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QUADRO 9: PERFIL DA AMOSTRA DE TÉCNICOS ASSESSORES QUE PARTICIPARAM DOS GRUPOS FOCAIS

QUADRO 8: O QUE OS AGRICULTORES ESPERAVAM DOS SERVIÇOS DE ATES

QUADRO 9: PERFIL DA AMOSTRA DE TÉCNICOS ASSESSORES QUE PARTICIPARAM DOS GRUPOS FOCAIS

Assentamento e Nºde Famílias Formação Profissional Tempo de atuação na cooperativa Idade Estado Civil Naturalidade Técnico Agrícola com Especialização em Agropecuária

2 anos 29 casado Conceição do Araguaia - PA

Técnico em Agropecuária

5 anos 27 casado Araguatins- TO Licenciada em

Ciências Agrárias

7 meses 27 solteira Rio de Janeiro - RJ PA1 – recente e

próximo 116 famílias

Técnico em Agropecuária

Técnico em Agropecuária

7 anos 41 solteiro Nova Olinda - CE Técnico

Agrícola com Habilitação

em Agricultura

4 anos 30 casado Linhares - ES

Técnico em Agropecuária

3,5 anos 28 casado São Domingos do Araguaia - PA PA2 – recente e próximo 67 famílias Técnico Agrícola

3 anos 27 casado Amarante - MA

Técnica em Agropecuária

7 anos 28 casada Palestina do Pará - PA

Licenciado em Ciências Agrárias

2 anos 26 solteiro Marabá- PA PA3 – antigo e distante 144 famílias Técnico Agrícola com Habilitação em Agricultura

3 anos 24 casado Imperatriz - MA

Técnico em Agropecuária

7 anos 32 solteiro Santa Maria da Vitória - BA Técnico em

Agropecuária

7 anos 29 casado Porteiras - CE PA4 – antigo e próximo 93 famílias Técnico Agrícola com Habilitação em Agricultura

1, 5 ano 24 casado São Pedro da Água Branca - MA

Fonte: Pesquisa de campo

No quadro estão descritas características dos quatorze técnicos que participaram da pesquisa de acordo com o PA que atuam, a formação acadêmica, o tempo de trabalho na Copserviços, a idade, o estado civil e a naturalidade.

Percebe-se que, dos quatorze técnicos de ATES pesquisados, doze possuem formação de ensino médio (todos formados por Escolas Agrotécnicas Federais de diversos estados do Brasil). Outros dois possuem formação de nível superior. Muitos destes técnicos tiveram sua primeira experiência profissional na agricultura familiar através do vínculo com a cooperativa.

Uma característica que apresenta bastante variação é o tempo de atuação na entidade, havendo técnicos com apenas sete meses e outros com até sete anos. Aqui cabe ressaltar que o serviço de ATES foi criado em 2004, mas anteriormente a este período, a cooperativa já prestava serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural a áreas de assentamento. A média referente ao tempo de atuação entre os quatorze técnicos é de três anos e sete meses.

Outra característica bastante variável é a idade dos profissionais, alternado no intervalo de 23 a 41 anos, sendo que a idade média entre eles é de 28 anos. Há técnicos que acumulam experiência de muitos anos trabalhando na agricultura familiar, atuando junto a outros técnicos mais jovens e com menos tempo de atuação profissional, mas que também trazem suas experiências para a execução dos trabalhos. Essa interação entre os técnicos pode ser notada nas equipes que atuam nos quatro assentamentos pesquisados.

O estado civil foi considerado porque esta condição interfere significativamente na manutenção do quadro profissional da cooperativa, principalmente nos períodos de grandes dificuldades financeiras quando dos atrasos no repasse de parcelas do INCRA. De acordo com os entrevistados, as incertezas quanto à renovação de convênios e reposição de parcelas levam os profissionais, principalmente os casados, a saírem da cooperativa e buscarem empregos mais estáveis para garantirem uma fonte de renda segura e manterem seus compromissos pessoais e familiares. Nota-se na amostra pesquisada que a maioria é de casados.

O local de nascimento dos profissionais varia bastante, com profissionais das regiões sudeste, nordeste e norte. Muitos destes profissionais formaram-se em seu estado natal e foram atuar profissionalmente no sudeste paraense, o que demonstra a grande demanda local por profissionais para trabalhar em áreas de assentamento de reforma agrária nesta região.

Para se ter uma idéia dos trabalhos executados pelos técnicos, é apresentado a seguir um organograma representando, resumidamente, as principais atividades envolvidas no cotidiano de trabalho dos extensionistas da Copserviços, conforme depoimentos destes profissionais.

Figura 19: Representação do cotidiano de trabalho dos extensionistas da Copserviços

Atividades na Sede da Cooperativa:

Atendimento aos agricultores; elaboração de projetos, processos de capacitação e eventos; redação de ofícios e laudos; preenchimento de planilhas de projetos; sistematização de informações; redação de ofícios, laudos; regularizar documentos de agricultores.

Atividades nos Lotes e nos Assentamentos:

Reuniões de planejamento e mobilizações com a comunidade; elaboração de PDA, PRA, PEA; orientação técnica em geral; capacitações; entrega de insumos, animais e materiais; eventos culturais; regularização de documentos; implantação e acompanhamento de projetos; formação de grupos de interesse locais.

Organização/Participação de Eventos:

Congressos regionais e nacionais sobre ATES e sobre Agroecologia; capacitação a agricultores; curso agentes de desenvolvimento rural; capacitação para elaboração de PDA; participação em CMDRS; encontro sobre eletrificação rural e construções de hidrelétrica; planejamento do Pronaf Floresta para a região.

Atividades do Pronaf:

Reunião nos PAs para discutir normativas; visita aos lotes para elaborar propostas dos projetos; recolher assinatura de agricultores nos PAs; elaboração de laudos e ofícios aos bancos; vistoria de instalações para criações; acompanhamento da compra de animais e mudas; implantação e acompanhamento das atividades nos lotes.

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Na figura estão resumidamente descritos os quatro principais tipos de atividades realizadas pelos técnicos da Copserviços no cotidiano de trabalho. Esses tipos de atividade se correlacionam entre si, o que permite se perceber um pouco do dinamismo envolvido na execução do serviço de ATES. Ressalta-se que as atividades nos lotes e nos assentamentos (descritas no diagrama 2 de cor verde na figura) e as atividades do Pronaf (descritas no diagrama 3 e cor amarela na figura) ocupam juntas cerca de 2/3 do tempo de trabalho dos profissionais. Por isso, para efeito de visualização, os diagramas correspondentes a essas duas atividades são maiores que os diagramas 1 e 4, cujas atividades descritas ocupam cerca de 1/3 do tempo de trabalho, mas, apesar de demandar menos tempo, são fundamentais para a realização das demais e para o cumprimento do plano de trabalho da cooperativa.

Uma descrição mais detalhada do cotidiano profissional dos técnicos pode ser encontrada no Anexo 6.

7.2 – Análise dos técnicos extensionistas sobre o Serviço de ATES

A primeira questão levantada com os técnicos assessores foi a visão que os técnicos possuem quanto aos objetivos dos serviços que realizam.

QUADRO 10: OBJETIVOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS NA OPINIÃO DOS