CAPÍTULO 2 REVISÃO DE LITERATURA
2.9 PROGRAMA DE EXERCÍCIO MULTIMODAL
Na literatura são vários os estudos que evidenciam que o risco de queda diminui quando aplicamos um programa de exercício multimodal (Cadore, Pinto, Bottaro, & Izquierdo, 2014; Kovács, Sztruhár, Karóczi, Korpos, & Gondos, 2013; Labra, Pinheiro, Maseda, Lorenzo, & Millan-Calenti, 2015; Shubert, 2011). No estudo desenvolvido por Gudlaugsson et al. (2012) os autores concluíram que o exercício multimodal permite melhorar os níveis de aptidão física funcional e a capacidade funcional dos idosos. Também Patil et al. (2015) verificaram melhorias na aptidão física funcional ao aplicar um programa de exercício desta natureza a idosas entre os 70 e os 80 anos de idade.
33 O treino aeróbio induz adaptações centrais e periféricas que melhoram a função cardiovascular, e a capacidade dos músculos esqueléticos gerar energia através do metabolismo oxidativo (Cadore et al., 2014). Através deste treino é possível contrariar o declínio da capacidade cardiorrespiratória e melhorar os parâmetros funcionais como a marcha e o equilíbrio (Cadore et al., 2013; Zhuang et al., 2014). Adicionalmente, Donath, Fraud, Roth & Zanher (2014) afirmam que a combinação do treino aeróbio com o resistido é mais eficaz, comparativamente quando cada um destes é implementado de forma isolada.
Para além da componente cardiovascular e da força, o equilíbrio também deve ser privilegiado em programas de exercício multimodal (Ciolac, 2013; Tiedemann et al., 2013). Contudo quando aplicamos apenas o treino do equilíbrio este não é capaz de induzir alterações tão significativas (Cadore et al., 2013). O mesmo autor defende que esta capacidade deverá ser estimulada de duas formas, estática e dinâmica, onde serão privilegiadas caminhadas sobre diferentes superfícies, permanecer num só apoio, realizar exercícios de transferência de peso e também exercícios adaptados de Tai Chi. Também são recomendados exercícios de flexibilidade para a manutenção da amplitude de movimentos necessários à realização das atividades de vida diária e atividades físicas (Ciolac, 2013). No sentido de aumentar ou manter esta capacidade são recomendados 10 minutos por dia deste tipo de treino, pelo menos 2 vezes por semana (Nelson et al., 2007).
No estudo conduzido por Locks et al. (2012) foi observado que seis semanas de treino de flexibilidade apresentam benefícios na funcionalidade dos idosos. Também na revisão sistemática desenvolvida por Stathokostas, Little, Vandervoort & Paterson (2012) concluíram que em idosos este treino aumenta a amplitude articular em várias articulações e melhora a independência.
Quanto às alterações cognitivas nos idosos, estas apresentam uma elevada prevalência a nível mundial (Guo, Tsai, Liao, Tu, & Huang, 2014) sendo também um dos fatores intrínsecos que contribui para a ocorrência de quedas (Muir, Gopaul, & Odasso, 2012). Estas alterações para além de estarem associadas a uma diminuição da cognição global e da função executiva, também contribuem para a deterioração da capacidade de realizar atividades da vida diária (Uemura et al., 2014). Idosos que apresentam alterações cognitivas e/ou demência evidenciam uma maior predisposição para experienciarem quedas, comparativamente com idosos que apresentam uma cognição normal (Bridenbaugh & Kressig, 2015).
34 Na opinião de Nouchi et al. (2012) o treino multimodal apresenta benefícios na melhoria da capacidade cognitiva, mostrando-se mais eficiente que um programa de exercício com apenas uma componente. Por conseguinte, minimizar o risco de queda de idosos com alterações cognitivas e prevenir o mesmo em idosos que não manifestam qualquer tipo de degeneração cognitiva, passa pela implementação de programas de exercício físico multimodal (Guo et al., 2014), visto que estes interligam a componente cognitiva ao exercício.
Da mesma forma, alguns declínios cognitivos específicos, como flexibilidade e rapidez no raciocínio, coordenação de tarefas simultâneas e tempo de reação são evidentes com o avanço da idade (Falkenstein & Sommer, 2006). O tempo de reação do idoso amplia- se, particularmente pelo facto de avaliar a capacidade de um indivíduo de responder com rapidez aos eventos ambientais, envolvendo fatores como a perceção e a interpretação do estímulo e a programação e execução de uma resposta motora. Por sua vez, a velocidade de reação diminui com o envelhecimento e a lentidão torna-se significativa, pois afeta a maneira pela qual se executam tarefas funcionais diárias (Gonçalves, et al., 2014).
De salientar que o tempo de reação é especialmente importante pois à medida que o tempo entre perceber uma situação e responder a ela se torna maior, o idoso tende a revelar menor capacidade de resposta perante uma situação da vida diária, por exemplo, um desequilíbrio, aumentando, assim, o risco de sofrer uma queda.
Assim, deverão ser incluídas tarefas que estimulam o tempo/velocidade de reação, recorrendo a estímulo visuais, auditivos e táteis, em programas de exercício junto da população idosa.
2.10 REFERÊNCIAS
Aagaard, P., Suetta, C., Caserotti, P., Magnusson, S., & Kjaer, M. (2010). Role of the nervous system in sarcopenia and muscle atrophy with aging: strength training as a countermeasure. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports,
20(1), 49-64. doi: 10.1111/j.1600-0838.2009.01084.x
ACSM. (2011). Complete Guide to Fitness & Health: Human Kinetics.
Al-Aama, T. (2011). Falls in the elderly spectrum and prevention. Canadian Family
Physician, 57(7), 771-776.
Al-Yahya, E., Dawes, H., Smith, L., Dennis, A., Howells, K., & Cockburn, J. (2011). Cognitive motor interference while walking: a systematic review and meta-
35 analysis. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 35(3), 715-728. doi: 10.1016/j.neubiorev.2010.08.008
Albert, S., King, J., Boudreau, R., Prasad, T., Lin, C., & Newman, A. (2014). Primary prevention of falls: effectiveness of a statewide program. American Journal of
Public Health, 104(5), 77-84. doi: 10.2105/AJPH.2013.301829
Almeida, L., Valença, G., Negreiros, N., Pinto, E., & Oliveira-Filho, J. (2014). Recurrent falls in people with parkinson’s disease without cognitive impairment: focusing on modifiable risk factors. Parkinson’s Disease, 1-8. doi: 10.1155/2014/432924
Alvarez, K., Kirchner, S., Chu, S., Smith, S., Winnick-Baskin, W., & Mielenz, T. (2015). Falls Reduction and Exercise Training in an Assisted Living Population.
Journal of Aging Research, 2015, 957598. doi: 10.1155/2015/957598
Amar, K., Stack, E., Fitton, C., Ashburn, A., & Roberts, H. (2015). Fall frequency, predicting falls and participating in falls research: similarities among people with Parkinson's disease with and without cognitive impairment. Parkinsonism
and Related Disorders, 21(1), 55-60. doi: 10.1016/j.parkreldis.2014.11.001
Ambrose, A., Paul, G., & Hausdorff, J. (2013). Risk factors for falls among older adults: a review of the literature. Maturitas, 75(1), 51-61. doi: 10.1016/j.maturitas.2013.02.009
Arends, S., Hofman, M., Kamsma, Y., van der Veer, E., Houtman, P., Kallenberg, C., . . . Brouwer, E. (2013). Daily physical activity in ankylosing spondylitis: validity and reliability of the IPAQ and SQUASH and the relation with clinical assessments. Arthritis Research & Theraphy, 15(4), 1-10. doi: 10.1186/ar4279 Areosa, S., Araújo, C., Cardoso, C., & Moreira, E. (2012). Envelhecimento: relações
pessoais e familiares. BarBarói: Revista do Departamento de Ciências Humanas
e do Departamento de Psicologia, 36(especial), 120-132. doi:10.17058/barbaroi.v0i36.2931
Arnold, A., Newman, A., Cushman, M., Ding, J., & Kritchevsky, S. (2010). Body weight dynamics and their association with physical function and mortality in older adults: the Cardiovascular Health Study. Journals of Gerontology Series
A: Biological Sciences and Medical Sciences, 65(1), 63-70. doi:
36 Baptista, F., Silva, A., Santos, D., Mota, J., Santos, R., Vale, S., . . . Moreira, H. (2011).
Livro Verde da Atividade Física (Vol. 1). Lisboa: Instituto do Desporto de
Portugal, I.P.
Barbanti, V. (1979). Teoria e prática do treinamento desportivo: Edgar Blücher.
Baumgartner, R., Koehler, K., Gallagher, D., Romero, L., Heymsfield, S., Ross, R., . . . Lindeman, R. (1998). Epidemiology of sarcopenia among the elderly in New Mexico. American Journal of Epidemiology, 147(8), 755-763.
Beavers, K., Beavers, D., Houston, D., Harris, T., Hue, T., Koster, A., . . . Nicklas, B. (2013). Associations between body composition and gait-speed decline: results from the health, aging, and body composition study. The American Journal of
Clinical Nutrition, 97(3), 552-560. doi: 10.3945/ajcn.112.047860
Bennie, J., Chau, J., van der Ploeg, H., Stamatakis, E., Do, A., & Bauman, A. (2013). The prevalence and correlates of sitting in European adults-a comparison of 32 Eurobarometer-participating countries. International Journal Behavioral
Nutrition Physical Activity, 10(1), 1-13. doi: 10.1186/1479-5868-10-107
Berg, K. (1989). Measuring balance in the elderly: preliminary development of an instrument. Physiotherapy Canada, 41(6), 304-311.
Berg, K., Wood-Dauphinee, S., & Williams, J. I. (1995). The Balance Scale: reliability assessment with elderly residents and patients with an acute stroke.
Scandinavian Journal of Rehabilitation Medicine, 27(1), 27-36.
Bergman, R., Stefanovski, D., Buchanan, T., Sumner, A., Reynolds, J., Sebring, N., . . . Watanabe, R. (2011). A better index of body adiposity. Obesity, 19(5), 1083- 1089. doi: 10.1038/oby.2011.38
Berry, S., & Miller, R. (2008). Falls: epidemiology, pathophysiology, and relationship to fracture. Current Osteoporosis Reports, 6(4), 149-154. doi: 10.1007/s11914- 008-0026-4
Bessesen, D. H. (2008). Update on obesity. The Journal of Clinical Endocrinology and
Metabolism, 93(6), 2027-2034. doi: 10.1210/jc.2008-0520
Bissoli, L., Fantin, F., Di Francesco, V., Fontana, G., Zivelonghi, A., Zoico, E., . . . Zamboni, M. (2007). Longitudinal body composition changes in old men and women: interrelationships with worsening disability. The Journals of
37
Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 62(12), 1375-
1381.
Bjorntorp, P. (1997). Body fat distribution, insulin resistance, and metabolic diseases.
Nutrition, 13(9), 795-803.
Boirie, Y. (2009). Physiopathological mechanism of sarcopenia. The Journal of
Nutrition, Health & Aging, 13(8), 717-723. doi: 10.1007/s12603-009-0203-x
Boyle, N., Naganathan, V., & Cumming, R. (2010). Medication and falls: risk and optimization. Clinics in Geriatric Medicine, 26(4), 583-605. doi: 10.1016/j.cger.2010.06.007
Brach, J., & VanSwearingen, J. (2002). Physical impairment and disability: relationship to performance of activities of daily living in community-dwelling older men.
Physical Therapy, 82(8), 752-761.
Bradley, S. (2011). Falls in older adults. Mount Sinai Journal of Medicine: A Journal of
Translational and Personalized Medicine, 78(4), 590-595. doi: 10.1002/msj.20280
Breda, J. (2003). Fundamentos de alimentação, nutrição e dietética (1ª ed.). Coimbra: Mar da palavra.
Bridenbaugh, S., & Kressig, R. (2015). Motor cognitive dual tasking: early detection of gait impairment, fall risk and cognitive decline. Zeitschrift für Gerontologie und
Geriatrie, 48(1), 15-21. doi: 10.1007/s00391-014-0845-0
Brill, P., Macera, C., Davis, D., Blair, S., & Gordon, N. (2000). Muscular strength and physical function. Medicine and Science in Sports and Exercise, 32(2), 412-416. doi: 10.1097/00005768-200002000-00023
Brito, J., Bicho, I., Ramos, L., Ricardo, N., & Fernandes, R. (2013). Aptidão funcional, equilíbrio e ocorrência de quedas em idosos. Revista da Unidade de
Investigação do Instituto Politécnico de Santarém, 1(1), 247-259.
Cabral, A., Magalhães, I., Borba-Pinheiro, C., Rocha, O., Figueiredo, N., & Dantas, E. (2014). Body composition and functional autonomy of older adult women after a resistance training program. Journal of Research Fundamental Care Online,
38 Cadore, E., Pinto, R., Bottaro, M., & Izquierdo, M. (2014). Strength and endurance training prescription in healthy and frail elderly. Aging and Disease, 5(3), 183- 195. doi: 10.14336/AD.2014.0500183
Cadore, E., Rodríguez-Mañas, L., Sinclair, A., & Izquierdo, M. (2013). Effects of different exercise interventions on risk of falls, gait ability, and balance in physically frail older adults: a systematic review. Rejuvenation Research, 16(2), 105-114. doi: 10.1089/rej.2012.1397
Cancela, D. (2007). O processo de envelhecimento. (Trabalho realizado no estágio de complemento ao diploma de licenciatura em Psicologia), Universidade Lusíada do Porto, Portugal.
Cardão, S. (2009). O idoso institucionalizado. Lisboa: Coisas de Ler.
CDC. (2008). Preventing falls: How to develop community-based fall prevention
programs for older adults (Vol. 13). Georgia.
Chodzko-Zajko, W., Proctor, D., Fiatarone Singh, M., Minson, C., Nigg, C., Salem, G., & Skinner, J. (2009). American College of Sports Medicine position stand. Exercise and physical activity for older adults. Medicine and Science in Sports
and Exercise, 41(7), 1510-1530. doi: 10.1249/MSS.0b013e3181a0c95c
Choquette, S., Bouchard, D., Doyon, C., Senechal, M., Brochu, M., & Dionne, I. (2010). Relative strength as a determinant of mobility in elders 67-84 years of age. a nuage study: nutrition as a determinant of successful aging. The Journal
of Nutrition, Health & Aging, 14(3), 190-195. doi: 10.1007/s12603-010-0047-4
Ciolac, E. (2013). Exercise training as a preventive tool for age-related disorders: a brief review. Clinics, 68(5), 710-717. doi: 10.6061/clinics/2013(05)20
Clark, B., & Manini, T. (2008). Sarcopenia dynapenia. The Journals of Gerontology
Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 63(8), 829-834. doi:
10.1093/gerona/63.8.829
Cooper, C., Dere, W., Evans, W., Kanis, J., Rizzoli, R., Sayer, A., . . . Reginster, J. (2012). Frailty and sarcopenia: definitions and outcome parameters.
Osteoporosis International 23(7), 1839-1848. doi: 10.1007/s00198-012-1913-1
Craig, C., Marshall, A., Sjöström, M., Bauman, A., Booth, M., Ainsworth, B., . . . Sallis, J. (2003). Physical Activity Questionnaire (IPAQ): 12-country reliability and validity. Medicine & Science in Sports & Exercise, 35(8), 1381-1395.
39 Cruz-Jentoft, A., Baeyens, J. P., Bauer, J., Boirie, Y., Cederholm, T., Landi, F., . . . Zamboni, M. (2010). Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis: Report of the European Working Group on Sarcopenia in Older People. Age and Ageing, 39(4), 412-423. doi: 10.1093/ageing/afq034
Cruz-Jentoft, A., & Landi, F. (2014). Sarcopenia. Clinical Medicine, 14(2), 183-186. doi: 10.7861/clinmedicine.14-2-183
Cusi, K. (2010). The role of adipose tissue and lipotoxicity in the pathogenesis of type 2 diabetes. Current Diabetes Reports, 10(4), 306-315. doi: 10.1007/s11892-010- 0122-6
Despres, J., & Lemieux, I. (2006). Abdominal obesity and metabolic syndrome. Nature,
444(7121), 881-887. doi: 10.1038/nature05488
Despres, J., Moorjani, S., Lupien, P., Tremblay, A., Nadeau, A., & Bouchard, C. (1990). Regional distribution of body fat, plasma lipoproteins, and cardiovascular disease. Arteriosclerosis, 10(4), 497-511. doi: 10.1161/01.ATV.10.4.497
Doherty, T. (2003). Aging and sarcopenia. Journal of Applied Physiology, 95(4), 1717- 1727. doi: 10.1152/japplphysiol.00347.2003
Donath, L., Faude, O., Roth, R., & Zahner, L. (2014). Effects of stair‐ climbing on balance, gait, strength, resting heart rate, and submaximal endurance in healthy seniors. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 24(2), e93- e101. doi: 10.1111/sms.12113
Dumith, S., Hallal, P., Reis, R., & Kohl, H. (2011). Worldwide prevalence of physical inactivity and its association with human development index in 76 countries.
Preventive Medicine, 53(1), 24-28. doi: 10.1016/j.ypmed.2011.02.017
Dutil, M., Handrigan, G. A., Corbeil, P., Cantin, V., Simoneau, M., Teasdale, N., & Hue, O. (2013). The impact of obesity on balance control in community- dwelling older women. Age (Dordr), 35(3), 883-890. doi: 10.1007/s11357-012- 9386-x
EC. (2014). Special Eurobarometer 412 "Sport and physical activity". doi: 10.2766/73002
Emilio, E., Hita-Contreras, F., Jiménez-Lara, P., Latorre-Román, P., & Martínez-Amat, A. (2014). The association of flexibility, balance, and lumbar strength with
40 balance ability: risk of falls in older adults. Journal of Sports Science &
Medicine, 13(2), 349-357.
Falkenstein, M., & Sommer, S. (2006). Os benefícios do tempo. Viver mente & cérebro,
São Paulo: Duetto, 160, 26-31.
Ferreira, J. (2004). Influência do exercício físico programado nos níveis de IL-2 e IL-6
salivares, numa população de idosos. (Licenciatura em Educação Física),
Universidade de Coimbra: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Portugal.
Ferreira, L., do Amaral, T., Marucci Mde, F., Nascimento, L., Lebrao, M., & Duarte, Y. (2011). Undernutrition as a major risk factor for death among older Brazilian adults in the community-dwelling setting: SABE survey. Nutrition, 27(10), 1017-1022. doi: 10.1016/j.nut.2010.11.008
Ferry, M., Alix, E., Brocker, P., Constans, T., Lesourd, B., & Mischlich, D. (2004). A
nutrição da pessoa idosa: aspectos fundamentais, clínicos e psicossociais (2ª
ed.). Loures: Lusociência.
Flegal, K., Kit, B., Orpana, H., & Graubard, B. (2013). Association of all-cause mortality with overweight and obesity using standard body mass index categories: a systematic review and meta-analysis. Jama, 309(1), 71-82. doi: 10.1001/jama.2012.113905
Freiberger, E., Kemmler, W., Siegrist, M., & Sieber, C. (2016). Frailty and exercise interventions : Evidence and barriers for exercise programs. Zeitschrift fur
Gerontologie und Geriatrie, 49(7), 606-611. doi: 10.1007/s00391-016-1134-x
Gomes, E., Marques, A., Leal, M., & Barros, B. (2014). Factors associated with the danger of accidental falls among institutionalized elderly individuals: an integrative review. Ciencia & Saúde Coletiva, 19(8), 3543-3551.
Gonçalves, D., Altermann, C., Vieira, A., Machado, A., Fernandes, R., Oliveira, A., & Mello-Carpes, P. (2014). Avaliação das funções cognitivas, qualidade de sono, tempo de reação e risco de quedas em idosos institucionalizados. Estudos
Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, 19(1), 95-108.
Gonçalves, F., & Mourão, P. (2008). A Avaliação da Composição Corporal: A Medição de Pregas Adiposas como Técnica para a Avaliação da Composição Corporal (Vol. 4, pp. 13-21): Motricidade.
41 Granacher, U., Muehlbauer, T., & Gruber, M. (2012). A qualitative review of balance and strength performance in healthy older adults: impact for testing and training.
Journal of Aging Research, 2012, 1-16. doi: 10.1155/2012/708905
Gschwind, Y., Kressig, R., Lacroix, A., Muehlbauer, T., Pfenninger, B., & Granacher, U. (2013). A best practice fall prevention exercise program to improve balance, strength/power, and psychosocial health in older adults: study protocol for a randomized controlled trial. BMC Geriatrics, 13(1), 105-117. doi: 10.1186/1471-2318-13-105
Gudlaugsson, J., Gudnason, V., Aspelund, T., Siggeirsdottir, K., Olafsdottir, A. S., Jonsson, P. V., . . . Johannsson, E. (2012). Effects of a 6-month multimodal training intervention on retention of functional fitness in older adults: a randomized-controlled cross-over design. The International Journal of
Behavioral Nutrition and Physical Activity, 9, 107. doi: 10.1186/1479-5868-9-
107
Guedes, D., & Guedes, J. (1995). Exercício físico na promoção da saúde: Midiograf. Guo, J., Tsai, Y., Liao, J., Tu, H., & Huang, C. (2014). Interventions to reduce the
number of falls among older adults with/without cognitive impairment: an exploratory meta-analysis. International Journal Geriatric Psychiatry, 29(7), 661-669. doi: 10.1002/gps.4056
Guzman, A., Lacampuenga, P., & Lagunsad, A. (2015). Examining the structural relationship of physical activity, cognition, fear of falling, and mobility limitation of filipino in nursing homes. Educational Gerontology, 41(7), 527- 542. doi: 10.1080/03601277.2014.986398
Hamilton, G., McDonald, C., & Chenier, T. (1992). Measurement of grip strength: validity and reliability of the sphygmomanometer and jamar grip dynamometer.
Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, 16(5), 215-219.
Hartikainen, S., Lönnroos, E., & Louhivuori, K. (2007). Medication as a risk factor for falls: critical systematic review. The Journals of Gerontology Series A:
Biological Sciences and Medical Sciences, 62(10), 1172-1181. doi:
10.1093/gerona/62.10.1172
Heyward, V. (1996). Evaluation of body composition. Current issues. Sports Medicine,
42 Heyward, V., & Wagner, D. (2004). Applied body composition assessment (Second
Edition ed.). Champaign: Human Kinetics.
HHS. (2008). Physical Activity Guidelines for Americans: Be active, healthy, and
happy! Washington, D.C.: US Department of Health & Human Services.
Hogrel, J. (2015). Grip strength measured by high precision dynamometry in healthy subjects from 5 to 80 years. BMC Musculoskeletal Disorders, 16(1), 139-149. doi: 10.1186/s12891-015-0612-4
Houston, D., Stevens, J., & Cai, J. (2005). Abdominal fat distribution and functional limitations and disability in a biracial cohort: the atherosclerosis risk in communities study. International Journal of Obesity, 29(12), 1457-1463. doi: 10.1038/sj.ijo.0803043
Howley, E. (2001). Type of activity: resistance, aerobic and leisure versus occupational physical activity. Medicine & Science in Sports & Exercise, 33(6 Suppl), S364- 369; discussion S419-420. doi: 10.1097/00005768-200106001-00005
Hughes, S., Leith, K., Marquez, D., Moni, G.-., Nguyen, H., Desai, P., & Jones, D. (2011). Physical activity and older adults: expert consensus for a new research agenda. The Gerontologist, 51(6), 822-832. doi: 10.1093/geront/gnr106
Hughes, V., Frontera, W., Wood, M., Evans, W., Dallal, G., Roubenoff, R., & Fiatarone Singh, M. (2001). Longitudinal muscle strength changes in older adults: influence of muscle mass, physical activity, and health. Journals of Gerontology
Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 56(5), B209-B217. doi:
10.1093/gerona/56.5.B209
Hughes, V., Roubenoff, R., Wood, M., Frontera, W., Evans, W., & Singh, M. (2004). Anthropometric assessment of 10-y changes in body composition in the elderly.
The American Journal of Clinical Nutrition, 80(2), 475-482.
IDF. (2006). The International Diabetes Federation consensus worldwide definition of
the metabolic syndrome. Bélgica: IDF.
IPAQ. (2005). Guidelines for data processing and analysis of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ)–short and long forms. Retrieved September, 17, 1-15.
43 Jansen, F., Prins, R., Etman, A., van der Ploeg, H., de Vries, S., van Lenthe, F., & Pierik, F. (2015). Physical activity in non-frail and frail older adults. PLoS One,
10(4), 1-15. doi: 10.1371/journal.pone.0123168
Janssen, I., Heymsfield, S., & Ross, R. (2002). Low relative skeletal muscle mass (sarcopenia) in older persons is associated with functional impairment and physical disability. Journal of the American Geriatrics Society, 50(5), 889-896. doi: 10.1046/j.1532-5415.2002.50216.x
Janssen, I., Heymsfield, S., Wang, Z., & Ross, R. (2000). Skeletal muscle mass and distribution in 468 men and women aged 18-88 yr. Journal of Applied
Physiology, 89(1), 81-88.
Janssen, I., Shepard, D., Katzmarzyk, P., & Roubenoff, R. (2004). The healthcare costs of sarcopenia in the United States. Journal of the American Geriatrics Society,
52(1), 80-85. doi: 10.1111/j.1532-5415.2004.52014.x
Kamińska, M., Brodowski, J., & Karakiewicz, B. (2015). Fall risk factors in community-dwelling elderly depending on their physical function, cognitive status and symptoms of depression. International Journal of Environmental
Research and Public Health, 12(4), 3406-3416. doi: 10.3390/ijerph120403406
Karlsson, M., Nordqvist, A., & Karlsson, C. (2008). Physical activity, muscle function, falls and fractures. Food & Nutrition Research, 52, 1-7. doi: 10.3402/fnr.v52i0.1920
Koster, A., Ding, J., Stenholm, S., Caserotti, P., Houston, D., Nicklas, B., . . . Newman, A. (2011). Does the amount of fat mass predict age-related loss of lean mass, muscle strength, and muscle quality in older adults? The Journals of
Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 66(8), 888-
895. doi: 10.1093/gerona/glr070
Kotani, K., Tokunaga, K., Fujioka, S., Kobatake, T., Keno, Y., Yoshida, S., . . . Matsuzawa, Y. (1994). Sexual dimorphism of age-related changes in whole- body fat distribution in the obese. International Journal of Obesity and Related
Metabolic Disorders, 18(4), 207-212.
Kovács, E., Sztruhár, J., Karóczi, C., Korpos, A., & Gondos, T. (2013). Effects of a multimodal exercise program on balance, functional mobility and fall risk in older adults with cognitive impairment: a randomized controlled single-blind
44 study. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine, 49(5), 639- 648.
Kuh, D., Bassey, E., Butterworth, S., Hardy, R., & Wadsworth, M. (2005). Grip strength, postural control, and functional leg power in a representative cohort of British men and women: associations with physical activity, health status, and socioeconomic conditions. Journals of Gerontology Series A: Biological
Sciences and Medical Sciences, 60(2), 224-231. doi: 10.1093/gerona/60.2.224
Kuk, J., Saunders, T., Davidson, L., & Ross, R. (2009). Age-related changes in total and regional fat distribution. Ageing Research Reviews, 8(4), 339-348. doi: 10.1016/j.arr.2009.06.001
Labra, C., Pinheiro, C., Maseda, A., Lorenzo, T., & Millan-Calenti, J. C. (2015). Effects of physical exercise interventions in frail older adults: a systematic review of randomized controlled trials. BMC Geriatrics, 15, 154. doi: 10.1186/s12877- 015-0155-4
Lee, P., Macfarlane, D., Lam, T., & Stewart, S. (2011). Validity of the international physical activity questionnaire short form (IPAQ-SF): A systematic review.
International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 8(1), 1-11.
doi: 10.1186/1479-5868-8-115
Lee, R., Wang, Z., Heo, M., Ross, R., Janssen, I., & Heymsfield, S. (2000). Total-body skeletal muscle mass: development and cross-validation of anthropometric prediction models. American Journal of Clinical Nutrition, 72(3), 796-803. Locks, R., Costa, T., Koppe, S., Yamaguti, A., Garcia, M., & Gomes, A. (2012). Effects
of strength and flexibility training on functional performance of healthy older people. Brazilian Journal of Physical Therapy, 16(3), 184-190. doi: 10.1590/S1413-35552012000300003
Lowndes, J., Carpenter, R., Zoeller, R., Seip, R., Moyna, N., Price, T., . . . Visich, P. (2009). Association of age with muscle size and strength before and after short- term resistance training in young adults. Journal of Strength and Conditioning
Research, 23(7), 1915-1920. doi: 10.1519/JSC.0b013e3181b94b35
Lutz, W., Sanderson, W., & Scherbov, S. (2008). The coming acceleration of global population ageing. Nature, 451(7179), 716-719. doi: 10.1038/nature06516
45 Maddison, R., Ni Mhurchu, C., Jiang, Y., Vander Hoorn, S., Rodgers, A., Lawes, C., & Rush, E. (2007). International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and New Zealand Physical Activity Questionnaire (NZPAQ): a doubly labelled water validation. The International Journal of Behavioral Nutrition and Physical
Activity, 4, 62-70. doi: 10.1186/1479-5868-4-62
Masters, R., Powers, D., & Link, B. (2013). Obesity and US mortality risk over the adult life course. American Journal of Epidemiology, 177(5), 431-442. doi: 10.1093/aje/kws325
Mathiowetz, V. (2002). Comparison of Rolyan and Jamar dynamometers for measuring grip strength. Occupational Therapy International, 9(3), 201-209. doi: 10.1002/oti.165
Mayer, F., Scharhag-Rosenberger, F., Carlsohn, A., Cassel, M., Müller, S., & Scharhag, J. (2011). The intensity and effects of strength training in the elderly. Deutsches
Ärzteblatt International, 108(21), 359-364. doi: 10.3238/arztebl.2011.0359
Meireles, C. (2015). Treino de memória em idosos institucionalizados. (Dissertação de Mestrado), Instituto Politécnico de Bragança, Bragança.
Meléndez-Ortega, A. (2007). Osteoporosis, falls and exercise. European Review of