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6. Recolha e exportação dos dados

6.4. Procedimentos estatísticos

A análise estatística foi realizada através do package estatístico SPSS (Chicago, USA), versão 17.0 para Windows .

A análise exploratória inicial dos dados recolhidos constou no reconhecimento de eventuais casos omissos e erros na introdução dos dados, para todas as variáveis estudadas em folha de cálculo Excel, recorrendo a tabelas descritivas. Posteriormente foi executado um conjunto de procedimentos gráficos, para a identificação de possíveis

outliers, recorrendo a caixas-de-bigodes. Através dos gráficos de caule-e-folhas (Stem- and-Leaf), verificou-se os valores considerados extremos. Foi ainda aplicado o teste de

Shapiro-Wilks para determinação quantitativa e objectiva da normalidade dos dados. Na análise descritiva foram empregues como parâmetros de tendência central a média (x) e como medida de dispersão o desvio-padrão (DP), assim como quando relevante os valores mínimo e máximo.

Estabeleceu-se a associação entre as variáveis biomecânicas em estudo e a cadência musical a partir de modelos de regressão linear simples, calculando o valor do

coeficiente de determinação, o valor do P e a recta de ajuste da nuvem de dispersão dos dados.

Em todos os procedimentos foi adoptado um nível de significância de 5% (P 0.05) para rejeição da hipótese nula.

7. RESULTADOS

A Figura 9 apresenta a variação do período do ciclo gestual, ao longo do protocolo incremental. Pela sua observação verificou-se uma diminuição do período com o aumento da cadência musical existindo uma relação negativa e significativa (R2 = 0.50; P < 0.01).

Figura 9. Variação do período do ciclo gestual ao longo do protocolo incremental.

A Figura 10 apresenta a análise quantitativa do deslocamento 2D do CM, TM e anca dos sujeitos analisados, ao longo das cadências musicais estudadas. Relativamente ao deslocamento efectuado pelo CM, verificou-se uma relação negativa e significativa

entre os deslocamentos horizontal e vertical e as cadências musicais analisada (R2 = 0.25; P = 0.01 e R2 = 0.27; P < 0.01, respectivamente), demonstrando que o deslocamento do segmento em questão diminui com o aumento da cadência musical. No que diz respeito ao TM, os valores horizontais obtidos evidenciaram uma relação negativa e significativa entre os mesmos e a cadência musical imposta (R2 = 0.16; P = 0.03), assim como o deslocamento vertical (R2 = 0.21; P = 0.01), havendo uma tendência para o deslocamento diminuir à medida que a cadência musical aumenta. Por último, em relação ao deslocamento horizontal e vertical da anca, verificou-se uma relação não significativa entre o deslocamento deste segmento e a cadência musical (R2 = 0.00; P = 0.99 e R2 = 0.10; P = 0.09, respectivamente).

A B

E F

Figura 10. Variação deslocamento horizontal (painel A) e vertical (painel B) do CM, deslocamento horizontal (painel C) e vertical (painel D) do TM, deslocamento horizontal (painel E) e vertical (painel F) da anca, durante o protocolo incremental.

A Figura 11 exibe a análise quantitativa do deslocamento 2D dos Pés, dos sujeitos estudados, ao longo do protocolo incremental. Relativamente ao pé direito (Pédir), o deslocamento tanto horizontal (R2 = 0.03; P = 0.35) como vertical (R2 = 0.04; P = 0.30) apresentaram relação não significativa ao longo das cadências musicais estudadas. No que diz respeito ao mesmo segmento, mas desta vez o esquerdo (PéEsq), verificou-se exactamente a mesma situação (horizontal: R2 = 0.00; P = 0.94 e vertical: R2 = 0.06; P = 0.21).

C D

Figura 11. Variação do deslocamento horizontal (painel A) e vertical (painel B) do Pé direito e do deslocamento horizontal (painel C) e vertical (painel D) do Pé esquerdo, durante o protocolo incremental.

A Figura 12 apresenta a análise quantitativa do deslocamento 2D das Mãos, ao longo das cadências musicais observadas. No que se refere à mão direita (MãoDir), o deslocamento horizontal evidenciou uma relação negativa e não significativa, relativamente às cadências musicais analisadas (R2 = 0.01; P = 0.65). No que toca ao deslocamento vertical do mesmo segmento, os valores obtidos evidenciaram uma relação positiva e também não significativa (R2 = 0.01; P = 0.66). Quanto à mão esquerda (MãoEsq), tanto o deslocamento horizontal (R2 = 0.01; P = 0.63) como o vertical (R2 = 0.12; P = 0.06) apresentaram uma relação positiva e não significativa entre as variáveis estudadas.

A B

C D

Figura 12. Variação do deslocamento horizontal (painel A) e vertical (painel B) da mão direita e do deslocamento horizontal (painel C) e vertical (painel D) da mão esquerda, durante o protocolo incremental.

A Figura 13 representa a análise quantitativa da velocidade 2D do CM, TM e anca dos sujeitos analisados, ao longo do protocolo incremental. Relativamente à velocidade horizontal do CM, verificou-se que existe uma relação positiva e significativa entre esta variável e a cadência musical (R2 = 0.48; P < 0.01), mostrando uma tendência para a primeira aumentar com o aumento da segunda. Relativamente à velocidade vertical do segmento, os valores apresentados evidenciaram uma relação também positiva mas não significativa ao longo das cadências musicais analisadas (R2 = 0.6; P = 0.20). No que diz respeito à velocidade do TM, esta na componente horizontal, demonstrou uma relação positiva e significativa (R2 = 0.43; P < 0.01), já não

acontecendo o mesmo com a componente vertical, onde se verificou-se que a relação também é positiva mas não significativa (R2 = 0.07; P = 0.17). Relativamente aos valores da velocidade da anca, tanto a horizontal (R2 = 0.16; P = 0.03), como a vertical (R2 = 0.21; P = 0.01), apresentam relações positivas e significativas ao longo do protocolo incremental. Verificou-se uma tendência para a velocidade do segmento aumentar com o aumento da cadência musical.

A B

C D

A Figura 14 exibe a análise quantitativa da velocidade 2D dos Pés dos sujeitos estudados, ao longo do protocolo. Os valores da velocidade horizontal (R2 = 0.08; P = 0.13) demonstraram relação positiva e não significativa, acontecendo o oposto com a velocidade vertical, onde a relação é significativa nas cadências musicais analisadas (R2 = 0.35; P < 0.01). Os valores da velocidade do PéEsq demonstraram que, horizontalmente a velocidade tem uma relação positiva mas não significativa com as cadências musicais impostas, e verticalmente, uma relação positiva e significativa nas mesmas condições (horizontal: R2 = 0.10; P = 0.08; vertical: R2 = 0.36; P < 0.01).

A B

C D

Figura 14. Variação da velocidade linear horizontal (painel A) e vertical (painel B) do pé direito e da velocidade linear horizontal (painel C) e vertical (painel D) do pé esquerdo, durante o protocolo incremental.

A Figura 15 apresenta a análise quantitativa da velocidade 2D das mãos dos sujeitos estudados, ao longo do protocolo incremental. A velocidade horizontal da

MãoDir demonstrou um relação positiva e significativa entre a primeira variável e a

cadência musical (R2 = 0.47; P < 0.01), acontecendo o mesmo com a velocidade vertical (R2 = 0.27; P < 0.01), aumentando a velocidade aquando do aumento da cadência musical. Relativamente aos valores da velocidade da MãoEsq a componente horizontal evidenciou uma relação positiva e não significativa (R2 = 0.09; P = 0.10) ao longo das cadências musicais estudadas, e para a componente vertical uma relação positiva e significativa (R2 = 0.28; P < 0.01).

A B

C D

Figura 15. Variação da velocidade linear horizontal (painel A) e vertical (painel B) da mão direita e da velocidade linear horizontal (painel C) e vertical (painel D) da mão esquerda, durante o protocolo incremental.

A Figura 16 apresenta a análise quantitativa da aceleração linear 2D do CM, TM e anca dos sujeitos analisados, ao longo do protocolo incremental. No que diz respeito à aceleração do CM, a componente horizontal apresentou relação positiva e significativa entre as cadências musicais analisadas (R2 = 0.18; P = 0.02), acontecendo o mesmo com componente vertical (R2 = 0.33; P < 0.01), evidenciando uma tendência para o aumento da aceleração aquando do aumento da cadência musical. Os valores da aceleração horizontal (R2 = 0.35; P < 0.01) e vertical (R2 = 0.26; P = 0.04) do TM em cada cadência musical, apresentaram uma relação significativa e positiva. Por fim, os valores da aceleração horizontal da anca demonstraram que existe relação positiva e significativa com a cadência musical (R2 = 0.30; P < 0.01), assim como os valores da aceleração vertical do mesmo segmento (R2 = 0.16; P = 0.03).

A B

E F

Figura 16. Variação da aceleração linear horizontal (painel A) e vertical (painel B) do CM, aceleração linear horizontal (painel C) e vertical (painel D) do TM, aceleração linear horizontal (painel E) e vertical (painel F) da anca, durante o protocolo incremental.

A Figura 17 exibe a análise quantitativa da aceleração 2D dos pés, ao longo do protocolo incremental. Relativamente ao PéDir, os valores da aceleração horizontal (R2 = 0.12; P = 0.07) não apresentaram relação significativa durante o protocolo incremental, já não acontecendo o mesmo com a aceleração vertical (R2 = 0.43; P <0.01), evidenciando uma tendência para a aceleração do segmento em questão aumentar com o aumento da cadência musical. Quanto aos valores da aceleração do

PéEsq, estes demonstraram que a relação foi positiva mas não significativa, tanto para a

componente horizontal como para a componente vertical (R2 = 0.09; P = 0.11 e R2 = 0.30; P = 0.02, respectivamente).

A B

C D

Figura 17. Variação da aceleração linear horizontal (painel A) e vertical (painel B) do pé direito e da aceleração linear horizontal (painel C) e vertical (painel D) do pé esquerdo, durante o protocolo incremental.

A Figura 18 apresenta a análise quantitativa da aceleração 2D das mãos dos sujeitos estudados, ao longo do protocolo incremental. Verificou-se que a aceleração horizontal e vertical da MãoDir apresentaram relação positiva e significativa entre as cadências musicais analisadas (R2 = 0.35; P < 0.01 e R2 = 0.19; P = 0.02 respectivamente). Finalmente, a aceleração horizontal (R2 = 0.15; P = 0.03) e vertical (R2 = 0.18; P = 0.02) da MãoEsq também apresentaram relação positiva e significativa entre as diversas cadências musicais estudadas.

A B

C D

Figura 18. Variação da aceleração linear horizontal (painel A) e vertical (painel B) da mão direita e da aceleração linear horizontal (painel C) e vertical (painel D) da mão esquerda, durante o protocolo incremental.

8. DISCUSSÃO

Neste capítulo será efectuada uma justificação mais aprofundada das opções metodológicas tomadas. Ainda aqui, os resultados obtidos serão comparados e confrontados com os referenciados na literatura para esta temática e outros que se considerem pertinentes para uma sistematização dos dados verificados. Ainda assim, a literatura não apresenta um número significativo de estudos da caracterização cinemática de movimentos básicos de Hidroginástica. Assim, a frequência relativa de

O objectivo geral da presente dissertação foi associar as variações cinemáticas do movimento básico de Hidroginástica Pontapé Lateral, a diferentes cadências musicais. Como principais resultados tem-se que os sujeitos aumentam a velocidade segmentar com o aumento da cadência musical, diminuindo o P e mantendo o deslocamento segmentar.

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