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Conforme já evidenciamos, nosso objetivo com esta pesquisa centrou-se em

analisar as representações sociais de avaliação processual construídas por professorasdos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal da cidade do Recife/PE. Para tanto, consideramos como critério definidor que as

participantes apresentassem uma formação acadêmica atualizada e de certa forma coerente com as atuais tendências teóricas acerca do avaliar, que vêm propondo uma prática avaliativa focada na atuação contínua e indissociável do processo educativo de modo que seja orientado para a regulação individualizada das aprendizagens. Buscando identificar as participantes que atendessem aos critérios

referidos, iniciamos nosso percurso em campo realizando um estudo exploratório.

3.4.1 O estudo exploratório

O estudo exploratório realizado com a finalidade de definir as participantes da pesquisa buscou a partir de alguns elementos relacionados à formação acadêmica e a atuação profissional caracterizar o grupo de professoras. Realizamos o estudo

exploratório com noventa professoras24 no mês de maio de 2008, juntamente a

quinze escolas municipais da RPA 525 que se localizam em diferentes bairros, quais

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Embora não tenhamos delineado para a composição da amostra sujeitos participantes que fossem

apenas do sexo feminino, nos deparamos, no contato com o campo empírico, com esse grupo e,

portanto, em virtude dessa constatação redefinimos esta variável na composição da amostra.

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A cidade do Recife encontra-se dividida em seis Regiões Político-Administrativa/RPA’s. A Região Sudoeste - RPA 5, em particular, limita-se com os municípios de São Lourenço da Mata e Jaboatão a oeste; ao norte com a RPA 4, ao sul com a RPA 6 e a leste com o braço morto do Rio Capibaribe. É formada por 16 bairros: Afogados, Bongi, Mangueira, Mustardinha, San Martin, Areias, Caçote, Estância, Jiquiá, Barro, Coqueiral, Curado, Jardim São Paulo, Sancho, Tejipió e Totó. A região apresenta também importantes eixos viários a exemplo da Avenida Recife, Avenida José Rufino, Avenida São Miguel, além da BR 101 e o ramal do metrô.

sejam: Tejipió, Jardim São Paulo, Areias, Barro, Estância, Caçote, San Martín, Mangueira e Mustaridinha. Buscamos privilegiar, neste estudo, apenas uma RPA por acreditarmos que essa ação possibilitaria apreender o dinamismo que perpassa os saberes de uma instância particular de determinado grupo onde professores e alunos encontram-se inseridos. A escolha pela RPA 5, em particular, deveu-se ao fato da mesma ser de fácil acesso e localização, possibilitando-nos, desta forma, um trabalho de campo no qual se evitasse desperdício de tempo tendo em vista o curto período de que dispomos para realização da pesquisa.

Para dar início ao trabalho de campo entramos em contato com a direção das escolas mediante uma carta de apresentação da instituição a que pertencemos que explicitava a natureza da pesquisa e o objetivo do estudo exploratório a ser aplicado junto às professoras. A par do objetivo de nossa pesquisa, normalmente a diretora ou algum outro membro da direção nos conduzia até as salas de aula onde éramos apresentadas às docentes e, em seguida, convidadas a expor a cada uma delas a pretensão do nosso estudo. No entanto, também foi comum, algumas vezes, termos que nos dirigir às salas das professoras sem quaisquer tipo de apresentação prévia. Por requerer apenas o preenchimento de dados básicos relacionados à formação acadêmica e atuação profissional dificilmente as professoras demoravam a responder o exploratório. Em contrapartida, em função da ausência de algumas das docentes passou a ser rotina termos que retornar mais de duas vezes as instituições de ensino, já que nosso intuito era abranger o máximo de professoras possíveis.

Para definição do grupo de professoras que comporiam a amostra decidimos

obtiveram titulação anterior à década de 1990 a qual correspondeu a um grupo de trinta e quatro docentes; e aquelas graduadas a partir da década de 1990, grupo composto por cinqüenta e seis professoras. Privilegiamos para a nossa pesquisa o grupo de formação mais recente porque a literatura sobre avaliação, neste período, tornou-se mais intensa passando a desafiar o professor a focar sua atuação numa prática contínua de modo à (re) organizar o ensino em função dos sucessos e dificuldades dos alunos a fim de obter ganhos significativos quanto às suas aprendizagens. Em função do tempo disponível para o estudo passamos a considerar, ainda, como critério definidor o grupo de docentes que tinham graduação em Pedagogia, visto ser esta a formação requerida pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Selecionado um grupo de vinte e uma professoras que passaram a compor o campo empírico delineado para esta pesquisa, separamos dentre as catorze

unidades escolares remanescentes26 aquelas que se localizavam no bairro mais

próximo da nossa residência para compor a primeira fase do estudo, no caso, as observações. Nessa seleção, localizamos cinco professoras que atuando em duas unidades escolares distintas, ambas localizadas no bairro de Areias, atendiam aos critérios estabelecidos pelo nosso estudo. Na segunda fase da pesquisa, conforme já apontamos, utilizamos como procedimento de coleta de dados a entrevista de caráter semi-estruturada a qual foi aplicada a vinte professoras. Isso porque, das vinte e uma professoras que foram selecionadas

para compor esta fase do estudo uma delas não participou da pesquisa.

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Das quinze instituições de ensino que compuseram o estudo exploratório apenas uma delas, localizada no bairro do Barro, não atendeu aos critérios delineados para esta pesquisa.

3.4.2 1ª Fase: As observações

3.4.2.1 O caminho trilhado para definição das participantes

Conforme já evidenciamos, ao selecionarmos as duas unidades escolares municipais de ensino do Recife/PE, situadas no bairro de Areias, para compor esta fase da pesquisa, localizamos cinco professoras que atendiam ao critério estabelecido pelo estudo. Isto é, todas elas eram graduadas em Pedagogia e apresentavam formação acadêmica atualizada e de certa forma coerente com os novos referenciais teóricos do avaliar que vêm evidenciando a necessidade da avaliação voltada para a regulação contínua e, tanto quanto possível, individualizada da aprendizagem dos alunos. Dentre as cinco professoras que atendiam ao nosso

critério, três delas atuavam em uma das escolas27 a qual identificaremos, neste

estudo, de Escola Trindade; e as outras duas desenvolviam a atividade docente numa outra unidade escolar a qual identificaremos como Escola Esplendor.

Dentre as três professoras da Escola Trindade, duas delas lecionavam pela manhã e uma à tarde. Dentre as duas que ensinavam no período matutino, uma delas tinha trinta e três anos de idade, atuava há cinco como coordenadora em Jaboatão e desse tempo de atuação um era destinado também à docência em Recife. Lecionando no 3º ano do 1º ciclo, tinha cursado o Normal-Médio, era

graduada em Pedagogia (1994-1998) pela Universidade Estadual de

Campinas/UNICAMP e pós-graduada (scricto-sensu) em Teorias de História (1999- 2003) pela UFPE. A outra professora do turno da manhã tinha trinta e um anos de idade, atuava há cinco como coordenadora e docente em Recife. Lecionando no 2º

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Os nomes das instituições de ensino são fictícios. Reforçamos que também são fictícios os nomes que serão conferidos as professoras e aos alunos desta fase do estudo. É válido salientar que, a

ano do 1º ciclo, tinha cursado o Normal-Médio e era graduada em Pedagogia (1998-

2002)pelaUFPE.A docente do turno vespertino tinha trinta e seis anos de idade,

lecionava há dezenove na rede particular e desse tempo de atuação cinco era destinado também a Rede Municipal de Recife. Atuava como professora no 3º ano do 1º ciclo, tinha o Normal-Médio, era graduada em Pedagogia (1994-1998) pela UFPE e pós-graduada (lato-sensu) em Metodologia do Ensino da Matemática (2000-2001) pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE.

Em relação as duas professoras da Escola Esplendor, constatamos que ambas lecionavam no período matutino. Uma delas tinha trinta e um anos de idade e desenvolvia a função de docente há oito anos na Rede Municipal de Paulista e Recife. Nessa rede de ensino atuava no 1º ano do 1º ciclo, tinha cursado o Normal- Médio, era graduada em Pedagogia (1997-2002) pela UFPE e pós-graduada (lato-

sensu) em Coordenação Pedagógica (2005-2006) pela Faculdade Frassinetti do

Recife/FAFIRE. A segunda professora da Escola Esplendor tinha trinta e sete anos de idade, há dezoito anos exercia a função docente na rede particular e desse tempo de serviço tinha seis anos de atuação na Rede Municipal de Recife. Lecionando no 2º ano do 1º ciclo dessa rede de ensino, a professora tinha o Normal-Médio, era graduada em Pedagogia (1998-2002) pela UFPE e pós-graduada (lato-sensu) em Educação Especial (2005-2006) pela Faculdade Salesiano.

Feito o delineamento deste grupo de professoras procuramos, em maio de

2008, a direção da Escola Trindade28 a fim de sabermos da possibilidade de

28O contato com esta instituição de ensino já havia sido estabelecido em estudo anterior realizado por

Guerra e Lima (2007) que buscaram a partir da pesquisa intitulada “Práticas de Leitura na Escola: um olhar à luz da Teoria das Representações Sociais”, identificar as representações sociais de leitura de professoras do 1º ciclo do Ensino Fundamental da Cidade do Recife/PE. É válido mencionar que a referida pesquisa foi resultado do Trabalho de Conclusão de Curso realizado na Universidade Federal de Pernambuco como requisito para a obtenção do título de Licenciatura plena em Pedagogia.

desenvolver nosso trabalho de observação nessa escola. Exposta a nossa intenção de pesquisa, a vice-diretora sempre muito simpática e atenciosa nos deu sua permissão, no entanto, solicitou que retornássemos no dia posterior à unidade escolar para explanarmos a idéia do trabalho de campo para a diretora. Conforme o combinado, retornamos à unidade de ensino e expomos nossa intenção de pesquisa à diretora que permitiu a realização do estudo. Afirmou, ainda, que a escola estaria sempre de “portas abertas” de modo a contribuir tanto para o desenvolvimento da

referida instituiçãoquanto para o crescimento dos estudantes que se dirigissem a ela

para a realização de pesquisas. Posteriormente, a mesma fez menção ao trabalho de qualidade que todas as professoras vinham desenvolvendo e, em seguida, nos encaminhou até a professora do 3º ano do 1º ciclo29 a fim de que pudéssemos conversar sobre a possibilidade de desenvolver nosso estudo.

Após termos sido apresentadas a professora por uma das funcionárias da escola, a mesma se retirou e a docente que se encontrava conversando no corredor com outras professoras pediu licença ao grupo e se afastou um pouco de forma que pudéssemos conversar de maneira mais reservada sobre o trabalho de pesquisa. Nesse momento, explicitamos seu objetivo bem como as fases que o constituía. A professora, sempre muito atenta a nossa explanação, concordou sem nenhum tipo de objeção em participar da pesquisa. Apenas se mostrou interessada em saber informações acerca de nosso percurso acadêmico na UFPE e do Programa de Pós-Graduação da referida universidade já que tinha a pretensão de submeter-se à seleção ao curso de doutorado no final do ano corrente.

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Embora três professoras da Escola Trindade contemplassem o critério definidor da pesquisa, é válido mencionar que esta docente foi selecionada devido à sua disponibilidade e agilidade para contato. Isso porque, a professora que atuava no 2º ano do 1º ciclo, também do período matutino, encontrava-se ausente por motivos de doença e a professora do vespertino encontrava-se afastada por alguns dias devido à participação em um curso de formação continuada.

Após obtermos o consentimento da professora aludida, acordamos que no seguinte iniciaríamos o trabalho de observação em sua sala de aula.

Após concluirmos as observações na Escola Trindade, fizemos contato com a unidade de ensino Esplendor em junho de 2008. Nesta escola, a proposta de observação de uma turma também foi aceita pela vice-diretora que nos conduziu até a professora do 2º ano do 1º ciclo. Durante a explanação da pesquisa, a docente manteve a porta da sala de aula entreaberta permanecendo ela no interior deste recinto e nós do lado externo. Mesmo numa situação desagradável e desconfortável, procuramos expor o objetivo de nossa pesquisa de maneira mais clara possível. Feita a explanação, a professora afirmou ser inviável a possibilidade de observar sua sala, alegando espaço físico reduzido e sua ausência às terças e quintas em função de participação em programas de formação continuada a exemplo do Pró-

Letramento30. Após este momento, a vice-diretora, desapontada, lamentou a atitude

da docente e nos alertou: “quando você for falar com as professoras diga que veio ajudá-las, pois quando se fala que vai fazer observação elas não gostam”.

Apesar destas orientações, assumimos a postura inicialmente adotada quando retornamos à escola, no dia posterior, para falar com a segunda professora, que também atendia nossos critérios. Isso porque, acreditamos que o fato de não esclarecermos totalmente a pretensão de nosso estudo e o papel que assumiríamos em sala de sala enquanto pesquisadoras envolveria questões éticas obvias. A professora do 1º ano do 1º ciclo, que se encontrava ausente no dia anterior,

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O Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um programa realizado pelo MEC

que em parceria com universidades que integram a Rede Nacional de Formação Permanente e adesão dos estados e municípios oferece formação permanente aos professores para a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura, escrita e matemática. Participam do programa todos os professores que estão em exercício nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas.

recebeu-nos amigavelmente e ouviu atentamente a explicação sobre o objetivo de nossa pesquisa. No entanto, ela parecia não estar muito confortável pelo fato de saber que teria presente em sua sala alguém para observar sua prática. Mesmo assim, decidiu colaborar com o estudo que perdurou do final de julho ao final de agosto de 2008. É válido dizer que essa professora, assim como a primeira antes contactada, também vinha desenvolvendo sua atividade docente em um espaço físico reduzido para a quantidade de alunos que dispunha, bem como participando juntamente as demais docentes desta escola de programas de formação continuada.

A seguir, apresentamos os princípios que norteiam o Projeto Político Pedagógico das Escolas Trindade e Esplendor e uma descrição panorâmica de suas

estruturas físicas e recursos humanos. Construímos, ainda, um perfil das professoras

Estela e Clara e da sua turma para compreender da forma mais aproximada como as práticas avaliativas vinham se concretizando e como tais práticas concorrem para a construção de representações sociais. Durante nossa inserção nas salas das

professoras observadas registramos quinze aulas31 o que correspondeu a um total

de 60h:00min de observação de cada uma delas. A determinação do número de observações não obedeceu a nenhum critério quantitativo determinado à priori. A preocupação maior era com o caráter de "suficiência", ou seja, a saturação das informações obtidas. Assim, as anotações diariamente registradas no diário de campo e transcritas para o computador foram ações que possibilitaram interromper a permanência em sala de aula quando as informações não apresentaram mais detalhes sobre avaliação que parecesse significativo para o nosso estudo.

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Apesar de terem sido registradas um total de quinze aulas, o período de permanência nas Escolas Trindade e Esplendor teve uma duração mais prolongada. Isso porque, foi comum a presença de feriados, imprensados ou ausência das docentes. No entanto, foi na turma da professora Clara onde permanecemos por mais tempo, pois todas as terças e quintas feiras a referida professora participava

3.4.2.2 A Escola Trindade: seu espaço e sua dinâmica32

Coerentes com os princípios norteadores da proposta da Rede Municipal do Ensino de Recife, o Projeto Político Pedagógico da Escola Trindade apresenta como eixos de suas ações os ideais de igualdade, solidariedade, reconhecimento das diferenças, inclusão e da autonomia. Esta unidade de ensino apresenta como meta principal promover, de forma intencional e sistemática, o desenvolvimento integral dos educandos nas suas potencialidades cognitivas, afetivas, psico-sociais de modo a possibilitar-lhes o exercício da cidadania através do compromisso, da flexibilidade, da competência e principalmente da dialogicidade. Em consonância com o princípio da qualidade social na educação pública, a Escola Trindade evidencia que todas as suas ações são desenvolvidas no intuito de possibilitar ao alunado o acesso aos conhecimentos historicamente construídos a fim de que o mesmo venha a se conscientizar de seu papel frente a realidade social.

Construída e inaugurada durante o ano de 2000, a Escola Trindade encontra- se situada em um bairro residencial de Areias. O terreno onde foi erguida a escola antes era utilizado como área de lazer para jogos de futebol e também servia de espaço para “boca de fumo” (local para uso de drogas). Em função dessa realidade característica do ambiente houve no período da construção da escola vários conflitos entre a prefeitura e esses usuários do terreno. Atualmente, a localidade onde está situada a unidade escolar é constituída por ruas urbanizadas e distribuídas dentro do normal (arrabalde residencial) com construções em alvenaria e bem estruturadas as quais, por sua vez, contam com um sistema de água, esgoto e saneamento básico. Aos arredores desse estabelecimento, podemos encontrar ainda centros comerciais,

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sistema de saúde público, estação de metrô e diversas linhas de ônibus ligando o bairro a qualquer parte da cidade e Região Metropolitana do Recife.

Aqueles que percorrem a escola Trindade encontram logo em sua entrada caqueiras, canteiros de flores e em uma das laterais um parque infantil. No interior da escola, há um hall ao longo do qual se encontram dispostas à sala da direção, conjugada com a secretaria, a sala dos professores e biblioteca. Esse espaço dispõe ainda de quatro banheiros sendo dois destinados aos alunos, um aos professores e outro aos funcionários; bem como uma cozinha com área de serviço localizando-se à sua frente um espaço onde os alunos lancham. A escola possui ainda quatros depósitos, sendo dois para armazenar materiais de limpeza, um para guardar material pedagógico e outro para armazenar a merenda. Entre a cozinha e os banheiros há uma escada que dá acesso as seis salas de aula e ao laboratório de informática. As salas possuem, de modo geral, a mesma organização e dispõem de birô, lousa, armário, carteiras e são ornamentadas com as produções dos alunos.

A equipe pedagógica da Escola Trindade é formada por uma diretora, uma vice-diretora, uma coordenadora pedagógica, quinze docentes, duas professoras itinerantes, quatro estagiárias sendo duas secretárias, uma educadora especial e uma mediadora de leitura. A equipe de funcionários é composta por nove pessoas entre merendeiras, auxiliares de serviço geral e de portaria. A escola possui trezentos e oitenta e seis alunos e funciona em três turnos, com a duração de 4h20min no horário diurno e 3h20min no período noturno, tendo um intervalo de 20min para a merenda. Nessa escola, os alunos do período matutino são distribuídos em seis turmas, sendo uma de 1º ano do 1º ciclo, duas de 2º ano do 1º ciclo e três de 3° ano do 1° ciclo. Os a lunos do período vespertino

também são organizados em seis turmas, mas três são de 1º ano do 2º ciclo e três de 2º ano do 2º ciclo. Já o alunado da Educação de Jovens e

Adultos, do noturno, está distribuído em três turmas de módulos distintos.

A população estudantil da Escola Trindade é constituída de crianças na faixa etária compreendida entre 6 a 14 anos de idade, bem como por um grupo de jovens e adultos que se encontra na faixa etária de 15 a 60 anos de idade. A maioria dos alunos dessa escola é de baixo nível sócio-econômico e proveniente das comunidades carentes como: Ximboré, Chico Mendes, Cápua, Jardim Uchoa, Vila Cardeal, Iraque, Vila das Lavadeiras e Vila dos Industriários. Dentre o grupo de jovens e adultos alguns são oriundos também dos bairros de Cavaleiro, Jardim São Paulo, Estância, Tejipió, Barro e da cidade de Jaboatão dos Guararapes. É válido salientar que algumas dessas famílias usuárias da escola trabalham com prestação de serviços, outras sobrevivem dos benefícios do Programa Bolsa Escola Federal e Municipal ou de pequenos biscates.