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CONTRIBUIÇÃO EMPÍRICA

H 8 : Prevê-se que o estado civil dos enfermeiros está relacionado com um

5.8.1 Procedimentos do Estudo

Aquando da abordagem informal do investigador, em Novembro de 2004, à Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, com o objectivo de conhecer junto do coordenador do Curso de Complemento de Formação em Enfermagem, a possibilidade da aplicação do instrumento de colheita de dados, para o Estudo 2, foi também averiguada a possibilidade da aplicação do instrumento, mas ainda na fase de pré-teste (Estudo 1).

A referida instituição de saúde informou posteriormente o investigador do deferimento da solicitação verbal já efectuada para ambos os estudos, assim como o facto de dispensar qualquer tipo de requerimento escrito.

Assim, foi efectuado o pré-teste do instrumento de colheita de dados nessa Instituiçao. Este decorreu na presença do investigador, que após ter sido explicado aos colegas o fim a que se destinava, o contexto e os objectivos do estudo, foi também explicado que a participação era voluntária, que estava garantido o anonimato, assim como a confidencialidade dos questionários. Os enfermeiros em questão acederam então à participação de forma pronta e voluntária.

Método de reflexão falada

Durante a aplicação do pré-teste foi simultaneamente utilizado o método de reflexão falada.

Baseado numa grelha previamente elaborada para esse fim (Anexo V), permitia que o instrumento de colheita de dados fosse testado a fim de conhecer a clareza e compreensão dos diferentes itens. Essa grelha era constituida por duas partes; Uma primeira parte que permitia apontar os registos verbais e outra, os registos não verbais.

Relativamente à observação dos registos verbais, a grelha apresentava aspectos como dúvidas quanto à compreensão das perguntas, observações espontâneas que eventualmente surgissem, a eliminação de itens e o interesse do tema.

No que concerne à observação de comportamentos não verbais, a grelha apresentava aspectos como o desenho da expressão facial: de tédio ou agradável/normal e ainda a postura utilizada durante o seu preenchimento, que poderia ser desinteressada/indiferente, agradável ou de uma forma rápida para despachar.

À medida que os enfermeiros iam respondendo ao instrumento de colheita de dados, o investigador ia conjuntamente observando e registando as reacções dos inquiridos na referida grelha.

Foi observado que de uma forma geral os inquiridos praticamente não apresentaram dúvidas quanto à compreensão das perguntas efectuadas. Apenas a introdução que é apresentada antes da escala Supervisão Clínica (que se encontra na segunda parte do questionário) e da escala da Relação de Ajuda em Enfermagem (que se encontra na terceira parte do questionário), necessitaram de uma reformulação, de modo a que os enfermeiros apreendessem que as perguntas se reportavam ás suas práticas clínicas, e não ao exercício da enfermagem em geral.

Também a pergunta aberta (4.13) que se encontra na segunda parte do questionário, e que diz respeito ás características do supervisor, necessitou de uma reformulação de maneira a que os inquiridos respondessem objectivamente ao que o investigador pretendia conhecer.

Contudo, pudemos constatar que a maioria dos inquiridos preencheu o questionário de uma forma pronta, agradável, colaborante e com poucas dúvidas quanto a compreensão dos itens.

De salientar ainda que os elementos que preencheram o instrumento de colheita de dados nesta fase de pré-teste, não fizeram qualquer comentário espontâneo, nem se pronunciaram quanto à eliminação de itens ou à pertinência do tema. Não surgiu também a necessidade de eliminação ou substituição de itens, nem os inquiridos apresentaram sugestões para a sua alteração. Quando questionados acerca da opinião que possuíam em relação ao questionário, em aspectos como a dificuldade no seu preenchimento, extensão do mesmo e compreensão das perguntas, de uma forma geral, responderam que o questionário era fácil de preencher.

O tempo médio de demora no preenchimento dos questionários foi aproximadamente de 20 minutos.

A partir da aplicação deste pré-teste conjuntamente com o método de reflexão falada, foi elaborada o instrumento de colheita de dados utilizado neste estudo. Consideramos deste modo este método de grande utilidade, pela possibilidade que oferece de identificar erros, falhas e de reformular a redacção do texto, a fim de facilitar a interpretação e compreensão pretendida das perguntas.

5.8.2 Procedimentos do Estudo 2

A primeira fase dos procedimentos deste estudo decorreu em Novembro de 2004, quando informalmente foram contactados alguns professores das referidas Escolas Superiores de Enfermagem. O objectivo foi o de conhecer a viabilidade da aplicação do instrumento de colheita de dados, assim como a colaboração que poderiam disponibilizar para a aplicação do instrumento, no início ou términos de uma das suas aulas, mediante acordo prévio e autorização formal da instituição em causa.

Depois de conhecida esta viabilidade e do conhecimento informal da possível autorização da instituição, partiu-se então para uma segunda fase, que seria o pedido formal de autorização ás instituições de ensino. Neste pedido de autorização formal o requerimento foi acompanhado de um exemplar do instrumento de colheita de dados, que foi enviado por correio, apenas aos Srs.

Directores das Escolas Superiores de Enfermagem Bissaya Barreto e Ângelo da Fonseca (Anexo VI).

Durante a primeira abordagem que foi efectuada à Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, a coordenadora do Curso de Complemento de Formação depois de contactar o Sr. Director da referida instituição, informou-nos que este dispensava o pedido formal para a aplicação do instrumento, bastando para tal apenas o contacto efectuado (conforme já tínhamos referido nos procedimentos de Estudo 1).

De salientar que a Escola Superior de Saúde de Viseu também prescindiu do pedido formal para a aplicação do instrumento de colheita de dados. Nestas duas Escolas foi entregue um exemplar do instrumento de colheita de dados.

Entretanto foi necessário aguardar algum tempo pela autorização formal das outras duas instituições de ensino. Felizmente que esse tempo aguardado foi breve e as instituições de uma forma rápida deferiram os pedidos solicitados.

Em ambas as respostas escritas de deferimento, estas orientavam o investigador para ajustar com o respectivo coordenador do Curso de Complemento de Formação em Enfermagem, qual a melhor altura, em termos de horário académico, para a aplicação do questionário.

Depois de acertados estes aspectos foi finalmente aplicado o instrumento de colheita de dados no período compreendido entre 31 de Janeiro de 2005 e 16 de Maio do mesmo ano.

De salientar que o investigador apenas esteve presente durante a aplicação do instrumento de colheita de dados na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro. Antes desta aplicação o investigador apresentou-se, explicou a todos os colegas os objectivos do estudo, o carácter voluntário da participação no mesmo, assim como a garantia do anonimato e da confidencialidade dos dados.

Desta forma foi garantido um tratamento justo e equitativo a todos os sujeitos antes, durante e após a sua participação no estudo. De referir ainda que de uma forma geral os enfermeiros prontamente se disponibilizaram a participar neste estudo de investigação, o que garante um consentimento livre e esclarecido, uma vez que o facto de conhecerem o que lhes estava a ser pedido e

para que fim a informação ia ser utilizada, permitiu-lhes avaliar as consequências da sua participação.

5.9

Análise dos Dados

A análise dos dados é uma das etapas determinantes para o sucesso de um estudo, dado que permite ordenar e atribuir um significado aos dados colhidos, através do instrumento de colheita de dados utilizado pelo investigador.