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Textos de política e situação económica Quadro 8

QUOTA DE MERCADO DOS BANCOS NÃO DOMÉSTICOS

domésti- cos % Caixas económi- cas % Caixas de crédito agrícola mútuo % Número de instituições . . . 57 30.2 25 13.2 4 2.1 128 67.7 Activo líquido . . . 294 649 97.1 50 473 16.6 218 0.1 8 683 2.9 Crédito a clientes . . . 199 724 97.0 34 028 16.5 136 0.1 5 938 2.9 Recursos de clientes . . . 152 089 95.2 21 783 13.6 195 0.1 7 455 4.7 Balcões . . . 4 781 87.0 805 14.6 13 0.2 702 12.8 Emprego. . . 51 541 94.4 8 695 15.9 80 0.1 2 953 5.4 Notas:

(a) Base consolidada para as variáveis de balanço (activo, crédito e recursos) e dados individuais para o número de empregados e balcões. Não estão incluídos os bancos com sede ou actividade predominante no off-shore da Madeira, e/ou actividade predominante com não residentes.

(b) Inclui a Caixa Económica Montepio Geral.

Quadro 3

QUOTA DE MERCADO DOS CINCO MAIORES GRUPOS BANCÁRIOS

Base consolidada

Em percentagem

2000 2001 2002 2003

Dez. Dez. Dez. Jun.

Crédito a clientes . . . . 81.6 80.1 79.0 78.8 Recursos de clientes . 80.9 79.0 77.8 76.2 Activo . . . 81.8 79.6 78.8 78.8 Balcões . . . 71.4 69.5 67.5 66.4 Nota: Não estão incluídos os bancos com sede ou actividade pre-

dominante no off-shore da Madeira, e/ou actividade pre- dominante com não residentes.

Quadro 4

QUOTA DE MERCADO DOS BANCOS NÃO DOMÉSTICOS

Base consolidada

Em percentagem

2000 2001 2002 2003 Dez. Dez. Dez. Jun. Crédito a clientes (bruto) . . . 15.9 16.8 17.3 17.0 Recursos de clientes . . . 14.9 15.7 14.8 14.3 Activo . . . 16.0 17.8 17.4 17.1 Balcões. . . 14.0 15.6 14.8 14.6 Nota: Não estão incluídos os bancos com sede ou actividade pre-

dominante no off-shore da Madeira, e/ou actividade pre- dominante com não residentes.

3. ACTIVIDADE BANCÁRIA

No primeiro semestre de 2003, a actividade bancária, em base consolidada e medida em ter- mos do activo total, cresceu 4.7 por cento, em ter- mos homólogos, acelerando significativamente, face ao verificado no conjunto de 2002 (1.6 por cento) (Quadros 5 e 6)(5). Note-se que, em 2002, os desenvolvimentos do sistema bancário português caracterizaram-se, ao longo de todo o ano, por um claro abrandamento da actividade, denotado glo- balmente por todos os elementos do activo, e uma quase estagnação dos recursos captados junto de clientes. Apesar da desaceleração do crédito, e do montante significativo de operações de titulariza- ção de crédito realizadas por alguns grupos bancá- rios – permitindo alguma melhoria na liquidez do sistema – foi necessário o recurso a outras fontes de financiamento da actividade bancária. Esta si- tuação traduziu-se, na primeira metade do ano, na continuação da emissão de dívida de mercado. Na segunda metade do ano, a turbulência observada nos mercados financeiros internacionais levou a que se reduzisse significativamente o recurso a es- tes mercados por parte dos bancos portugueses. Tal originou, temporariamente, um acréscimo na importância do financiamento em mercados inter- bancários, assim como a venda de parte da carteira de títulos de rendimento fixo e de participações consideradas menos estratégicas (também enqua- drada no processo de reestruturação de alguns grupos bancários).

Nos primeiros seis meses de 2003, o crédito a clientes continuou a denotar um ritmo de cresci- mento moderado, que se reflectiu na redução do peso deste agregado no activo total do sistema bancário. Ao contrário, o abrandamento da activi- dade de concessão de empréstimos foi atenuado pelos contributos positivos das aplicações, quer em outras instituições de crédito (sobretudo no es- trangeiro) quer em títulos e imobilizações financei- ras (líquidos de provisões) (Quadro 6).

Em termos das rubricas do passivo, saliente-se o acréscimo na obtenção de recursos junto de insti- tuições de crédito no estrangeiro e, à semelhança do semestre homólogo de 2002, da emissão de títu-

los de dívida. Por seu lado, a captação de recursos de clientes manteve-se numa trajectória de desace- leração, situando-se o respectivo saldo, em Junho de 2003, praticamente ao nível do final de 2002. Em particular, a taxa de variação homóloga dos depósitos de clientes continuou a reduzir-se.

3.1. Crédito

No primeiro semestre de 2003, a taxa de cresci- mento do saldo de crédito concedido pelo sistema bancário(6) manteve uma trajectória descendente. Assim, a taxa de variação homóloga do crédito so- bre clientes situou-se em 6.1 por cento, no final de Junho de 2003, 0.9 pontos percentuais abaixo do crescimento registado em Dezembro de 2002 (9.6 por cento, em Junho de 2002)(7).

Na primeira metade de 2003, prosseguiu a rea- lização de operações de titularização de emprésti- mos originalmente concedidos por instituições de crédito residentes ao sector privado não financei- ro, facto que tem moderado a evolução dos agre- gados de crédito concedido pelo sistema bancário português (dado que aquelas operações são abati- das aos balanços das instituições que originalmen- te os concederam). No final do primeiro semestre de 2003, o montante dos empréstimos a empresas não financeiras e a particulares titularizados repre-

Banco de Portugal / Boletim económico / Setembro 2003 47

Textos de política e situação económica

(4) Os agregados relativos ao número de trabalhadores e ao núme- ro de balcões não abrangem as filiais no estrangeiro de bancos portugueses.

(5) O alargamento do perímetro de consolidação do sistema contri- buiu em cerca de 1.5 p.p. para a variação total registada, em ter- mos homólogos.

(6) Salvo referência em contrário, o agregado de crédito referido neste artigo refere-se ao saldo de crédito sobre clientes, líquido de provisões específicas, apresentado no balanço do sistema bancário, em base consolidada. Quando exista referência ao cré- dito concedido pelo sector bancário, segundo as estatísticas mo- netárias e financeiras, a análise será baseada nos montantes registados nos balanços das IFM – os quais não incluem em- préstimos originalmente concedidos por aquelas instituições e cedidos em operações de titularização, que são retirados do ba- lanço. Sempre que a análise o justifique, far-se-á referência, em nota de pé de página, aos agregados de empréstimos bancários ajustados de operações de titularização e corrigidos de reclassi- ficações e de abatimentos ao activo. Neste caso, as taxas de vari- ação referidas são calculadas com base em índices de saldos corrigidos (Janeiro de 2000=100).

(7) Este abrandamento é mais marcado (para cerca de 4.8 por cen- to), se o agregado for ajustado do impacto do alargamento do perímetro de consolidação do sistema, referido anteriormente. (8) Valor calculado a partir do montante de crédito cedido em ope-

rações de titularização por IFM e IFNM, sobre o crédito total re- gistado no activo destes sectores acrescido do montante de crédito adquirido por não residentes em operações de titulari- zação.

Quadro 5