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Existe hoje no Brasil uma iniciativa popular de reforma política democrática24 elaborada por um grupo de mais de 100 organizações, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a União Nacional do Estudantes, que defende um modelo que guarda certa semelhança com a proposta adotada neste trabalho. Por ser o projeto mais próximo da realidade que se tem hoje, cabe uma breve análise do seu conteúdo.

Inicialmente, cabe mencionar que embora a iniciativa tenha dado seus primeiros passos ainda em 2013, passados mais de quatro anos, conta com um número em torno de 930.000 assinaturas, sendo necessárias aproximadamente mais 500.000 para poder ser apresentada à Câmara dos Deputados, atendendo aos requisitos do artigo 61, § 2º, da Constituição Federal. Como não se vê uma grande mobilização na sociedade para o recolhimento de assinaturas favoráveis ao projeto, conclui-se que dificilmente o projeto será transformado em lei.

Entre as propostas incluídas na iniciativa de reforma política, as que têm maior proximidade com as ideias apresentadas nesse trabalho são o sistema de eleições proporcionais em dois turnos e a paridade de gêneros na lista pré-ordenada.

Quanto ao sistema eleitoral, a proposta é que em um primeiro turno o voto seja dado aos partidos, com base na plataforma política e na lista pré-ordenada de candidatos, esta alternando homens e mulheres. A ideia é que o debate no primeiro turno seja feito entre os projetos políticos dos partidos. No primeiro momento seriam definidas quantas cadeiras cada partido conquistaria. No segundo turno, o voto seria nos candidatos, apresentados em número equivalente ao dobro das cadeiras alcançadas pelo partido. Propõe-se, também, que sejam realizadas eleições primárias dentro dos partidos, com a participação de todos os filiados para a definição dos candidatos.

O projeto está afinado com a solução adotada neste trabalho quando prevê o voto em partidos no primeiro turno, aproximando-se do voto em lista fechada. A defesa de um segundo

24 A proposta é apresentada no seguinte site: http://www.reformapoliticademocratica.org.br/. Acesso em 23 nov.

turno com voto em candidatos é justificada, de acordo com os autores do projeto, pela tradição política brasileira, em que o cidadão não aceitaria votar apenas em partidos. Embora se afaste do modelo proposto, a justificativa para isso é bastante razoável, uma vez que dificilmente os eleitores aceitariam deixar de escolher as pessoas que os representariam. Assim, o projeto busca dar viabilidade prática à proposta de fortalecimento dos partidos políticos.

A ideia de eleições primárias internas para a definição dos candidatos é bastante interessante e alinhada com os ideais aqui defendidos. Isso porque evita que a formação das listas seja feita por oligarquias partidárias, horizontalizando as relações internas e democratizando as decisões partidárias.

Outro aspecto interessante é a alternância entre homens e mulheres na formação das listas, o que levaria um número quase igual de candidatos de cada gênero ao segundo turno e teria por consequência a maior probabilidade de eleição de mulheres, hoje em situação de evidente sub-representação política25. Essa ideia tende a fazer as instituições políticas do Estado refletirem melhor a sociedade, aumentando a legitimidade de suas decisões. Por outro lado, a representação feminina estaria mais garantida caso a lista fosse fechada, sem a possibilidade de alteração da ordem no segundo turno.

Outro aspecto interessante é a taxatividade do projeto ao estabelecer que o mandato pertence ao partido, perdendo o mandato o representante que se desfiliar do partido político pelo qual foi eleito.

Sendo assim, embora divirja em diversos pontos do modelo de representação política adotado por este trabalho como proposta de solução para a crise de representatividade, conclui- se que o projeto traria alguns avanços pontuais à representação política brasileira. Portanto, embora distante do ideal, é o que se tem de mais real hoje em busca do fortalecimento do Partido Político.

25 Para exemplificar esta situação, aponta-se o fato de ter sido eleita apenas uma mulher para as 23 cadeiras da

CONCLUSÃO

No decorrer do trabalho, pode-se perceber a importância que a teoria tem para a solução dos problemas práticos que aparecem no curso da história. Assim, a compreensão da crise de representatividade brasileira da atualidade só é possível a partir da retomada dos fundamentos da representação política. Isso para que se possa perceber em quais aspectos a realidade se descolou da teoria de modo a gerar uma ruptura entre o que deveria significar representar politicamente uma comunidade e o que realmente acontece no cotidiano das instituições políticas do Estado brasileiro.

Assim, reconhecendo o Partido Político enquanto protagonista da forma moderna de representação política, deve-se analisar como ele tem cumprido suas funções. Quanto a isso, percebe-se que, no Brasil, a organização perdeu sua capacidade de mobilização social, deixando de aglutinar cidadãos ideologicamente próximos para a formação de uma vontade coletiva, a ser expressada perante a sociedade e nas diversas instâncias em que decisões políticas são tomadas.

Como resultado desse distanciamento entre a função que deveria ser cumprida pelo Partido e a forma como ele efetivamente tem atuado, criou-se um modelo de representação no qual os políticos agem de acordo com seus próprios interesses, fazendo uso dos partidos como mero instrumento para viabilizar sua eleição.

No cenário em que os partidos não se preocupam com a defesa de um programa político, aceitando pessoas com qualquer visão de mundo em suas fileiras, indivíduos que visam somente à concretização de suas vontades particulares se aproveitam dessa fragilidade ideológica para ingressar nas organizações, tendo como único critério de escolha a maior probabilidade de saírem eleitoralmente vitoriosos, sem qualquer preocupação quanto à sua compatibilidade ideológica em relação ao partido escolhido.

Trata-se de uma situação de total descaso, tanto por parte dos partidos quanto por parte dos políticos, em relação à construção de um projeto com o qual os membros do partido possam se identificar, por participarem da sua elaboração e por verem nele a possibilidade de concretização dos seus ideais.

No campo normativo, vê-se que a legislação brasileira também contribui para a decadência dos partidos. Primeiramente por não haver no texto constitucional o reconhecimento do Partido Político enquanto agente essencial para a formação da vontade do Estado. Além

disso, a forma de sistema proporcional adotada, de voto em lista aberta, facilita a eleição de pessoas com base apenas em suas características pessoais, independentemente das ideias que defendem, normalmente não conhecidas pelo eleitor, uma vez que o voto é conferido a nomes, não a programas políticos.

Diante deste cenário fático e normativo, apresenta-se como proposta de solução para a atual crise de representatividade brasileira o fortalecimento do Partido Político, para que ele consiga cumprir suas funções dentro do sistema representativo. Para isso, a ideologia deve ser o substrato concreto da construção partidária, justificando a sua existência enquanto Partido Político.

Dentro dos partidos, para que sejam organizações vivas e exerçam real influência na sociedade, seus membros precisam criar uma identidade coletiva, unindo-se em torno de um ideal, o que só é possível com a horizontalidade nas relações intrapartidárias e com intenso debate interno, possibilitando a todos a efetiva participação na construção coletiva do projeto político.

Na legislação, inicialmente é fundamental que a Constituição Federal reconheça a importância do Partido Político para a expressão dos interesses sociais e para a formação da vontade do Estado. Além disso, a forma de eleição dos representantes deve ser profundamente alterada.

Os partidos serão fortalecidos quando os eleitores deixarem de votar em indivíduos e passarem a votar em projetos políticos. Uma forma de fazer o debate eleitoral se pautar em programas políticos, em detrimento de indivíduos, é a adoção do sistema proporcional de voto em lista fechada, no qual o voto é destinado ao partido, não à pessoa de determinado candidato.

Assim, ao ser eleito, o representante estaria estritamente vinculado ao programa do seu partido, pois o projeto é que foi eleito pelo povo, não os desejos particulares do indivíduo que o representa. Abstratamente, pode-se dizer que a cadeira é ocupada pelo Partido, indiferentemente de quem realmente vier a sentar nela, pois este se torna um porta-voz das ideias eleitas, não podendo alterá-las individualmente.

A fidelidade ao projeto não seria de difícil concretização, pois o sujeito eleito também participou de sua construção e vê nele a possibilidade de concretização dos seus ideais. Isso é, inclusive, o que deve justificar a presença do político em um ou outro partido. Assim, as ideias nas quais o cidadão votou não seriam abandonadas logo após o período eleitoral, como ocorre hoje, o que resultaria na identificação entre as ideias do eleitor e o exercício do mandato pelo

representante do programa no qual votou, fazendo aquele se sentir efetivamente representado, decidindo os rumos da comunidade.

Sendo assim, conclui-se que a construção de partidos políticos fortes, defensores de programas bem definidos, elaborados a partir da ideologia que os membros da organização têm em comum, elemento que deve fundamentar a existência de qualquer partido, é o melhor caminho para o Brasil sair da atual crise, para que o povo possa se sentir efetivamente representado, ter o poder político em suas mãos e desfrutar de um verdadeiro regime democrático.

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ANEXO A

Quadro 01 – Fases do Partido Político

ANEXO B

Tabela 01 – Tipos de Partido:

Tipo de

Partido Partido de Quadros

Partido de Massas Especializados Totalitários

Comunistas Fascistas

1) Suporte

Origem Parlamentar Exterior Exterior Exterior

Elemento de

Base Comitê Seção Célula Milícia

Articulação e

Disciplina Fraca Forte Muito forte Muito forte

Ligações Verticais/Horizontais Verticais Estritamente verticais

Estritamente verticais

Centralização Descentralização Descentralização relativa Centralismo democrático Centralismo Tipo Arcaico (sufrágio censitário – início do sufrágio universal) Socialista (início do século XX) Comunista (século XX) Fascista (século XX) Funções Eleitoral e parlamentar; Conquista de eleitores; pressão sobre os eleitos Eleitoral e parlamentar; educação política; formação de novas elites Agitação; propaganda; enquadramen- to; ação clandestina se preciso Opor-se pela força ao poderio das massas populares 2)Participação

Medida Pelo eleitor Adepto/eleitor Adepto/eleitor Adepto/eleitor

Base Social Grande ou pequena

burguesia Massas populares (mas aburguesamento) Classe operária Burguesia e classes médias

Atividade Sazonal (eleições) Regular Permanente Permanente

Natureza Especializada (partidos societários) Especializada (partidos comunitários) Totalitária (partidos- ordens) Totalitária (partidos- ordens) 3) Direção Escolha dos Dirigentes Relativa autocracia (disfarçada) Relativa autocracia (disfarçada) Forte autocracia (disfarçada) Autocracia confessada

Renovação Excepcional Difícil –

envelhecimento Controlada Controlada

Poder dos

Parlamentares Dominante

Subordinação de

princípio-crise Subordinação Subordinação Fonte: Bruno Kneipp (2002, p. 09)

ANEXO C

Imagem 01: Sistema eleitoral adotado por cada país para a legislatura nacional:

ANEXO D

Tabela 02: Simulação de apuração do resultado de uma eleição pelo modelo brasileiro de sistema proporcional de voto em lista aberta:

Passo 1 – Cálculo do Quociente Eleitoral

Quociente Eleitoral – é o número de votos válidos dividido pelo número de cadeiras a preencher (artigo 106). Votos válidos – 70.000 Número de Cadeiras - 9 70.000/9 = 7.778 Quociente Eleitoral = 7.778 Passo 2 – Cálculo do Quociente Partidário

Quociente Partidário – é o número de votos válidos do partido ou legenda divididos pelo quociente eleitoral (artigo 107). Partido A – 14.000/7.778 = 1,79 1 cadeira Partido B – 13.000/7.778 = 1,67 1 cadeira Partido C – 19.000/7.778 = 2,44 2 cadeiras Partido D – 24.000/7.778 = 3,08 3 cadeiras Passo 3 – Distribuição das cadeiras não preenchidas (sobras)

Divisão do número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtidos mais 1, cabendo a cadeira ao partido que apresentar maior média (artigo 109, I).

Partido A – 14.000/2 = 7.000 Partido B – 13.000/2 = 6.500 Partido C – 19.000/3 = 6.333 Partido D – 24.000/4 = 6.000 Resultado – Partido A com mais uma cadeira. Passo 4 – Repetição da Operação para distribuição de cada cadeira

Repete-se a operação para a distribuição das demais cadeiras (art. 109, II).

Partido A – 14.000/3 = 4.666 Partido B – 13.000/2 = 6.500 Partido C – 19.000/3 = 6.333 Partido D – 24.000/4 = 6.000 Resultado – Partido B com mais uma cadeira

Passo 5 – Preenchimento dos Lugares

O preenchimento dos lugares cabíveis a cada partido ou coligação é feito segundo a ordem de cada candidato (artigo 109, § 1º).

Partido A – 2 cadeiras Partido B – 2 cadeiras Partido C – 2 cadeiras Partido D – 3 cadeiras

A indicação dos eleitos é feita pelo maior número de votos obtidos pelos candidatos até o limite de cadeiras conquistadas. Fonte: Elaborada pelo autor, inspirada na simulação de Paulo Hamilton Siqueira Junior (2013, p. 363).

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