• Nenhum resultado encontrado

Questionário a Marisa Lucena: Coordenadora Nacional do projeto Kidlink O propósito deste questionário é levantar informações e validar ou negar hipóteses sobre o

projeto Kidlink no Brasil. O objetivo é compor estudo acerca do projeto em questão, em atendimento a uma pesquisa para o mestrado em educação pela Universidade Federal de Sergipe

1 - Qual o seu nome

Marisa Lucena

2- Qual a Sua formação?

 Pós-Doutorado em Informática na Educação na Especialização de Desenvolvimento de Cursos à Distância na PUC-Rio

 Doutorado em Engenharia de Sistemas com Especialização em Educação e Informática pela COPPE/Sistemas/UFRJ

 Mestrado em Educação e Informática pelo Depto. de Educação da PUC-Rio  Graduação em Pedagogia pelo Depto. de Educação a PUC-Rio

3 – Como tomou conhecimento do Kidlink

Em 1990, Odd de Presno (o mentor de Kidlink) visitou a PUC-Rio, o Depto Educação, dando uma palestra para apresentar Kidlink. Em 1992, eu me engajei, oficialmente, na organização, tomando a resposabilidade de montar e divulgar Kidlink no Brasil que foi um dos primeiros ambientes virtuais e educacionais no Brasil. Tanto que é chamado de Jardim da Infância da Internet no Brasil por ter ajudado a muita gente a dar os primeiros passos num mundo virtual.

4 - Há quanto tempo está envolvido com Kidlink

Desde 1990.

5 - Que posição Ocupa na organização

 Assistente da Direção de Projetos de Kidlink Top Team Management  Coordenadora Nacional do Projeto Kidlink no Brasil

 Diretora do Instituto Kidlink de Pesquisa

6 – Qual o perfil das pessoas que compõem o staff do Kidlink

Como o Kidlink funciona principalmente com voluntários, o perfil e a formação dessas pessoas são os mais diversos. Kidlink não possui uma sede próPRIA. Somente no Brasil que possui um coordenacção nacional e um local de trabalho, na PUC-Rio.

7 – Qual é distribuição entre estrangeiros e Brasileiros e quantas pessoas estão atualmente envolvidas em nível de staff.

Na coordenação internacional, temos umas 40 pessoas envolvidas, espalhadas por vários países. No Brasil, na PUC-Rio, são 15 pessoas envolvidas, pertencentes ao Grupo de Pesquisas KBr/Kidlink, onde trabalhar para Kidlink é um dos muitos projetos atuais do GP.

Não se tem um número certo de crianças participantes do Kidlink no mundo. Sabemos que, hoje, jovens e crianças de 176 países participam. Calcula-se a participação do umas 100 mil pessoas. No Brasil, atendemos a, aproximadamente, 1891 crianças e adolescentes.

9 - Quantas KHouses existem no Brasil e como são classificadas?

No Brasil existem 49 KHouses. São 4 modelos e cada um atende a um determinado público- alvo. O Modelo para Jovens e Crianças proporciona o uso do computador e seus aplicativos, bem como da Internet, às crianças e jovens; o Modelo Aberto permite que as crianças e jovens que já participaram do projeto, tenham acesso a computadores e à Internet, sendo supervisionados e orientados pela equipe responsável pelo projeto; o Modelo Adulto Promove o acesso ao computador e seus aplicativos assim como à Internet para adultos e idosos, promovendo a integração social e melhorando a auto-estima; o Modelo Profissionalizante foi criado com o objetivo de capacitar e qualificar os jovens que saem das KHouses para Crianças e Jovens e da KHouse Modelo Aberto para o mercado de trabalho, estimulando uma mudança de atitude.

10 - Onde estão geograficamente situados os projetos de KHouse no Brasil? Quais São estes projetos?

Temos KHouses espalhadas em 3 estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Amazonas.

11 – Em linhas gerais é possível me fornecer um pequeno resumo dos projetos das KHouse Brasileiras.

Cada KHouse tem seu próprio programa, atendendo a diversidade sócio-cultural local.

12 – Atualmente, em quantos paises existe Kidlink e quem está cuidando do projeto nos respectivos paises.

Kidlink está presente em 176 http://www.kidlink.org/english/general/press/nations.html países e funciona com, aproximadamente, 500 voluntários de mais de 50 países.

13 - Qual a Contribuição do projeto Kidlink para a Educação no Brasil?

A grande contribuição é a oportunidade de se oferecer inclusão social e digital para classes menos favorecidas. As atividades propostas permitem que se conheça melhor cada indivíduo através dos seus interesses e das suas necessidades e, por não apresentar respostas prontas, leva os alunos a pensar, quebrando deste modo a rotina de passividade a que estão submetidos. O projeto tenta, ainda, promover uma mudança de atitude e até mesmo de aspirações em relação ao futuro, uma vez que luta contra a discriminação e a exclusão, pois, como é notório, conforme os recursos tecnológicos avançam, avança também a desigualdade social para os cidadãos menos favorecidos, os quais não têm acesso a esses recursos, influenciando em vários outros índices sociais, tais como o aumento da violência e do desemprego.

14 – Qual a contribuição pedagógica do kidlink para as crianças, sobretudo as brasileiras.

A falta de políticas públicas adequadas voltadas para a população das faixas econômicas menos privilegiadas é bastante conhecida no Brasil. Fazer com que essas pessoas participem de um projeto socialmente relevante, enquanto são introduzidas na Sociedade da Informação, é uma ação fundamental para a promoção tanto da auto-estima, quanto da justiça social.

O Projeto KHouse Br tem por objetivo crucial democratizar o acesso à informação e aos conteúdos educacionais, promovendo não somente a capacitação de professores para trabalharem com os alunos, mas também a formação tecnológica do aluno para a inserção no mercado de trabalho.

Dessa forma, os jovens das comunidades atendidas têm a oportunidade de ter um complemento fundamental ao ensino recebido pela escola tradicional, pois no projeto ele aprende a pesquisar, a trabalhar em grupo, a respeitar, a conviver e a compartilhar experiências com jovens de todo o Brasil, e até mesmo do exterior.

A proposta do projeto não é a de substituir o professor da Escola, no entanto, às vezes há a necessidade de um trabalho paralelo e complementar, pois a maioria das crianças das KHouses Br apresenta uma lacuna na alfabetização, na leitura e na compreensão de textos. O fato das crianças terem a oportunidade de lidar com computadores faz com que elas se considerem pessoas “muito importantes”, e se sintam mais integradas e participantes na sociedade, como verdadeiras cidadãs. Contudo, o mais importante é a visão de um futuro mais promissor, onde o sonho de cursar uma universidade e vir a ser um “doutor” começa a tomar conta das crianças.

15 – Kidlink contribui de forma efetiva para o aprendizado de língua estrangeira?

O Projeto Kidlink Internacional é muito rico em material (produzido pelos voluntários durante todos esses anos) e uma grande fonte de interações diversas em várias línguas, principalmente a língua inglesa. Além disso, há programas estruturados, como o Who-Am-I e o Making a Better World, que podem ser usados e explorados como convém ao professor. Dessa forma, é possível desenvolver atividades que não só usam os conteúdos do Kidlink como possibilita o diálogo de jovens e crianças brasileiras com outros indivíduos de outros países e culturas.

16 – A Universidade onde estou prestando o mestrado tem um Colégio de Aplicação. Assim tenho a intenção de deixar como proposta para este colégio a implantação de uma Khouse. Para tanto gostaria de saber todos os passos para implantação de uma Khouse aqui em Sergipe.

Os detalhes de como abrir uma KHouse podem ser encontradas no nosso site: