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CAPÍTULO II UM PROJETO, VÁRIOS ENTENDIMENTOS;

2.2 UM PROJETO PARA SER COPIADO; O CEOM COMO

A partir de meados de 1988, outro fato passou a se tornar corriqueiro entre as correspondências do CEOM. Trata-se da busca por orientações, por parte de integrantes de diversas instituições de ensino, dos procedimentos mediantes os quais a experiência do Oeste conseguia aprovar seus projetos junto aos órgãos financiadores Federais. Em 19 de julho de 1988, por exemplo, Ilda Ana Brisot, enviava à Eugênia Esterketter Heitnann da Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina, respondendo à solicitação, feita por esta, de orientações acerca dos meios pelos quais havia sido implementado, pelo CEOM, o projeto “Homem de Fronteiras253” e que havia sido aprovado junto CNPq. Na mesma linha, Raquel S. Thiago, responsável pelo setor de Extensão Universitária e pelo Arquivo Histórico de Joinville, escrevia ao CEOM em 28 de setembro de 1988, ofício em que asseverava: “Confesso minha admiração pelo dinamismo do CEOM, com suas propostas, projetos e notícias de realizações já concretizadas. Peço transmitir meus cumprimentos à professora Eli Maria Bellani pelo seu trabalho – Balsas e Balseiros no Rio Uruguai (1930-1950) de grande importância para a história econômica e social da região254”. Como se percebe, ainda que

252 Idem.

253 Correspondência enviada por Ilda Ana Brisot à Eugênia Esterketter Heitnann

da Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina em 19 de julho de 1988.

254 Correspondência enviada ao CEOM por Raquel S. Thiago, responsável pelo

setor de Extensão Universitária e pelo Arquivo Histórico de Joinville, em 28 de setembro de 1988.

manifestando maior ou menor admiração por determinadas obras ou indivíduos255, a percepção do sucesso do projeto em termos de repercussão era notável. A ponto de se tornar referência em termos de organização, especialmente, no que se reportava a linha editorial. Como se pode notar na leitura do restante da mensagem de Raquel S. Thiago:

Interessou-me particularmente o “Projeto Fronteiras” aprovado pelo CNPq. Ocorre que estamos montando um laboratório de História Oral no arquivo Histórico, porém nos faltam recursos para realizarmos um bom trabalho. Gostaria de obter de V. As. as informações necessárias ao encaminhamento de Projetos desta natureza ao CNPq. Finalmente peço transmitir, também, meus cumprimentos à Professora Ilda Ana Brisot pela coordenação de um trabalho que, pelo conteúdo, forma e qualidade gráfica pode ser modelo para outras Fundações256.

À proporção que as ações do CEOM eram estabelecidas nos vários frontes e as carências iam sendo superadas, um sistema de realimentação entre necessidade e resultado, também tomava corpo. Grosso modo, pode- se dizer que o sucesso e o reconhecimento do projeto auxiliavam na obtenção de apoio, enquanto este apoio permitia o aumento das atividades e da consequente visibilidade do Centro. Muito disso, conforme já adiantado, pareceu dar-se em razão dos esforços pessoais da Coordenação, neste momento, à cargo de Ilda Ana Brisot. Apesar do curto tempo de existência, o CEOM em meados de 1988, já havia se constituído, não só em projeto de sucesso regional, como servia de modelo a muitos outros centros que desenvolviam, ou pretendiam desenvolver, trabalho semelhante. A busca por um discurso conciliador e pensado de acordo com os interlocutores que vimos tentando demonstrar, é crível, teve papel importante neste processo. Ainda que neste momento o posicionamento ideológico da Instituição já fosse perceptível a qualquer

255 Essa consideração nos parece válida na medida em que lembramos de ter a

escrita de Eli Bellani uma característica distinta daquela da maioria dos membros do grupo ligado ao CEOM. O que não impediu que sua obra recebesse, de modo individual, o maior número de felicitações de acordo com as correspondências presentes nos registros a que tivemos acesso.

256 Correspondência enviada ao CEOM por Raquel S. Thiago, responsável pelo

setor de Extensão Universitária e pelo Arquivo Histórico de Joinville, em 28 de setembro de 1988.

análise que se detivesse minimante no teor de suas publicações, fato é que um tom mais brando ainda aparecia de modo claro em correspondência enviadas pelo Órgão a alguns interlocutores. Veja-se o caso do ofício remetido à Secretaria de Esporte e Cultura do Estado de Santa Catarina em meados do segundo semestre de 1988.

Participando do III Encontro de Arquivos, quando da abertura do referido evento por Vossa Senhoria, tomei conhecimento do trabalho que sua Secretaria vem desenvolvendo na área de arquivos. O Centro de Organização da Memória Sócio-Cultural do Oeste de Santa Catarina - CEOM, órgão operacional da FUNDESTE, procura, como o próprio nome diz, resgatar a história do Oeste e organiza-la. Assim, a área de arquivos permanentes é uma das frentes de trabalho que pretende implementar junto às Prefeituras. É sabido que os arquivos públicos municipais inexistem ou encontram-se esquecidos, em porões ou sótãos, sem cuidado algum, sem uma política de valorização, como Vossa Senhoria expressou na oportunidade. Nossa intenção é conscientizar as comunidades (35 municípios da abrangência da FUNDESTE - região da AMAI, AMOSC e AMEOSC) da importância da documentação impressa, através de treinamentos específicos em manutenção, organização e preservação dos arquivos municipais. Isso como primeira etapa. Sabendo do interesse e das atividades desenvolvidas por esta Secretaria na área, vemos a possibilidade de desenvolver um trabalho com apoio deste órgão estadual. Conforme anexo, já contatamos o Arquivo Público Estadual que se prontificou a ministrar um treinamento, o qual só não foi viabilizado em função dos custos, uma vez que pretende-se gratuito às Prefeituras, até como forma de conscientização257.

O modo como é construída a argumentação da mensagem enviada pela Coordenadora Ilda Brisot, não só confirma um discurso ainda pautado pela apresentação do CEOM como um projeto de organização dos acervos municipais, como utiliza as próprias falas da então

257 Ofício Nº 020/88 enviado por Ilda Ana Brisot à Secretária de Esporte e Cultura

responsável pela Secretaria de Esporte e Cultura senhora Zuleika Mussi Lenzi, das quais se teria tomado nota no evento em questão (III Encontro de Arquivos) como demonstração da ligação dos anseios da pasta com aquilo a que se propunha o projeto em curso no Oeste. Contaria ainda em favor do CEOM o já programado treinamento a ser realizado pelo Arquivo Público Estadual. Esta capacitação acordada era fruto do desdobramento positivo das correspondências enviadas por Ilda a Walter Fernando Piazza ainda em 1987 e que demonstramos anteriormente. À época o entrave fora de ordem financeira, uma vez que como visto na resposta, ainda que o Arquivo Estadual estivesse disposto a realizar o treinamento, este não se daria sem custos. Esta, aliás, é a mesma justificativa que aparece na mensagem acima quando se trata de explicar a não efetivação deste curso. Situação que parecia solucionada por intervenção direta do Secretário de Estado da Administração a quem o CEOM teria enviado correspondência neste intervalo de tempo, como se pode aferir do ofício que segue, enviado à Ilda por Walter F. Piazza.

Senhora Coordenadora,

Em meu poder o seu ofício n2 020-88, de 5 de outubro p.p., endereçado ao Exmo. Sr. Secretário de Estado da Administração, que me autorizou a definir com V.S. a operacionalização de um Curso de Técnicas de Arquivos Correntes, a ser ministrado, nessa Cidade, pela equipe técnica do Arquivo Público do Estado, em abril do próximo ano. Consultada a aludida equipe técnica ficou definido que o Curso, em apreço, será realizado com base nos termos de nossa conversa telefônica, em complementação ao aclarado no nosso oficio n2 4.535, de 4 de julho p.p., dirigido ao Diretor-Geral do CES/FUNDESTE e deverá ser ministrado a 30 (trinta) participantes, no máximo. Gostaríamos que Vossa Senhoria, oportunamente, nos confirmasse a data escolhida, para ser agendada por esta Coordenadoria258.

Como visto, as tratativas para a viabilização do referido treinamento contaram com vários capítulos e, até onde se pode inferir, com um certo grau de insistência por parte da então Coordenadora do CEOM. Da conversa telefônica que antecedeu a este ofício não se pode

258 Ofício Nº 7662 enviado por Walter F. Piazza à Ilda Ana Brisot em 26 de ou-

precisar o conteúdo, ainda que seja razoável crer que tenha versado acerca da isenção de custos conseguida por intervenção do Secretário de Estado supracitado, a quem o CEOM havia recorrido. Restou que a execução do evento fora assegurada e cuidar da sua divulgação e do processo de incentivo às inscrições ocupou a coordenação nos últimos meses no ano. Com esse intuito fora redigido em 05 de outubro de 1988 o Ofício Circular nº 003-88, encaminhado aos prefeitos da área de atuação do CEOM com que já se vinha mantendo contato.

Excelentíssimo Senhor Prefeito:

Conforme contatos anteriores, a FUNDESTE através do Centro de Organização da Memória Sócio-Cultural do Oeste de Santa Catarina - CEOM, que conta com o apoio do Ministério de Cultura e Fundação Catarinense de Cultura, estará organizando a lª Oficina Básica em Museologia no Oeste Catarinense. A referida Oficina objetiva habilitar recursos humanos para desempenhar eficazmente suas funções em museus ou no resgate da história. Para tanto, está abrindo inscrições, uma vez que são somente 20 vagas. O Curso será desenvolvido intensivamente no período de 21 de novembro à 03 de dezembro de 1988, num total de 120 horas, no Museu Municipal Antônio Selistre de Campos em Chapeco. O currículo, essencialmente prático, a ser desenvolvido compreende: História do Oeste, Museologia, Pesquisa Museológica, Conservação e Restauração, Documentação, Projetos Culturais, Organização de Arquivos, Museografia e Programas Educativos. A inscrição é gratuita e deverá ser efetuada até o dia 15 de Outubro, correndo por conta do candidato ou instituição, as demais despesas como: transporte, hospedagem e alimentação. Assim, reiteramos a importância da participação nesta Oficina pois corresponde a uma das etapas do Programa do Centro de Organização da Memória Sócio-Cultural do Oeste de Santa Catarina, no qual esta Instituição está engajada259.

Em concordância com o proposto anteriormente, conseguiu-se que

259 Ofício Circular nº 003-88, encaminhado aos prefeitos da área de atuação do

as oficinas não tivessem custos para os interessados, excetuando-se os de natureza pessoal, como hospedagem e alimentação. Dada a importância desta capacitação dentro das premissas do projeto, é compreensível o empenho que parece ter sido depositado de modo a oportunizá-las. Isto posto, abria-se uma segunda necessidade de igual relevância, a saber, garantir a presença dos sujeitos considerados estratégicos para a execução das atividades nos vários municípios260. Aquele nicho representado por professores das áreas de História e Estudos Sociais, responsáveis por atividades culturais, ou qualquer um que nesse meio tivesse penetração e interesse em atuar. Cumpre lembrar, nesse sentido, que a esta altura muitos contatos com esses grupos já se haviam estabelecido e que o CEOM já gozava de certo respaldo junto destes segmentos. Fato que, como comprovado, levava, muitas vezes, à procura dos mesmos por contato junto ao Centro. É o caso do senhor Norvalino Engel que em 26 de outubro de 1988 escrevia de Mondaí à Ilda Brisot pelas razões que expõe.

Por não ter conseguido maiores contatos por telefone, venho pela mesma pedir melhores informações sobro o curso de museologia, sua visita ao museu, pois não conseguimos trocar ideias, também sobre a audiência que teves com o prefeito, (o que foi resolvido). Favor informar-me também se você informou a INFOTO da FUNARTE, que nosso Museu tem acervo fotográfico ao público. Referente aos trabalho, estamos trabalhando principalmente na tradução da história da vida do Sr. Paul Remminger, uma vez que tempos a trás ele escreveu a obra em língua alemã e é de suma importância para nós termos essa obra em versão brasileira. Como você sabe conseguimos um engenho de cana antigo, (tração animal) esse mesmo está sendo restaurado originalmente pois já entremos em contato com um agricultor que irá doar as tabuinhas (telhas velhas de seu galpão) e estes mesmas servirão de

260 O Ofício nº 003, datado de 05 de Outubro de 1988, foi encaminhado às se-

guintes pessoas: Prefeitos do Municípios de: Coronel Freitas, Seara, Xaxim, Xan- xerê, Ipumirim, Chapecó, São Carlos, Mondaí, Itapiranga, São Miguel do Oeste, São José de Cedro, Maravilha, Modelo e Pinhalzinho, além da Sra. Dirce Terezi- nha Drebel Sehnem, no Colégio Agrícola São José, em Itapiranga. Como consta de relação presente nos arquivos do Fundos do CEOM.

cobertura para esse engenho, não se tem uma definição exata de onde vai ser instalado esse engenho, provavelmente será instalado numa praça que será criada perto ao Porto da barca261. Mais do que o fato curioso envolvendo a aparente dificuldade operacional dos telefones do CEOM, por meio dos quais se tinha dificuldade em estabelecer contato262, uma série de questões abrem-se à analise a partir dessa correspondência. A primeira é o fato da procura do próprio senhor Norvalino Engel, responsável, à época pelo Museu Comunitário "Pastor Carl Ramminger" de Mondaí-SC, por informações acerca do curso de museologia, um dos que faziam parte das oficinas programadas para o mês de dezembro. A segunda, diz respeito à visita de Ilda ao Museu do município de Mondaí e à reunião com o respectivo prefeito. De cujos eventos o autor da missiva pede notícias. A terceira, está ligada ao questionamento feito à Coordenadora se esta havia informado à Funarte da existência de acervo fotográfico no museu. E por último temos uma espécie de prestação de contas das atividades em andamento naquela instituição. Note-se como estas quatro questões convergem no sentido de demonstrar a consolidação do CEOM enquanto órgão gestor das atividades dos demais museus e espaços de memória. Seja no tocante à promoção dos cursos de capacitação, seja na sua atuação como mediador entre esses museus e as agências de fomento e de apoio – INFOTO/FUNARTE -, seja, ainda, no tipo de ações a serem desenvolvidas nesses museus ou no modo como deveriam se dar, o que parece ter se estabelecido é a centralização em torno da figura do CEOM de todas as atividades desenvolvidas nos espaços em que os contatos foram estabelecidos. Antes de prosseguir, convém proceder a leitura da resposta enviada ao senhor Norvalino Engel por meio do ofício de número 033/88, de 07 de novembro de 1988.

Alô Norvalino:

Acredito mesmo que nosso contato deva ocorrer por conta, pois além dos telefones congestionados, nossos horários não coincidem. Assim, tentarei esclarecer alguns dados: a) A Oficina de

261 Correspondência enviada a Ida Ana Brisot por Norvalino Engel responsável

pelo Museu Comunitário Pastor Carl Ramminger de Mondaí-SC em 26 de outu- bro de 1988.

262 Somente neste ano de 1988, inusitadamente, duas correspondências enviadas

ao CEOM iniciavam relatando esta dificuldade. O que, no caso, justificava o en- vio do escrito.

Museologia ocorrerá em 21 de novembro à 03 de dezembro/88. Encaminhamos as fichas de inscrição para o Prefeito Municipal Sr. Nilson Vilhena e, ainda aguardamos a inscrição de alguém daí. Se puderes conversar com o Prof. Isidoro talvez ele nossa possa encontrar as fichas. Também precisamos saber quem virá. b) quanto ao INFoto, foi enviado a algum tempo uma relação dos municípios do Oeste que possuem acervo fotográfico e Mondaí é um dos que possuem um acervo bem significativo. Pretendo inclusive ir até aí para analisar as fotos objetivando reproduzi-las e catalogá-las junto à FUNDESTE. c) Sobre o Engenho de cana, seria interessante fotografá-lo antes de iniciar a restaurarão e transferência do mesmo. Sempre que possível os objetos devem ser fotografados “in loco" antes de qualquer coisa é história. Aguardando sua inscrição envio meus cumprimentos pelo trabalho que vêm sendo desenvolvido no Museu263.

Da mensagem em questão, além do reforço aos pontos citados no parágrafo anterior, como no caso da intenção de se elaborar, por parte do CEOM, uma catalogação do acervo, é possível perceber uma certa diferenciação entre o posicionamento dos responsáveis e o consequente maior ou menor264 alinhamento às premissas do CEOM entre os Museus

de natureza Municipal e os de organização Comunitária. Essa condição não se aplicava unicamente aos responsáveis por estes espaços. Como temos apontado, intelectuais que se dedicavam às atividades ligadas à questão cultural e/ou histórica na região possuíam modos diferentes de compreender o passado e, em razão disto, de se posicionar política e textualmente. Dentro do próprio quadro do CEOM, estas dissonâncias se mostravam presentes. Neste sentido era como se a unidade de propósitos estivesse ligada ao “local” e a uma noção comum de necessidade de preservação de sua cultura, de sua memória ou de sua história, ainda que

263 Ofício Nº 033/88 enviado por Ilda Ana Brisot ao Senhor Norvalino Engel,

responsável pelo Museu Comunitário Pastor Carl Ramminger de Mondaí-SC em de 07 de novembro de 1988.

264 Nesse sentido podemos lembrar o caso do Museu Histórico de São Miguel do

Oeste, que como abordamos anteriormente, em seu convite ao CEOM para parti- cipar da Inauguração, apresentava uma descrição da proposta que se pensava de- senvolver baseada no reconhecimento dos pioneiros. Aqueles “grandes homens” que teriam sido responsáveis pela existência da própria cidade.

o que compunha estes quadros e, nesse caso, deveria ser preservado, não gozasse de mesma condição de unanimidade. Analisando os intelectuais ligados ao movimento folclorista do Rio Grande do Sul, Letícia Nedel aborda questão semelhante ao que propõe: “a associação entre lugares e milieux seguiu como critério a circulação dos indivíduos (e, através deles, de idéias), mais do que das legendas às quais encontravam-se filiados, e mesmo que estas trajetórias individuais não tenham se configurado no eixo da exposição escrita”265

. Há que se pontuar ainda que, não obstante pareça haver um reconhecimento da figura do CEOM como figura central no tocante à gestão das questões culturais após a sua fundação, muitos dos Museus da região mantinham-se reticentes, especialmente, no que concernia às práticas de trabalho. Uma certa resistência nesse sentido, já devia ser esperada pelo CEOM, o que fazia seu discurso adotar, via de regra, um tom de complemento ou de orientação e nunca de correção, ainda que fosse o caso. Esta postura de relutância quanto aos procedimentos vindos de fora, como veremos adiante, assumirá contornos muito mais claros e efetivos quando da realização das oficinas de capacitação no ano de 1989.

2.3 O CEOM COMO MEDIADOR DO “RESGATE” E DA