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CAPÍTULO 2 CAMINHOS METODOLÓGICOS

2.3. QUESTIONÁRIO FECHADO USANDO A ESCALA DE LIKERT

O q u estio nário fo i estru tu rad o co m per gu ntas fechad as, p o r tanto u tilizamo s a escala d e L iker t p ar a o r d enar e ed itar a s info r maçõ es. A escala d e Lik er t fo i ad o tad a tend o em v ist a asseg u r ar u m m aio r gr au d e lib er d ad e ao s r esp o nd ente s, send o estr u tu r ado co m cinco po nto s. A vanta gem d e se u t iliza r a esca la L iker t é q u e, ass im, o s r esp o nd ent es são co nvid ad o s a co nco r d ar em ou d isco r d ar em d as af ir m açõ es co lo cad as nas p er gu ntas d o in str u m ento d e co leta d e d ado s. Os r esp o nd ente s t am b ém p o d em info rm ar q u al seu gr au d e co nco r d ância o u d isco rd ânc ia so b r e o tema.

A e scala é d ef inid a p o r P ined o ( 198 2 ) co mo u ma sér ie d e ite ns o u fra se s q u e tenham sid o cu id ad o sament e selec io nad as, d e fo rm a qu e co nst itu am u m cr itério vá lid o , fie l e p reciso p ar a med ir d e algu ma fo r ma o s fenô meno s so ciais. E m no sso caso , esse fe nô m eno ser á u m a atitu d e cu ja inten sid ad e qu eremo s m ed ir .

A va ntag em d a escala d e L ikert é qu e o s su je ito s d a p es q u isa não ap ena s r esp o nd em s e co nco rd am ou não co m as af irm açõ es, m as t amb ém info r mam q u al seu gr au d e co nco rd ância ou d isco r d ância. É atr ib u íd o u m nú m er o a cad a respo sta, qu e r eflet e a d ir eção d a atitu d e do r esp o nd ente em r elação a cad a af irm ação . A so mat ó r ia d as p o ntu açõ es o b tid as p ara cad a af ir mação é d ad a p ela p o ntu ação to tal d a atitu d e d e cad a resp o nd ente ( OL I VE I RA, 2 001 ) .

2.4. ENTREVISTA

I nic iamo s a p esq u is a e ntr evist and o u m to tal d e 2 2 p ro fesso r es d e Física d o Ensino M éd io d e Go iân ia, s end o 1 1 p ro fesso r e s d a r ed e p ú b lica e 1 1 p ro fes so res d a red e p articu lar d e e nsino . A co let a d e d ad o s fo i realizad a p o r meio d e entr e vista sem i- estru tu rad a gra vad a em áud io e lo go ap ó s, tr anscr it a na ínt egr a.

Op tam o s p ela entr ev ista p o r qu e ela r ep r esent a u m d o s instru mento s b ásico s p ara a co leta d e d ad o s d e u ma p esq u isa q u alit at iva e é mu ito u tilizad a, d evid o su a vant agem so b r e o u tras técn icas.

A gr an de van t a ge m d a ent r e vi s t a s obr e out r a s t écn i c as é qu e el a p er mi t e a ca pt aç ão i medi at a e cor r en t e d a i n f or ma çã o d es ej ad a, pr at i ca men t e co m q u al qu er t i po de i n f or mant e e s obr e os mai s va r i ad os t ó pi c os ( LÜD KE e AN DR É , 19 86 , p. 34) .

A entr ev ista d eve ser p la nejad a, le vad a a sér io co m o todo instr u m ento d e p esq u isa. R ealizar e ntr evis tas d e fo rm a ad eq u ad a e r igo r o sa não é m ais sim p les d o qu e lançar m ão d e q u alqu er o u tr o recu r so d estin ad o a co letar info r maçõ es no cam p o . P ar a serem r ealiz ad as d e mo d o a qu e fo rneç am mater ial emp ír ico r ico e d e nso o su f iciente p ar a ser to mad o co mo fo nte d e invest igação , d emand am p r ep aro teó r ico e co mp etênc ia té cnic a p o r p ar te do p esqu isad o r (Du arte, 200 4 ).

Aind a s egu nd o Du ar te (2 004 ) , a realiz ação d a p esq u isa ex ige algu ns cu id ado s na p r ep ar ação e a r ealiz aç ão d e u m a b o a entrevista exige:

a) q ue o pes q ui s ad or t en h a mui t o be m d e fi n i do s os obj et i vo s d e su a p esq ui s a; b) q u e el e c onh eça, co m al gu ma pr o fu n di d ad e, o c on t ext o e m q u e pr et en d e r e al i zar s u a i n ves t i g aç ã o; c) a i nt r oj eç ã o, pel o en t r evi s t ad or , d o r ot ei r o d a ent r e vi s t a ( fa z er u ma en t r evi s t a “ nã o - vál i d a” co m o r ot ei r o é fun da men t al par a evi t ar “ en ga s gos ” n o mo men t o da r e al i z açã o d as ent r e vi s t a s vál i da s ) ; d ) s egur an ç a e au t o- c on fi an ça; e) al gu m n í ve l d e i n f or mal i dad e, s e m j a mai s perd e r d e vi s t a os o bj et i vo s qu e l e var a m a bus car aq u el e s u j ei t o es pe cí fi c o c o mo f on t e d e mat er i al empí r i co par a s u a i n ves t i gaçã o ( DUAR TE , 2 00 4, p. 2 16 ) .

Segu nd o M anzini ( 2 00 4 apu d BE LE I et a l. , 2008 ) existem tr ês t ip o s d e entr e vista s: e str u tu r ad a, semi- estr u tu r ad a e não -estr u tu r ad a. E ntend e- se p o r entr e vista e str u tu r ad a aq u ela q u e co ntem p er gu nta s fechad as, sem ap r es entar f lexib ilid ad e; sem i-e str u tu r ad a a d ir ecio nad a p or u m ro teir o p r eviame nt e elab o r ad o , co m po sto ger alm ente p o r q u estõ es ab er tas; n ão - estr u tu r ad a aqu ela qu e o fer ece amp la lib er d ad e na fo r m u laç ão d e p er gu ntas e n a int er ve nção d a fala d o entr e vistad o . Op tam o s p ela entr ev ista s em i- estr u tu rad a.

A p r incip al fu nção do ro teir o d e entr e vist as é au xiliar o p esq u isad o r a co nd u zir a e ntr evista p ara o ob jetivo p r etend id o , na o r gan ização d a inter ação so cial no mo mento d a entr ev ist a, gar a ntind o a o r ganização do s co nce ito s p r eviame nte a na lisad a no r o teir o e o não esq u ecim ento d e algu m item o u p er gu nta no d eco r r er d a entr ev ist a ( M ANZ IN I, 2 00 3) .

É ind icad o o u so d e gr avad o r na r ealiza ção d e entr evist as p ar a q u e se ja amp liad o o pod er d e r eg istr o e cap ta ção d e elem ento s d e co m u nicação d e extr ema im p o r tância ( SC HRA I BE R, 1 99 5 , ap u d BE LE I et al. , 20 08 ) .

Analisar entr ev istas tamb ém é tar efa co m p licad a e ex ige mu ito cu id ado co m a inter p r etação , co m a co nstr u ção d e catego r ias e, p r incip alm e nte, co m u ma te nd ência , b ast ante co mu m entr e p esq u isad o r es , d e p ro cu rar no mater ial emp ír ico , elem e nto s q u e co nf ir m em su as hip ó teses d e trab alho e/o u o s pr essu p o sto s d e su as teo ria s d e re fer ênc ia. Pr eci s am o s e star mu ito ate nto s à inter ferê ncia d e no ssa s ub jet ivid ad e, ter co n sc iênc ia d ela e as su mi- la co mo p ar te do p ro cesso d e inve st iga ção ( DUART E , 200 4 ) .

Ap ó s a tr anscr ição d as in fo rm açõ es o b tid as atr a vé s d a entr ev ista, esta s fo r am agr u p ad as e in iciam o s a análise d o s d ad o s.