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159 Quadro 3.25 – Análise SWOT do Concelho de Cascais Acessibilidade em TC.

Acessibilidade em TP

Pontos Fortes Pontos Fracos

- A Linha de Cascais e o TP rodoviário apresentam uma oferta satisfatória nas ligações inter-concelhias, com maior enfoque para o caminho-de-ferro;

- O somatório do número de circulações diárias dos dois modos nas ligações inter- concelhias ronda as 650, efectuando-se as ligações a Sintra, Oeiras, Amadora e Lisboa; - O modo TP rodoviário está pensado no propósito de um dos extremos das circulações se ancorar a um dos interfaces do modo ferroviário;

- Os interfaces das estações de Cascais, Parede e Carcavelos detêm boas condições de estada, informação e acessibilidade aos utentes possuidores de mobilidade reduzida; - As viaturas da concessionária do TP Rodoviário (Scotturb) são recentes o que permite bons níveis de conforto aos passageiros.

- Insuficiência da rede de TP rodoviário no acompanhamento do desenvolvimento urbano do concelho. Esta realidade é mais expressiva a Norte da A5 onde as circulações se produzem fundamentalmente ao longo de três eixos principais: nos corredores da Av. Adelino Amaro da Costa (em direcção à Malveira da Serra), E.N. 9 (em direcção a Alcabideche) e E.N. 249/4 (em direcção a Trajouce); - Débil articulação entre o modo ferroviário e rodoviário no interface de S. Pedro do Estoril. Sendo a estação da Linha de Cascais com maior serviço em períodos de ponta, somente é servida pela carreira 477 (no modo rodoviário);

- Fraca legibilidade do destino de muitas das carreiras rodoviárias, quando apresentam no visor a designação “Circular”, face à estação de base. Tal facto contribui para a imperceptibilidade dos utentes não frequentes;

- O facto de muitas das carreiras possuírem um percurso sinuoso (com o fim de servirem o maior número de localidades), induz à perda de atractividade do modo; - Os tempos de percurso apresentados pelo operador são calculados com base na velocidade comercial sem entrarem em linha de conta com os abrandamentos. Tal facto origina que os tempos reais sejam potencialmente superiores, exista atrasos nos horários (pontualidade) das paragens, levando à desconfiança e descrédito da informação prestada e, logo, à perda da atractividade;

- Desajuste da oferta de TP rodoviário no período de ponta da manhã;

- Baixa frequência do serviço ofertado pelo TP rodoviário. Somente 46% da pop e 47% do emprego se encontram na área de influência de uma paragem que seja servida por 6 ou mais serviços no PPM. Considerando o corpo do dia, o serviço desce para 25% da pop e 30 do emprego;

- O Concelho de Cascais não está abrangido pelas coroas do sistema tarifário dos passes intermodais, levando a custos mais elevados no preço médio de viagem. A esta regra isentam-se as localidades de Sassoeiros, Abóboda e Talaíde; - Existência de uma estrutura tarifária complexa, a qual faculta a oportunidade de se efectuar diversas combinações de títulos. Estes factores revelam-se com um grau de dificuldade em nada convidativo ao modo;

- A maioria dos utentes do TP é do sexo feminino, fazendo este parte dos agregados familiares mais desfavorecidos (dos escalões D e E da escala do status social). Este facto é revelador de uma utilização do TP pela pop que não possui outra opção;

- A esmagadora maioria das carreiras do TP rodoviário possui pelo menos um extremo num interface e desenvolve- se segundo a orientação Sul-Norte, existindo uma carência de carreiras transversais ao concelho (Nascente-Poente); - Ocorrência de insuficiências na oferta de TP de proximidade. Esta conclusão é retirada do facto de 62%, aprox, das viagens dos táxis se verificarem dentro da mesma freguesia.

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Oportunidades Ameaças

- Implementação de uma hierarquia para toda a rede de TP, incluindo as relações inevitáveis com os movimentos intra e inter-concelhias; - Aumentar a oferta de TP rodoviário de proximidade;

- Aumento da qualidade da informação prestada sobre os tarifários da concessionária rodoviária e a sua correlação com os demais operadores. Deste desiderato, poderá ocorrer um acréscimo na procura;

- Criar mais interfaces, nomeadamente no interior do concelho (nas freguesias de Alcabideche e S. Domingos de Rana); - Melhorar e requalificar a estação ferroviária de S. Pedro do Estoril, visando o reforço da sua importância e incrementar a sua relação de interface na possibilidade de a ela fazer afluir mais carreiras de TP rodoviário;

- Com o PDM-Cascais em revisão, reservar espaços canais para implantação de corredores para novas formas de mobilidade em TP.

- Caso a oferta de TP não seja melhorada, é previsível a continuação de perda de competitividade e logo de utentes; - Na hipótese de diminuição de utentes, ocorra uma diminuição da quantidade e qualidade da oferta;

- Ocorrência de uma espiral descendente em ciclo vicioso; - Continuação do aumento o TI.

(Adaptado de CMC, 2010a).

Quadro 3.26 – Análise SWOT do Concelho de Cascais - Táxis. Táxis

Pontos Fortes Pontos Fracos

- A oferta do serviço é da ordem de 1 táxi por 860 habitantes.

- A localidade de Alcabideche é deficitária na medida que possui um rácio de 1 táxi por 2 500 habitantes; - Alcabideche, face ao parâmetro anteriormente apresentado, possui uma potencial enorme limitação na oferta se observarmos os geradores de atractividade de população (p.e., o CascaiShopping e o Novo Hospital);

- As praças de táxi, por vezes vêem-se desprovidas de viaturas, forçando os utentes a fazer uso do serviço de chamada;

- As praças de táxi são, por vezes, desmotivadoras de se efectuarem esperas, levando ao abandono daquelas por parte dos utentes.

Oportunidades Ameaças

- Aumentar a oferta deste tipo de serviço,

nomeadamente nas praças onde o rácio é inferior e insatisfatório face à procura (p.e., Alcabideche); - Possibilidade de se aumentar a qualidade das praças de táxi e/ou encontro de novos espaços para

localização futura.

- Caso não se efectue um planeamento correcto da oferta, há a possibilidade de ocorrer uma maior diferenciação entre as diversas localidades do concelho, prejudicando ainda mais as populações do interior.

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