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REGRAS GERAIS

No documento Projeto da 3.ª edição (páginas 85-90)

4.1 REGRAS GERAIS DE PROJETO

4.1.3 PROJETO DAS REDES DE TUBAGENS

4.1.3.1 REGRAS GERAIS

O projetista deve tomar em consideração o definido no ponto 3.2 relativamente aos dispositivos e materiais a utilizar no dimensionamento das redes de tubagens.

Para efeitos de aplicação do presente manual, as designações de diâmetro externo, diâmetro nominal e diâmetro comercial, são equivalentes, e diâmetro interno é equivalente ao diâmetro útil.

Aspetos a ter em consideração no dimensionamento das redes de tubagens:

a) Procurar, sempre que possível, que o traçado das tubagens seja predominantemente reto e os percursos efetuados, preferencialmente, na horizontal e na vertical.

b) Para troços com comprimentos superiores a 15 metros é recomendado a instalação de caixas de passagem, para facilitar o enfiamento e substituição dos cabos.

c) Para efeito do cálculo da capacidade das condutas (tubos e calhas), deve ser considerado o diâmetro interno, no caso dos tubos, e a secção interna da divisória (secção útil), no caso das calhas.

d) O percurso das condutas, bem como dos caminhos de cabos, deve realizar-se de maneira a garantir as distâncias, entre os cabos de telecomunicações e os cabos de energia elétrica, tal como se indica:

A distância (D) entre as cablagens de telecomunicações e de energia será dada pela fórmula seguinte:

S: Separação entre cabos de energia e cabos de telecomunicações - tabela 4.3 P: Fator resultante da influência da cablagem elétrica - tabela 4.4

DIÂMETRO INTERNO

DIÂMETRO ÚTIL

DIÂMETRO EXTERNO

DIÂMETRO NOMINAL

DIÂMETRO COMERCIAL

4.3 – Separação entre cabos de energia e cabos de telecomunicações Tipos de cabo Separação - S (mm) Sem separador metálico Com separador metálico Compartimento metálico aberto A Com separador metálico Compartimento metálico aberto B Com separador metálico Compartimento metálico sólido - Cabos de pares de cobre de

categoria 6, não blindados 100 80 50 0

- Cabos de pares de cobre de categoria 6, blindados

(Atenuação de blindagem ≥ 55dB)

80 50 40 0

- Cabos de pares de cobre de categoria 7, blindados - Cabos coaxiais TCD-C

55 35 28 0

Observações:

Compartimento metálico aberto A - Caminho de cabos equivalente, em termos de performance eletromagnética, a uma esteira baseada numa malha de aço com dimensões de 50x100mm (LxL), ou equivalente a uma esteira metálica perfurada em mais de 20% da sua área e espessura inferior a 1,5 mm.

Compartimento metálico aberto B - Caminho de cabos equivalente, em termos de performance eletromagnética, a uma esteira metálica perfurada em menos de 20% da sua área e espessura de 1,5mm.

Compartimento metálico sólido - Caminho de cabos equivalente a um tubo metálico com paredes de 1,5mm de espessura.

A classificação referida resulta do previsto na EN50174, em função do requisito mínimo para a atenuação da blindagem dos tipos de cabo caraterizados neste Manual. Para outros tipos de cabo deverá ser consultada a referida EN.

Circuito elétrico Quantidade de circuitos Fator da cablagem elétrica (P) 240VAC 20A 1 fase 1-5 0,4 6-15 1 16-30 2 31-45 3 46-60 4 61-75 5 >75 6 Observações:

Os circuitos trifásicos devem ser considerados como 3 circuitos de monofásicos-

Os circuitos com mais de 20A devem ser considerados como múltiplos de 20A.

Os circuitos com voltagem inferior a 230V devem ser baseados na corrente, tendo em conta o referido no ponto anterior.

4.4 – Fator resultante da influência da cablagem elétrica

Exemplo de cálculo:

Distância a garantir entre um cabo coaxial e um circuito elétrico, numa calha sem separador metálico: D = S x P

D = 55 x 0,4 D = 22mm

e) A distância calculada deverá ser considerada como um mínimo, devendo ser consideradas a distâncias recomendadas pelos fabricantes, caso sejam superiores.

f) Para além da necessidade de salvaguardar a separação de telecomunicações e de energia, tal como referido, devem ainda ser garantidas as distâncias regulamentares com as fontes de interferência eletromagnética, previstas na norma EN50174-2.

g) Nas instalações onde exista a necessidade de aumentar a eficiência eletromagnética da cablagem, deverá recorrer-se ao uso de tubagens metálicas devidamente ligadas à terra de modo a reforçar a blindagem eletromagnética.

h) Não é permitida a passagem de cabos de telecomunicações e de cabos de energia na mesma conduta, pelo que na utilização de tubos deverá ser utilizado um tubo para cada um dos cabos referidos. No caso da utilização de calhas, estas devem ter divisórias, providenciando compartimentos exclusivos para cada um dos referidos cabos.

i) Poderá ser utilizado o mesmo caminho de cabos para a passagem de cabos de telecomunicações e de cabos de energia, tendo em conta as distâncias de separação referidas na tabela anterior. O projetista deverá pronunciar-se sobre a melhor forma de encaminhamento para a garantia destas distâncias.

j) Não existe a necessidade de distância de separação entre os cabos elétricos e os de telecomunicações, nos últimos 15 metros. Mantém-se, em qualquer caso, a proibição da partilha do mesmo tubo ou do mesmo compartimento de calha, pelos dois tipos de cabos referidos.

4.5 - Separação entre telecomunicações e energia

k) Todos os elementos ou acessórios roscados devem obedecer, exclusivamente, a classificações métricas.

CONDUTAS SUBTERRÂNEAS

a) Os tubos das condutas subterrâneas não devem ter curvas com ângulos inferiores a 120º. b) Os tubos das condutas subterrâneas deverão recorrer a CV de passagem sempre que

ocorram derivações na tubagem, mudanças de direção significativas, ou troços superiores a 120 metros.

c) As ligações por via subterrânea, quando não forem realizadas através de tubos, devem ter o dimensionamento mínimo útil idêntico ao considerado para estes.

REDE COLETIVA DE TUBAGENS

a) Deve existir uma coluna montante constituída, no mínimo, por 3 condutas, uma por cada tecnologia (pares de cobre, cabo coaxial e fibra ótica).

b) Deve existir uma caixa de coluna por piso, sempre que existam entradas de fogos no piso. c) No caso de existir coluna montante horizontal, deverão existir caixas de coluna para a

ligação aos fogos.

d) A localização das caixas na coluna montante deve ter em conta a melhor distribuição dos cabos, pelo que devem ser colocadas de modo a minimizar o número de cruzamentos e curvas.

e) As caixas da rede coletiva devem ser identificadas.

f) O diâmetro externo mínimo dos tubos a utilizar nas redes coletivas de tubagens é de 40mm, ou de capacidade equivalente, no caso de serem utilizadas calhas.

REDE INDIVIDUAL DE TUBAGENS

a) A rede individual de tubagens deve ser concebida de modo a permitir a instalação de três redes de cabos (pares de cobre, cabo coaxial e fibra ótica) com topologia em estrela,

PD TT Cabo de telecomunicações Cabo de energia ≥ D ≤ 15m

b) Recomenda-se a utilização generalizada de caixas de aparelhagem que permitam a montagem de tomadas mistas.

c) A profundidade mínima para as caixas de aparelhagem é de 55mm, exceto as que sejam instaladas em calhas.

d) Os materiais a utilizar devem cumprir os requisitos estipulados no capítulo dos dispositivos e materiais.

e) A capacidade dos tubos ou calhas deve ser calculada com base nas fórmulas 1 e 2.

f) O diâmetro externo mínimo dos tubos a utilizar nas redes individuais de tubagens é de 20mm, ou de capacidade equivalente, no caso de serem utilizadas calhas.

g) A rede individual de tubagens deve contemplar um espaço para a instalação, no mínimo, de um PD. Este PD tem a designação de PDF.

h) O local escolhido para o alojamento do PDF deve ter boas condições de ventilação e acessibilidade. Sempre que possível o PD deve estar num ponto central da instalação com os pontos de utilização a distância equivalentes.

i) O PD deve possuir o espaço para instalação de equipamentos ativos, tal como definido no ponto 3.2.2.3.4, com as dimensões mínimas de 200x250x100mm.

j) O PD deve estar interligado com o quadro elétrico por meio de um tubo com diâmetro não inferior a 20mm, ou calha de capacidade equivalente.

k) Recomenda-se a ligação do PDF aos contadores de água, gás e eletricidade, para efeito de telecontagem, bem como aos sistemas de videoporteiro, sistemas de domótica e televigilância.

No documento Projeto da 3.ª edição (páginas 85-90)