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32 do professor no ambiente escolar é essencial, especialmente quando os alunos veem o professor como

científicos e pedagógicos, deixando em questão sua formação e competências No que diz respeito às características do professor de educação física, existem estudos sobre o que

32 do professor no ambiente escolar é essencial, especialmente quando os alunos veem o professor como

uma referência (EXTREMERA; RUIZ-JUAN, 2016).

Aelterman et al., (2016) indicam uma série de diretrizes orientadas na educação que norteiam os professores de educação física durante o processo de ensino-aprendizagem, como: evoluir do simples para o complexo; Aprender jogando; Alcançar um aprendizado significativo; Individualização; Adequação de materiais e padrões; Atitude de paciência e clima favorável; Breve informação e muita prática; Promoção do conhecimento de resultados internos, entre outros.

Além das diretrizes orientadas para a educação que norteiam o desempenho dos professores, o professor possui outras ferramentas, que não aparecem explicitamente em seu cotidiano, mas são levadas em consideração para facilitar o processo de aula, tais como a motivação e participação em grupo, e alguns exemplos de recursos de ensino são: lidar com a linguagem verbal ou não verbal, gestual, visual e auditiva, usando todos os meios de informação para facilitar o aprendizado e a relação aluno-professor (AELTERMAN et al., 2016).

Desta forma, para o professor de educação física, quando este faz um planejamento das atividades, ou seja, como cada atividade será vinculada, do trabalho individual ao grupo e que elas estão relacionadas ao conteúdo que está sendo ensinado, pode-se obter otimização no processo de ensino-aprendizagem. Neste diapasão, ressalta-se que o professor de educação física pode incentivar os alunos, se envolver e participar com eles, dando exemplos, atividades dinâmicas e de interesse dos alunos, usando diferentes materiais tradicionais e não tradicionais (FERNANDES; VASCONCELOS-RAPOSO, 2005).

É absolutamente necessário que o professor tenha uma boa capacidade técnica e de aplicação, uma vez que esses dois pontos no momento de um exercício ou na própria aula facilitam a explicação e motivam os alunos a realizar o exercício, com a demonstração de qualquer conteúdo complexo, simplificando para os alunos, tornando os objetivos muito mais claros (GUIMARÃES, 2005).

Um ponto importante quanto à concepção profissional é a vocação que o professor de educação física deve possuir, pois anda de mãos dadas com a atitude e o desejo exercidos nas aulas e a criatividade na criação de novos exercícios.

Logo, as atitudes profissionais são determinadas pelo comportamento do professor, se o professor apresentar atitudes positivas ou negativas, elas influenciarão o interesse e a resposta dos alunos na aula de educação física. Portanto, o professor que apresenta atitudes positivas (justas, abrangentes, não autoritárias) é valorizado e aceito pelo grupo de alunos, assim como aquele que apresenta atitudes mais valorizadas (gentis e agradáveis). Os alunos destacam professores especialistas na área, demonstrando maior satisfação em relação ao professor (GUIMARÃES, 2005); (SILVA et al., 2007)

Um bom ensino é alcançado quando os professores estão envolvidos como pessoas na tarefa, com todas as suas habilidades e valores. Caso contrário, eles não alcançariam uma inter-relação empática com seus alunos, o que torna a tarefa de ensino insubstituível.

4. TRAÇOS DE PERSONALIDADE

Traços de personalidade são todas aquelas ações, valores, tendências que definem as pessoas, algumas de uma maneira mais transcendental que outras, mas sempre com o mesmo significado de contribuir para a personalidade dos sujeitos e até não apenas dos indivíduos, mas também grupos sociais, etários e culturais (TAYLOR et al., 2008). Segundo Taylor et al., (2008) existem diferentes tipos de classificação de traços de personalidade, sendo eles: traços comuns, traços centrais, traços secundários e traços de origem.

 Características comuns: são aquelas que definem uma cultura, qualidades que geralmente são

repetidas em um país ou grupo;

 Traços centrais: entende-se por eles, aqueles que definem a personalidade, traços que nomear

cinco ou seis deles podem definir uma pessoa, por exemplo: ser sociável, dominante, honesto, alegre, inteligente e otimista.

 Traços secundários: esses traços são definidos como aqueles que não têm um impacto completo

na personalidade do indivíduo, mas contribuem para isso, são tendências ou gostos para certas coisas ou situações, por exemplo: preferências alimentares, opiniões políticas, gosto musical.

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 Traços de origem: também chamados de origem, são aqueles com os quais nasce e que geralmente

não podem ser alterados, dão tendências nas ações das pessoas, como exemplo uma pessoa imaginativa geralmente tende a ser inovadora, criativa, original e engenhosa, dentre outros. Logo, os traços são componentes que, quando reunidos, formam o comportamento da pessoa.

O componente físico é importante, é vital que o professor tenha presença, desejo e aptidão física para realizar o trabalho, uma vez que essas atitudes motivam o desempenho dentro da sala de aula, sendo também de grande relevância para a profissão uma atitude “jovem” em relação às aulas e aos alunos (MINELLI et al.,2010.

5. ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA

Medina et al., (1983) apontam que as características morais devem ser uma parte importante do professor, uma vez que o ensino deve ser abrangente, ou seja, a ética profissional deve estar sempre presente no ensino e no trabalho do professor. Conti (2015) menciona que a ética como a força que move o homem no cumprimento de seus deveres, ou seja, auxilia no cotidiano do trabalho, na intensidade de como a classe deve ser conduzida e considera todas as prós e contras para fazer o trabalho de uma maneira melhor e mais profissional.

Quanto aos parâmetros psicomorais, é necessário ter uma visão do significado do senso de justiça e dignidade, ou seja, a imparcialidade do professor em relação aos alunos, uma vez que não pode haver preferências dentro de um grupo de curso devido às características ou condições físicas do aluno ou por seu comportamento dentro da classe, ou seja, desenvolvendo habilidades em todos, apesar de suas diferenças, que garantam qualidade na aprendizagem (CONTI, 2015).

6. AUTODETERMINAÇÃO

A teoria da autodeterminação (DECI; RYAN, 1985) aborda o grau em que a motivação para as atividades é considerada, isto é, o grau de auto-envolvimento e o quão variados serão os níveis dessa autodeterminação que influenciam a seleção de ações e geram resultados motivacionais desejados. De acordo com Deci e Ryan (1985), as necessidades psicológicas inatas da autonomia do ser humano e sua competência que sustentam a motivação autodeterminada estão relacionadas com a crença do indivíduo de que pode interagir eficazmente com o ambiente e pode buscar desenvolver relacionamentos seguros e conectados com outras pessoas. Ou seja, a extensão dessas necessidades mediadoras é atendida pelo que está disponível no contexto social, e estas necessidades influenciam a motivação adotada pelo indivíduo considerada como autodeterminada.

Com base nos princípios teóricos da autodeterminação, essas diferentes auto-regulamentações são dimensionadas para formar um continuum que varia de níveis altos e baixos de autodeterminação e pode ser amplamente classificada como motivação intrínseca, regulação integrada, regulação introjetada, regulação externa e amotivação. Além disso, a teoria da autodeterminação prevê a personalidade do indivíduo e a motivação humana com a predisposição inata para aprendizagem e, que “o ambiente pode favorecer ou diminuir essa tendência frente às três necessidades psicológicas básicas e universais: a autonomia, a competência e a necessidade de estabelecer vínculos sociais” (DECI; RYAN, 1985: 43) No ápice da autodeterminação do continuum está a motivação intrínseca e esta se refere à comportamentos altamente autônomos, comprometidos com os sentimentos de diversão, prazer e sastisfação que decorrem da participação em uma atividade. Embora pesquisas anteriores tenham estudado os determinantes e as consequências da motivação intrínseca a partir de uma abordagem unidimensional, tais como Vallerand et al., (1997), outras pesquisas adotaram uma perspectiva multidimensional, tais como Pelletier et al., (2007), por exemplo, que propuseram uma taxonomia tripartida de motivação intrínseca, consistindo, primeiro, a motivação intrínseca ao conhecimento que se trata de um envolvimento em uma atividade para que se sinta prazer, satisfação ao aprender, explorar e tentar entender algo novo. Segundo, a motivação intríseca em direção à realizações, isto é, com a participação em uma atividade pela satisfação e prazer experimentados ao tentar dominar tarefas ou na criação de algo novo. A motivação intrínseca para experimentar a estimulação, que se trata do envolvimento em uma atividade para sentimentos sensoriais de prazer, diversão, emoção e prazer estético.

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