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Uma das medidas político-econômicas adotadas pelo Governo Federal em 2016, para equacionar principalmente o problema arrecadação foi a Lei nº 13.254/16. O referido diploma legal, chamado de Lei da Anistia, instituiu o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), que concretizou um tema que há tempos vinha sendo debatido pelo Congresso Nacional: a repatriação e a legalização de bens no exterior não declarados. Um tema polêmico, tendo em vista que é vista por muitos como uma forma legal de lavar dinheiro.

O objetivo da lei foi introduzir na legislação brasileira um mecanismo legal, provisório, para que pessoas físicas ou jurídicas declarem voluntariamente seus ativos (bens e/ou dinheiro) localizados fora do Brasil, concedendo garantias legais de

preservação do capital, de proteção dos direitos de propriedade dos indivíduos e das pessoas jurídicas, eliminando riscos relacionados à eventuais limitações do uso desses capitais brasileiros em jurisdições estrangeiras. A Lei exige apenas a “Regularização”, sem requerer ou exigir a “Repatriação” dos recursos, que poderão permanecer investidos em ativos estrangeiros. (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, 2017).

O principal benefício para o optante consiste na extinção da punibilidade dos crimes de sonegação fiscal, sonegação de contribuição previdenciária, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e, por fim, uso de documento falso. A extinção da punibilidade dos crimes, entretanto, ocorrerá apenas com o pagamento integral dos tributos e dos acréscimos lançados. Outro benefício consiste na remissão dos créditos tributários decorrentes do descumprimento de obrigações tributárias e a redução de 100% (cem por cento) das multas de mora, de ofício ou isoladas e dos encargos legais diretamente relacionados a esses bens e direitos em relação a fatos geradores ocorridos até 31/12/14. (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, 2017).

Note-se que ficaram excluídos do RERCT os sujeitos que tiverem sido condenados em ação penal (mesmo sem o trânsito em julgado na sentença penal condenatória), bem como os detentores de cargos, empregos e funções públicas de direção ou eletivas. Tampouco poderão ser incluídos no regime em comento os respectivos cônjuges e parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, a contar da publicação da lei de anistia.

Como requisitos para a obtenção dos benefícios do RERCT, a pessoa física ou jurídica titular desses valores, bens ou direitos deverá voluntariamente declará-los na forma de “declaração única de regularização específica à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), com cópia ao Banco Central do Brasil (BACEN), apresentando descrição dos recursos, bens e direitos a serem regularizados, com os respectivos valores em real ou, no caso de inexistência de saldo, a descrição das condutas previstas na lei. (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, 2017).

Referida declaração deverá conter a identificação do declarante e dos recursos, bens ou direitos a serem regularizados, seguidas da titularidade e origem, valor e, especialmente, declaração de que os bens ou direitos possuem origem em atividade lícita. (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, 2017).

De acordo com relatório elaborado pelo GAFI, programas de repatriação são boas oportunidades para movimentação de valores provenientes de crimes, pois: (i) geram grandes quantidades de transações em um curto período de tempo, sobrecarregando a capacidade de aplicação de políticas de combate à lavagem de dinheiro, criando uma séria vulnerabilidade operacional; (ii) entidades financeiras podem ser levadas a considerar, por meio de uma mera presunção legal, a legitimidade dos bens repatriados, afastando os controles de lavagem de dinheiro aplicáveis; e (iii) as informações sobre o bem repatriado podem estar ou terem passados por diferente países, dificultando o rastreamento de sua legitimidade. (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, 2017).

Com o fim de mitigar os riscos de que programas de repatriação de capitais sejam utilizados para lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, o GAFI propõe quatro diretrizes a serem observadas. A primeira é que tais programas devem adotar medidas preventivas contra a lavagem de dinheiro, utilizando canais que estejam submetidos aos controles de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, levando em consideração riscos de se repatriar bens de países que não adotam políticas de lavagem de dinheiro, alertando os atores envolvidos sobre os riscos durante a execução do programa e exigindo que declarações para a repatriação, por si só, não sejam aptas a garantirem a legitimidade da origem do bem. A segunda: não se deve criar qualquer exceção à aplicação das regras de combate à lavagem de dinheiro para a repatriação de bens, ou seja, a repatriação deve estar submetida aos controles existentes para qualquer outra operação de mesma natureza. A terceira: deve-se garantir uma cooperação entre as autoridades nacionais para a troca de informações envolvidas no procedimento de repatriação. E, finalmente, a quarta diretriz indica a prévia criação de um canal de comunicação entre as autoridades responsáveis ao combate à lavagem e dinheiro e ao financiamento ao terrorismo entre o país em que o bem estiver localizado com o país em que o bem será repatriado ou regularizado, para uma ágil troca de informações. (BATICH, 2016).

Essas diretrizes não parecem ter sido observadas no texto legal. A utilização–se uma mera declaração como documento apto a garantir a licitude de origem do bem a ser repatriado ou regularizado, contraria em tese, as recomendações do GAFI.

De acordo com a lei, às instituições financeiras, em princípio, caberá apenas o papel de serem intermediárias das transações para repatriação de bens, devendo presumir como verdadeiras as informações prestadas pelas instituições financeiras no exterior, o que também contraria recomendações internacionais.

Quanto à comunicação interna e externa de organismos de combate à lavagem e ao financiamento ao terrorismo, não é tratado da coordenação para a cooperação e troca de informações entre os órgãos federais envolvidos, bem como não foi aberto qualquer canal de comunicação e troca de informações entre o Brasil e os principais países em que os bens possam estar irregularmente depositados.

Assim, em um momento em que a principal preocupação é o combate à corrupção e a lavagem de dinheiro, a adoção de mecanismos para criarem caixa, onde são deixados de lado a observância de algumas regras de combate à lavagem de dinheiro, de certa forma preocupa. (BATICH, 2016).

Por outro lado, em relação aos recursos arrecadados, o programa foi exitoso. A primeira etapa do RERCT se encerrou em outubro de 2016 e possibilitou a arrecadação de aproximadamente R$ 46,8 bilhões, regularizando mais de R$ 150 bilhões em recursos até então desconhecidos pelo Fisco brasileiro. A Lei 13.428/2017 reabriu o prazo para a regularização de ativos não declarados enviados ao exterior. A norma, que altera a Lei 13.254/2016, aumentou o prazo para a regularização de 38 para 120 dias, que serão contados a partir da data de regulamentação da Receita Federal, que ocorreu com a publicação da Instrução Normativa RFB nº 1.704, de 2017. O patrimônio a ser declarado será aquele em posse do declarante em 30 de junho de 2016. (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, 2017).

Desta forma, embora se tenha que a RERCT tenha sido um sucesso do ponto de vista arrecadatório, constata-se que abriu brechas para a regularização de recursos oriundos de ilicitudes.

Embora seja possível catalogar algumas formas de atuação do crime organizado, não é possível catalogar todas as formas de atuação destes, tornando-se cada dia um desafio cada vez maior para as autoridades responsáveis desvendar estes crimes.

4 CONCLUSÃO

O crime de lavagem de dinheiro infelizmente é um crime cada vez mais abordado, tendo em vista tratar-se de um crime com intensa ligação com as organizações criminosas, infiltrados muitas vezes em órgãos governamentais, os quais utilizam de meios fraudulentos para angariar fundos para patrocinar outros tipos de delitos mais graves ou mesmo causar danos ao erário.

Do ponto de vista legislativo, foi possível verificar que a alteração da Lei nº 9.613/98, por meio Lei nº 12.683/12, alçou a abordagem da lavagem de dinheiro, do ponto de vista legal, a um novo patamar no Brasil, sendo considerado a partir de então de terceira geração. Entretanto, isso talvez não tenha sido suficiente para frear a incidência do crime. Vislumbrando um viés positivo, isso também é uma consequência de um amadurecimento da democracia brasileira, havendo uma atuação mais incisiva e independente dos órgãos anuentes, notadamente o Ministério Público Federal.

Foram abordados diversos aspectos do crime de lavagem de dinheiro, relatando as diversas formas utilizadas de atuação pelos branqueadores de capitais, consciente, no entanto, da impossibilidade de esgotar o tema, tendo em vista a extrema mutabilidade dos meios utilizados para consecução do crime.

Constatou-se da importância de relacionar o crime de lavagem de dinheiro com os ilícitos tributários, que ocorrem frequentemente de forma concomitante. Ainda mais que passaram a ser considerados crimes antecedentes à lavagem de dinheiro com a alteração da Lei nº 9.613/1998, por meio Lei nº 12.683/2012. Com efeito, pode se concluir que o presente trabalho atingiu seus objetivos propostos, trazendo uma visão geral a respeito do crime de lavagem de dinheiro e da importância de verificar os delitos tributários, e bem como o seu papel no combate às organizações criminosas.

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