Após os desdobramentos do diagnóstico organizacional dos Comandos de Policiamentos Regionais do Distrito Federal, seguem as recomendações para que cada Comando adote para melhorar o seu desempenho.
5.1 COMANDO DE POLICIAMENTO REGIONAL LESTE
O Comando de Policiamento Regional Leste obteve um baixo desempenho organizacional relativo, visto que, a partir dos resultados da eficiência composta normalizada não atingiu a fronteira da eficiência em nenhum trimestre do ano de 2017. Isso se deve ao fato de estar em 50% do período examinado no topo do ranking da fronteira invertida, enquanto somente teve a eficiência padrão no quarto trimestre. Essa ineficiência, demonstrada na fronteira Invertida, ocorre devido a necessidade desse Comando ampliar suas saídas.
Em relação a essas saídas, nota-se que no tocante ao output (produtividade), esse comando apresentou pior média do conjunto analisado. Ainda nessa esteira, os alvos certificam imprescindibilidade de expansão desses outputs em aproximadamente 5,7%.
Já em relação aos crimes violentos contra pessoa (C.V.C.P.), esse comando obteve as maiores taxas em todos os trimestres do ano de 2017. Com base na análise dos alvos e folgas, observa-se a possibilidade de ampliação do combate a esse tipo de crime em torno de 6%.
Em contraponto as taxas supracitadas, o Comando de Policiamento Regional Leste teve os menores indicadores nos crimes contra o patrimônio do conjunto analisado. Não obstante, esse comando, a partir da análise dos alvos, poderia melhorar o combater a esses crimes em aproximadamente 5,7%.
No que se refere ao insumo analisado, esse Comando teve a taxa de aproximadamente 169 policiais por 100 mil habitantes, esse valor estava abaixo da média do Distrito Federal. No entanto, a partir dos resultados do uso da modelagem DEA BCC orientado ao output, nota-se não havia a necessidade de ampliar o número
de policiais lotados nesse Comando, uma vez que não existiam folgas, bem como o alvo era igual ao quantitativo inicial.
5.2 COMANDO DE POLICIAMENTO REGIONAL OESTE
O Comando de Policiamento Regional Oeste obteve o escore de 100% na fronteira padrão nos últimos trimestres do ano de 2017. No entanto, após uso dos escores de ineficiência obtidos na fronteira invertida, essa DMU foi ineficiente em todos os trimestres de 2017. Cabe ressaltar, todavia que esse comando teve a melhor média de eficiência composta normalizada do conjunto examinado.
Em relação ao input “policiais”, a partir da análise da folga e dos alvos, assinala- se não houve recursos em excesso. Ainda no que se refere a esse insumo, cabe destacar que apesar do menor contingente de policiais por 100 mil habitantes, essa DMU, após a construção da eficiência composta normalizada apresentou a média superior as demais DMUs. No que se refere aos outputs, percebe-se a necessidade de uma pequena ampliação da produtividade, aproximadamente 5%.
5.3 COMANDO DE POLICIAMENTO REGIONAL METROPOLITANO
O Comando de Policiamento Regional Metropolitano obteve resultados antagônicos, alicerçados nos resultados dos rankings da eficiência padrão, fronteira invertida e eficiência composta normalizada. Ratificando essa informação, a RISP Metropolitana expôs a primeira e última colocação no ranking eficiência composta normalizada.
Essa situação ocorreu devido aos escores obtidos da combinação da eficiência padrão e fronteira invertida na construção dos escores da eficiência composta normalizada.
Em relação à eficiência padrão e à fronteira invertida, constata-se que nos três primeiros trimestres, esse Comando teve ineficiência na fronteira da eficiência padrão, além disso, essa DMU apresentou ineficiência na fronteira invertida nos dois primeiros trimestres. Sendo assim, a partir desses resultados, a construção da eficiência
composta normalizada foi substancialmente afetada, transformando esse Comando na pior média dessa eficiência do conjunto pesquisado.
Em relação ao input (policiais), esse Comando obteve a maior taxa policiais por 100 mil habitantes. A análise dos resultados sugere que o número de policiais não se traduziu em maior eficiência na política de segurança pública, uma vez que os comandos que possuíam taxas menores de policiais por 100.000 habitantes obtiveram média de eficiência composta normalizada maior que esse Comando.
Nota-se também, com base na análise das folgas, houve excesso de recursos em 50% do período analisado dessa DMU. Ratificando essa informação, segundo os resultados dos alvos, constata-se que deveria ser reduzido a força de trabalho nesse Comando de aproximadamente 21%, no segundo trimestre, e 2%, no terceiro trimestre. Em se tratando de segurança pública não é interessante diminuir os insumos e sim trabalhar para que os comandos produzam mais, porém cabe ao gestor público realizar o levantamento da real necessidade da força de trabalho.
No tocante aos outputs, é possível constatar a necessidade de ampliação de todos. No caso específico do output produtividade, essa saída deveria ser ampliada em média cerca de 24,7%. Por fim, no que se referem aos crimes violentos contra a pessoa e crimes contra a patrimônio, o combate a esses crimes deveria ser ampliado em média de aproximadamente 42,7% e 22,3%, nessa ordem.
5.4 COMANDO DE POLICIAMENTO REGIONAL SUL
O Comando de Policiamento Regional Sul registrou a Eficiência Composta Normalizada média de 84%. Esse fato se deve a ineficiência padrão nos três primeiros trimestre, bem como o posicionamento intermediário no ranking da ineficiência da Fronteira Invertida
Em relação ao insumo, destaca-se que esse Comando ficou abaixo da média de policiais por 100 mil habitantes, no entanto houve folga no 3º trimestre, podendo reduzir cerca de 1% a força de trabalho dessa DMU.
No que diz respeito aos outputs, percebe-se que as todas saídas poderiam ser ampliadas em média 6%.