desta pesquisa as 186 crianças com avaliação completa no 1º ano. No 2º ano, devido à transferência de 10 alunos para outras escolas, a amostra foi reduzida para 176. No 3º ano foram localizadas 159 crianças nas escolas participantes e para os responsáveis delas foram enviados bilhetes informando sobre a continuidade da pesquisa e solicitando a autorização para que a criança continuasse com sua participação; foram então autorizadas 151 crianças.

Com as professoras de todos os anos foram realizadas reuniões que duraram em torno de duas horas, na própria escola e em horário de trabalho pedagógico. Todas as professoras convidadas concordaram em colaborar e foram orientadas como preencher os formulários do SSRS, que deveriam ser devolvidos à pesquisadora no mês de dezembro. A pesquisadora disponibilizou seu e-mail e telefone caso tivessem dúvidas. Durante a coleta do 1º ano a professora de uma turma precisou se afastar das atividades e não preencheu os instrumentos. Em outra turma, os alunos não tiveram todas as avaliações realizadas. Por tais motivos, ambas

as turmas foram excluídas das análises, como explicado nos próximos parágrafos. Desse modo, permaneceram como participantes 25 professoras, das 27 convidadas.

Com os responsáveis pelas crianças, após o primeiro contato, no qual foram explicados os objetivos da pesquisa e recolhidos os TCLE, foi agendado um horário para aplicação do RAF e Critério Brasil. As entrevistas foram realizadas nas escolas que os filhos frequentavam, em uma sala de aula, de reunião ou na sala do diretor, dependendo da disponibilidade da escola; e quando os responsáveis não podiam, por motivos de trabalho, locomoção ou outros, a pesquisadora fazia a entrevista no domicílio em horário previamente agendado.

Quando se ausentavam no dia e horário marcado, a pesquisadora entrava em contato via telefone e caso não conseguisse enviava um bilhete pela criança solicitando que os pais ou responsáveis entrassem em contato ou sugerissem dia, horário e local para a remarcação da entrevista. A aplicação dos instrumentos com os pais durava em torno de 50 minutos. A coleta de dados com os pais se estendeu de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. Ao todo foram entrevistadas 149 famílias, mas foram mantidas na amostra somente aquelas cujas crianças foram avaliadas por todos os instrumentos, o que corresponde a 122 famílias.

As sete escolas participantes foram classificadas conforme sua localização no município: Central, quando localizada no centro da cidade, entre centro e periferia, quando se situava em bairros no entorno do centro e periféricas, quando afastadas em relação ao centro da cidade.

Informações sobre frequência à educação infantil foram obtidas por meio de consulta ao registro de matrículas das crianças no site da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Prodesp, com o auxílio de uma secretária de escola autorizada. Quando não havia registros sobre a frequência à educação no sistema, os pais eram questionados na ocasião da entrevista.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB1, dos anos de 2009 e 2011

de cada escola, foi obtido através de consulta ao site do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, http://portalideb.inep.gov.br.

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O índice foi criado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Educação Anísio Teixeira – INEP, no ano de 2007 com a finalidade de avaliar e estabelecer metas para a educação básica brasileira. Seu cálculo é baseado no índice de aprovação escola, chamado também como fluxo, obtido através do Censo Escolar, e o desempenho médio dos alunos nas avaliações promovidas pelo instituto, no caso de escolas estaduais o SAEB e para as municipais a Prova Brasil. É meta do INEP que

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