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Capítulo II – Revisão de literatura

II. 4.3.1.2 Manutenção Baseada nas Condições

II.5 Quadro de Referência

II.5.1 Proposições

Numa primeira fase do trabalho, à medida que foi sendo feita a revisão de literatura identificaram-se 27 aspetos chave, os quais contêm conteúdo importante a discutir com a finalidade de esclarecer as questões de investigação. Todavia, numa segunda fase, depois de consolidada a revisão de literatura, refinaram-se esses aspetos chave e desenvolveram- se proposições (vide lista de proposições a baixo). Com base nos aspetos chave 1, 4, 15, 16, 17, 18, 19, 22, 24, 26 e, 27 criaram-se de forma praticamente direta as proposições,1, 2, 7, 8 ,9, 10, 15, 16, 17, 12 e, 13. Com base nos aspetos chave 11,12 e 13 criou-se a proposição 4. Com base nas secções II.3.1, II.2.1, II.2.2.2 e II.2.3.2 criou-se a proposição 3. A proposição 5 foi concebida com base nas secções II.2.1 e II.3.1. A proposição 6 foi feita com base no aspeto chave 14 e na secção II.2.6. A proposição 11 foi inspirada nas secções II.4.4.5 a II.4.4.8. A proposição 14 resulta de uma expectável constatação da proposição 13 e do aspeto chave 14. Por último a proposição 18 resulta das secções II.4.1, II.2.6 e II.1.

Assim sendo, têm-se as seguintes proposições, desenvolvidas de modo suportado na revisão da literatura, que são parte integrante e fundamental do quadro de referência apresentado, como seu outcome, a par com a Figura 13 que é a sua expressão gráfica: Proposição 1: A estratégia de servitização permite aos FTPA alcançar vantagem competitiva face aos concorrentes com menores custos de produção.

Proposição 2: A servitização e a consequente adoção de modelos de negócio de PSS é de possível aplicação nas PME FTPA.

Proposição 3: O contexto interno das PME FTPA numa perspetiva Bottom Up vai influenciar a escolha da servitização.

Proposição 4: A oferta de PSS cria e captura mais valor para o cliente.

Proposição 5: A estratégia de servitização exerce um efeito Top Down na conceção organizacional das PME FTPA.

Proposição 6: As PME FTPA ao participar em redes colaborativas com clientes e outros

stakholders, tornam-se co-criadores de valor e conseguem melhor responder aos desafios

da servitização.

Proposição 7: A gestão de OV ajuda as PME FTPA a oferecer PSS orientados para o Uso e Resultado.

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Proposição 8: As PME para adotar a servitização e formar OV necessitam de formar um ACOV.

Proposição 9: A estratégia da organização influência e é influenciada pela sua infra- estrutura tecnológica.

Proposição 10: Os sistemas de informação MRP II e o ERP são insuficientes para garantir a adoção da servitização.

Proposição 11: A Indústria 4.0 permite às PME FTPA adotar novos modelos de negócio. Proposição 12: A criação dos padrões Indústria 4.0 garante maior abrangência internacional dos modelos de negócio assentes na servitização.

Proposição 13: A adoção da Indústria 4.0 implica maiores custos e exige maiores recursos às empresas.

Proposição 14: A constituição de uma rede colaborativa ajuda a desenvolver competências para o investimento na Indústria 4.0.

Proposição 15: O domínio de TMR é um requisito de infraestrutura tecnológica para a adoção de PSS orientados para o Uso e Resultado.

Proposição 16: A IoT aumenta a eficiência dos serviços de manutenção das PME FTPA. Proposição 17: O Big Data ajuda a desenvolver PSS mais customizados.

Proposição 18: As PME FTPA com a criação de uma Digital Business Platform tornam- se integradores de recursos, o que facilita a co-criação de valor, e a partilha de capacidades e processos digitais com o cliente com vista ao desenvolvimento de soluções para enfrentar o BIM.

II.5.2 Enterprise Architecture para PME FTPA para as RO

Como referido na secção II.4, a Enterprise Architecture (EA) operacionaliza um quadro de referência que resume uma intenção estratégica holística que também considera as forças de rotura provenientes do push tecnológico. Esta framework identifica a mudança necessária em relação ao rumo apontado pelo planeamento estratégico do negócio e das operações (no sentido mais abrangente) com vista ao colmatar do gap estratégico. Desta forma, com base numa revisão exaustiva da literatura, seguiu-se uma abordagem condizente com a EA para estabelecer um quadro de referência estratégico. Este quadro satisfaz os objetivos da investigação, isto é, suporta a tomada de decisão a fim de se definir um rumo estratégico, moderno e atualizado, para as Pequenas e Médias Empresas (PME) Fabricantes de Tecnologia de Produção Avançada (FTPA) para o setor das Rochas Ornamentais (RO).

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Nesta abordagem identificaram-se as principais forças de rotura provenientes do contexto externo que podem afetar a estratégia e identificou-se uma estratégia para responder a essas forças (atividade 1), analisando-se as características da estrutura organizacional e uma possível solução para viabilizar a estratégia (atividade 2); identificaram-se ainda possíveis oportunidades tecnológicas para viabilizar a estratégia e suportar a estrutura organizacional (atividade 3).

Dentro das atividades 1, 2 e 3, respetivamente, Estratégia, Estrutura e Infra-Estrutura Tecnológica, identificaram-se internamente em cada atividade quatro sub-atividades. Por exemplo, para a atividade 1 tem-se as seguintes sub-actividades: (i) Escolher Estratégia; (ii) Implementar Estratégia; (iii) Implementar Modelo e, (iv) Estabelecer Contexto Interno. Essas sub-atividades processam informação, transformando fluxos de dados à entrada noutros à saída e interligam-se entre si deste modo. Foram identificados cerca de 40 fluxos, os quais fazem a interligação e transportam a informação entre sub-atividades, inter e intra atividade, isto é, dentro da mesma atividade e entre diferentes atividades. Com base neste quadro de referência, as PME FTPA podem avaliar uma possibilidade de modelo de negócio a adotar, assente nos princípios da servitização, tendo também por base as suas interligações diretas e indiretas com as outras sub-atividades. Isto ajuda as PME FTPA a perspetivar holisticamente o seu contexto de atuação estratégico futuro, os requisitos para uma estrutura organizacional adequada e as necessidades indispensáveis de tecnologia. Deste modo, os FTPA podem projetar as suas necessidades para estruturas e processos competitivos que promovam e suportem os objetivos do negócio. Este quadro de referência, sendo constituído por uma expressão gráfica representada num formato semelhante à forma de um diagrama do tipo Data Flow Diagram9 (DFD) elaborado a partir do software Visio (vide Fig. 13), com descrição detalhada anexada (anexo 2), e por um conjunto de proposições (vide secção anterior) suportadas no estado da arte do conhecimento, também cumpre o requisito de se basear numa revisão exaustiva da literatura anterior ao trabalho de campo, condições para um estudo ser considerado dedutivo.

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Capítulo III – Modelo conceptual e metodologia