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Com essas sugestões de mudança, na página do CMRJU, também foi criado um blog, como meio de difundir o acervo da Justiça, e das ações educativas realizadas. Isso porque, um

blog é um ambiente virtual de atualização rápida, e a sua função será de transmitir

informações, atualizadas periodicamente, a cada 45 dias.

Para pensar no blog foi utilizada uma metodologia que alia a teoria e a prática para organizar e formalizar o planejamento. Houve a exploração e observação de espaços físicos e virtuais de arquivos e museus no sentido de averiguar como são realizadas as ações educativas nesses locais. Fazer essa investigação foi importante para a escolha da plataforma de divulgação. Nesse mundo de meios de cominucação e tecnologia, foi preciso avaliar qual recurso digital é mais promissor para a função que se pretende.

Foram citadas, no decorrer desse trabalho, várias páginas virtuais de arquivos que já têm trabalhos realizados com ações educativas, e difusão de documentos, alguns, também judiciais. Essas propostas pretendem dinamizar o conteúdo histórico através de outras fontes em outros recursos tecnológicos. Atuam com a possibilidade de incentivar alunos a acessar essa ferramenta de ensino, que é atual e oportuniza bons resultados.

Essas análises são importantes para desenvolver um meio de divulgação para o CMRJU. Foi possível aprimorar atividades já realizadas, propor novas, e estabelecer vínculos com acervos similares, e/ou ambientes virtuais, que operam com a temática do Direito/Justiça e, da cidadania. Oferecer à comunidade acesso do material através de recurso prático, dinâmico e interativo. Portanto, para a divulgação dessas atividades, optou-se pela criação do

blog. Para Carvalho (2015, p. 87), um “blog pode ser um caminho empreendedor que lhe dará

autonomia e eficácia”. Além de ser um recurso atual para a divulgação de trabalhos e outras atividades, a construção de um blog é mais fácil, com possibilidades de configuração e uso personalizado, ao passo que outros recursos, tendem a seguir um padrão, como é o caso das redes sociais. Contudo, “não basta criar ou ter um blog, ele deve ser pensado e planejado para atingir bons resultados”. (CARVALHO, 2015, p. 88).

A internet é um potencial difusor de informações, utilizada por vários locais de memória, com vista a garantir a publicidade dos acervos, e facilitar o acesso por estudantes, professores e comunidade em geral. O uso desse meio de comunicação, no sentido de desenvolvimento, é conceituado por Lemos e Levy como “ciberespaço” que “já fez da cultura um lugar de produção de conteúdo, de conexão livre entre as pessoas e grupos e de reconfiguração da vida social, política e cultural”. (2010, p. 29).

A internet é um meio de comunicação, que pode ser perfeitamente utilizado para publicizar o acervo e, trabalhar como recurso didático e difusor cultural. Um blog é a “essência de qualquer comunicação com o intuito de gerar conteúdos de valor, a fim de conquistar confiança, audiência, notoriedade e autoridade no seu ramo de atuação”. (CARVALHO, 2015, p. 88). Atribuir a função educativa ao CMRJU, é uma proposta interessante e atual. Por meio de um blog é possível transmitir informações, oferecer uma nova forma de interação, para contribuir com o ensino e aprendizagem, em busca da construção dos saberes.

Por estas razões, apresenta-se a proposta de um produto para o Programa de Pós- Graduação em Ensino de História. O produto é um blog com a função de divulgar as ações educativas realizadas no CMRJU, isso inclui as que já são realizadas, e as novas ações pretendidas que serão apresentadas na sequência.

Devido à demanda de turmas que frequentam o local, é necessário apresentar uma forma para aproximar os alunos do arquivo, e utilizar este espaço, no ensino. Para Koyama,

as experiências de Educação Patrimonial e de ensino de História em sites de arquivos propõem, através de suas publicações, formas de educação de sensibilidades, tanto quanto do pensamento histórico. Para compreendê-las, precisamos apreender as tensões presentes em sua construção, cuja aparência é tão fluida e transparente, trazendo para o centro da cena os sujeitos sociais e os conflitos presentes na arena de luta que envolve a definição dessas palavras: memória, patrimônio, documento e ensino de História. E que norteiam suas concepções de produção de conhecimentos históricos educacionais e suas práticas. Precisamos, também, nos debruçar sobre suas aproximações de outras produções midiáticas da alta modernidade. (2013, p. 70).

Tornar a página mais interessante, com novos recursos de busca, e novas informações, irá colaborar com a publicidade do acervo. Além do mais, a proposta de atualização da página, vem ao encontro de seguir o mesmo padrão aplicado pela Universidade, que está executando a repaginação dos sites, deixando-os com uma apresentação atual e de fácil acesso.

O desenvolvimento tecnológico, se usado corretamente, em prol do conhecimento, beneficia o ensino devido à facilidade e rapidez com que as informações chegam até a palma da mão. Lemos e Levy (2010, p. 202, grifo dos autores) entendem que: “o espaço global da rede comanda, doravante, todos os outros espaços, já que ele abriga os processos de

inteligência coletiva das comunidades virtuais. Ele é fonte da potência intelectual [...].” É

necessário compreender esse espaço virtual. Portanto,

para compreendê-lo, devemos em primeiro lugar conceber que, uma vez digitalizados, todos os textos, imagens, músicas, dados, signos e outros produtos do espírito humano tornam-se acessíveis imediatamente a partir de qualquer ponto da rede e facilmente, qualquer que seja a localização física do servidor que os abrigam. Esses signos podem estar agrupados ou classificados de maneiras infinitamente diferentes. Cada maneira de organizar esses dados pode ser chamada de um espaço

atual. O termo espaço parece apropriado, considerando que cada maneira de agrupar

define certo sistema de proximidade (ou de afastamento, o que significa a mesma coisa). (LEMOS; LEVY, 2010, p. 202, grifo dos autores).

Utilizar o espaço da internet para postar informações é apropriado e bastante funcional, inclusive, para expor trabalhos e auxiliar na publicidade de assuntos culturais. Tendo em vista que, existe um grande número de pessoas que utiliza essa mídia, se for pensar no uso para o ensino, a internet é um recurso dinâmico, contemporâneo e educativo, pois a “internet é a única inteiramente dialógica e interativa”. (SANTAELLA, 2007, p. 52).

Do ponto de vista de Levy, a tecnologia da informação é bastante produtiva e positiva para a complementação do ensino.

O uso crescente das tecnologias digitais e das redes de comunicação interativa acompanha e amplifica uma profunda mutação na relação com o saber, [...] Ao prolongar determinadas capacidades cognitivas humanas (memória, imaginação, percepção), as tecnologias intelectuais com suporte digital redefinem seu alcance, seu significado, e algumas vezes até mesmo sua natureza. (2010, p. 174).

O conteúdo do acervo é rico em informações, de casos e de episódios históricos, o que contribui com o conhecimento do aluno, que vai poder relacionar os documentos com os conteúdos aplicados em aula, como por exemplo, os fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial, além de ser um meio para que o aluno possa conhecer, interpretar, e resolver questões envolvidas nos documentos. Colocar o acervo à disposição em um site será um grande passo para ampliar o número de visitas mediadas e ações educativas no CMRJU. Vai seguir com a concretização dos objetivos.