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Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO: Uma breve

3. POLÍTICAS PÚBLICAS E INCLUSÃO DIGITAL

3.3 Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO: Uma breve

O Programa Nacional de Informática na Educação - ProInfo foi umas das primeiras políticas públicas de inclusão digital criadas no Brasil. O ProInfo é um programa idealizado pelo Ministério da Educação – MEC, em parceria com a Secretaria de Educação à Distância – SEED, em 1997. Inicialmente, o programa pretendia iniciar o processo de universalização do uso de tecnologias no sistema público de ensino. Baseava-se em investimentos destinados à capacitação de pessoas e à instalação de equipamentos. O Programa possui autonomia administrativa, além de uma implementação descentralizada, visto que envolve as três instâncias governamentais: União, Estados e Municípios. O ProInfo foi criado em 1997 contendo em suas diretrizes os objetivos,

- Melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem;

- Propiciar a criação de uma nova ecologia cognitiva nos ambientes escolares mediante a incorporação adequada das novas tecnologias da informação pelas escolas;

- Propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico;

- Educar para uma cidadania global numa sociedade tecnologicamente desenvolvida; (BRASIL, 1997 p. 3).

No que se refere ao primeiro objetivo, concernente às melhorias na qualidade do processo de ensino-aprendizagem, de acordo com as Diretrizes do ProInfo (1997), o mesmo corresponde à busca de atualização e estratégias na construção do conhecimento tendo em vista que a sociedade está em um processo tecnológico crescente. Sob essa perspectiva, tal objetivo se subdivide em dois pontos como a tentativa de oportunizar a todos a igualdade de acesso com a disponibilização de aparatos tecnológicos; e o desenvolvimento de atividades pedagógicas de acordo com o contexto social de cada local.

O segundo objetivo traz a problemática de que “é preciso diminuir a lacuna existente entre a cultura escolar e o mundo ao seu redor” (BRASIL, 1997, p. 3). Com a perspectiva de inserção da escola na sociedade em rede e/ou sociedade informacional, a proposta é criar uma “nova ecologia”, com atores que consigam utilizar-se das tecnologias em seu cotidiano, como forma de emancipação social com a finalidade de oportunizar o transformação, produção, e representações da informação e do saber. “Por isso as novas tecnologias devem ser apropriadas pela educação para preparar o novo cidadão” (BRASIL, 1997, p. 03).

O terceiro objetivo se designa ao desenvolvimento da educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico, no que tange à capacidade interpretativa e processual das informações, tendo a utilização das TICs como uma maneira de instigar a criatividade, intuição e o raciocínio. De acordo com as diretrizes, a “educação moderna” deve articular ciência e tecnologia como forma de expansão do conhecimento e da emancipação individuais.

O quarto objetivo leva em consideração a “cidadania global” em uma sociedade tecnologicamente desenvolvida. São levantadas questões como uma sociedade planetária, que nos propicia o contato direto com o mundo. Nessa perspectiva, os indivíduos necessitam possuir habilidades para se comunicar, conviver e dialogar com o mundo, tendo como princípios a tolerância, o respeito, cooperação e solidariedade (BRASIL, 1997).

O programa foi criado com o intuito de abranger toda a rede pública de ensino no biênio de 97/98. Era prevista a aquisição de mais de 100.000 computadores. A adesão ao programa acontecia via a elaboração de projetos estaduais que eram submetidos para avaliação a uma comissão julgadora formada pelo MEC. Esse projeto deveria conter um planejamento tecnológico-educacional de, no mínimo, cinco anos e respeitar as diretrizes nacionais do Ministério da Educação.

Uma das primeiras etapas na implementação do ProInfo foi a “Capacitação de recursos humanos”. Segundo as Diretrizes do Programa, a preparação seria a fase inicial de

implementação, visto que a capacitação “significa, de fato prepará-lo para o ingresso em uma nova cultura apoiada em tecnologias que suporta e integra o processo de interação e comunicação” (1997, p.7). E continua,

A capacitação de professores para o uso de novas tecnologias de informação e comunicação implica em redimensionar o papel que o professor deverá desempenhar na formação do cidadão do século XXI. É de fato, um desafio à pedagogia tradicional, porque significa introduzir mudanças no processo de ensino-aprendizagem e, ainda, nos modos de estruturação e funcionamento da escola e de suas relações com a comunidade (1997, p.7).

Esse processo de capacitação de recursos humanos aconteceu em forma de pirâmide:

FIGURA V- CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS - PROINFO

(Fonte: Arquivo Próprio)

Assim como também em cadeia, visto que primeiro seriam capacitados os professores universitários e de nível técnico/profissionalizante que pudessem capacitar e selecionar os professores multiplicadores, para, logo em seguida, formar e selecionar os técnicos de suporte e professores da educação básica. Um dos objetivos da formação era investir na formação continuada dos professores, adequando-os ao uso das novas tecnologias de informação e comunicação.

Capacitação de professores de instituições de ensino

superior e técnico. Capacitação dos professores

multiplicadores Formação de técnicos de suporte de

informática

Logo em seguida, dar-se-ia a implementação dos Núcleos de tecnologia Educacional – NTE11

, que são estruturas descentralizadas que servem de apoio para as escolas e possui a responsabilidade de promover:

- Sensibilização e motivação das escolas para a incorporação da tecnologia de informação e comunicação;

- Apoio ao processo de planejamento tecnológico das escolas para aderirem ao projeto estadual de informática na educação;

- Capacitação e reciclagem dos professores e das equipes administrativas das escolas;

- Realização de cursos especializados para as equipes de suporte técnico; - Apoio (help-desk) para a resolução de problemas técnicos decorrentes ao uso do computador nas escolas;

- Assessoria pedagógica para o uso da tecnologia no processo de ensino- aprendizagem;

Acompanhamento e avaliação local do processo de informatização das escolas;

(BRASIL, 1997, p. 8)

Quanto às questões orçamentárias, era previsto para o biênio 1997-98 o investimento de 476 milhões de reais destinado à capacitação, suporte, aquisição de equipamentos, adaptação, instalações físicas, cabeamento, custeios das equipes. Esses recursos eram providos pelo MEC, estados, municípios.

Em 2002, foi lançado um documento pelo Ministério da Educação – MEC, a Secretaria de Educação à Distância – SEED e o Departamento de Informática na Educação à Distância – DIED. Esse documento contém um relatório de atividades desenvolvidas pelo ProInfo de 1996 a 2002, com caráter de avaliação interna dos primeiros anos da política. Nele há uma apresentação da principal missão do Proinfo, como se segue:

O ProInfo não é um simples programa de tecnologia, é de educação. Isso significa considerar telemática uma ferramenta de apoio à qualificação da educação, do processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, é a qualidade dos recursos humanos envolvidos no processo – especialmente professores e gestores educacionais – e não pura e simplesmente atecnologia, o que mais conta.

O ProInfo não se destina a reinventar a máquina de ensinar, mas a fazer com que professores desempenhem melhor sua nobre missão, orientando os educandos para que estes, apoiados pelas novas tecnologias de informação e comunicação, tornem-se cidadãos de fato, criativos e independentes, aptos

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Esses Núcleos são estruturas descentralizadas de apoio técnico-pedagógico ao processo de informatização das escolas. Um NTE é um centro de excelência em capacitação de professores em suporte e manutenção de hardware e software. Cada NTE prestará assistência às escolas circunvizinhas e será provedor de acesso à INTERNET. (BRASIL. Programa Nacional de Informática na Educação – Proinfo. Brasília, jul. 1997a. Disponível: <http://www.proinfo.gov.br> acessado em 05 de novembro de 2016.

a aprender durante toda a vida e a conviver numa sociedade cujo dia-a-dia depende cada vez mais de tecnologia.

O ProInfo, enfim, volta-se para promover interações humanas, utilizando-se da tecnologia em nome de valores humanos. O que importa é o homem, o fim. A tecnologia é um meio.

Departamento de Informática na Educação a Distância DIED-SEED/MEC

(BRASIL, 2002, p. 3 - grifo do autor).

Nesse documento são elencados a missão do PoInfo, seus objetivos, bem como as metas propostas pelo programa, além de demonstrar resultados parciais obtidos até então. Segue abaixo algumas das metas alcançadas pelo programa.

TABELA II – O QUE FOI PLANEJADO E O QUE FOI REALIZADO

(FONTE: BRASIL, 2002)

O gráfico abaixo corresponde ao dados percentuais do que foram elencado no quadro anterior. De acordo com o relatório, as únicas metas que não foram alcançadas correspondem aos alunos beneficiados e as escolas atendidas, devido à falta de recursos para a aquisição de hardware e software.

GRÁFICO II - O QUE FOI PLANEJADO E O QUE FOI REALIZADO

No entanto, no que se refere às outras metas, ultrapassaram o esperado, servindo de exemplo a capacitação de professores como foi demostrado no quadro e no gráfico em dados percentuais. O ProInfo contou com uma estratégia de capacitação, o que de acordo com a avalição do MEC aconteceu de forma satisfatória com a capacitação de professores e técnicos em parceria com coordenadores estaduais e os professores multiplicadores. Segue abaixo a figura contendo a estratégia de capacitação do ProInfo.

FIGURA VI – ESTRATÉGIA DE CAPACITAÇÃO – PROINFO/MEC

(BRASIL, 2002, p. 4)

No programa de capacitação do ProInfo haviam níveis diferenciados do público a ser capacitado e dos tipos de capacitação. O público era subdividido em: Multiplicadores, que são professores capacitados para permanecerem no NTE, e repassarem os cursos de capacitação para os professores da educação básica. Os multiplicadores e gestores recebem capacitações pedagógicas, técnicas e gerenciais. Enquanto que os professores e técnicos recebem a formação pedagógica e técnica. Os técnicos tinham a capacitação pedagógica.

As formas de capacitação do ProInfo se realizavam de maneira esquematizada, contando com recursos de capacitação humana para a utilização dos aparatos tecnológicos da melhor forma possível e a inserção da utilização das TICs no processo de ensino aprendizado, como forma de trazer melhorias para o processo. De acordo com a conclusão geral da avaliação desenvolvida pelo MEC,

Em conclusão, apesar do curto período de implantação do ProInfo e do caráter preliminar desta avaliação, pode-se afirmar que, no conjunto, o programa teve sucesso, não apenas em termos de alcance dos seus objetivos estratégicos, mas também do ponto de vista da realização de suas metas operacionais de curto prazo (BRASIL, 2002, p. 24).

A avaliação interna desenvolvida pelo MEC, entre nos anos 1996-2002 se destinou a avaliar a implementação do ProInfo e seus primeiros resultados obtidos. De acordo com o teor do relatório, foi considerado que o programa obteve sucesso em sua implementação, isso se levado em consideração, segundo o documento, o alcance dos objetivos propostos e das metas à curto prazo. Mesmo que a pesquisa tenha demonstrado a deficiência de alguns pontos como alunos beneficiados e escolas atendidas como foi demonstrado anteriormente.

Em 12 de dezembro de 2007, após dez anos de sua criação, o ProInfo passou por uma revisão pela Secretaria de Educação à Distância. O Programa ganhou uma nova versão por meio do Decreto nº 6.300. Na sua nova roupagem, o ProInfo possui a articulação de três componentes: a) a instalação de ambientes tecnológicos nas escolas (laboratórios de informática com computadores, impressoras e outros equipamentos e acesso à internet de banda larga); b) a formação continuada dos professores e outros agentes educacionais para o uso pedagógico das Tecnologias de Comunicação e Informação – TICs; c) a disponibilização de conteúdos e recursos educacionais multimídia e digitais, soluções e sistemas de informação disponibilizadas pelo SEED/MEC nos próprios computadores, por meio do Portal do Professor, TV/DVD Escola etc.

Após sua revisão, o ProInfo passa a ser denominado Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado). Nesse contexto, o programa passou por complementações em suas diretrizes, ao mesmo tempo em que deu continuidade a atividades pertencentes ao desenho institucional de 1997. De acordo com o exposto, o ProInfo Integrado busca integrar as mídias digitais na educação, a TV escola, a Rede Interativa Virtual de Educação – RIVED12, Pro Infantil - curso à distância oferecido a profissionais que trabalham na educação infantil, formação pela escola, rádio escolar, DVD escola, Portal do professor, Linux educacional, Domínio público, Comunidade SEED/MEC13. Utilizando esses componentes, o ProInfo continua investindo em equipar as escolas com aparatos tecnológicos, e, em contrapartida, investe na capacitação de recursos humanos

12 “O RIVED é um programa da Secretaria de Educação a Distância - SEED, que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de objetos de aprendizagem [...] A meta que se pretende atingir disponibilizando esses conteúdos digitais é melhorar a aprendizagem das disciplinas da educação básica e a formação cidadã do aluno.”

Disponível em <http://rived.mec.gov.br/site_objeto_lis.php>. Acessado em 08 de dezembro de 2016 às 1651. 13

para a utilização da tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, aliando ao suporte e aos recursos digitais para tal fim. Além dos componentes citados, houve a criação de três cursos: O curso de “Introdução à Educação Digital, com a carga horária de 40 horas, o curso de Tecnologias da Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC, com carga horária de 100 horas e o curso sobre Elaboração de Projetos.

O curso de “Introdução à Educação Digital” é um curso básico destinado a professores que não possuem habilidades para manusear o computador. Nele são ensinados o domínio mínimo do computador/sistema operacional e navegação básica na internet e seus recursos como uma maneira de familiarizar os professores ao acesso às TICs. O curso de “Tecnologias da Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC” possui o enfoque na utilização pedagógica das TIC no processo de ensino-aprendizagem na sala de aula. Já o curso de “Elaboração de projetos” se constitui em três eixos conceituais: Projeto, Currículo e Tecnologias, e que visa o aprofundamento em teorias sobre as TICs, envolvendo o currículo escolar, a utilização das tecnologias adequando a práticas pedagógicas com a criação de projetos.

Todos esses cursos são oferecidos pela Plataforma do ProInfo denominada de e- proinfo – que se configura em um ambiente virtual de aprendizagem, ou seja, uma plataforma onde podem ser acessados os cursos que acontecem de forma semipresenciais nos NTEs. A Plataforma do e-proinfo, conta com vídeos, simulações de ambiente Web, textos e outros, relacionados às unidades de estudo e prática, além do material disponível de forma virtual, cada curso contém sua apostilha contando com um CD-ROM.

Depois da readaptação os objetivos do programa sofreram algumas modificações. Assim, o principal objetivo do ProInfo – Integrado continuou sendo a inserção de tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas brasileiras, visando principalmente:

I - promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas escolas de educação básica das redes públicas de ensino urbanas e rurais; II - fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das tecnologias de informação e comunicação;

III - promover a capacitação dos agentes educacionais envolvidos nas ações do Programa;

IV - contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores, da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais, beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas;

V - contribuir para a preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho por meio do uso das tecnologias de informação e comunicação; e

VI - fomentar a produção nacional de conteúdos digitais educacionais. (BRASIL, 2007).

Os objetivos do ProInfo continuaram integrando uma linha tríplice: fornecimento de equipamentos tecnológicos nas escolas de educação básica do país, isso no que concerne à disponibilidade de recursos físicos para a inclusão digital; formação de professores para que possam utilizar-se e estabelecer um contato com os aparatos tecnológicos, com orientações para a utilização dos meios em sala se aula, e, ainda, o fornecimento de materiais, sites e aplicativos educacionais. Outro ponto se dá como consequência dos outros dois, que pode ser entendido como a inserção desses aparatos tecnológicos no processo de ensino aprendizagem, e, nesse sentido, propiciar os outros objetivos que estão destinados à preparação dos jovens para o mercado de trabalho, e chegar à sua meta principal de inclusão digital.

No que tange às questões operacionais, atualmente o ProInfo Integrado conta com a seguinte estrutura operacional:

FIGURA VII – ESTRUTURA OPERACIONAL DO PROINDO INTEGRADO – CEARÁ

(FONTE: NET Sobral/CE)

Por se tratar de uma política Nacional que envolve as três instâncias governamentais: União, Estados e Municípios, o ProInfo conta com coordenações distribuídas dentre os mesmos, contendo uma coordenação geral que envolve o Conselho Nacional de Secretários

de Educação - Consed, na União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - Undime e na Secretaria de Educação à Distância - SEED/MEC. Existe ainda uma coordenação Nacional, uma coordenação local, que no caso específico da pesquisa envolvendo a Secretaria de Educação do Ceará – SEDUC, a Undime. Dentro dessa ramificação estão os Núcleos de Tecnologia Educacional – NTE e as escolas com laboratórios de informática.

Compete à União, no caso a SEED/MEC: Fornecer para as escolas ambientes tecnológicos equipados com computadores e recursos digitais, em parceria com Estados, Municípios e o Distrito Federal; realizar capacitações para o CPI e para os formadores/multiplicadores dos NTE municipais e estaduais; oferecer conteúdos educacionais multimídia e digitais; dispor o Portal do Professor; produzir e distribuir materiais para os processos formativos; definir as diretrizes gerais e estrutura operacional de implementação do Programa; mobilizar e promover articulação política entre os parceiros para a implementação do Programa; contratar ATP no estado para acompanhar a implementação do Programa no estado, em conjunto com a CPI; Acompanhar, monitorar e avaliar o Programa em nível nacional (BRASIL, 2008).

Competem às secretarias estaduais de educação e aos parceiros: Designar um representante para compor a CPI, preferencialmente o Coordenador do ProInfo; Efetivar a institucionalização do Programa no Estado; Disponibilizar professores formadores nos NTE estaduais, assegurando as condições necessárias ao trabalho dos NTE no desenvolvimento e acompanhamento das ações de capacitação nas escolas; Providenciar e garantir a infraestrutura básica (espaço físico, rede lógica e rede elétrica), segurança e serviços de manutenção para o funcionamento dos Laboratórios de Informática destinados às escolas de sua rede de ensino; Garantir meio de transporte/hospedagem/alimentação para os formadores realizarem as capacitações nas escolas (BRASIL, 2008).

Para que uma política pública encontre efetividade, efetivação e eficácia, e nesse caso, no que se refere, a presente pesquisa, mais especificamente, sobre a efetividade do ProInfo, esse processo só ocorre quando todos os atores envolvidos desenvolvem o que foi proposto no desenho constitucional da política, suas metas e objetivos. Nesse caso específico, a União, Estados e Municípios, por se tratar de uma pesquisa de nível nacional, possuem uma série de deveres que precisam se realizar em parceria para que a política tenha sucesso e efetividade.

Nesse capítulo procurou-se fazer uma discussão conceitual e operacional sobre políticas públicas e avaliação de políticas públicas, dando enfoque nas políticas públicas de

inclusão digital e afunilando as discussões até chegar ao objeto final da pesquisa: O Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo, que depois do Decreto 6. 300, de 2007 passou a se chamar Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional – ProInfo Integrado. Nessa perspectiva, foi desenhada uma breve apresentação sobre esse programa e seus resultados prévios de avaliações internas desenvolvidas pelo MEC. Trata-se de uma das primeiras políticas públicas de inclusão digital criadas no Brasil que conseguiu alcançar inúmeras pessoas com seus objetivos e metas.