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RAMOS: O LIRISMO DO MEMORIALISTA

2 A CRIANÇA, A INFÂNCIA: REPRESENTAÇÕES

3.2 RAMOS: O LIRISMO DO MEMORIALISTA

Analisando as obras do escritor, ao longo de sua carreira, podemos dizer que Graciliano é um memorialista. As reminiscências são retomadas em várias de suas obras, em especial, Infância. Podemos dizer que é a obra-prima que representa a própria anatomia do interior do autor Graciliano, desde sua infância.

Aqui, a literatura serve de instrumento para narrar partes de sua vida em sua amplitude, retratando a cultura de um povo, de uma região e de toda uma realidade político-social de uma sociedade, em determinada época.

Em Infância, a denúncia social é um posicionamento com aspirações contrárias em relação às agruras da vida sertaneja, sem grandes perspectivas e, assim, se configura, dentro de poucas possibilidades em destinos parcos, em narrativas monótonas, minguadas e repetitivas. Nisso, as relações humanas são mínimas: os acontecimentos são descritos à exaustão, aos mínimos e ricos detalhes, como se o narrador, assim, acabasse por inserir o leitor nas cenas ou como se estivéssemos in loco e fôssemos testemunhas daquelas interações previsíveis.

A narrativa de Ramos, normalmente, não obedece a expectativas lineares. Seu estilo foge do lirismo convencional, suas escolhas são propositais, variam entre o que deve “perecer” e o que deve

“sobreviver”, retirando todos os excessos, tudo que é comum. Segundo Otto Maria Carpeaux (1999), Graciliano guarda apenas o “lírico”, o resto é descartado. Não há musicalidade em suas narrativas, pois a secura de suas palavras o acompanha em cada linha escrita e essa é a característica mais marcante de suas obras, a que define seu estilo:

O lirismo de Graciliano Ramos, porém, é bem estranho. Não tem nada de musical, nada do desejo de dissolver em canto o mundo das coisas; acredito-o incapaz de escrever a última página de O moleque Ricardo, de José Lins do Rego, talvez a mais bela página de prosa da literatura brasileira. O lirismo de Graciliano Ramos é amusical, adinâmico, estático, sóbrio, clássico, classista, traindo, às vezes, um oculto passado parnasiano do escritor. Não quer agitar o mundo agitado; quer fixá-lo, estabilizá-lo. Elimina implacavelmente tudo o que não se presta a tal obra de escultor, dissolve-o em ridicularias, para dar lugar aos seus monumentos de baixeza (...). É um clássico. Mas – contradição enigmática – é um clássico experimentador. A estréia, excepcionalmente tardia, com mais de 40 anos de idade, deve ter sido

precedida de vagarosos preparativos de um

experimentador, e mesmo depois continuou sempre a experimentar. O nosso amigo em comum Aurélio Buarque de Holanda chamou-me atenção para a circunstância de representar cada uma das obras de Graciliano Ramos um tipo diferente de romance. Com efeito, Caetés é dum Anatole ou Eça brasileiro; São Bernardo é digno de Balzac; Angústia tem algo de Marcel Jouhandeau, e Vidas Secas algo dos recentes contistas norte-americanos. Graciliano Ramos faz experimentos com a sua arte; e como o “mestre singular” não precisa disso, temos aí um indício certo de que está buscando a solução de um problema vital. (1999, p. 443-444).

No que diz respeito a essa característica de Graciliano, mencionada no parágrafo anterior, Candido afirma que Infância contém tanto à exposição da verdade quanto a da vida imaginária; nele as pessoas parecem personagens e “o escritor se aproxima delas por meio da interpretação literária, situando-as como criações” (1992, p. 50).

Os problemas sociais abordados em toda obra de Graciliano são, portanto, retratados à medida em que afetam a sensibilidade do escritor por afetarem toda a sociedade. A tentativa de remontar ao passado é para evitar que ele se esvazie das lembranças antes que se

possa a elas atribuir sentido, já que o que se quer é sua superação. Como assim afirma Otto Maria Carpeaux:

Todos os romances de Graciliano Ramos – e este é o sentido de seu experimentar – são tentativas de destruição: tentativas de “acabar com minha memória”, tentativas de dissolver as recordações pelos “estranhos hiatos” dum sonho angustiado. “Trata-se de saber que mundo de recordações se dissolve assim”. (1999, p. 448). Antônio Candido, por sua vez, sugere que “talvez seja errado dizer que Vidas secas (1938) é o último livro de ficção de Graciliano”, e facilmente podemos concordar com o Mestre Candido, pois, o “romance” de 1945, Infância, apesar de ter características autobiográficas, não se resume a isso, mas divaga numa rica lírica narrativa que estabelece uma ponte entre o homem e menino: Graciliano e toda a iconografia do nordeste coronelista brasileiro. A narrativa não permanece estanque entre uma dicotomia pessoal e ficcional. E esta característica é uma grande contribuição à literatura. Tamanha é a realidade entre o pessoal e o social que a honestidade e a sinceridade com as quais se produziram essa obra são ganhos extraordinários entre as recorrências das memórias. Registrar memórias não é recompô-las com exatidão, como se se quisesse refazer um passado, repetindo-o (no presente); registrar memórias é executar reelaboração dos fatos passados por meio de recursos ficcionais.

A composição memorialista, portanto, se comporta como se a narrativa costurasse “retalhos”, ressignificando as lembranças que vêm aos poucos, desencontrar o passado. O lapso temporal, distante entre os fatos vividos e os narrados, no romance Infância, é benéfico à narrativa, possibilitando a criação e a fantasia, típicas da ficção. O exercício de transpor para o papel as memórias favorece a produção ficcional, permitindo que o escritor se ponha inclusive como personagem e construa um autorretrato embora lacunar, assim como possivelmente são “lacunares” outros personagens.

Outro aspecto importante na obra Infância é a dicotomia que se produz entre lembrança e esquecimento, como sendo a amálgama de vários livros do autor e tópico de grande relevância em nosso estudo. Portanto, o texto, de caráter memorialístico, exige a reelaboração das cenas pela ação ficcional para que, assim, a narrativa possa se sustentar. É através dessa dicotomia esquecer-lembrar, ou lembrar o esquecido, que Ramos busca na verdade humanizar o outro, pois procura tenta deixá-lo palpável e com tons de realidade ou, no mínimo, narrar ao ponto do verossímil. Nesse interesse, a denúncia social, entre outras, a recorrente figura da criança exposta a situações de violência, de acordo com o texto de Jacques Leenhardt (1990):

A arte e a literatura desempenham aqui um papel essencial. Na medida em que surgem, quando se encontram no nível superior de suas possibilidades, à margem de discursos que se restringem à organização socializada da palavra (e podem deslizar para os interstícios do que acreditamos saber, para nos conduzir a outros abismos de ignorância), a arte e a literatura podem dizer a violência, fazê-la viverem seus vários aspectos, pela imagem, pelo deslocamento, pela obstinação. E não pela precisão da descrição ou por uma capacidade imediatamente mimética: pela analogia, por vezes; outras vezes antífrase. (p. 17).

Um ponto coincidente às duas obras principais em estudo –

Infância (século XX) e Oliver Twist (século XIX) – é o fato de esses

dois autores se valerem “da Arte e da Literatura” para ordenar os seus lapsos de memória, não para um registro fidedigno do passado, mas para considerar o esquecimento e exercitar a ação de lembrar. E esta é, também, uma das chaves de leitura de nosso objeto de estudo. Portanto, devemos considerar o esquecimento e ação de relembrar para podermos estudar o viés memorialista das obras de Graciliano Ramos e de Dickens, focando as obras de dois escritores que iniciaram suas produções a partir do jornalismo, do contato direto com o povo e com o desenrolar da vida.

Esquecer um passado traumático é fundamental para que o indivíduo se distancie da violência experimentada e possa se refazer e

compreender a situação em si, as circunstâncias e as consequências, para assim compreender-se a si e o outro. Biologicamente, podemos lembrar que o próprio trauma bloqueia a memória, variando a dimensão do bloqueio de acordo com o trauma. Em suma a capacidade de esquecer, chega a ser um mecanismo biológico de defesa.

Jeanne Marie Gagnebin (2006), afirma que:

A memória vive essa tensão entre a presença e a ausência, presença do presente que se lembra do passado desaparecido, mas também presença do passado desaparecido que faz sua irrupção em um presente evanescente (p. 44).

Essa tensão mencionada pela referida autora demonstra justamente um movimento entre memória e esquecimento que proporciona essa alternância entre esses elementos. Sendo assim, o presente verdadeiro é reflexo da preocupação com o passado que se repete.

Outro aspecto recorrente na obra de Graciliano, objetivo dessa análise, é o “tom humanizador” que se faz imprescindível para justamente emprestar emoções aos personagens que sempre são apresentados em situações degradantes, aviltantes. Os relatos obedecem ao bailado cênico das memórias com o esquecimento e a cadência entre esses dois elementos que dão ritmo e re-compõem a narrativa. É daí que surge a necessidade de compreender os fatos e os outros indivíduos, surge a necessidade de ressignificar as lembranças (e seus lapsos), de se ver no outro, de empatia, de identificação com o outro, como se a narrativa se formasse pela junção de várias narrativas.

Relativamente ao argumento da empatia das emoções entre os indivíduos ou entre as personagens, ou seja, entre os entes da realidade ou da ficção, nos valemos da reflexão Alfredo Bosi, a partir de seu ensaio “Céu, inferno”, quando observamos Fabiano, em Vidas

A cabeça inclinada, o espinhaço curvo, agitava os braços para a direita e para a esquerda. Esses movimentos eram inúteis, mas o vaqueiro, o pai do vaqueiro, o avô e outros antepassados mais antigos haviam-se acostumado a percorrer veredas afastando o mato com as mãos. E os filhos já começavam a reproduzir o gesto hereditário. (...) Não completou o pensamento, mas achou que aquilo estava errado. Tentou recordar o seu tempo de infância, viu-se miúdo, enfezado, a camisinha encardida e rota acompanhando o pai no serviço do campo, interrogando-o debalde. Chamou os filhos, falou de coisas imediatas, procurou interessá-los. Bateu palmas. (RAMOS, 2003, p. 24-25).

Podemos assinalar a empatia das emoções nessa cena a partir dos gestos dos personagens, descritos em riqueza de detalhes, apesar da afirmação de que “esses movimentos eram inúteis”, mas de imediato o descritivo dessa personagem “o vaqueiro” (símbolo máximo do nordeste do Brasil, e um dos primeiros profissionais de nosso país), alcança todos os seus antepassados e no presente “os filhos já começavam a reproduzir o gesto hereditário”.

Em Infância e Vidas secas, o lirismo é uma forte característica, mas esse lirismo não traz necessariamente lembranças tenras à tona, tampouco ele se apresenta para conferir viços ao passado.

Na verdade, esse lirismo é uma forma suave de apresentar o depoimento das experiências, é uma forma de o depoente manejar as lembranças e nelas poder articular as denúncias sociais.

Adorno observa em seu ensaio “Palestra sobre Lírica e sociedade” que “a lírica fala em nome do pensamento de uma humanidade livre”, porque:

A composição lírica tem esperança de extrair da mais irrestrita individuação, o universal. (...) Essa universalidade do teor lírico, contudo, é essencialmente social. Só entende aquilo que o poema diz quem escuta, em sua solidão, a voz da humanidade; mas ainda, a própria solidão da palavra lírica é pré-traçada pela sociedade individualista e, em última análise, atomística, assim como, inversamente, sua capacidade de criar vínculos universais [allgemeine Verbindlichkeit] vive da densidade de sua individuação. Por isso mesmo, o pensar sobre a obra de arte está autorizado e comprometido a perguntar concretamente pelo teor social, a não se

satisfazer com o vago sentimento de universal e abrangente. (ADORNO, 2003, p. 66-67).

Segundo a fala de Theodor Adorno, a lírica empreende uma produção de elos entre o indivíduo, passa por um apelo social e alça dimensões de caráter universal. Porém, o autor faz uma ressalva e diz que a lírica realiza uma tentativa de, a partir do particular, atingir o universal; em suas palavras: “A composição lírica tem esperança de extrair da mais irrestrita individuação, o universal.” O “teor social” está indissociável da leitura da obra de arte, portanto, não haveria o “universal” sem antes essa lírica representar um seio social determinado.

Esse “teor social da lírica” emerge, também, em praticamente todas as obras de Ramos, assim como nas de Dickens, de modo que esse teor é “essencialmente social”. Portanto, não poderemos nunca nos reportar às obras dos dois autores, esquecendo-nos de que, apesar de toda a “individuação” de cada personagem, esta é uma realização universal, pois, quaisquer que sejam essas indivíduo-ações elas estão condicionadas a todo um grupo de condicionante tácito e inconsciente de uma sociedade. Por exemplo: quando Ramos apresenta em Vidas

secas, o drama da migração da família de Fabiano, Raquel de Queiroz

por seu turno e, previamente a Ramos, havia produzido narrativa migratória similar, a saga da família de Chico Bento e Cordulina e seus cinco filhos em O Quinze:

Chico Bento parou. Alongou os olhos pelo horizonte cinzento. o pasto, as várzeas, a caatinga, o marmeleiral esquelético, era tudo de um cinzento de borralho. O próprio leito das lagoas vidrara-se em torrões de lama ressequida, cortada aqui e além por alguma pacavira defunta que retorcia as folhas empapeladas. Depois olhou um garrotinho magro que, bem pertinho, mastigava sem ânimo uma vergôntea estorricada. E ao dar as costas, rumo à casa, de cabeça curvada como sob o peso do chapéu de couro, sentindo nos olhos secos pela poeira e pelo sol uma frescura desacostumada e um

penoso arquejar no peito largo, murmurou

desoladamente: - Ô sorte, meu Deus! Comer cinza até cair morto de fome! (QUEIROZ, 2003, p. 10).

Mas as narrativas migratórias, ainda que secundarizadas, aparecem em outras obras desses mesmos autores e de outros, pelos mesmos motivos ou não. A literatura regionalista do início do século XX, no Brasil, nos dá exemplares excelentes dessas produções. O que queremos assim lembrar é que Adorno chamou de “teor lírico – social - universal”. Isto é: guardadas as idiossincrasias dos narradores, dos escritores, das personagens, os dramas são “os mesmos”.

Afora isso, podemos ressaltar movimentos migratórios, inclusive, essenciais à humanidade e que não necessariamente estão ligados a dramas humanos, tragédias, guerras, seca, pós-guerra. Devemos lembrar que ainda hoje, bem menos é verdade, há povos nômades. Portanto, migrar, para esses povos, é a forma de organização social deles.

Seguindo essa mesma linha de raciocínio, afirmamos que a inegável questão social nas elaborações estéticas de Graciliano Ramos torna-se claramente circunscrita pelos ensinamentos de Adorno. Trata- se, pois, da catarse dos dramas em comum que se somam ao teor da universalidade, na amplitude de se sair do particular para o universal, fugindo da “coisificação” das relações individualizadas, da frieza do mundo.

Portanto, ainda tendo como base as reflexões de Adorno, constatamos a exemplificação das obras de Ramos e de Dickens: “somente através da humanização há de ser devolvido à natureza o direito que lhe foi tirado pela dominação humana da natureza”:

Seu distanciamento da mera existência torna-se a medida do que há nesta de falso e de ruim. A idiossincrasia do espírito lírico contra a prepotência das coisas é uma forma de reação à coisificação do mundo, à dominação das mercadorias sobre o homem, que se propagou desde o início da Era Moderna, e que, desde a Revolução Industrial, desdobrou-se em força dominante da vida. (ADORNO, 2003, p. 69).

Podemos ressaltar que esse estado de coisas que Adorno afirma ser advindo da Era Moderna se aplicaria mais a Dickens, pois justamente a Revolução Industrial se aplica à realidade inglesa descrita

nas obras do escritor inglês em contraste com um contexto histórico próprio e específico de abjeção da realidade nordestina retratada nas obras de Graciliano. Vale dizer que os processos de “coisificação” de fato estão expressos, porém as formas e motivos, e mais ainda, os modos de produção, são extremamente equidistantes.

Já quanto às singularidades representadas nas obras de Ramos, como sabemos, vemos que elas não condizem com ilações diretamente vinculadas à Revolução Industrial, pois, inclusive, só a partir da Segunda Grande Guerra Mundial, ou seja, a partir da segunda metade do século XX, é que “parques industriais” passaram a ser descentralizados do eixo Rio-São Paulo, tanto por fatores locacionais como por isenção de impostos e baixos salários. Porém, a ligação das obras de Ramos está justamente no fato de pessoas sobreviverem numa região subdesenvolvida, sem as mínimas perspectivas de vida, na qual, praticamente, o único meio de vida (modo de produção) dependia da produção agrícola, impossibilitada pela seca. Essa, de fenômeno da natureza, foi transformada em cargo público dos políticos, que a manuseavam para assim “manusear o povo”, que sem outra alternativa rumava em direção à “cidade grande”, dos centros urbanos, onde poderia “ganhar a vida”.

E andaram para o sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. Eles dois velhinhos, acabando-se como uns cachorros, inúteis, acabando-se como Baleia. Que iriam fazer? Retardaram- se temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. (RAMOS, 2003d, p. 58). (Grifos nossos).

Em Ramos, percebemos que as narrativas não são um mero relato descrito gélido de uma foto antiga dependurada num porta- retrato, ou meros registros laudatórios de lembranças pessoais do autor. O que foi vivido tornou-se memória e passou ao registro pelas letras de um artista, pelas vozes de uma verdade literária a respeito de

dados que foram realidade, e, depois, reinventados pela verossimilhança. Vejamos, abaixo, o que diz Carpeaux:

É possível que o romancista Graciliano Ramos escreva também, um dia, tais versos duros, populares e clássicos ao mesmo tempo, versos tradicionais, como o velho Hardy. Mas não serão rimados. Serão brancos. Pois a primeira rima de Graciliano Ramos já anunciaria o Fim do Mundo. (1999, p. 450).

Enfim, o leitor desobriga-se de buscar em suas obras, linhas da ficção do mero registro literário ou de mero registro biográfico. Em várias obras graciliânicas, há um hibridismo valorativo de sua literatura. Nem pura ficção, nem pura biografia. Do mesmo modo, o leitor poderá fruir o texto e enxergar ao seu bel prazer o que seria esquecimento e memória, outra dicotomia que também permeia os textos de Graciliano Ramos. As relações com esses aspectos se estabelecem sem a mínima necessidade de delimitar fronteiras entre eles e, de forma alguma, esses aspectos dúbios comprometem a literatura, senão a enriquecem.

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