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Procedimento de gestão de resíduos gerados pelos navios e resíduos da

5.1 LEVANTAMENTO DOS MEIOS

5.1.3 Procedimentos

5.1.1.1 Procedimento de gestão de resíduos gerados pelos navios e resíduos da

O procedimento do PL para os navios abrangidos pelo sistema JUP, inclui a recolha, acondicionamento e transporte de resíduos até ao destino final adequado.

1 Com 24 horas de antecedência ou quando se saiba que o PL é o próximo porto de escala, o agente de navegação solicita ao navio a notificação de resíduos a bordo.

2 O responsável pela gestão de resíduos a bordo do navio, o oficial de ambiente para os navios de passageiros ou o imediato para os navios de carga, preenche a declaração de resíduos (Anexo VII) e encaminha esta declaração para o agente de navegação. Todos os navios que escalam o PL, não isentos deste procedimento, independentemente de pretenderem descarregar resíduos ou não, devem preencher esta declaração.

3 O agente de navegação transcreve a declaração de resíduos para a plataforma JUP do PL.

4 O PL controla e verifica se as informações necessárias estão corretas, como a última data e o porto de entrega de resíduos, capacidade de armazenamento, tipo de resíduos e no caso que descarregue RCM, que não venham de um país de terceiros. Se os dados estão corretos, o PL despacha a declaração de resíduos.

5 Em caso de descarga de resíduos, o agente de navegação preenche uma requisição de recolha de resíduos (RSRR) (Anexo VIII) na plataforma JUP, considerando: o volume de resíduos que têm, o volume que será descarregado, a data, hora e local para a realização do serviço. O agente de navegação deve preencher a requisição com uma antecedência mínima de 3 horas em relação a hora pretendida para a operação. No caso de resíduos especiais ou de carga, o agente de navegação deve fornecer o máximo de informações sobre os resíduos a descarregar para que possam ser garantidos MPRR adequados.

6 Após a análise e resposta do operador de resíduos, o PL despacha a requisição para que a operação possa ser executada. Neste despacho o PL confirma a hora e local para o início da operação, com o(s) nome(s) do(s) operador(es) de resíduos.

7 Quando o operador de resíduos visualiza a requisição e o despacho do PL, planeia a operação e imprime duas cópias em papel do Certificado MARPOL, uma cópia para entregar ao navio e outra para encaminhar para a AP pelo operador de gestão de resíduos, caso a operação decorra em conformidade (ponto 9 do procedimento).

8 O operador mobiliza o(s) equipamento(s) para o cais e subsequente descarga de resíduos. No cais, os contentores devem ser colocados no local que o navio solicita, em cumprimento com o regulamento, de modo a não causarem interferências com outras operações de carga e descarga simultâneas (Figura

20), normalmente os abastecimentos aos navios são na proa, e as descargas de resíduos são na popa. Na margem sul, os contentores para recolha de resíduos sólidos dos navios estão disponíveis no cais, mesmo assim, o agente de navegação tem de preencher a RSRR para que os navios possam descarregar resíduos.

9 O registo de documentação que tem valor operacional real para o navio, é o certificado MARPOL, pois é o documento que comprova a descarga dos resíduos em terra e não no mar. Se a operação decorre em conformidade, o PL ou o operador de resíduos assina e entrega este certificado. Na margem sul, a APL. S.A. envia o certificado MARPOL ao agente de navegação, que é o responsável por entregar o certificado a bordo do navio para ser carimbado e assinado, e encaminhar cópia do mesmo à APL, S.A. e ao operador de resíduos. Um exemplo do certificado MARPOL encontra-se no Anexo IX.

10 Encaminhamento dos resíduos ao destino final adequado. O operador de resíduos recolhe os contentores antes da saída do navio e preenche a e-GAR, a guia eletrónica de acompanhamento de resíduos, com o devido volume, tipologia e destino final adequado. O destino final adequado pode ser uma operação de valorização (Anexo X) ou de eliminação (Anexo XI).

11 Como registo de documentação para permanecer em terra, é necessário a e- GAR, por cada MPRR. Esta e-GAR será corrigida no destino final consoante as toneladas do resíduo, código LER e operação de resíduo.

12 As informações das quantidades e da tipologia real de resíduos devem ser atualizadas na JUP. No caso do navio efetuar um pedido em cima da hora, “operações just in time”, ou rejeite um pedido, a informação deverá também ser atualizada na plataforma JUP.

13 Considerando os dados atualizados e de acordo com o estabelecido no tarifário do PL, a fatura é entregue ao agente de navegação que a encaminha para o navio. Os armadores ou as companhias devem pagar as faturas referentes à descarga dos resíduos e a utilização dos MPRR.

Figura 20. Abastecimento e descarga de resíduos a um navio em simultâneo

Figura 21. Fluxograma do procedimento de gestão de RGN e RC do PL AN – Agente de navegação NA – Navio OP – Operador de resíduos AP – Autoridade Portuária DDR – Declaração de resíduos RSRR – Requisição de recolha de resíduos CM – Certificado MARPOL

Na Figura 22, mostra-se o fluxo dos documentos necessários no procedimento de gestão de RGN, que vai desde que o navio preenche a declaração de resíduos, até o destino final dos mesmos.

Figura 22. Gestão de resíduos gerados pelos navios

Na Figura 23 mostra-se uma descarga de resíduos efetuada com grua de um navio que não está atracado no cais, neste caso a recolha de resíduos é realizada ao largo com uma embarcação do PL.

Figura 23. Descarga de resíduos de um navio com grua ao largo com uma embarcação do PL

e-GAR Declaração de resíduos

Certificado MARPOL e-GAR

Na Figura 24 mostra-se o final da operação de descarga de resíduos e o início da carga dos contentores nos caminhões para ser transportados até o destino final. Neste caso o transportador é a EGEO, S.A.

Figura 24. Recolha de resíduos sólidos, operador EGEO

5.1.1.2 Processo de identificação, recolha, acondicionamento e