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PROCEDIMENTOS REALIZADOS

No documento Tromboembolismo – Revisão de Literatura (páginas 70-98)

Diagrama 1 – Tríade de Virchow

4.9 PROCEDIMENTOS REALIZADOS

Os pacientes do internamento eram classificados por uma tabela de cores que possui as seguintes interpretações: códigos verdes são animais estáveis e saudáveis, que estão apenas hospedados ou aguardando a alta; animais em código azul são pacientes estáveis, que necessitam de algum tipo de tratamento e

poderiam receber alta, porém os proprietários não conseguem realizar o tratamento em casa, então estão internados até finalizar o tratamento; códigos amarelos são animais que possuem necessidade de internamento e cuidados clínicos, porém não possuem risco de morte nas próximas 24 horas; códigos vermelhos são pacientes em estado crítico e que necessitam de cuidados intensivos.

Pacientes em código vermelho não são instalados em gaiolas ou jaulas, pois dificulta a rápida ação se necessário, por exemplo em casos de paradas

cardiorrespiratórias. Estes pacientes críticos devem estar sempre em camas ou incubadoras, quando necessário.

O estagiário era responsável pelas inspeções de acessos venosos;

avaliações físicas dos animais; limpeza, inspeção de feridas e trocas de curativos; administração de medicamentos; analises de out put urinário; alimentação via sonda e demais tratamentos instituídos a cada paciente. Também foi permitido aos

uretral e nasogástrica; coleta de amostras para exames clínicos; entre outras abordagens clinicas de emergência.

As inspeções de acessos venosos eram feitas a cada 8 horas, indiferentemente do quadro clínico do animal, porém quando necessária a

intervenção antes do período de tempo instituído, como em casos de paciente com sangue no equipo; na atadura que envolvia o acesso; o mesmo era feito. A inspeção constituía de retirada total da bandagem que envolvia o acesso, e quando existia sangue no equipo era necessária a retirada de todo o adesivo que prendia o equipo ao acesso venoso, retirada de coágulo formado e do sangue e heparinização do acesso. Então era fixado novamente o equipo ao membro do animal e feita nova bandagem.

A avaliação física era dependente do estado clínico do animal, animais estáveis era realizada a cada 6 horas, sendo que animais em código vermelho era realizada conforme a necessidade, podendo ser com intervalos de minutos, até poucas horas. Era necessário que fosse avaliado frequências cardíacas e

respiratórias; pressão sistólica, diastólica e média; temperatura; estado mental; nível de dor e desconforto; e quando necessário outros parâmetros específicos para alguns pacientes como glicemia, níveis de gases sanguíneos. Cabia aos estagiários realizar o controle de temperatura dos animais, aquecendo-os e resfriando-os

quando necessário.

Animais que estavam em regime de out put urinário possuíam troca de tapete higiênico a cada 4 horas, sendo o mesmo pesado antes e após a troca. O Out put urinário é um método para mensuração da quantidade de urina eliminada pelo animal e diminuir a taxa de creatinina em animais que possuem alteração neste parametro. O paciente sempre estava sob fluidoterapia, utilizada como padrão ringer lactato com 20 meq de KC. A quantidade administrada era a quantidade de

manutenção adicionada a taxa de 5% de desidratação. Os animais sempre estavam hidratados para que fosse feita esta técnica. O cálculo utilizado no hospital era peso x 10 x 5%. Sendo que a mesma quantidade administrada deveria ser a eliminada. Quando o paciente eliminava menos do que foi recebida era readministrado bolus de fluído terapia, ou administrado furosemida ao paciente, quando a quantidade

eliminada era menor do que a recebida, a diferença era administrada durante as próximas 4 horas de avaliação.

Os estagiários eram orientados sobre o que fazer em cada caso clínico, cor e situação, e como agir em casos de paradas cardiorrespiratórias. Os atendimentos eram realizados pelos médicos veterinários clínicos e quando necessária a

internação, a mesma era repassada para os internos, sendo que os estagiários ajudavam apenas na parte ligada ao internamento.

4.10 CASUÍSTICA

*Quadro 2 – Animais exóticos foram contados apenas no número total.

SISTEMA CÃES GATOS TOTAL

Cardiaco 9 3 13* Endócrino 5 9 14 Respiratório 15 8 23 Reprodutor 17 10 27 Locomotor 23 9 32 Urinário 16 30 46 Tegumentar 7 12 19 Gastrointestinal 28 4 34* Neurológico 5 2 7 Outros 6 4 10 225 animais Fonte: o autor, 2017 4.11 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Em todos os animais recebidos primeiramente era feita uma avaliação primaria, chamada de ABCD, que é uma ordem de prioridades para procedimentos de emergência sendo as letras correspondentes a palavras em inglês, antes de internar e instituir o tratamento. Esta avaliação iniciava com as vias aéreas (letra A corresponde a airways) do paciente, onde eram verificadas possíveis obstruções das vias; se possuíam fluido ou sangue nas vias; além da verificação de ruídos

respiratórios.

Secundariamente, vinha a letra B da avaliação, que se tratava da respiração (Breathing, em inglês), onde se verificava a existência de dispneia, se fosse positiva, se era inspiratória, expiratória ou mista; presença de ortopnéia; comissuras labiais em esforço; cabeça estendida ou feridas torácicas e a simetria torácica. Após a avaliação da respiração era feita a auscultação pulmonar para mensurar a

era analisada e se fossem identificados sons que não fossem fisiologicamente dentro dos parâmetros normais era elucidado na ficha a localização, sibilos e roncos também deveriam ser notificados juntamente com sua localização na ficha.

Na terceira parte da avaliação eram analisados parâmetros relacionados a circulação (letra C, circulation), onde deveriam ser anotados frequência cardíaca; cor das mucosas; pressões média, sistólica e diastólica; temperaturas; se o pulso

periférico possuía sincronia com a frequência cardíaca, qualidade do pulso e frequência; a ausculta deveria ser feita de forma a identificar anormalidades como sibilos e roncos. Se existisse alguma hemorragia aparente, a mesma deveria ser descrita na ficha também.

Finalmente vem a análise neurológica (D se refere a disabilit, ou

incapacidade), que contempla o nível de consciência do paciente, com valor de escala de coma quando couber; pupilas; presença de reflexo pupilar, tetraparesia, paraparesia e ataxia; se o animal apresenta convulsões ou sinais de descerebelado ou descerebrado; sinal de Schift Sherrington ou síndrome de Horner; reflexos

patelares, paniculares e peri anal e se não forem presentes reflexos, em que ponto foram perdidos.

Posteriormente ao preenchimento da ficha é inserido o cateter para acesso venoso. Todas as informações são anotadas na ficha, tal qual o início da

fluidoterapia com as informações sobre o tipo de fluído, taxa instituída e hora de término da administração. A oxigenioterapia também é registrada com o método de oferecimento do oxigênio e a taxa. As amostras para analises sanguíneas eram coletadas após o preenchimento da ficha, estabilização do animal e acesso venoso, sendo que as amostras sanguíneas eram sempre coletadas da veia jugular para que nenhum possível acesso venoso fosse danificado. De forma geral as análises dos vasos sanguíneos, hematócrito, urinálise e níveis de glicose, ureia e creatinina eram requisitados.

A fluidoterapia primaria era instituída conforme a necessidade do animal, adicionados da quantidade de perdas que o paciente sofreu, sendo Ringer Lactato adicionado de 20 Meq de KCl utilizado como fluidoterapia padrão de escolha, alterado em casos necessários. Após as análises iniciais é que os pacientes eram atendidos conforme o sistema ao qual pertenciam as suspeitas clínicas.

Nos casos dos animais que eram recebidos em caráter de emergência, era priorizado a estabilização do paciente e o fornecimento da oxigenioterapia, para então ser feita a ficha inicial do animal. Em casos específicos de pacientes que eram recebidos com para cardiorrespiratória era então feita a passagem do traqueotubo para fornecimento de oxigenioterapia ou ventilação mecânica se necessário.

Evitava-se a manipulação excessiva da cabeça do animal, e nunca era manipulada de forma que a cabeça do animal fosse levantada. Juntamente com a entubação do animal eram feitos a massagem cardíaca, compressão abdominal para garantir o retorno venoso adequado para os órgãos principais e acesso venoso rápido para administração de medicamentos emergênciais.

As drogas utilizadas na reanimação eram avaliadas por outro profissional que não estivesse ajudando na reanimação. A reanimação durava o tempo necessário para o animal voltar aos batimentos cardíacos próprios ou ao proprietário desistir da intervenção de reanimação. Quando o animal sobrevivia a reanimação eram

administrados analgésicos potentes pela dor consequente as manobras realizadas. O animal era cuidadosemente assistido e monitorado.

4.13 SISTEMA GASTROINTESTINAL

Vários animais foram atendidos por doenças gastroentéricas durante o período do estágio. A maioria deles respondia bem a terapia de suporte, sendo que vários casos eram originados através de ingestão de corpos estranhos. Quando existia esta suspeita os animais eram submetidos a radiografia contrastada quando não havia suspeita de ruptura de nenhum órgão e eram administrados

medicamentos para facilitar a expulsão pelo trato gastrointestinal. Apenas em um caso foi necessária a intervenção cirúrgica após ser constatado que o objeto era pontiagudo e o animal corria riscos de ruptura de algum segmento do intestino. O paciente era um cão filhote que ficou hospitalizado até completa recuperação e recebeu alta.

Foram recebidos dois animais exóticos com problemas gastroentéricos durante a realização do estágio. Uma galinha com suspeita de ruptura de papo, que veio a óbito mesmo após a intervenção e também um porquinho da índia com

histórico de troca de ração e suspeita de impactação gástrica. Mesmo após a intervenção clínica ele acabou vindo a óbito também.

Nos animais que não se alimentavam pelo período de 12 horas era sempre introduzida uma sonda nasogástrica, por onde o animal era alimentado em horários fixos com alimentação especial. As necessidades calóricas dos animais eram

calculadas e administradas até que o paciente demonstrasse interesse pelo alimento novamente, a partir do momento em que o paciente se alimentasse por conta própria a sonda era retirada e a alimentação monitorada.

4.14 SISTEMA CARDÍACO

Os pacientes recebidos com suspeitas de patologias cardíacas tinham os parâmetros e ausculta cardíacas realizados minunciosamente e submetidos a radiografia quando necessário para avaliar possíveis acúmulos de líquidos em alguma cavidade e analise da silhueta e dimensões do coração. Era instituído um tratamento inicial para a sintomatologia do paciente e quando se chegava ao diagnóstico definitivo, eram feitas mudanças se necessário no plano de tratamento inicial.

Pacientes com doença cardíaca previamente identificados que davam entrada com descompensação eram de forma geral classificados como código vermelho. Os animais eram medicados para estabilização do quadro clínico conforme suas

necessidades e monitorados intensamente. Um dos casos atendidos se tratava de um doente cardíaco com histórico antigo, sendo sua patologia cardíaca

diagnosticada no hospital após um episódio de descompensação grave. Este paciente comparecia cerca de uma vez ao mês ao hospital para drenar o liquido produzido em consequência de uma insuficiência cardíaca grave, diagnosticada e tratada.

4.15 SISTEMA RESPIRATÓRIO

A casuística de afecções do sistema respiratório foi consideravelmente baixa durante o período de estágio, sendo que a patologia mais comum deste sistema era secundaria a traumas (como quedas e atropelamentos) e edemas pulmonares ligados a descompensação de pacientes cardíacos.

Quando se suspeitava de doença do trato respiratório os pacientes eram submetidos a cuidadosa auscultação pulmonar para identificar a localização primária do problema, posteriormente o paciente passava por exame de radiografia para visualização dos pulmões e diagnóstico definitivo. Após o diagnóstico definitivo eram então instituídos os tratamentos corretos para cada paciente e o acompanhamento da evolução clínica era feito com radiografias comparatórias. Quando a doença respiratória era secundaria a alguma outra patologia eram realizados os tratamentos as afecções primarias e consequentemente ocorria a melhora clínica do sistema respiratório.

4.16 SISTEMA ENDÓCRINO

Poucos pacientes foram recebidos com problemas relacionados a este sistema durante o período de realização do estágio, sendo a casuística ligada a descompensação de pacientes diabéticos, alterações de níveis glicêmicos e suspeitas de síndrome de cushing em pacientes já internados.

Os pacientes com descompensação diabética tinham seus níveis de glicose acompanhados a cada 1 hora e administração de insulina quando necessário até os níveis de glicose se tornarem normalizados, além e adequação da dieta para evitar possíveis descompensações futuras.

Um dos pacientes tratados pelos estagiários e médicos veterinários

residentes era uma gata que pertencia ao hospital, sendo que esta já era bastante idosa e possuía diagnóstico de hipertireoidismo a um longo tempo. Ela recebia tratamento diário com a administração de medicamentos sempre no mesmo horário, tendo seu acompanhamento feito periodicamente pelos profissionais do próprio hospital.

4.17 SISTEMA LOCOMOTOR

Dentro do sistema locomotor a maioria dos pacientes recebidos possuíam fraturas derivados de vários tipos de situações. O restante da casuística deste sistema eram lacerações, mordeduras e um caso de síndrome compartimental de membros.

Após a avaliação inicial, padrão em todos os pacientes, quando existia suspeita de acometimento deste sistema, todos eram sempre recebidos e

medicados com analgésicos para facilitar o manejo e diminuir o desconforto. Eram sempre feitas radiografias pré-operatórias e após a correção cirúrgica, quando necessária intervenção, era realizada a radiografia pós-cirúrgica com o animal ainda sob efeito da anestesia.

Em alguns casos, os animais eram recebidos com feridas severamente contaminadas, estes passavam por tratamento clínico para diminuição da infecção para que então fossem submetidos à cirurgia e possuíssem melhores chances de sucesso no pós-operatório.

Nos pacientes que não possuíam necessidade de intervenção cirúrgica era feito o tratamento antibacteriano, analgésico e cuidados com a ferida. Em casos de feridas contaminadas era muito utilizado o curativo com açúcar cristal, que era trocado de 2 em 2 horas, onde era feita a lavagem minuciosa da ferida, secagem e aplicado o açúcar cristal em abundancia em uma gase e envolto por atadura para manter o açúcar no local e evitar que o paciente tivesse acesso.

4.18 SISTEMA URINÁRIO

Pacientes com suspeita de patologias de sistema urinário eram submetidos as análises clínicas de urinálise e análise de função renal, além de hemograma e

análise de gases sanguíneos. Quando os resultados obtidos demonstravam níveis de creatinina alta o animal era submetido ao out put urinário como tentativa de diminuição dos níveis alterados. A palpação abdominal era feita rotineiramente nessas suspeitas para analisar a repleção da bexiga, nível de dor do paciente e identificação de possíveis anormalidades. Pacientes com insuficiências renais eram estimulados através da fluidoterapia e análises diárias das funções renais até que fossem totalmente estabilizados seus quadros clínicos.

Diversos pacientes felinos foram internados com obstrução urinária durante o período de estágio. De forma geral os gatos apresentam mais chances de cálculos e obstruções urinárias, principalmente durante o inverno por ingerirem menos

quantidade de água e possuírem uma uretra de menor diâmetro, sendo os machos desta espécie muito mais acometidos pela extensão maior da uretra. Inicialmente era feita a palpação abdominal era para identificação da repleção da bexiga. Quando

a mesma encontrava-se repleta e o animal não conseguia urinar eram administrados analgésicos que possuíam campo de ação no sistema urinário para facilitar a

desobstrução além da monitoração de produção urinária através do out put. Se mesmo após a analgesia o paciente não conseguia expelir o cálculo que estava obstruindo a passagem então era feita a sondagem uretral e lavagem vesical. Após a lavagem abundante a sonda era retirada e a produção e capacidade de urinar do paciente eram monitoradas.

4.19 SISTEMA REPRODUTOR

No sistema reprodutor os casos recebidos eram em geral fêmeas com dificuldades no parto ou piometras. Estes pacientes recebiam atendimento clínico primário e depois eram submetidas a intervenção cirúrgica. Após o procedimento cirúrgico os cuidados pós-operatórios ficavam ao cargo do internamento.

Foi atendido o paciente Max, Golden Retriever, de 3 anos, com aumento de próstata e testículos. Como suspeita inicial foi dado tumor testicular e indicada a orquiectomia terapêutica, porém o proprietário se recusou a realizar e o animal ficou hospitalizado. Durante a hospitalização o animal recebeu medicação analgésica e o tumor testicular ulcerou e foi tratado como ferida aberta, até que o proprietário autorizou a orquiectomia terapêutica. Após a cirurgia o animal ficou hospitalizado durante duas semanas para recuperação total e retirada dos pontos e recebeu alta com melhora visível.

O restante dos pacientes recebidos relacionados a este sistema foram apenas submetidos a procedimentos de esterilização, considerados procedimentos de rotina, e os animais recebiam alta após a total recuperação da anestesia.

4.20 SISTEMA TEGUMENTAR

As origens das afecções deste sistema eram diversas, sendo as dermatites as mais comuns. Por estar localizado em uma região endêmica da “lagarta do pinheiro” eram recebidos pacientes com desenvolvimento de dermatites por contato, mas destes apenas uma passou do atendimento clínico para o internamento por possuir histórico de contato com a lagarta e o desenvolvimento clínico severo como

consequente, que incluíam edema sublingual e de glote. A paciente ficou internada sob observação e ganhou a alta no dia seguinte ao do internamento.

Outras causas de dermatite também foram recebidas, sendo as mais graves encaminhadas para o internamento e as mais leves tendo recomendação de

tratamento em casa pelos proprietários. Dentre as recebidas no internamento a maioria era em decorrência de dermatite de contato ou feridas por algum acidente. Alguns animais desenvolviam problemas cutâneos em decorrência do tempo de repouso prolongado e decúbito, incontinência urinária, etc. os mesmos eram tratados com medicações que acelerassem a cicatrização, limpezas frequentes e monitoramento.

Vários animais eram hospitalizados para o tratamento de otites pelo fato dos proprietários não conseguirem realizar o tratamento em casa. Esses pacientes ficavam internados até a cura total do quadro clínico e recebiam alta.

4.21 SISTEMA NERVOSO

A casuística do sistema nervoso era variada, todos os animais eram analisados segundo a ficha inicial para identificar qualquer suspeita de lesão nervosa, se houvesse alguma suspeita de lesão nervosa então eram feitos os exames físicos mais detalhados para descobrir qual a porção nervosa lesada.

Nenhum caso grave foi recebido e nenhuma cirurgia neurológica foi realizada durante o período do estágio, sendo optado sempre pelo tratamento clínico e

acupuntura nesses pacientes. Dentro dos casos recebidos haviam alguns casos de ataxia de membros, uma paralisia de membro pélvico em um felino, que

posteriormente foi diagnosticada como tromboembolismo, um caso de neospora em um cão com tratamento clínico e um caso de síndrome de Wobler em um cão da raça dog alemão, de 8 anos, que possuía outros sistemas acometidos e os proprietários optaram pela eutanásia do animal.

4.22 OUTROS SISTEMAS

Alguns pacientes eram recebidos com acometimentos de outros sistemas como problemas oculares, entre outros. Porém a casuística destes casos era escassa pois os atendimentos clínicos que não geravam internamentos eram

tratados pelos médicos veterinários que atendiam nos consultórios, desta forma os estagiários tinham pouco contato com estes pacientes. Porém alguns dos pacientes possuíam problemas oftálmicos que eram tratados secundariamente durante a internação.

Foi atendida uma paciente fêmea, bulldog que possuía ulcera de córnea e os proprietários não conseguiam realizar o tratamento em casa, então mesmo com a alta autorizada o animal permaneceu no hospital até completa resolução do problema.

REFERÊNCIAS

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