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O Que Revela as Impressões dos Professores sobre os Encontros Formativos dos Anos de 2014 à 2016?

FÍSICA NA SME/NATAL

3.1 O Que Revela as Impressões dos Professores sobre os Encontros Formativos dos Anos de 2014 à 2016?

Com intuito de conhecermos as impressões dos professores sobre o pro grama de formação continuada de Educação Física oferecida pela SME/Natal foram analisados os instrumentos de avaliação (ANEXO A, B e C), aplicados no último encontro de cada ano, além dos registros quem realizamos pela da observação, o que nos permitiu complementar a análise dos dados.

Antes de apresentarmos a análise das avaliações, um dos dados que consideramos bastante importante enfatizar é o crescimento na quantidade de professores participantes nos encontros de formação no decorrer desses anos, conforme verificamos no Quadro 11. Podemos afirmar que eles nos dão uma dimensão da aceitabilidade por parte dos professores em relação à forma como foi planejada e executada a formação continuada entre os anos de 2014 e 2016

Quadro 11 - Quantitativo de professores por encontro de formação continuada – 2014 - 2016

Mês 2014 2015 2016 Março - 54 - Março - 69 - Abril - 54 65 Abril - 50 66 Maio - 54 65 Maio - 50 48 Junho - 49 51 Julho - 55 54 Julho 26 56 60 Agosto 33 61 49 Agosto 35 54 53 Setembro 44 45 45 Setembro 43 45 41 Outubro - - 43 Novembro 28 40 - Novembro 27 47 52 Novembro 37 46 - Deze mb ro 36 - 53

Mé dia por ano 34,33333 51,8125 53,21429

Fonte: Re latório da formação continuada SME/ Natal

Acreditamos que o programa de formação continuada se apresentou mais atrativo e a divulgação em redes sociais pode também ter sido um dos motivos para esse crescimento, mesmo que consideremos um número ainda baixo quando pensamos na totalidade de quase duzentos professores efetivos. Um total de 137 professores de Educação Física participou de

pelo menos 01 encontro de formação continuada oferecida pela SME/Natal. Pudemos encontrar pistas sobre os fatores que impulsionaram esse crescimento no número de participantes a partir das avaliações realizadas pelos professores participantes e pela leitura dos relatórios de formação continuada construídos pela equipe de formadores do SAPEF/DEF/SME.

As avaliações anuais foram realizadas no último encontro de cada ano. Em 2014, 34 professores realizaram a avaliação; no ano de 2015, 46 professores; em 2016, 56 professores avaliaram de forma geral a formação continuada do referido ano. Os instrumentos apresentam requisitos comuns que foram avaliados, mas no decorrer dos anos eles foram sofrendo alterações de acordo com as necessidades que a equipe percebeu serem importantes avaliar.

O primeiro item avaliado foi a relação entre os conteúdos trabalhados nos encontros da Formação Continuada em Educação Física e o planejamento na escola. Esse requisito esteve presente apenas no instrumento avaliativo dos anos de 2014 e 2015, pois percebemos que as respostas se voltavam muito mais para as dificuldades encontradas para planejar do que dados sobre a própria formação continuada. Acreditamos que é importante para a equipe formadora conhecer essa realidade do planejamento, porém não era o objetivo da avaliação. As avaliações apontaram que nesses dois anos os professores conseguiram, ou pelo menos buscaram fazer essa relação, pois, apenas 01 professor no ano de 2014 respondeu que somente às vezes, em decorrência de não haver um planejamento específico da disciplina de Educação Física. Todos os demais responderam que sim e dada a possibilidade de comentar suas respostas, os fatores mais recorrentes que surgira m nos comentários foram a relevância das temáticas, a motivação para a mudança da prática, o estímulo que foi dado à pesquisa, a relação com o cotidiano da escola, e a ampliação de possibilidades pedagógicas.

Podemos afirmar que esses fatores estão relacionados, pois a partir da relevância das temáticas e da associação das mesmas com o cotidiano escolar, além do estímulo à pesquisa, a reflexão sobre a prática pedagógica e as possíveis mudanças nesta, são motivadas. Nesse sentido, de acordo com Imbernón (2009, p. 27),

Somente quando o professorado vê que o novo programa format ivo ou as possíveis mudanças da prática que lhes é ofe recida repercute m na aprendizage m de seus estudantes, mudam suas crenças e atitudes de forma significativa e supõe um benefício para o a lunato e a forma de e xe rcer a docência, então abre-se a forma de ver a formação não como u ma “agressão” externa, mas como u m benefício individual e coletivo”.

Nessa perspectiva, algumas modalidades de formação continuada oferecida aos professores sofrem diversas críticas por parte deles, quando se apresentam de maneira descontextualizada de suas práticas educativas, tornando-se necessário uma formação continuada que consista na construção de conhecimento sobre essa prática, a partir da reflexão crítica sobre as situações do dia a dia do professor.

Além disso, o estímulo à pesquisa faz com que diante das dificuldades do cotidiano escolar, os professores busquem relacionar a sua prática com a teoria, obtendo mais subsídios para a solução das situações problemas que vierem a ocorrer no decorrer do ensino/aprendizagem dos alunos. A pesquisa possibilita que os professores produzam conhecimentos sobre a sua prática, de modo que possam reconstruir saberes, articulando os conhecimentos teóricos e práticos, produzindo dessa forma mudanças no seu cotidiano. Entendemos que ser professor e pesquisador na Educação Básica é um grande desafio por não serem oferecidas condições necessárias. Por isso acreditamos na formação continuada como espaço onde esta relação possa ser estimulada e possibilitada.

Dessa forma, Zeichner (1998) discute sobre a importância da valorização do professor como pesquisador, pois ainda é predominante a visão de que a pesquisa é uma atividade conduzida apenas por pesquisadores que estão fora da sala de aula. Assim, as pesquisas realizadas pelos professores pouco são valorizadas no meio acadêmico. No entanto, o autor tece uma crítica a essa desvalorização, afirmando que “Dentro dos muros da academia, é fácil se entusiasmar e defender o objeto de nossas preocupações acadêmicas, mas, frequentemente, fracassamos em reconhecer que somos nós e nossas carreiras que recebemos os benefícios desse trabalho e não a comunidade” (p.8). Ou seja, estimular o professor- pesquisador é caminhar em direção à ruptura deste estigma, sabendo que os resultados de suas pesquisas favorecem não somente a ele na condição de pesquisador.

No que concerne à ampliação de possibilidades pedagógicas, que surgiu nas avaliações do ano de 2015, entendemos que algumas experiências em atividades antes desconhecidas pela maioria dos professores que participaram dos encontros até aquele ano, tais como os Esportes de aventura (Slackline, Orientação), trouxeram novas perspectivas de aulas, visto que a maioria não teve acesso a estas práticas em sua formação inicial e que estas fazem parte das atividades que devem ser possibilitadas aos alunos nas aulas de Educação Física.

Outro item avaliado nesses três anos foi à relação entre a relevância e contribuição dos conteúdos/temáticas trabalhados na formação continuada para a prática educativa na sala

de aula. As avaliações apontam que durante todos os anos avaliados houve essa relação, pois apenas 01 professor, no ano de 2016, afirmou que a mesma não existiu. Segundo a avaliação realizada por este professor, a fundamentação teórica foi muito explorada e houve pouco tempo para prática, o que destoa das demais avaliações, visto que esse ano, especificamente, foi marcado por uma maior distribuição de tempo entre teoria e prática, conforme havia sido solicitado em anos anteriores pelos professores.

As justificativas ao afirmar existir essa relação foram diversas. Elencamos aquelas que foram mais recorrentes ao longo desses anos: as práticas inovadoras, a troca de experiências, novos conhecimentos apresentados, temáticas atuais e relevantes. Ressaltamos ainda dois fatores que surgiram apenas nas avaliações do ano de 2016 em diversas avaliações: a ampliação das possibilidades pedagógicas e a motivação que impulsionaram a transposição do que foi visto nos encontros para sala de aula, melhorando assim a prática pedagógica.

Entendemos que essas práticas inovadoras, as quais alguns professores se referiram, foram as vivências que utilizamos como procedimentos metodológicos nos encontros. Quando eles mencionavam a inovação, era no sentindo de que essas práticas são novidades, eles não tinham experimentado antes. Segundo Nóvoa (1992, s/p),

O incre mento de e xpe riênc ias inovadoras e a sua disseminação pode revelar -se e xtre ma mente útil e consolidar prát icas diferenc iadas de formação contínua. [...] A formação implica a mudança dos professores e das escolas, o que não é possível sem um investimento positivo das experiências inovadoras que já estão no terreno. Caso contrário, desencadeiam-se fenômenos de resistência pessoal e institucional, e provoca-se a passividade de muitos actores educativos.

Dessa forma, consideramos que experiências como a primeira aula de campo para professores de Educação Física da Rede Municipal do Natal, a experimentação de novas práticas que vem sendo inseridas nas aulas de Educação Física – Esportes de aventura, utilização de mídias (FIGURA 14), são exemplos de novos conhecimentos, de como práticas inovadoras se tornaram úteis no sentido trazido pelo autor, de modo que a resistência pessoal começou a ser rompida, como nos sugere o aumento de participação dos professores na formação continuada.

Figur a 14 - Novas experiências – Aula de Ca mpo/ Mídias

Fonte: acervo de imagens do programa de Formação Continuada SM E/Natal-RN/2014/2016

Juntamente com as práticas inovadoras e os novos conhecimentos, o compartilhamento de relatos de experiências ganhou um lugar de destaque entre os professores, sendo citados por vários deles como de extrema relevância, contribuindo desta forma na sua prática educativa. Considerar as experiências dos professores na formação continuada é considerá- los como sujeitos produtores de saberes.

No que diz respeito a esses saberes, Tardif (2002) propõe que os professores possuem saberes específicos que são produzidos por eles no seu dia a dia, sendo eles os principais atores e mediadores da cultura e dos saberes escolares. O autor nomeia esses saberes de experenciais, como aqueles que resultam do próprio exercício da atividade profissional dos professores, sendo produzidos por eles por meio da vivência de situações específicas relacionadas ao espaço da escola. Quando eles compartilham esses saberes (FIGURA 15), o outro compreende que alguém com dificuldades semelhantes as suas consegue experiências exitosas, e essas estimulam aqueles que se sentem desmotivados, devido aos percalços do cotidiano da escola.

Figur a 15–Formação Continuada - Re latos de Experiências

Quando os professores alegam que a troca de experiência motiva a mudança da sua prática, entendemos que ocorre por reconhecerem em seus pares, problemas iguais ou piores que os seus relacionados às condições de trabalho, a crença em uma educ ação de qualidade. Entendemos que essa mudança não pode ser algo imposto, mas é preciso encantar ou reencantar o professor em busca dessa transformação. Nesse sentido, concordamos com Imbernón (2009, p. 106) ao afirmar que “A profundidade dessa mudança ocorrerá quando a formação passar de um processo de “atualização” a partir de cima para se transformar num espaço de reflexão, formação e inovação”.

Percebemos ainda que os procedimentos metodológicos empregados no desenvolvimento dos conteúdos nos encontros de formação continuada para os professores de Educação Física contribuíram para as estratégias didáticas de ensino dos professores, uma vez que, dentre todas as avaliações deste triênio, apenas 04 professores afirmaram não ter existido contribuição. Destes, dois alegaram em 2015 que esta não ocorreu por não possuir recurso tecnológico na escola e o outro por se distanciar da faixa etária a qual ele trabalhava. Provavelmente, o recurso tecnológico ao qual o professor se referiu foi a lousa digital que foi utilizada em alguns encontros deste ano. Já em 2016, a justificativa foi o distanciamento da realidade da escola.

Já todos os demais professores reconhecem a contribuição dos procedimentos metodológicos utilizados na formação continuada para suas aulas, atr ibuindo-a a alguns fatores, dentre eles categorizamos os mais recorrentes: as novas metodologias consideradas mais dinâmica dos encontros, a possibilidade de novos conhecimentos, a abordagem inclusiva e participativa, a preparação da equipe, o estímulo à reflexão sobre a prática e a troca de experiências. Ressaltamos que em 2016, além dessas categorias que surgiram, a relação teoria e prática foi uma das mais recorrentes entre as justificativas estabelecidas.

Ao conceituar a metodologia como dinâmica, entendemos que os professores estão se referindo à inovação dos procedimentos metodológicos utilizados quando comparados aos modelos clássicos de formação que segundo Imbernón (2010), o formador é quem seleciona as atividades realizadas por meio de cursos nos quais especialistas repassam para os professores o que deve ser replicado nas escolas, sem que haja contextualização, debate e reflexão sobre essas atividades, diferentemente do que foi proposto nos encontros de formação do ano, quando propomos uma reflexão teórica a partir de uma relação dialógica entre formador/professor, que embasam a vivência de experiências significativas, por fazer a relação com o cotidiano escolar, seguida de discussão sobre as possibilidades apontadas.

Os professores associaram a formação continuada à aquisição de novos conhecimentos. Dessa forma, entendemos a formação continuada não somente como um espaço onde eles podem se atualizarem sobre esses conhecimentos, mas como um espaço de construção e ressignificação dos mesmos, visto que esses sofrem constantes mudanças e os professores necessitam acompanhá-las, porém não mais como no princípio estabelecido pela racionalidade técnica, onde via de regra, alguns pensam e outros executam na prática, e sim participando na produção destes novos conhecimentos.

Nessa perspectiva, o estímulo à reflexão sobre a prática, também indicado pelos professores quando indagados sobre a contribuição dos procedimentos metodológicos adotados na formação continuada em sua prática pedagógica, surge de forma implícita. Refletir sobre a prática não é algo que possamos condicionar no processo formativo, ela surge à medida que o professor se inquieta, sai da “zona de conforto” onde muitas vezes eles se colocam, e a formação continuada possibilitou essa inquietação em alguns professores que participaram dos encontros. Nesse aspecto, Freire (1997, p.43) afirma que “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que pode melhorar a próxima prática”.

Em vários desses encontros, esse estímulo ocorreu por intermédio dos relatos de experiências de seus pares, como colocado pelos professores. Percebemos o quanto soa diferente quando alguém que se encontra na sala de aula, com condições semelhantes as suas, relata experiências exitosas mesmo diante das mesmas dificuldades encontradas. Nesse sentido, corroboramos com Nóvoa (2002, p.39), quando afirma que “a troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando”.

No que concerne à forma de abordar a inclusão nos encontros formativos e a sua contribuição para o fazer pedagógico do professor, quase todos os professores que realizaram a avaliação afirmaram ter existido essa relação.Apenas dois professores no ano de 2015 disseram não ter havido contribuição por não terem alunos com deficiência. Percebemos não somente nas avaliações desses professores, mas também de muitos professores que responderam positivamente, que a concepção de inclusão dos professores está muito limitada para alunos com deficiência. Talvez, a maneira como a formação continuada foi conduzida durante o ano de 2014 tenha colaborado para reafirmar essa concepção.

Consideramos um avanço pensar a inclusão de pessoas com deficiência nas aulas de Educação Física, e a formação continuada trabalhou muito bem as possibilidades pedagógicas nessa perspectiva. Porém, a existência de encontros específicos para a

abordagem desta temática – como ocorreu no ano de 2014 – intensifica essa limitação relacionada à temática. Dessa forma, essa estratégia que utilizamos, apesar de ter sido apontada de forma positiva pelos professores, necessitou ser repensada para o ano seguinte.

Reconhecemos que a inclusão deve ser enfatizada na formação continuada, pois esta é uma alternativa imprescindível para ajudar os professores no enfrentamento dos desafios, e que a formação inicial não dá conta, pois são questões que surgem no dia a dia do professor. Porém, ela deve estar inserida como um eixo em todos os encontros, buscando, inclusive, ampliar a visão de inclusão para além das deficiências. Nesse sentido, concordamos com Chicon (2008, p.28) ao afirmar que

[...] incluir na Educação Física não é simples mente adaptar essa disciplina escolar para que u ma pes soa com NEEs20 possa participar da au la, mas é adotar u ma perspectiva educacional cujos objetivos, conteúdos e métodos valorize m a diversidade humana e que esteja compro metida co m a construção de uma sociedade inclusiva.

Assim, a formação de professores de Educação Física deve estar voltada para a reflexão sobre possibilidades que incluam todos os alunos, tendo ele deficiência ou não. Pensar em estratégias para incluir aqueles alunos que se auto excluem das atividades, por diferentes razões, inclusive aproveitando estas para discutir em sala, pois muitas vezes estão ligadas à vergonha por não estarem dentro dos padrões sociais e econômicos ou estereótipos de corpo, de beleza, de cabelo, impostos pela sociedade atual. Nesse sentido, o autor sugere que

A formação inic ial e contínua tem de seguir modelos isomórficos, isto é, o futuro profissional tem de ser formado para conhecer e ap lica r conteúdos que estejam relac ionados com o que se pretende que ele venha a ser como profissional. Se os futuros profissionais fore m formados para fomentar a co mpetição, para procurare m grupos homogêneos, para a e xaltação do trabalho individual co mo podere mos esperar que este profissional incentive nos seus alunos a cooperação, o respeito e o valor da dife rença e a solidariedade? (IDEM, 2008, p.33).

A formação continuada se aproximou desse viés apontado pelo autor, e dentre as categorias que mais surgiram nos comentários referentes à relação entre a abordagem inclusiva e o fazer pedagógico dos professores estavam a ampliação de estratégias e possibilidades, o estímulo a reflexão e mudança da prática, a abordagem utilizada nos encontros e a continuidade da formação.

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Enfatizamos ainda que, apesar de não serem recorrentes, no ano de 2016 algumas avaliações nos mostraram a ampliação do conceito de inclusão por parte de alguns professores, quando alegaram que trabalharam a inclusão no sentido de envolver todos os alunos que não participavam das aulas e outro professor afirmou que trabalhou a inclusão a partir da inserção de novos recurso midiáticos, o que nos sugere o pensamento de uma inclusão digital.

Após considerarmos as questões específicas voltadas para a avaliação sobre a relevância dos conteúdos, os procedimentos metodológicos utilizados nos encontros, a abordagem inclusiva, buscamos entender como os professores avaliaram de forma geral a formação continuada do ano de 2014. Dentre as opções Boa, Regular ou Ruim, apenas 01 (um) professor considerou a formação continuada Regular, alegando que a mesma deveria transmitir mais conhecimentos. Todos os demais professores avaliaram como Boa a formação continuada, e muitos apontaram a melhoria em relação ao ano anterior, associando-a a fatores, tais como a diversificação e dinamização dos procedimentos metodológicos, a socialização de práticas, o comprometimento e dedicação da equipe formadora, o atendimento às demandas dos professores, a inovação no processo formativo, a relação entre a teoria e a prática, a contribuição para o fazer pedagógico, a variação das temáticas, o prazer oportunizados nos encontros, e a relação com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Praticamente todos os fatores associados à formação continuada ser considerada como Boa pelos professores já foram contemplados nas questões anteriores, mostrando- nos quanto relevantes eles são em uma formação continuada sob o olhar do professor. Faz-se necessário perceber e valorizar todos esses fatores quando pensamos no professor como protagonista da formação continuada desde o planejamento à sua execução.

Na necessidade de avaliar especificamente alguns fatores que podem ser atribuídos a melhoria ou não da formação continuada, detalhamos a parte da avaliação a qual nos referirmos acima, e pontuamos aspectos referente à estrutura física, aos recursos materiais, as parcerias, a organização didática, aos responsáveis pela formação. Dentre estes nos detemos nos três últimos na nossa pesquisa.

Quanto à organização didática dos encontros, nos anos de 2015 e 2016 foram avaliados alguns aspectos, dentre eles as temáticas dos encontros. Estas foram consideradas entre Boa ou Ótima por quase todos os professores, pois apenas 01 professor no ano de 2016 considerou as temáticas de forma Regular, alegando que a temática relacionada à mídia permaneceu durante muitos encontros.

No tocante aos mediadores convidados durante esses dois anos, consideramos que atendeu as expectativas dos professores, visto que a maioria avaliou como Boa ou Ótima a colaboração dos mesmos na formação continuada. Apenas dois professores avaliaram a mesma como Regular, mas não foram justificadas. Cabe retomar que durante o período avaliado tivemos encontros mediados por professores de IES, professores da Rede Municipal

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