• Nenhum resultado encontrado

Quanto ao Emprego de Ferramentas de Modelagem dos Processos de

No documento Elaine Alves de Carvalho (páginas 154-158)

Capítulo 6 – Análise Crítica das Abordagens e Métodos de Elicitação de Requisitos a

6.4. Quanto ao Emprego de Ferramentas de Modelagem dos Processos de

Inúmeras são as ferramentas de modelagem de processos existentes no mercado e até mesmo reconhecidas pela comunidade científica. Segundo Santos (2002), o uso de ferramentas de modelagem de processos é importante por se tratar de um instrumento aplicável às ações de EPN, principalmente, em situações de grande complexidade. Essas ferramentas geralmente automatizam, sistematizam e controlam a criação dos modelos durante a modelagem de processos. E algumas daquelas podem inclusive embutir metodologias de modelagem de processos específicas.

Ao analisar as abordagens apresentadas é possível verificar que Vicente (2004), por adotar a metodologia ARIS, já emprega em seu método uma ferramenta criada a partir desta metodologia (ARIS Toolset) para automatizar a modelagem dos processos, construindo modelos interligados e passíveis de serem utilizados para outras aplicações da EPN (reengenharia, integrações organizacionais, indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.). Esse autor selecionou para aplicação em seu método dois

EPC (Cadeia de Processos Orientada por Eventos) – que são graficamente elaborados por essa ferramenta. Por isso, essa abordagem é considerada aderente ao quarto critério de análise aplicado.

As propostas Proforma (1998), Rational (2000), Cruz (2002) e Dias et al. (2006), além do método em si, também apresentam em suas abordagens ferramentas que operacionalizam os métodos desenvolvidos. As respectivas ferramentas são: ProVision, Rational Suite AnalystStudio, HPReq e RAPDIS. Os modelos de processos de negócio previstos nessas abordagens são construídos e mantidos por essas ferramentas que acabam embutindo as etapas, os modelos e elementos previstos nos métodos criados. Como esses métodos empregam a UML, as ferramentas acabam também internalizando de alguma forma a notação UML e seus diagramas. E, muitas vezes, até o próprio mecanismo de transformação das informações dos modelos que representam elementos do negócio e seus processos em requisitos de sistema também acaba sendo operacionalizado pelas ferramentas. Já as demais abordagens não explicitam se adotam ou não de alguma ferramenta para a modelagem de processos.

No entanto, cabe ressaltar a importância de se empregar boas ferramentas de modelagem, pois, segundo Vicente (2004), com essas torna-se possível estabelecer, na lógica de iteratividade, dentre outros benefícios, níveis de detalhamento adequados. A Tabela 8 resume os aspectos avaliados nas abordagens quanto ao critério de análise aplicado nessa seção.

Tabela 8 – Resumo da análise das abordagens quanto ao emprego de ferramentas apropriadas para a modelagem de processos

# Título Autor (es) Ano Atendimento

ao critério Análise resumida do critério

1 Integrating Business Processes, Workflows and Object Models via Use Cases

Empresa Proforma 1998 Atende parcialmente,

pois apresenta limitações

Usa a ferramenta ProVision que internaliza o método proposto e, conseqüentemente, suas limitações quanto à modelagem de processos e possíveis ações da EPN (indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.) por usar a UML.

2 Business Modeling with the UML and Rational Suite Analyst Studio

Empresa Rational 2000 Atende parcialmente,

pois apresenta limitações

Usa a ferramenta Rational Suite AnalystStudio que internaliza o

método proposto e,

conseqüentemente, suas limitações quanto à modelagem de processos e possíveis ações da EPN (indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.) por adotar a UML. 3 Business Modeling with UML: business patterns at work ERIKSSON, H. E. PENKER, M.

2000 Não atende Não explicita em sua abordagem a utilização de ferramenta para modelagem de processos de negócio. 4 Business Modelling for Component Systems with UML TYNDALE-BISCOE, S. SIMS, O. WOOD, B. SLUMAN, C.

2002 Não atende A abordagem também não explicita em sua abordagem a utilização de ferramenta para modelagem de processos de negócio. 5 Heurísticas para Identificação de Requisitos de Sistemas de Informações a partir de Modelos de Processos

CRUZ, P.O.S. 2004 Atende

parcialmente, pois apresenta limitações

Usa a ferramenta HPReq que internaliza o método proposto e, conseqüentemente, suas limitações quanto à modelagem de processos e possíveis ações da EPN (indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.) por adotar a UML. 6 Elicitação de Requisitos de Software a Partir do Modelo de Negócio

KNIGHT, D. M. 2004 Não atende Não explicita em sua abordagem a utilização de ferramenta para modelagem de processos de negócio.

7 Modelagem de Processos e Linguagem de Modelagem Unificada: uma análise crítica

VICENTE, L. S. S. 2004 Atende Usa a ferramenta ARIS Toolset que internaliza a metodologia ARIS e, conseqüentemente, suas características de suporte à modelagem de processos e possíveis ações da EPN (indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.). 8 Elicitación de requisitos en sistemas de gestión orientados a procesos VILLANUEVA, I. SÁNCHEZ, J. PASTOR, O.

2005 Não atende Não explicita em sua abordagem a utilização de ferramenta para modelagem de processos de negócio. 9 Uma Abordagem para a Transformação Automática do Modelo de Negócio em Modelo de Requisitos DIAS, F. MORGADO, G. CRUZ, P. SILVEIRA, D. ALENCAR, A. J. LIMA, P. SCHMITZ, E. 2006 Atende parcialmente, pois apresenta limitações

Usa o ambiente RAPDIS que internaliza o método proposto e, conseqüentemente, suas limitações quanto à modelagem de processos e possíveis ações da EPN (indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.) por usar a UML. 10 Definição de Requisitos de Software Baseada numa Arquitetura de Modelagem de Negócios AZEVEDO JUNIOR, D. P. CAMPOS, R.

2008 Não atende Não explicita em sua abordagem a utilização de ferramenta para modelagem de processos de negócio.

Fonte: A autora

Embora 40% das abordagens adotem ferramentas para auxiliar na construção dos modelos, essas se mostram parcialmente adequadas ao critério aplicado na análise. Esse fato ocorre devido à adoção da notação UML estendida que, de alguma forma, tem suas características refletidas nas ferramentas que a suportam. Conseqüentemente, esses

softwares acabam também herdando as limitações da notação adotada, inviabilizando

algumas ações e análises de EPN (reengenharia, integrações organizacionais, indicadores de desempenho, análises organizacionais etc.). A notação UML, ainda que adaptada, se mostra limitada por não conseguir representar plenamente outros aspectos do negócio, dado que originalmente foi concebida para a modelagem de sistemas. Por isso, essas quatro abordagens, dentre o total de dez, são consideradas parcialmente aderentes ao critério de análise aplicado nessa seção.

No documento Elaine Alves de Carvalho (páginas 154-158)