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Considerando as diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais e educacionais dos discentes, em especial dos ingressantes, a Universidade Vale do Rio Doce – Univale disponibiliza por meio do Espaço A3 – Apoio ao Aluno, o Programa de Aprimoramento Acadêmico – PAA instituído desde 2007 com o objetivo de proporcionar-lhes um estudo mais particularizado dos conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática Básica. Está pautado no ensino híbrido, com a interação de encontros presenciais e nas metodologias de Educação a Distância (EaD) via internet, visando ampliar as possibilidades de acesso do estudante que necessita de usufruir desse benefício oferecido pela instituição.

As aulas de nivelamento do Programa de Aprimoramento Acadêmico (PAA), ligado ao Espaço A3, são oferecidas ao longo do semestre em horário extraclasse,

181 por professores com o apoio e a supervisão dos coordenadores de curso e do coordenador do setor de gestão pedagógica, utilizando do Ambiente virtual de Aprendizagem desenhando a modalidade híbrida para a sua oferta.

Além de tais ações, há na Universidade Vale do Rio Doce – Univale o Espaço Integrador das Engenharias - ELO que se constitui em um ambiente de formação de estudantes e de formação docente que visa ampliar a inserção das Engenharias, além de ser um espaço de fomento das discussões sobre a formação do engenheiro na comunidade valadarense e na região. A atenção ao ensino tem como elemento desencadeador a análise dos resultados do ENADE e demais avaliações do curso, bem como, a preocupação com as lacunas em conhecimentos básicos de matemática dos estudantes que chegam à universidade, o que dificulta o satisfatório desempenho na trajetória acadêmica de tais estudantes. Nesse sentido, o ELO tem como objetivo produzir materiais pedagógicos e alternativas metodológicas, bem como, realizar oficinas, cursos, minicursos, entre outros momentos articuladores visando o processo ensino-aprendizagem.

No Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética acontece o monitoramento dos discentes através das reuniões com os docentes – conselho acadêmico - ao final de cada etapa do período letivo, em que são feitos relatórios mediante cada descrição geral e individual dos professores a respeito de cada turma. Ao detectar as lacunas na aprendizagem a coordenação e o NDE propõe ações junto ao Espaço A3, Gepe e Asgrad para intervir com o discente ou docente quando necessário, como, encaminhamento a monitorias estudante/estudante, incentivo à participação em programas de nivelamento, inserção em grupos de estudos da própria turma com o objetivo de melhorar a apreensão dos conteúdos, o relacionamento e o vínculo com os docentes e colegas de classe. Casos especiais são encaminhados ao Espaço A3 e acompanhados também pelo curso.

13.4 ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS OU COM MOBILIDADE REDUZIDA

A Universidade é porta de entrada dos que desejam acesso ao conhecimento, é espaço de trânsito da diversidade. Considerando os estudantes com necessidades especiais que ingressam no processo seletivo em busca de uma profissão, torna-se necessário que a inclusão se faça a partir da experiência, da convivência e do reconhecimento das diferenças.

182 A construção de um espaço inclusivo na educação superior, e em qualquer nível, se dá por meio da participação de pessoas com necessidades especiais em sala de aula e noutros espaços acadêmicos geradores de conhecimento e convivência.

Sobre o ingresso de estudantes com necessidades educacionais especiais nos cursos superiores, Sekkel (2003) aponta a necessidade de um ambiente inclusivo fundado no compromisso com os valores humanos e articulado coletivamente, com a participação efetiva dos docentes, os quais também precisam se sentir incluídos mediante este novo desafio, que prescinde a reinvenção do fazer docente com práticas educacionais includentes.

Entende-se que, conforme a lei brasileira da inclusão, 13.146 de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) é no cotidiano da Universidade que se dá o encontro com as diferenças e consequentemente as discussões acerca da inclusão e acessibilidade de estudantes com deficiência no ensino superior.

Nesse contexto, a Universidade Vale do Rio Doce - Univale tem procurado observar os principais dispositivos legais e normativos que enfatizam a educação de qualidade para todos, especialmente, o disposto na Constituição Federal de 1988, em seus Artigos 205, 206 e 208 e na legislação vigente, especialmente na Lei n° 10.098/2000, nos Decretos n° 3.956/2001, nº 5.296/2004, n° 6.949/2009, nº 7.234/2010, n° 7.611/2011, e nas Portarias nº 2.678/2002 e n° 3.284/2003.

Observa-se, ainda a Lei n. 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que estabelece as Diretrizes Nacionais para o atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista, por meio de atendimento no Espaço A3 – Apoio ao Aluno e orientação do corpo docente.

Além disso, os projetos pedagógicos dos cursos contemplam a disciplina de Libras na estrutura curricular, como obrigatória nos cursos de formação de professores e como optativa em todos os outros cursos da educação superior, conforme Decreto nº 5.626/2005 e Lei nº 10.436/2002.

Reconhecendo que o papel social da educação superior, atualmente, envolve ultrapassar os limites do compromisso tradicional com a produção e a disseminação do conhecimento e cumprindo seu papel de instituição socialmente responsável, a Universidade Vale do Rio Doce - Univale tem efetivado ações de inclusão educacional e de acessibilidade para atender a diversidade dos seus estudantes. A Educação Inclusiva assegura não só o acesso do estudante com necessidades especiais à educação superior, mas também promove condições plenas de participação e de aprendizagem a todos os estudantes, tendo em vista o direito de todos à educação e

183 à igualdade de oportunidades de acesso e permanência bem-sucedida, respeitando as limitações orçamentárias da instituição.

A fim de consolidar a Inclusão de estudantes com necessidades especiais da Universidade Vale do Rio Doce – Univale, estudos, discussões e análises problematizadoras são realizados, em torno das ações includentes, visando atender tanto a formação do docente numa perspectiva do educar na diversidade, bem como atender ao estudante com necessidade especial, em sua demanda específica.

O serviço de educação inclusiva, do Espaço A3 – Apoio ao Aluno, o qual desempenha ações a fim de que o estudante com necessidades especiais seja acompanhando por meio do Plano de Desenvolvimento Individual para estudantes com Necessidade Especial (PID/NE) compreende que a inclusão de estudantes no ensino superior, exige um novo olhar sobre o fazer docente, que implica em ações interdisciplinares e contextualizadas, alinhadas a uma metodologia personalizada e com práticas inovadoras.

O Plano Individual de Desenvolvimento para estudantes com necessidades especiais - PID/NE, se constitui num instrumento utilizado para adaptar e adequar as práticas pedagógicas e currículo educacional às necessidades dos estudantes com necessidades especiais, sendo amparado pela legislação (Lei das diretrizes e bases da educação-Lei 9394/96).

A inclusão, na universidade, em sentido mais amplo, precisa ser compreendida como um processo por meio do qual todos os acadêmicos apreendem e participam. Nela, pretende-se dar segmento às construções de cidadania, servindo como modelo social e criando culturas que celebrem a diversidade, de modo inclusivo, livres de discriminação e preconceito.