• Nenhum resultado encontrado

Processamento do sinal.

No documento Curso de Home Studio-Apostila (páginas 62-78)

É sempre melhor deixarmos para processar os sons gravados

somente na etapa da mixagem. É nesta fase que ambientamos as vozes e os instrumentos.

Por isso, é mais seguro dosarmos os efeitos entre os sons quando já estão todos gravados, podendo ser ouvidos ao mesmo tempo. Ao gravar cada som, só a captação e o armazenamento são definitivos.

O processamento, nessa fase inicial, é momentâneo, apenas para dar uma noção parcial de como será o resultado final. Assim, mesmo ao gravar cada som, podemos processar todos eles à vontade, já que esse

processamento não é definitivo.

Alguns efeitos de certos instrumentos, especialmente processadores de timbre, como distorcedores de guitarra, podem e devem ser gravados com seus instrumentos.

Mas processadores de ambiente, também chamados processadores

temporais, como reverber e eco (delay), assim como os processadores de dinâmica, como compressor e limitador, tendem a ser melhor regulados quando já podemos ouvir todo o arranjo.

De todos os processadores de som, os mais necessários à mixagem são o reverberador, o compressor e o equalizador. Usamos cada um deles por razões distintas, mas os três são mais importantes que outros

processadores de efeitos, como o chorus, o flanger ou até mesmo o delay. Gravando em várias pistas simultaneamente instrumentos acústicos por vários microfones numa sala, como os tambores e os pratos de uma

bateria, são necessários também diversos noise gates inseridos em todos

esses canais, por causa dos vasamentos sonoros entre os canais.

Reverber

Com o reverber, aliado aos controles de volume e de pan, criamos no ouvinte a sensação de diferentes posições no espaço para os diferentes sons gravados. Atuando no terreno da psicoacústica, cada reverberador pode criar a sensação de uma diferente sala, dando maior ou menor profundidade e enriquecendo o colorido dos timbres.

Se quisermos criar a ilusão de uma mesma sala em vários canais, podemos usar um mesmo reverberador, dosando a intensidade do efeito em cada canal pelo seu controle auxiliar. Um instrumento que soe mais ao

fundo poderá ter maior intensidade de reverberação, deixando os sons da frente mais secos.

Sons de mais baixas freqüências (graves), como bumbo e baixo, tendem a

soar “embolados”com tempos de reverberação mais longos ou com muita

intensidade do reverberador.

Podemos usar um mesmo processador para adicionar um efeito a vários sons simultaneamente, mesmo com intensidades diferenciadas desse efeito. Para isso, usamos os canais auxiliares da mesa de som. O que pouca gente sabe é que podemos posicionar esse efeito sobre os vários sons de acordo com as posições desses sons no espaço estéreo (esquerdo- direito).

Nos trabalhos desenvolvidos em muitos estúdios, é comum ouvirmos os sons de vozes e instrumentos espalhados pelo campo estéreo, com os efeitos embolados em torno do centro.

Para realizarmos uma mixagem mais clara, com melhor definição dos sons, o ideal, de modo geral, é que cada efeito seja ouvido em torno do som que ele afeta. Isto é perfeitamente

possível se usamos um processador de efeitos dual ou duplo e uma mesa

Quando usamos reverberação estéreo em mesas analógicas, devemos atentar para as mandadas de efeito. Essas mesas têm mandadas auxiliares mono e retornos estéreo.

Para posicionar a reverberação de cada canal de acordo com o ajuste do controle de pan para o instrumento ou a voz, temos que usar dois canais auxiliares, um para enviar o som para a entrada esquerda e outro para a entrada direita do reverberador. De acordo com a posição do pan de cada canal mono, os dois auxiliares são posicionados de maneiras distintas.

O primeiro auxiliar manda o som da esquerda da mesa para a esquerda do reverber. O segundo manda o som da direita do panorama estéreo para a direita do processador. Dosando diferentemente o sinal de cada canal nos dois botões auxiliares, fazemos coincidir a posição do pan da fonte sonora com a posição de sua reverberação, mandando mais som pra esquerda ou pra direita com os dois botões.

Dois canais estéreo na mesa, um com o pan todo pra esquerda e o outro todo pra direita, neste caso, usarão, cada um, um diferente botão auxiliar. O canal esquerdo usará o primeiro auxiliar, deixando o segundo todo

fechado, e o canal direito fará o oposto. Assim, no retorno do reverber à mesa, as posições espaciais originais dos sons são mantidas no efeito. Como a quase totalidade das mesas dos home studios tem o

endereçamento mono para os processadores de efeitos, o senso comum indica a conexão mono. Os primeiros processadores de efeitos estéreo eram constituídos de um único processador interno.

Neste caso, era justificado o envio do sinal mono da mesa para o efeito. Porém, hoje, a grande maioria dos modelos de efeitos é integrada por dois processadores, o esquerdo e o direito.

São os chamados dual processors. Embora as mesas continuem a ser fabricadas com a “mandada” mono, veremos adiante uma maneira simples e prática de aproveitarmos os recursos do processamento estéreo.

Aula 27°

SENDmono e RETURN estéreo

. Tipicamente, para usarmos um processador de efeitos, como um

reverberador, nos canais da mesa de som, conectamos a saída AUX SEND

como suas saídas OUTPUT LEFT e RIGHT são conectadas às entradas AUX  RETURN LEFT e RIGHT da mesa.

Controlamos a intensidade do efeito em cada canal da mesa através do botão AUXILIARdo canal. Por exemplo, se temos uma voz no canal 1, um

violão no canal 2 e um baixo no canal 3 e queremos adicionar

reverberação, primeiro ligamos o reverberador aos conectores AUX 

SEND 1 e AUX RETURN 1. Se desejamos muita reverberação na voz, pouca

no violão e nenhuma no baixo, giramos bastante o botão AUXILIAR 1do canal 1, movemos moderadamente o AUXILIAR 1do canal 2 e deixamos

fechado o AUXILIAR 1do canal 3.

Endereçamento básico: SEND mono e RETURN estéreo

No processador, o nível de entrada (botãoINPUT ) é ajustado de acordo

com o LED, deixando entrar sinal o suficiente para não distorcer, o que é avisado pela luz vermelha. Os demais níveis (MIX ou intensidade e

OUTPUT ou saída) são ajustados ao máximo. Assim, com o processador

emitindo apenas efeitos, controlamos na mesa o nível do som no fader 

(botão deslizante de volume) e o nível de seu efeito no respectivo botão auxiliar.

Uma segunda conexão auxiliar ( AUXILIAR 2) normalmente serve para

ligarmos outro processador de efeitos para ser usado sobre os mesmos canais da mesa. Ligado ao AUXILIAR 2, umchorus poderia afetar o baixo e

o violão em intensidades diferentes, bastando girar os botões AUXILIAR 2

dos respectivos canais nos níveis adequados.

Nesta ligação, a “mandada” de efeitos ( AUX SEND) é mono e o retorno

( AUX RETURN) é estéreo. Na verdade, em praticamente todas as pequenas mesas analógicas, só o retorno auxiliar é estéreo, composto de duas

entradas, esquerda e direita. A “mandada” équase sempre mono,

composta de um único conector AUX SENDque envia o som a uma das entradas do processador (a entrada mono, de acordo com o manual). Com isso, temos uma limitação no processamento: embora o efeito estéreo seja ouvido, “girando” em torno do centro ou se alternando à esquerda e

à direita, os sons dos instrumentos e vozes podem estar um tanto

deslocados em relação aos seus efeitos. Por exemplo, o violão pode estar com o pan um pouco para a esquerda, mas sua reverberação ficar

oscilando em torno do centro auditivo, à esquerda e à direita.

Embora essa ligação permita a audição estereofônica dos efeitos, esta é umaestereofonia pela metade. Não basta o efeito girar no campo estéreo, recurso obtido através da ligação de dois cabos das saídas do efeito às conexões AUX RETURN LEFT e RIGHT .

É preciso que cada efeito acompanhe as posições dos instrumentos na mixagem estéreo.

Com a mandada mono e a volta estéreo, não conseguimos posicionar os efeitos em relação ao panorama estéreo dos sons.

Aula 28°

“Mandada” estéreo nas mesas com SENDmono.

Conseguimos atingir o objetivoligando duas “mandadas” auxiliares às

entradas estéreo do processador de efeitos.

Conectamos, por exemplo, o AUX SEND 1da mesa ao INPUT LEFT 

(esquerdo) e o AUX SEND 2ao INPUT RIGHT (direito) do efeito.

Controlamos a intensidade do efeito, como sempre, no botão AUXILIARde

cada canal da mesa. Só que, agora, usamos dois botões auxiliares (1 e 2) em cada canal, o primeiro para dosar o efeito à esquerda e o segundo à direita.

Dois SENDs mono enviados para as entradas estéreo; a volta usa um par estéreo de RETURNs

Se, em nosso exemplo, o pan do canal da voz está na posição central,

ouvimos a voz no centro. É natural querermos a reverberação em torno do centro. Basta abrir os botões auxiliares 1 e 2 do canal da voz em níveis idênticos. Mas, se o violão está com o botão pan virado um pouco para a esquerda, e queremos que a reverberação acompanhe a posição espacial do violão, abrimos mais o botão auxiliar 1 do que o auxiliar 2 no canal do violão.

Isto fará com que mais sinal do violão entre pela esquerda do que pela direita do efeito. O efeito, igualmente, sairá mais forte pela esquerda, soando ao mesmo tempo em torno do violão (à esquerda) e da voz (ao centro). Para adicionar o efeito a um som que esteja mais para a direita, giramos o botão auxiliar 2 com mais nível que o auxiliar 1. O efeito

também soará mais à direita. O mesmo processador de efeitos, desta forma, atua na voz, no violão e em quaisquer sons, respeitando suas posições no panorama estéreo.

No canal 1, com o PAN no centro, os auxiliares 1 e 2 têm a mesma

intensidade; no canal 2, com o PAN mais à esquerda, o auxiliar 1 tem mais nível que o 2; no terceiro canal, o PAN para a direita demanda um nível mais alto no auxiliar 2 do que no 1.

Mesmo usando duas “mandadas” auxiliares ( AUX SEND1 e 2), o efeito

retorna com dois cabos para um mesmo par de retornos (p/ ex., AUX  RETURN 1 LEFT e AUX RETURN 1 RIGHT ). O outro par de retornos

auxiliares, no caso, fica vago, disponível para a conexão de um outro equipamento estéreo à mesa.

Com estas conexões, o ouvido determina, em cada canal, a quantidade de efeito que dosaremos para a esquerda e para a direita. Podemos

experimentar efeitos especiais, como uma guitarra tocando de um lado e o seu eco respondendo do outro. Com os sons dos efeitos mais

perceptíveis, por estarem posicionados corretamente, a mixagem se torna mais clara e a criatividade do produtor corre mais solta.

Lembre-se: na maioria das aplicações, reverberador não é pra criar

efeitos, mas antes de tudo para criar a ambiência que sons armazenados a seco nunca teriam sem ele. Exagerada, a reverberação dilui os sons,

tirando a sua presença e inteligibilidade. A exceção é para o uso da reverberação como efeito especial, onde terá intensidade maior que a normal.

Com maior quantidade de aparelhos conectados aos canais auxiliares, podemos usar distintas programações de reverberação, ajudando a realçar cada instrumento.

Aula 29° Compressor.

O mais importante processador de dinâmica reduz a variação de intensidade (volume) ao longo de uma pista gravada. Com isso, os exageros de interpretação (ou mesmo de captação) são atenuados, permitindo-nos aumentar o volume de todo o trecho sem causar distorções no som. Em outras palavras, ajuda a manter o volume constante.

Variações excessivas de dinâmica não permitem uma boa audição dos trechos musicais com baixos níveis de sinal. No áudio digital,

convencionou-se que o limite máximo de volume é zero dB. Ultrapassar essa marca é acrescentar um ruído (clip) insuportável que inutiliza todo

o trabalho. O compressor segura os picos de volume próximo a esses limites enquanto aumenta os trechos de menor intensidade para que fiquem mais audíveis.

Ao mesmo tempo, alguns instrumentistas e vocalistas interpretam suas partes com um rigor nem sempre igual ao pretendido pelo arranjador ou pelo regente. Na mixagem, isto pode soar como se o músico tocasse movimentando-se para a frente e para trás. Para “segurar” ossons na

mixagem, dosamos com cuidado o limiar (threshold ) e a taxa (ratio) de

compressão.

Comprimidos os picos de volume, podemos nivelar o canal num plano mais definido. Assim, podemos “levar” o cantor para a frente sem que

pareça que ele às vezes se esconde atrás da bateria ou do baixo.

Para comprimirmos vários canais, usamos um compressor para cada canal. Ele se conecta através do insert do canal. Conforme o caso, a gravação mixada em estéreo também pode ter sua dinâmica atenuada por um

compressor estéreo, conectado aos dois inserts dos canais máster de saída

da mesa.

Aula 30° Equalizador.

Durante a mixagem, os sons de certas fontes podem ter sua presença ofuscada por outros. O reforço de certas frequências em um ou a atenuação no outro podem garantir a sonoridade do arranjo. Com o equalizador do canal da mesa ou outro inserido nele, de

preferência um paramétrico, podemos atingir timbres mais próximos do ideal.

Ocupamos assim, com mais equilíbrio, o espectro de freqüências audíveis. Contudo, quanto mais alteramos o timbre pelo EQ, mais artificial fica o som, pela deformação das ondas sonoras. Representação de diversas faixas de freqüências

É preciso poupar os sons do excesso de equalização artificial, especialmente através de uma boa captação. Sons naturais bem

microfonados e bem armazenados tendem a reduzir a necessidade do uso do EQ.

A acentuação das altas freqüências pode dar mais transparência,enquanto nas médias acentuamos a inteligibilidade e nas baixas (graves) reforçamos o peso do som.

Sempre que possível, deixamos a equalização para a mixagem, quando podemos mexer nos timbres levando em conta todos os sons gravados.

Aula 31° Noise gate.

Na gravação multipista simultânea de vários instrumentos ou vozes

através de vários microfones, são inevitáveis os vazamentos dos sons dos instrumentos entre os diversos canais. Na mixagem, fica difícil controlar cada som, já que ele aparece em vários canais ao mesmo tempo. O noise gate é o recurso usado para amenizar esse problema.

Bem regulado o nível do limiar de atuação, o gate corta os sons de nível abaixo deste ponto, de modo a que o canal só soe quando o instrumento está atuando e silencie com as pausas, não reproduzindo os sons vazados. Isto é, o canal soa ou não soa. Serve apenas para eliminar os vazamentos durante as pausas (silêncio) do instrumento ou voz que realmente

pertence ao canal. Quando o instrumento está tocando, os sons vazados não são atenuados pelo noise gate.

Usamos um gate para cada canal captado por microfone.

Ideal para cortar vazamentos de sinais que se alternam, como as peças da bateria e as percussões, o gate, não tem tanta eficácia para corrigir erros de captação. Na falta de um isolamento e um tratamento acústico,

evitamos ruídos de fundo na hora de gravar fechando portas e janelas, desligando ventiladores e ar condicionado, posicionando corretamente músicos, instrumentos e microfones e, sempre que possível, gravando uma fonte sonora por vez.

O noise gate é conectado a cada canal pelo insert. Muitos compressores contêm um ou dois gates incorporados. Podemos usar cada um em

separado ou os dois recursos ao mesmo tempo.

Aula 32°

Mixagem de pistas de áudio.

Se primeiro tentamos construir uma “imagem” dos sons em nossa mente,

com suas posições no espaço auditivo, é válido rabiscarmos essas posições no papel. Isto servirá de roteiro para que não percamos de vista nossas intenções durante o longo processo da mixagem de uma música. Agora só resta controlar a mesa até que o som corresponda a essa imagem

Para nivelar e processar os sons, posicionando-os no campo estéreo esquerdo/direito, agimos em etapas semelhantes à construção de uma casa: primeiro os alicerces, depois a estrutura, com colunas e vigas, em seguida as paredes, lajes, acabamento e por último a decoração. Em música, isso corresponde aos instrumentos percussivos e o baixo

(estrutura),instrumentos da base harmônica como o violão, a guitarra ou o piano (paredes e lajes), solos e efeitos (acabamento), deixando as vozes e instrumentos solistas para o final.

Evitamos excessos reduzindo níveis em vez de aumentá-los, sempre que isso forpossível. Exemplos: se precisamos de médios, tentamos primeiro abaixar graves e agudos; se a voz está baixa, abaixamos os demais sons em vez de aumentá-la. Evitamos assim uma mixagem muito saturada. Se dois instrumentos “brigarem” pela mesma faixa de f reqüências,

experimentamos afastar um do outro pelos controles de pan. Podemos também realçar freqüências mais altas de um e mais baixas do outro. Convém nessa hora conferir como soa esta mixagem em modo mono, para ouvirmos se os dois instrumentos não estão se cancelando.

Se for o caso, invertemos a polaridade de um dos canais, usando o botão

 phase (fase), caso exista na mesa, ou um cabo com as ligações invertidas.

Nos programas como o Sonar ou o Sound Forge, esta inversão é bem simples.

Panorama estéreo natural de uma bateria . Se a mesa dispuser de subgrupos de canais, podemos agrupar aqueles canais que temos que aumentar ou abaixar coletivamente, como a bateria, seções

instrumentais (“naipes”), vozes ou toda a base instrumental. Ao enviar o som de um canal para um subgrupo, tire-o do máster e envie apenas o subgrupo ao máster.

Verificamos sempre os indicadores luminosos ou LEDs dos canais de

entrada, subgrupos e máster, para evitar distorções, assim como os LEDs do gravador.

Se formos alterar o volume de um canal durante a música e não

dispusermos de automação, é útil colar uma pequena fita adesiva de papel paralelamente ao fader, logo ao lado deste, para marcar a lápis as

posições botão que vão se alternar. Assim, saberemos mover o fader até o ponto exato, adiantando o serviço.

A automação é a solução ideal para quando temos que fazer muitas

alterações de volume, já que em vez de anotarmos esses volumes nas fitas adesivas e movermos os faders manualmente, um computador “anota” as

posições e seus momentos, além de mover os controles automaticamente.

Gravando o áudio num HD de computador através de um programa e usando a mesa externa, podemos aproveitar também a mesa virtual do software para automatizar as alterações. O som sempre chegará à mesa real já com as mudanças feitas pela mesa virtual.

Se não formos usar fontes externas na mixagem, como efeitos e

sintetizadores “físicos” ou “reais”, poderemos mixar tudo dentro do

computador.

Ajustamos os sons dos canais na mesa virtual do programa, selecionamos todas as pistas e mandamos o programa criar um arquivo de som estéreo, que levará em conta todos os ajustes feitos na mixagem. Esse arquivo estéreo será depois copiado ou convertido para qualquer formato.

Mixando numa mesa analógica, podemos gravar o resultado em uma pista estéreo do próprio programa de computador. Depois, convertemos essa gravação estéreo para um arquivo WAV (PC) ou AIFF (Mac), que poderá ser copiada em seguida para um CD ou qualquer outro meio.

Aula 33° Automação.

O controle das pistas de áudio é tradicionalmente feito na mesa, com auxílio dos processadores. Nas mesas automáticas podemos gravar nossos movimentos no computador ou na própria mesa, conforme o modelo. Automatizar a operação da mesa na mixagem é muito útil, já que temos que repetir a música inúmeras vezes em busca do equilíbrio ideal entre os sons.

Muitos deles têm que ser alterados na mesa em tempo real, como quando um cantor se afasta do microfone num trecho, o que nos obriga a

aumentar o volume do seu canal toda vez que passamos por aquele trecho da música. Outro exemplo é quando queremos fazer variar a

dinâmica de um fundo orquestral. Sem a automação, só nos resta mover os faders desses e de outros canais todas as dezenas ou centenas de vezes em que repetirmos a execução da música.

O áudio gravado no HD do computador pode ser mixado nas mesas virtuais dos diversos programas de gravação multipista. Ali registramos comandos que são automatizados.

Podemos operar os controles de todos os canais com o mouse, ou usar uma superfície de controle. Mixar tudo através do mouse pode ser tarefa um tanto exaustiva.

Aula 34° Finalização.

Refazemos a mixagem quantas vezes forem necessárias até atingirmos a sonoridade mais próxima da ideal em todos os momentos da música. Gravamos a música mixada em estéreo, podendo gravar várias vezes, a fim de escolhermos a melhor versão durante a masterização.

Experimentamos diversas mixagens, como a voz mais alta ou mais baixa. Após um intervalo, selecionamos a versão ideal para ser masterizada. Remixamos omaterial quando é necessário, aproveitando a

disponibilidade de tempo no estúdio caseiro.

Devemos ouvir o resultado em todos os equipamentos de áudio possíveis,

No documento Curso de Home Studio-Apostila (páginas 62-78)

Documentos relacionados