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pré-publicação em programas de prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas; e 3) jovens

No documento Comunicação e Educação (páginas 169-172)

como sujeitos de pesquisa sobre programas de prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas.

RESULTADOS

A base mais produtiva para este estudo foi a base ERIC, o que mostra que a área da educação é a que mais se interessa pelo tema, seguida pela ADOLEC, e logo depois pela base PsycInfo, que contempla textos da área de ciências humanas. Percebeu-se que as bases voltadas para a área da saúde, Pubmed e CINAHL, foram as que menos apresentaram resultados relevantes voltados para esse tema, mostrando que ele não é investigado na área da saúde ou que sua investigação não se encontra na área de interesse de revistas indexadas.

A literatura cinzenta se mostrou produtiva, possivelmente porque abrange diversas áreas de conhecimento. Quando utilizado o termo “youth education”, os resultados foram mais produtivos quando comparados aos advindos do termo “social media”, o que possivelmente ocorre em função de introdução mais recente deste último no âmbito da prevenção do consumo de drogas.

Dos 35 estudos pré-selecionados nas bases de dados, 27 foram lidos na ínte-gra. Essa diferença se deve à existência de referências duplicadas, indisponíveis ou muito antigas.

Já na literatura cinzenta, dos 16 estudos pré-selecionados, 10 foram incluídos para leitura na íntegra.

O grupo 1 agrupou referências que mostraram a importância da participação dos jovens na elaboração e implementação de programas de prevenção, argumen-tando no sentido de que quando o jovem sente que faz parte daquela ação, seu engajamento e, consequentemente, sua adesão ao programa cresce consideravel-mente. Esses trabalhos ressaltam a importância de se considerar as experiências e opiniões dos jovens (Quadro 1).

Autores Ano de publicação

País de afi liação

do autor principal Base de dados

Slater, MD 2002 EUA PsycInfo

Jones, RH 2005 China CINAHL

Wong, TN 2010 EUA GA

Ross, L 2011 EUA GA

Quadro 1 - Características dos achados do Grupo 1

O grupo 2 agrupou referências que mostravam que os programas analisados tinham o objetivo de eleger os jovens infl uentes na escola como líderes dos progra-mas de prevenção, de disseminação de informações sobre drogas (Quadro 2).

pré-publicação

Autores Ano de publicação

País de afi liação

do autor principal Base de dados

Callen, K 1983 EUA PubMed

Sanz, CA 1997 Espanha GA

Slater, MD 2006 EUA Ref da Ref

Pullman, MD 2013 EUA GA

Quadro 2 - Características dos achados do Grupo 2

O grupo 3 agrupou publicações que objetivavam levantar as opiniões dos jovens a respeito das drogas, sem de fato incluí-los no processo de desenvolvimento do programa. Esse grupo foi o que mais apresentou referências, o que vai de encon-tro à teoria deste trabalho, que se fundamenta na necessidade de participação real dos jovens nos programas (Quadro 3).

Autores Ano de publicação

País de afi lia-ção do autor principal

Base de dados

Epstein, JÁ   EUA PsycInfo

Hornik, RC 1984 EUA GA

Carver, V 1984 EUA PsycInfo ERIC

Cho, H 1999 EUA GA

Englander-Golden, P 2000 EUA ERIC

Trasher, JF 2003 EUA ERIC

Englander-Golden, P 2004 EUA ERIC

Shaw, RL 2005 Reino Unido CINAHL

Swart, D 2005 África do Sul ERIC

Primack, BA 2006 EUA Adolec

Marsch, MJ 2006 EUA Adolec

Holden, DJ 2007 EUA GA

Primack, BA 2008 EUA Ref da Ref

Bogren, A 2008 Suécia ERIC

Ruiz-Moreno, G 2008 EUA GA

DuPont, RL 2009 Reino Unido Scopus

Lisnov, L 2009   Scopus

Ramirez, AG 2009 EUA Adolec

Schmidt, E 2009 Canadá Adolec

Schwinn, TM 2010 EUA Adolec

Okamoto, SK 2011 EUA ERIC

Okamoto, SK 2012 EUA Scopus

Prokhorov, AV 2013 EUA PubMed

Booth-Butterfi eld, M 2013 EUA ERIC

Crockett, B 2013 EUA GA

pré-publicação

DISCUSSÃO

De acordo com os resultados desta revisão, é possível afi rmar que a maior parte dos textos analisados baseia-se em estratégias atinentes à “GD”, pois excluem os jovens no processo de planejamento e implementação do programa, e apenas propõem a eles que se afastem das drogas, adquiram comportamentos de resistên-cia, e treinem ser refratários a infl uências. O modelo da “GD”, no entanto, se mostrou inefi caz para prevenção de drogas entre estudantes ao longo dos anos, exemplifi -cado pelo DARE (Moreira et al., 2006: 812).

Em contrapartida a essa política, desenvolveram-se programas inspirados na RD, modifi cando a educação sobre drogas de forma a seguir cinco diretrizes: mudan-ças nas atividades institucionais, melhoria do ambiente escolar, desenvolvimento social na escola, criação de vínculos com serviços de saúde e participação dos pais (Moreira et al., 2006: 811). Nessas políticas privilegia-se a participação dos jovens no desenvolvimento das ações, o que aumenta a possibilidade de participação de outros adolescentes.

A escola é considerada um dos melhores locais para introduzir os programas de educação sobre drogas, porém devido ao despreparo das instituições perante os problemas sociais que encontram-se em torno do mercado de drogas, os programas acabam não alcançando de maneira efetiva os estudantes (Soares & Jacobi, 2000: 231). Outro fator que infl uencia de maneira negativa o resultado fi nal desses progra-mas é a falta de preparo dos professores e coordenadores educacionais, considera-dos “pontes” entre os pais e os alunos, além da falta de tempo e da carga excessiva de trabalho desses profi ssionais (Moreira et al., 2006: 816). Esse despreparo causa frustração nos trabalhadores dessas instituições desestimulando sua participação.

Deve-se considerar que por mais que a escola seja um lugar propício para o desenvolvimento de programas de prevenção, existe uma parcela de jovens que abandonou a escola ou que não consegue estudar que fi ca fora desses programas. Por esse motivo, a criação de programas de prevenção fora do espaço da escola é de extrema importância, para atingir não apenas o aluno, mas sim sua família e seus espaços de sociabilidade no bairro (Carlini-Cotrim, 1998: 28). Neste trabalho notou-se que a mídia é tomada como facilitadora de programas de prevenção, e não o foco, ou seja, devem ser realizados programas que incluam a participação do jovem na mídia. A participação efetiva dos jovens é requerida pela abordagem de RD consoli-dando sua condição de sujeitos do processo educativo. As experiências desses sujei-tos são consideradas na elaboração das mensagens a serem debatidas com os que compartilham a condição geracional e os contextos específi cos de trabalho e vida (Oliveira & Soares, 2013: 33).

Para que um programa alcance os jovens, deve haver muito diálogo entre educando e educador (Adade & Monteiro, 2013: 3), fato esse que não foi percebido na maioria dos estudos analisados neste trabalho.

pré-publicação

No documento Comunicação e Educação (páginas 169-172)