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para a prática docente

5.2 Recomendações de ordem metodológica

As recomendações de ordem metodológica estão baseadas em nossa xperiência e, a partir de nossa ótica de análise e conclusões emanadas durante e após o

senvolvimen

as no trabalho com os outros níveis de aprendizagem, até por que efetivamos o t

xiste uma impressão e uma ansiedad

no currículo pleno, validado pela secretaria de educação, mas que estejam incorporados ou “absorvidos” pela proposta.

e

de to das atividades realizadas com os alunos. Tais recomendações podem sofrer transformações e incremento com o passar do tempo, a medida em que a proposta se consolide como uma das alternativas de trabalho a ser incorporada permanentemente no ambiente escolar.

É claro que servem como sugestões introdutórias para efeito de discussões e reflexões acentuad

rabalho apenas com o primeiro grupo de alunos e professores, restando assim todo um trabalho a ser desenvolvido com os outros grupos34.

É importante que ocorra a variação dos locais de ensino e de aprendizagem para o trabalho com os alunos, não se limitando apenas a sala de aula. E

e muito forte presente nos alunos quando informamos a eles que irão ter uma aula em outro local que não seja a sala de aula. Cria-se nesse momento toda uma expectativa – tanto por parte do professor como do aluno – com relação ao desenvolvimento e encaminhamentos proporcionados pela diferenciação do espaço de aprendizagem e que, acreditamos ser um elemento a ser incorporado ao conjunto de saberes conceituais, em ambientes diferenciais de aprendizagem. Em nossa experiência, constatamos que, o simples fato em anunciar: “hoje não teremos aula na sala de aula” ou “vamos a outro ambiente ou local ensinar e/ou aprender matemática”, fornece uma “quebra” de padrões tradicionais e habituais nos alunos. Tais padrões foram absorvidos pelos mesmos durante a sua passagem pela escola, desde o momento em que começam a estudar.

34 No caso da Comunidade do Maruanum, o nível do Ensino Fundamental maior e Ensino Médio, ainda são

desenvolvidos baseados na atuação dos professores pertencentes ao sistema modular de ensino. Devido ao caráter extremamente rotativo dos professores – característica da modulação de disciplinas – acreditamos que o trabalho nessa perspectiva terá um rendimento satisfatório a medida em que, no futuro, existirem professores permanentes na região. Isso só será possível se os níveis supracitados perderem sua natureza essencialmente modular e passarem a ser regulares.

s disciplinas, ou seja, o quadro de

tido de isolamento disciplinar) deve ceder espaço para o

e o conjunto de

na perspectiva a qual nos

durante o trabalho na perspectiva dos espaços transversais é o fato de existir, em alguns omentos, um

Um aspecto importante, quando se trata do trabalho nessa perspectiva, é a de que se perde o sentido de existir horários pré-definidos da

horários é substituído por um quadro de trabalho conjunto entre professores de diferentes disciplinas, conforme as especificidades e os objetivos a serem alcançados nas atividades em desenvolvimento. Nesse sentido, é importante que o trabalho conjunto e a sintonia entre o corpo docente, bem como, a permanência do grupo no momento das atividades ocorra e se desenvolva pelos seguintes motivos:

a) é necessário romper com a “atmosfera individual e fechada da prática docente”, ou seja, o individualismo (no sen

trabalho conjunto e exposição das posturas e práticas, desenvolvidas pelos professores em sua formação, sem medo de serem discriminados e reprimidos por parte de alguém do grupo de trabalho. Tal iniciativa pode gerar uma “atmosfera de convivência coletiva entre docentes” capaz de indicar uma abertura em termos de discussões entre os comportamentos assumidos e derivados a partir de nossa proposta;

b) é possível que, durante o desenvolvimento das atividades, surjam perguntas formuladas pelos alunos, a partir de diferentes focos disciplinares. S

professores, ou grupo de professores estiver presente durante o desenvolvimento dos trabalhos a probabilidade de não ocorrer uma resposta insatisfatória, proveniente das perguntas formuladas pelos alunos, reduz-se consideravelmente, em relação ao fato de estar apenas um único professor no momento da atividade;

c) é necessário ficar claro e evidente aos professores que, a partir do momento em que existe o compartilhamento dos espaços de aprendizagem,

propomos desenvolver, o compartilhamento de responsabilidades se torna evidente e real. A condução dos alunos, durante o desenvolvimento das atividades, é compartilhada por todas as pessoas envolvidas. Sem isso, a percepção da experiência adquirida fica diluída em fragmentos disciplinares, caso exista um ou outro professor trabalhando.

Outro fator relacionado com os encaminhamentos metodológicos formalizados m fator de imprevisibilidade ou incerteza, com relação a algumas etapas, procedimentos metodológicos iniciais propostos ou objetivos a serem alcançados. É possível que em algum momento do desenvolvimento da proposta seja necessário a reconstrução de alguma etapa, para que exista uma adaptação e a continuidade do processo seja garantida. Um exemplo simples do que queremos mostrar com essa recomendação pode ser visualizada, a

com a proposta, sobre o mbiente em q

matemática

ala de aula partir de um momento de nossa experiência, da seguinte forma: durante o planejamento de algumas atividades envolvendo aspectos da cerâmica local, alguns fatores intrínsecos à realidade se mostraram relevantes (até então não tínhamos conhecimento) na construção da proposta de atividade. A exibição do vídeo documentário para todas as turmas de Ensino Fundamental e a construção de cachimbos35 em determinados momentos da atividade prática, realizada pelos alunos, foram alguns destes fatores imprevisíveis as quais tomamos como aspectos importantes para o desenvolvimento de nosso trabalho.

Esse aspecto se torna relevante, em termos de conhecimentos necessários, aos professores e/ou pessoas que estejam diretamente envolvidos

a ue estão localizados e integrantes, exigindo, portanto, o máximo possível de conhecimentos existentes no local. Além disso, é importante existir habilidade e perspicácia para a inserção de conhecimentos, práticas e procedimentos desconhecidos, mas existentes na comunidade ou local, na perspectiva do trabalho pedagógico dos espaços de transversalidade.

Um outro fator a ser considerado, está relacionado com o processo de formação e, até mesmo, a própria história de vida dos professores. A maioria dos professores de obteve a sua formação em ambientes estritamente abstratos. Ou seja, a sua formação encontra-se longe dos pressupostos, dos valores, atitudes e posturas necessárias à formação transdisciplinar e transversal de conhecimentos. No desenvolvimento de nossas atividades – por mais que tentássemos nos afastar da prática tradicional de ensino – não tínhamos certeza da necessidade de rompimento de pressupostos aceitos durante a nossa formação e aqueles os quais estávamos tentando validar. Em algumas atividades foi nítida e evidente a nossa dificuldade em romper com a prática tradicional em sala de aula, pois em alguns momentos o próprio pesquisador deixou-se levar por essas características.

Esse aspecto possui algumas implicações que merecem ser discutidas: Primeiro, ao lermos ou ouvirmos afirmações de que a prática tradicional em s

precisa ser superada e em seu lugar, dar lugar a outras propostas mais “atuais”, podemos estar caindo em uma afirmação até certo ponto falsificadora. Essa consideração deve-se ao fato de verificarmos uma espécie de ambivalência ou coexistência de práticas, ou seja, é possível que nunca tenhamos que abandonar os aspectos tradicionais em sala de aula, mas, simultaneamente, incorporar novas propostas, capazes de “absorver” o tradicional, não deixando de lado sua necessidade de utilização no desenvolvimento de propostas outras. Todavia, só saberemos de fato o papel (importância) real dos conhecimentos tradicionais,

35 Trata-se de uma prática antiga e quase que totalmente esquecida pelos integrantes da comunidade do