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Rede Hidrográfica

No documento ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA RODRIGUES (páginas 57-63)

5. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 1 Clima

5.5. Rede Hidrográfica

A hidrografia corresponde segundo Ferreira (2002) à topografia marítima que tem por fim levantar a planta das costas, ilhas, promontórios, penínsulas, golfos, istmos (pedaço de terra que liga uma península a um continente), entre outros. A hidrografia é também o conjunto de águas correntes ou estáveis de uma região. É também a descrição da parte líquida do globo terrestre.

É reconhecida também como a ciência que ensina a conhecer o regime das águas de uma determinada região.

5.5.1 – Os Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Juba

A bacia hidrográfica do rio Juba está referida à bacia hidrográfica do rio Sepotuba, e consequentemente a Bacia do Alto Rio Paraguai. Localmente está representada pelos rios: Jubinha, Juba e Formoso e seus afluentes, os córregos Aldeia Queimada, Tamanduá, Do Salto e Toco da Aroeira.

O rio Juba (Figura 20 – Cf. Sistema Aquífero) tem suas nascentes na Chapada dos Parecis, em altitudes que variam dos 570 aos 710 metros. Suas nascentes drenam a Chapada dos Parecis nos sentidos NW–SE, SW–NE, NE–SW e quase N–S, em diversas inflexões, entretanto o sentido geral é NW–SE, até jogar suas águas no rio Sepotuba.

O rio Formoso tem suas nascentes na Terra Indígena Rio Formoso, em seu setor norte. Drena a área inicialmente no sentido geral SW–NE, com algumas inflexões para NW–SE (Figura 21), até desaguar no rio Sepotuba, possuindo um leito encachoeirado, caudaloso, numa faixa aluvionar com diversos degraus. A largura pode atingir 15 metros, à jusante da ponte, próxima da localidade de São Jorge.

Figura 20 – Mapa hidrográfico da bacia do rio Juba no distrito de São Jorge (Sistema

Aquífero).

Figura 21 – Principal nascente do rio formoso na Chapada dos Parecis, e mais

precisamente, na localidade de Aldeia Queimada (Fotografia – Deocleciano Bittencourt

Rosa, julho 2013).

O rio Jubinha é o principal afluente da margem direita do rio Juba, tendo suas nascentes na Chapada dos Parecis. Tem seu curso no sentido principal SW–

NE, infletindo para NW–SE, num trecho de aproximadamente 10 km, até

jogar suas águas no rio Juba. Em seu alto e médio cursos os vales são abertos, e as altitudes oscilam entre 540 a 460 metros, desde sua principal nascente até a sua foz no rio Juba.

O córrego Aldeia Queimada é o principal formador do rio Juba, sendo afluente da margem esquerda. Drena a região no sentido NW–SE, e tem suas nascentes na região conhecida como Queimada. Seu curso está encaixado em zona de falha, sem os vales bastante profundos.

O córrego Tamanduá tem suas nascentes na Chapada dos Parecis, contendo seu curso no sentido NW–SE, numa faixa de drenagem de aproximadamente 6,5 km. Seu curso está encaixado em uma zona de fratura de direção N30ºW. O córrego do Salto também tem suas nascentes na Chapada dos Parecis possuindo um curso inicial na direção NW–SE, para depois infletir para quase W–E, até desaguar no rio Juba. Destacamos no seu leito, uma água muito clara, cristalina e um fundo constituído por uma areia branquíssima de grande qualidade para as indústrias da cerâmica e vidraria (Figura 22).

Figura 22 – Panorama de um trecho do curso do córrego Do Salto na Chapada dos Parecis,

com suas águas cristalinas e um depósito no fundo de areia branca, muito interessante para a cerâmica de vidros e vidraria (Fotografia – Antonio Carlos de Oliveira Rodrigues, maio

2014).

O córrego do Toco da Aroeira tem suas nascentes na Província Aguapeí – Rio Branco, e possui seu curso inicial no sentido SW–NE, depois quase S – N, e infletindo para SW–NE, até desembocar no rio Juba. Tem seu curso encaixado

As drenagens são dendríticas e paralelas. Elas possuem um grau médio de integração, alto grau de uniformidade, são orientadas, com médias angulosidades, contendo ângulos de confluências agudos, obtusos e, às vezes, retos.

5.5.2 – Análises Químicas e Bacteriológicas de Amostras de Águas Coletadas na Bacia Hidrográfica do Rio Juba

Amostras de águas correntes foram coletadas no leito do alto curso do rio Juba, em suas nascentes em 24 de maio de 2014, para uma avaliação deste bem mineral nesta bacia, como um dos objetivos principais destes estudos. Os laudos das análises correspondem aos números 9952 A, B, C, D e E. Os parâmetros utilizados são apresentados no Quadro 1 seguinte.

Quadro 1 – Listagem dos parâmetros utilizados nas análises químicas das águas.

(Organizado por Deocleciano Bittencourt Rosa e Antonio Carlos de Oliveira Rodrigues, maio 2014).

* VMP = Valor Máximo Permissível. ** mg PT/L = Unidade de Escala Platina - Cobalto.

*** NTU = Unidade Nefalométrica de Turbidez. **** U.F.C. = Unidade Formadora de Colônia.

Estas análises químicas e bacteriológicas foram realizadas no Laboratório Analítico de Análises Físico-Químicas - Cuiabá, MT, obedecendo totalmente, a sistemática exigida pelo laboratório, para a entrada das amostras tendo ocorrida no outro dia após a amostragem, o que é considerado um alto fator de confiança para os resultados, manutenção da qualidade da água, que tem que ser no máximo entregues até 48 horas após a amostragem, isto porque os frascos higienicamente esterilizados são cedidos pelo próprio laboratório, assim como, luvas plásticas o que evita possíveis contaminações durante as amostragens.

Estes frascos não podem ficar expostos às mudanças de temperaturas, e são conservados em ambiente extremamente gelado, para não perderem as suas qualidades, mesmo depois de conterem as amostras de água. Os resultados analíticos são apresentados no Quadro 2

Quadro 2 – Resultados das análises químicas e bacteriológicas para águas coletadas na

bacia hidrográfica do rio Juba.

Locais de Coletas/ Expresso * VMP Córrego Poço Córrego

Parâmetros Como: Do Aldeia Aldeia

Salto Queimada Queimada Data da coleta – - - 23/05/2014 23/05/2014 23/05/2014

Hora da Coleta - - - - -

Temperatura do ar ºC - Ambiente Ambiente Ambiente Temperatura da água ºC - Ambiente Ambiente Ambiente

Chuva nas 24 horas - - Não Não Não

Entrada no - - 24/05/2014 24/05/2014 24/05/2014 Laboratório

pH - 5 a 9 4,58 4,99 5,61

Cor **mg Pt/l 5 Zero Zero Zero

Turbidez ***NTU 5 0,12 0,06 0,08

Alcalinidade ao mgCaCO3/l 0 Zero Zero Zero

Hidróxido

Alcalinidade ao mgCaCO3/l - Zero Zero Zero

Carbonato

Alcalinidade ao mgCaCO3/l - 8,40 6,60 7,80

Bicarbonato

Dureza Total mgCaCO3/l 500 Zero Zero Zero

Dureza Temporária mgCaCO3/l - Zero Zero Zero

Dureza Permanente mgCaCO3/l - Zero Zero Zero

Ferro Total mg Fe/l 0,3 0,10 0,10 0,10 Cloro Residual Livre mg/l 0,2 a 2 3,00 Zero 0,20 Nitrogênio Nitrato mg N-NO3/l 10 0,09 0,19 0,22

Sólidos Totais mg Fe/l 1000 3,40 3,00 3,00 Dissolvidos

Cloretos mg Cl-/l 250 16,00 5,50 8,50 Condutividade µS/cm - 4,91 3,91 3,78 Coliformes Totais ****U.F.C./ Ausente Ausente Ausente Ausente

100ml

Coliformes ****U.F.C./ Ausente Ausente Ausente Ausente Termotolerantes 100ml

(Organizado por Deocleciano Bittencourt Rosa e Antonio Carlos de Oliveira Rodrigues,

Para garantir a desinfecção, o laboratório Analítica, recomenda a manutenção do teor de Cloro Residual no mínimo 0,20 mg/l e o máximo de 200 mg/l.

As metodologias utilizadas nas análises das águas coletadas encontram-se descritas no STANDARD METHODS – For the Examination of Water and

Wasterwater, 1989 – 17TH EDITION APHA. AWWA WPCF.

Conclusão – Todos os resultados analíticos das amostras de águas atendem

aos Padrões Físicos-Químicos e Bacteriológicos de Potabilidade de acordo com a Portaria n.518 de 25 de março de 2004, do Ministério da Saúde, quanto aos parâmetros analisados.

Com a ausência total de coliformes, e mesmo dos coliformes tolerantes, os cinco pontos amostrados devem receber um estudo detalhado, porque todas estas águas podem ser caracterizadas preliminarmente, como minerais.

No documento ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA RODRIGUES (páginas 57-63)

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