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Pulmões especiais para as aves

No documento o Engano Do Evolucionismo (páginas 49-52)

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amplamente conhecidas supostas formas de transição dentre as muito poucas que ainda são defendidas pelos evolucionistas. O Archaeopteryx, ancestral das aves modernas, conforme os evolucionistas, teria vivido há 150 milhões de anos. Teoricamente, alguns pequenos dinossauros como os que foram denominados Velociraptor e Dromeossauro, teriam evoluído adquirindo asas e então começando a voar. Assim, o Archaeopteryx é supostamente uma forma de transição que se separou dos dinossauros seus ancestrais começando a voar pela primeira vez.

Entretanto, estudos mais recentes de fósseis do Archaeopteryx indicam que ele absolutamente não é uma forma de transição, mas sim uma espécie de ave com características distintas das aves atuais.

A tese de que o Archaeopteryx era uma “meio-ave” que não conseguia voar perfeitamente foi muito divulgada pelos círculos evolucionistas até há pouco tempo. A ausência do osso esterno nessa criatura, ou pelo menos esse osso sendo diferente do esterno das aves que voam, era tida como a evidência mais importante de que o Archaeopteryx não podia propriamente voar. (O esterno é um osso que se encontra no tórax, no qual estão fixados os músculos necessários para o vôo. Esse osso encontra-se em todas as aves, independentemente de voarem ou não, e até mesmo nos morcegos, que são mamíferos pertencentes a outra família bastante distinta das aves).

Entretanto, o sétimo fóssil de Archaeopteryx, que foi descoberto em

1992, causou grande surpresa para os evolucionistas. A razão foi que constava

desse espécime o osso esterno, que por tanto tampo havia sido suposto inexistente pelos evlucionistas. Esse fóssil recentemente descoberto foi descrito na revista científica Nature da seguinte forma:

“O sétimo espécime de Archaeopteryx recentemente descoberto preserva um osso esterno retangular, há muito tempo suspeitado, mas nunca antes documentado. Isso corrobora a existência de fortes músculos

necessários ao vôo” (38).

Esta descoberta invalidou as principais alegações de que o Archaeopteryx era uma “meio – ave” que não podia voar adequadamente.

Por outro lado, a estrutura das penas das aves tornou-se uma das mais importantes evidências a favor de o Archaeopteryx ser uma ave verdadeiramente voadora. A estrutura assimétrica das penas do Archaeopteryx é indistinguível da estrutura das aves atuais, indicando que ele podia voar perfeitamente. Como afirmou o famoso paleontologista Carl O. Dunbar, “devido a suas penas, o Archaeopteryx deve ser classificado distintamente como ave” (39). 38. Nature, Vol. 382. August, 1, 1996, pp. 401.

Outro fato que foi revelado pela estrutura das penas do Archaeopteryx foi o seu metabolismo de ave de sangue-quente. Como se sabe, répteis e dinossauros são animais de sangue-frio, que se acomodam às temperaturas do ambiente, não regulando a temperatura de seu corpo de maneira independente do ambiente. Uma das funções muito importantes das penas das aves é a manutenção da temperatura de seu corpo. O fato de que o Archaeopteryx tinha penas mostrou que ele era realmente uma ave de sangue-quente, que precisava manter sua temperatura interna, ao contrário dos dinossauros.

Especulações Evolucionistas: Dentes e Garras do Archaeopteryx Os dois aspectos importantes sobre os quais se baseiam os evolucionistas para alegar que o Archaeopteryx é uma forma de transição são as garras nas suas asas e os seus dentes.

É verdade que o Archaeopteryx tinha garras em suas asas e dentes no bico, porém essas características não implicam que essa criatura tivesse qualquer espécie de relacionamento com os répteis. Além disso, existem hoje duas espécies, o Taouraco e o Hoatzin, que possuem garras para se agarrarem a ramos de árvores. Essas duas criaturas são plenamente aves, sem qualquer característica de réptil. Esta é a razão pela qual não há qualquer base para afirmar que o Archaeopteryx é uma forma de transição somente por causa das garras em suas asas.

Também nem a existência de dentes no bico do Archaeopteryx implica que ele seja uma forma de transição. Os evolucionistas propositadamente armam uma cilada ao afirmarem que esses dentes são características de répteis. Na realidade, dentes não constituem uma característica típica de répteis. Dentre os répteis atuais, alguns têm dentes, enquanto outros não. Além do mais, o Archaeopteryx não é a única espécie de ave que tem dentes. É verdade que não existem atualmente aves com dentes, mas ao examinamos o registro fóssil, verificamos que na mesma época do Archaeopteryx e posteriormente, bem como até bastante recentemente, existiu um gênero de aves que poderiam ser categorizados como “aves com dentes”.

O ponto mais importante é que a estrutura dental do Archaeopteryx e das

outras aves com dentes é totalmente diferente da estrutura de seus supostos

ancestrais, os dinossauros. Os famosos ornitologistas Martin, Steward e Whetstone observaram que o Archaeopteryx e outras aves com dentes apresentam dentes com superfícies planas no topo e grandes raízes. Os dentes dos dinossauros terópodes, porém, os supostos ancestrais dessas aves, são protuberantes como dentes de serra, e têm raízes estreitas(40).

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Os pesquisadores compararam também os ossos dos metatarsos do

Archaeopteryx com os de seus supostos ancestrais, os dinossauros, e não

observaram qualquer semelhança entre eles(41).

Os estudos de anatomistas como Tarsitano, Hecht e A. D. Walker revelaram que algumas “similaridades” que se afirmava existirem entre essas criaturas e os dinossauros, como ressaltado por John Ostrom, proeminente autoridade que alega ter o Archaeopteryx evoluído a partir dos dinossauros, na realidade eram erros de interpretação(42).

Todas estas descobertas indicam que o Archaeopteryx não era um elo de transição, mas somente uma ave que ficou na categoria que se poderia denominar de “aves com dentes”.

O Archaeopteryx e outros fósseis antigos

Enquanto os evolucionistas, durante décadas proclamavam que o

Archaeopteryx constituía a maior evidência a favor de seu cenário relativo à

evolução das aves, alguns fósseis encontrados recentemente invalidavam esse cenário quanto a outros aspectos.

Lianhai Hou e Zhonghe Shou, dois paleontologistas do Instituto Chinês de Paleontologia de Vertebrados, descobriram em 1995 uma 41. Ibid, p. 86; L. D. Martin “Origins of Higher Groups of Tetrapods”, Ithaca, New York: Comstock

Publising Association, 1991, pp. 485, 540.

42. S. Tarsitano, M. K. Hecht, Zoological Journal of the Linnaean Society, Vol. 69, 1985, p. 178; A. D. Walker, Geological Magazine, Vol. 177, 1980, p. 595.

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