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3.1 – Procedimentos Metodológicos

Esta pesquisa foi realizada no Município de Garanhuns – Pernambuco, localizado na micro-região do Agreste, a 230 Km da Capital, Recife, em duas Escolas Públicas de Ensino Médio, caracterizadas como Escola I e como Escola II, com duas professoras da disciplina de Biologia de cada Escola.

A Escola I pertence à Rede Estadual de Ensino. Essa escola oferece o Ensino Médio e funciona atualmente com 1777 (um mil setecentos e setenta e sete alunos), distribuídos em três turnos; possui 12 salas de aula, um laboratório de Informática, um laboratório de Matemática, um laboratório de Química, um laboratório de Física e um laboratório de Biologia. Possui uma quadra coberta poli-esportiva e conta com 36 (trinta e seis) professores.

A Escola II pertence à Rede Estadual de Ensino. Essa escola oferece o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, funcionando atualmente com 1700 (um mil e setecentos) alunos e 43 (quarenta e três) professores. Possui 16 (dezesseis) salas de aula, um laboratório de informática, um laboratório de Ciências, uma biblioteca e um ambulatório odontológico.

de agosto de 2003, quando ficou estabelecido um cronograma de observações, de acordo com o horário e disponibilidade de cada professora, perfazendo um total de 20 (vinte) observações, distribuídas entre as 04 (quatro) professoras, ficando um total de 05 (cinco) observações para cada uma. Segundo Minayo (2001), a importância da observação participante está no fato de podermos captar uma variedade de situações ou fenômenos que não podem ser obtidos por meio de perguntas. Sendo observada diretamente na própria realidade, permitindo chegar ao que há de mais imponderável e evasivo na vida real.

Todas as observações foram gravadas em fita cassete e depois transcritas para facilitar a análise dos dados. Essas observações ocorreram entre 26 de agosto de 2003 a 02 de dezembro de 2003, conforme o quadro l. Trata-se de uma observação participante limitada à observação, ou seja, o observador se integra ao grupo como mais um membro, mas não faz nenhuma interferência durante a observação, limitando-se apenas a ouvir e anotar algo num caderno e gravar a aula em fita cassete.

Em relação à observação participante que prioriza somente a observação, sem interferir no grupo, Minayo (2001, p.60), diz o seguinte:

A inserção do pesquisador no campo está relacionada com as diferentes situações da observação participante por ele desejada. Num pólo, temos a sua participação plena, caracterizada por um envolvimento por inteiro em todas as dimensões da vida do grupo a ser estudado. Noutro, observamos um distanciamento total de participações da vida do grupo, tendo como prioridade somente a observação.

As observações foram realizadas de acordo com o cronograma apresentado a seguir.

Quadro 1 – Cronograma das Observações

PROFESSORA MESES ANO

PROFESSORA-A AGOSTO, SETEMBRO E OUTUBRO. 2003

PROFESSORA- B SETEMBRO E OUTUBRO 2003

PROFESSORA- C SETEMBRO 2003

PROFESSORA- D SETEMBRO, OUTUBRO E DEZEMBRO 2003

Esse período se prolongou porque surgiram algumas dificuldades, entre elas, algumas paradas provocadas por greve da categoria docente, semana de jogos e palestras.

Ao término das observações, ficou acertado que ao terminarmos a análise de dados, daríamos início à entrevista a ser combinada de acordo com a disponibilidade de cada professora, uma vez que, após a identificação de determinados aspectos, poderíamos sentir a necessidade de um aprofundamento através da entrevista.

A análise de dados foi realizada nos meses de janeiro, fevereiro e março do ano de 2004.

Após a análise de dados teve início a entrevista semi-estruturada, de 26 a 29 de abril de 2004, já que, através dessa primeira compreensão, é que poderíamos identificar alguns pontos que seriam aprofundados na entrevista.

As entrevistas foram realizadas de acordo com o cronograma apresentado a seguir:

Quadro 2 – Cronograma das Entrevistas PROFESSORA DATA-MÊS-ANO PROFESSORA - A 28.04.2004 PROFESSORA - B 26.04.2004 PROFESSORA - C 29.04.2004 PROFESSORA - D 28.04.2004

No decorrer da entrevista, por necessidade de aprofundarmos mais as informações obtidas, tivemos que acrescentar mais algumas perguntas que se diferenciaram de uma professora para outra. Em relação à entrevista semi- estruturada, Alves (2002) diz que ela proporciona a coleta de informações, que não foram obtidas por meio das observações, além de nos permitir um melhor aproveitamento na exploração da análise de dados. As entrevistas semi- estruturadas realizadas tiveram esse objetivo. Permitiram também a confrontação com os dados coletados nas observações.

Em todos os casos, antes de iniciarmos a entrevista semi-estruturada, solicitamos uma leitura da aula transcrita da gravação, que serviu de objeto para a análise de dados e, ao término da leitura, pedimos que cada professora construísse um mapa conceitual da aula.

Diante da análise dos dados, surgiu a necessidade de elaborarmos um mapa conceitual sobre a contextualização, com a finalidade de estruturarmos os aspectos envolvidos nesse processo, bem como traçarmos as suas inter- relações, ocorrência e sua identificação no desenvolvimento da contextualização.

Sobre a utilização do mapa conceitual, Moreira (1986, p. 9) afirma o seguinte: “Mapeamento conceitual é uma técnica de análise que pode ser usada para ilustrar a estrutura conceitual de uma fonte de conhecimentos”.

Cada professora envolvida nesta pesquisa construiu 02 (dois) mapas conceituais: um mapa do conteúdo vivenciado na aula, que serviu de objeto de análise e um mapa sobre a contextualização. Depois de ter analisado as observações, os mapas serviram para compreendermos melhor algumas falas das professoras, quando se referiram a contextualizar os conteúdos. Portanto, serviram de subsídios para concretizarmos nossa interpretação dos dados.

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